quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Com Poeta, JN enfrenta crise de identidade



Ao apostar na apresentadora, Jornal Nacional mistura jornalismo com entretenimento; porém, fontes de inspiração do telejornal no exterior - como BBC e CBS - mantêm como âncoras jornalistas com carreira brilhante como repórteres; primeiros números do Ibope apontam queda de audiência do JN
Brasil 247
A queda de audiência do Jornal Nacional, onde Patrícia Poeta desembarcou como âncora na semana passada, sinaliza que a credibilidade do principal telejornal brasileiro está em xeque. Desde o anúncio, ganhou ares de show a substituição de Fátima Bernardes pela ex-apresentadora do Fantástico. A coletiva sobre as mudanças na bancada do JN pareceu muito mais o lançamento de um sucesso de bilheterias, com declarações de pompa e glamour de celebridades.

Segundo o Ibope, o telejornal marcou a pior audiência do ano em uma segunda-feira – de 28,8 pontos. Com Fátima, o JN nunca ficou abaixo dos 30 pontos em início de semana – informa o instituto que afere o número de televisores ligados diariamente. Essa redução de telespectadores, que não é desprezível, pode indicar que o público não está interessado na fórmula jornalismo e entretenimento na TV – que parece ter sido a opção da Globo com a troca de Fátima por Patrícia.

O que espera o público do Jornal Nacional? Um telejornal mais revistado, com uma âncora menos jornalista e mais apresentadora (clique aqui para relembrar a experiência de Poeta)? Ou um jornal mais sério, com notícia e análises feita por jornalistas com bagagem (caso da própria Fátima, que fez carreira na TV Globo)?

Enquanto a Vênus Platinada vai na primeira opção, as emissoras estrangeiras que inspiraram o formato original do JN vão pelo outro caminho. A CBS, um dos principais canais de TV dos Estados Unidos, não abre mão do jornalista Scott Pelley 54, como ícone do diário The CBS Evening News. A carreira do âncora salta aos olhos de qualquer jornalista.”
Matéria Completa, ::Aqui::

Nenhum comentário: