Dilma ao consumidor: detone e Feliz Natal !
O
Conversa Afiada reproduz texto da
Agência Brasil:
Daniel Lima e Kelly Oliveira
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – O consumidor deve
pechinchar e exigir das lojas um desconto maior do que a redução de
impostos estabelecida pelo governo. A sugestão é do ministro da Fazenda,
Guido Mantega, que hoje (1º) anunciou uma série de medidas para
estimular o consumo e manter a atividade aquecida dentro da estratégias
do governo de manter a produção da economia brasileira e os empregos, em
cenário de crise econômica externa.
“Espero que chegue ao consumidor
não só o que foi reduzido de impostos, mas que as lojas façam promoções
vendendo além disso. O consumidor deve pechinchar e discutir com o
varejista, dizendo: o governo está reduzindo 10 pontos percentuais no
imposto da geladeira, eu quero mais do que isso. E com um financiamento
mais barato”, disse Mantega.
Um dos decretos publicados em
edição extraordinária do Diário Oficial da União reduz o Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) cobrado no crédito para pessoa física. A
taxa anual do IOF cai de 3% para 2,5%.
Houve também redução do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI) de eletrodomésticos da chamada
linha branca. O IPI do fogão caiu de 4% para 0%. A geladeira terá o
imposto reduzido de 15% para 5% e a máquina de lavar, de 20% para 10%.
No caso de máquinas de lavar semiautomáticas (tanquinhos), a redução
será de 10% para zero. As medidas também valem para os estoques nas
lojas. Essa desoneração vale para os produtos com índice de eficiência
energética Classe A e terá vigência até 31 de março de 2012.
Por meio de uma medida provisória, o
governo reduziu de 9,25% para zero as alíquotas de PIS/Cofins sobre
massas até o dia 30 de junho de 2012 e prorrogou até 31 janeiro de 2012 a
desoneração desses tributos sobre trigo, farinha de trigo e pão comum.
Essa medida provisória também
estabelece a elevação, de R$ 75 mil para R$ 85 mil, do valor do imóvel
para classificação como popular, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha
Vida. Também foi reduzida a alíquota do Regime Especial de Tributação
(RET) da Construção Civil aplicável às incorporadoras imobiliárias com
projetos no programa habitacional, de 6% para 1%. As empresas pagam o
RET sobre o faturamento como um tributo único que substitui o PIS, a
Cofins, o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e a Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Também foi reduzido, de 10% para
5%, o IPI sobre esponja de lã de aço e de 15% para zero o tributo sobre
papel sintético (papel de plástico), destinado à impressão de livros e
periódicos, com o objetivo de alinhar as alíquotas àquelas incidentes
sobre produtos similares.
No Diário Oficial, está ainda
decreto que reduz a alíquota do IOF de 2% para zero sobre os
investimentos externos em ações – tanto oferta primária (IPO) quanto no
mercado secundário –, venture capital (capital de risco) e cancelamento
de recibos de ações de empresas brasileiras negociadas no exterior. Para
o Ministério da Fazenda, a medida incentiva a entrada de capital
estrangeiro com perfil de investimento de longo prazo.
Também foi reduzida, de 6% para
zero, a alíquota do IOF cobrada sobre aplicações de estrangeiros em
títulos privados (debêntures) de longo prazo com duração acima de quatro
anos.
O terceiro decreto regulamenta o
Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas
Exportadoras (Reintegra), que prevê a devolução de impostos no montante
equivalente a até 3% das receitas de empresas exportadoras de bens
industrializados.
O Reintegra é uma das medidas do
Plano Brasil Maior, lançado em agosto. Segundo o Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, serão beneficiados pelo
regime 8.630 códigos tarifários que responderam, em 2010, por mais de
US$ 80 bilhões em exportações. Como regra, poderão ser beneficiados os
produtos cujos custos dos insumos importados não forem superiores a 40%
do preço de exportação. No entanto, para bens considerados de alta
tecnologia (produtos farmacêuticos, materiais elétricos, aeronaves e
outros), esse limite foi elevado a 65%, porque são setores com
necessidade maior de importação de componentes para a garantia da
competitividade.
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