Chegou nesta sexta-feira, 9, às
livrarias o livro A privataria tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. .
A obra relaciona o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) a
esquema de desvio e lavagem de dinheiro do Banestado, alvo de uma CPI
nos anos 1990, e acusa o tucano de usar arapongas para espionar
adversários políticos.
O livro relata bastidores da
disputa entre Serra e o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves,
pela candidatura do PSDB à Presidência em 2010. O autor conta que,
quando atuava como repórter do jornal O Estado de Minas, recebeu uma
pauta encomendada pelo governo de Minas para que investigasse a vida de
Serra. O pedido seria uma retaliação, segundo o autor, à produção de um
dossiê contra Aécio por arapongas ligados ao tucano paulista.
Amaury afirma que investigou a estrutura de arapongagem de Serra,
mas a publicação do material foi cancelada após acordo entre os dois
tucanos. Segundo o autor, Serra criou um centro de espionagem e montagem de dossiês
na Secretaria de Segurança da Anvisa durante sua gestão à frente do
Ministério da Saúde, no governo Fernando Henrique Cardoso, e manteve a
equipe em atividade após sua saída da pasta.
Esquema.
A privataria tucana afirma que o
ex-tesoureiro da campanha de Serra e FHC, Ricardo Sérgio de Oliveira,
diretor da área internacional do Banco do Brasil nos anos 1990, era o
mentor de um esquema de propinas, desvios e lavagem de dinheiro
envolvendo privatizações e paraísos fiscais. Amaury descreve detalhes
sobre as operações financeiras realizadas por Oliveira através de
empresas offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.
O jornalista relaciona esse esquema a outros, que segundo o livro teriam sido realizados pelo genro de José Serra, Alexandre Bourgeois, pela sua filha, Verônica, e por outras pessoas próximas ao tucano. Além disso, detalha as atividades da filha de Serra na empresa que tinha em sociedade com a filha do banqueiro Daniel Dantas.
Retaliação.
Em entrevista à revista Carta
Capital, que publicou trechos do livro, Amaury Ribeiro Jr. comentou as
acusações de que teria sido o responsável pela quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra
e de políticos tucanos. O jornalista disse que o ex-governador de São
Paulo José Serra “tem medo” das revelações que faz em seu livro e que a
acusação “foi uma armação”. “Pagaram para um despachante para me
incriminar.” Amaury relata ter ouvido de fontes tucanas que “Serra ficou
atormentado” ao saber da elaboração do livro. “Aí partiram para cima
de mim”, explicou.
Serra já acusou o nosso blog de ter quabrado o sigilo da filha. Leia Veja vídeo aqui
Serra já acusou o nosso blog de ter quabrado o sigilo da filha. Leia Veja vídeo aqui
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