PSOL e PSDB unidos:
Grevistas utilizam quinze crianças como escudo humano na Bahia
Objetivo dos policiais é impedir a entrada do Exército na Assembleia
Legislativa; Justiça concedeu liminar para que crianças sejam retiradas
do local
Policias Militares em greve na Bahia utilizam 15 crianças como escudo
humano na Assembleia Legislativa, em Salvador. O objetivo é impedir a
entrada de soldados do Exército que tentam cumprir 11 mandados de busca e
apreensão contra líderes do movimento.
Cerca de 1.000 homens, entre soldados do Exército, da Força Nacional e
da Polícia Federal, cercam a Assembleia, utilizada como base pelos
grevistas desde o início da greve, há sete dias.
Todos os agentes que cercam a Assembleia utilizam metralhadoras, fuzis,
pistolas e bombas de efeito moral. A tropa afastou a imprensa do local e
fechou as ruas de acesso ao Centro Administrativo da Bahia (CAB).
As quinze crianças utilizadas como escudo humano são filhos e filhas dos
grevistas. Diante da situação, o Ministério Público Estadual acionou o
Tribunal de Justiça, que concedeu liminar para que as crianças sejam
retiradas da Assembleia Legislativa. O Conselho Tutelar deve ir à
Assembleia ainda nesta segunda-feira para retirar as crianças do local.
Mães e mulheres grávidas também estão na Assembleia.
Por uma questão de segurança, o TJ não funcionou nesta segunda-feira (6).
O Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) também pediu
para que as crianças sejam liberadas. "No mínimo, existe um equívoco
dos responsáveis em levar crianças para um ambiente de conflito. Expondo
essas crianças para a possibilidade de um confronto", afirmou o
advogado e subcoordenacor do Cedeca, Waldemar Oliveira.
Waldemar acrescentou, ainda, que as crianças estão expostas a um
ambiente hostil, sem higine, água e comida, e expostas a um clima de
tensão, o que é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA). "As crianças não optaram estar lá. Elas foram conduzidas,
diferente dos adultos que escolheram participar da manifestação. Isso é
uma irresponsabilidade", protestou.
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