A concessão dos Aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos à
inciativa privada desagrada a quem é contra as privatizações, por
princípio.
E a princípio, o governo Dilma é contrário à privatizações. Então qual é a lógica dessas concessões?
Se olharmos bem a operação ao longo dos 20 a 30 anos, veremos que não há uma política pública de diminuição do Estado no setor aéreo, e sim um remanejamento de capital estatal de uma região para outra, a fim de promover o desenvolvimento regional.
O governo está arrecadando dinheiro em mercados ricos como São Paulo e Brasília, para investir em mercados menos desenvolvidos que precisam de aeroportos melhores, como nas regiões Norte, Nordeste, no Pantanal, em Foz do Iguaçu, etc. O resultado disso será melhor distribuição de renda, principalmente para a indústria do turismo.
A concessão rendeu R$ 24,5 bilhões pelo que já existe em São Paulo, Campinas e Brasília. Esse dinheiro é destinado ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), que tem a finalidade de garantir verbas para outros aeroportos a serem reformados ou construídos sob direção ESTATAL, especialmente os regionais.
E a princípio, o governo Dilma é contrário à privatizações. Então qual é a lógica dessas concessões?
Se olharmos bem a operação ao longo dos 20 a 30 anos, veremos que não há uma política pública de diminuição do Estado no setor aéreo, e sim um remanejamento de capital estatal de uma região para outra, a fim de promover o desenvolvimento regional.
O governo está arrecadando dinheiro em mercados ricos como São Paulo e Brasília, para investir em mercados menos desenvolvidos que precisam de aeroportos melhores, como nas regiões Norte, Nordeste, no Pantanal, em Foz do Iguaçu, etc. O resultado disso será melhor distribuição de renda, principalmente para a indústria do turismo.
A concessão rendeu R$ 24,5 bilhões pelo que já existe em São Paulo, Campinas e Brasília. Esse dinheiro é destinado ao Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), que tem a finalidade de garantir verbas para outros aeroportos a serem reformados ou construídos sob direção ESTATAL, especialmente os regionais.
Portanto, o dinheiro do setor aéreo não está sendo "desestatizado", está
sendo remanejado da região mais rica para as regiões mais pobres,
corrigindo desequilíbrios regionais.
- O governo concedeu por decisão estratégica própria, e não por imposição do FMI, nem por necessidade de pagar dívidas.
Outra fonte de receita destes aeroportos concedidos, também para reinvestir nos aeroportos estatais através deste Fundo:
- 10% do faturamento bruto anual de Guarulhos;
- 5% do faturamento bruto anual de Viracopos;
- 2% do faturamento bruto anual de Brasília.
Por fim, a Infraero continua dona da concessão de 49%
destes três aeroportos e, portanto, continuará tendo metade dos lucros
deles.
A ideia de conceder à iniciativa privada assusta, e protestos como os da
CUT são justos, válidos e compreensíveis, pela má experiência
das privatizações no passado, mas dessa vez nada tem a ver com o que foi
feito na era tucana. Eis as diferenças:
- O governo concedeu por decisão estratégica própria, e não por imposição do FMI, nem por necessidade de pagar dívidas.
- Não há diminuição do estado no setor. O dinheiro será investido em outros aeroportos estatais.
- A concessão tem prazo: 20 anos para Guarulhos, 25 para Brasília, e 30
para Viracopos, podendo prorrogar apenas por 5 anos. Depois disso, os
Aeroportos voltam às mãos Estado e, se lá o governo quiser deixar 100%
nas mãos da Infraero ou fazer novo leilão, pode decidir o que for
melhor.
- A Infraero não foi privatizada. Ela perdeu espaço nestes Aeroportos
por uma mão, mas ganhará pela outra, nos Aeroportos estatais que
receberão investimentos do FNAC.
- Se a Infraero não foi privatizada, não haverá demissões em massa de
seus funcionários, como ocorria na privataria tucana. No máximo ocorrerá
remanejamento, se houver excedente em algum dos aeroportos concedidos.
Se olharmos o todo, a operação foi engenhosa. Havia pouco interesse do
capital privado em investir nas outras regiões, e havia muito interesse
em investir em São Paulo e Brasília. O governo jogou com os investidores
para fazer uma triangulação: captou dinheiro em São Paulo, que será
investido no Nordeste, na Amazônia, no Pantanal, etc.
Detalhe: São Paulo e Brasília não terão nenhum prejuízo. Pelo contrário,
as concessionárias estão obrigadas a investir R$ 16 bilhões nos 3
aeroportos ao longo dos anos, para ampliação e modernização.
Em tempo: o BNDES não está financiando o valor da concessão, como há gente mal informada dizendo por aí. O BNDES oferece empréstimo para obras de ampliação dos aeroportos, como sempre fez com outros empreendimentos industriais e de infra-estrutura.
Em tempo: o BNDES não está financiando o valor da concessão, como há gente mal informada dizendo por aí. O BNDES oferece empréstimo para obras de ampliação dos aeroportos, como sempre fez com outros empreendimentos industriais e de infra-estrutura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário