Revista diz que presidenta impõe cada vez mais o seu estilo pessoal ao governo
RIO
- A presidenta Dilma Rousseff, após um ano de mandato, sai da "sombra"
de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, e impõe cada vez mais o
seu estilo pessoal ao governo brasileiro. Esta é a conclusão de um
artigo publicado nesta sexta-feira pela revista britânica "The
Economist". O texto cita as demissões de sete ministros acusados de
desvios éticos como uma mudança de postura do governo petista.
"Em
um ano de mandato, o governo Dilma mostra que é firme em seus
princípios. É mais técnico, leal e, de longe, mais feminino do que foi o
de Lula".
Com o título "Sendo
ela mesma", a publicação é acompanhada de uma charge em que a presidenta
é ilustrada dirgindo um ônibus e entrando na rua "Dilma's Way' (caminho
de Dilma). Políticos caem pela janela do ônibus e Lula aparece
assustado na calçada, ao lado do veículo.
A
revista avalia que "a maioria das sucessões ministeriais anunciadas
pela governo foi feita por escolha pessoal". Mas ressalta que o
pragmatismo prevaleceu em algumas situações. A troca de Mário Negromonte
do Ministério das Cidades por Aguinaldo Ribeiro é um exemplo citado
como exceção, já que a indicação foi feita pelo PP.
As
indicações de Maria das Graças Foster para presidência da Petrobras e
de Marco Antonio Raupp para o Ministério da Ciência e Tecnologia são
avaliadas como técnicas e de gosto pessoal da presidenta. A nomeação de
Eleonora Menicucci para a Secretaria de Políticas para as Mulheres
também é citada como exemplo de independência de Dilma. Companheira de
cela da presidenta durante o regime militar, a ministra tem sofrido
críticas por ser uma defensora do aborto.
A
aprovação de 59% de Dilma é citada como um ponto positivo para a
tranquilidade do governo, bem como a maioria folgada no Congresso.
No O Globo
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