Wálter Fanganiello Maierovitch, TerraMagazine / Sem Fronteiras
“Marco Prisco, líder da greve dos policiais
militares da Bahia, ficou desmoralizado quando apanhado– por gravações
telefônicas interceptadas por meio de autorização judicial– transmitindo ordens
voltadas à pratica de atos de matriz terrorista e atuação em causa própria ao
buscar, em eventual acordo, a anistia e o recolhimento dos mandados de prisão
expedidos pela Justiça.
Sua rendição e prisão negociada, por
evidente, enfraqueceu o movimento grevista, que afronta a Constituição da
República. A Constituição garante a greve, mas o princípio não é absoluto. Os
integrantes das Forças Armadas e das policias militares, pela norma
constitucional, não podem fazer greve. Prevaleceu aí o direito do cidadão à
tranquilidade social.
A tendência –com a prisão de Prisco e a
desocupação do quartel-general que armou ilegalmente no prédio da Assembleia
Legislativa da Bahia– é de aceitação da proposta remuneratória feita pelo
governo da Bahia, deixada a anistia para um segundo momento. A propósito de
anistia, ela foi conseguida por participantes da recente parede dos bombeiros,
no Rio de Janeiro.
Já o risco de a greve “pipocar” para outras
unidades federativas é bem menor, pois a solidariedade seria vista pela
população como apoio ao terrorismo incitado por Prisco, que deveria ser expulso
imediatamente do PSDB, partido do qual é militante.”
Foto: Agência A Tarde
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