segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mudar de Rumo

Por:
Ângelo Alves
 
"A União Europeia aprovou um novo conjunto de sanções ao Irão"


 
Registrou-se nas duas últimas semanas vários acontecimentos demonstrativos de três grandes tendências da situação internacional.

A primeira nota reporta-se à crise do capitalismo e à situação na União Europeia. Esta semana o Eurostat veio ilustrar com dados o doloroso lado da crise social na Europa ao revelar o recorde histórico dos números do desemprego. Um flagelo que afecta particularmente os jovens trabalhadores como é o caso de Espanha com uma taxa de desemprego juvenil na ordem dos 50%. Face à situação de catástrofe social o que fazem os chamados «líderes europeus» reunidos em Bruxelas na passada segunda-feira? Concretizam uma fuga em frente – materializada na aprovação do pacto orçamental imposto pela Alemanha e do mal chamado «mecanismo de estabilidade europeu» – que apenas aprofundará todas as causas da profunda crise que se vive no continente europeu e institucionalizará as políticas de austeridade e de retrocesso social e civilizacional. Do lado de fora da cimeira europeia concentravam-se os trabalhadores belgas que nesse mesmo dia protagonizavam uma jornada histórica de luta com a realização, pela primeira vez em duas décadas, de uma greve geral convocada pelas três centrais sindicais. Juntavam-se assim aos trabalhadores que em países como Portugal, Grécia, Espanha, entre outros, protagonizam uma importante tendência de fortalecimento da luta social e de massas no continente europeu.

A segunda nota reporta-se à criminosa acção do imperialismo que se intensifica com o aprofundamento da crise. Na passada semana a União Europeia aprovou um novo conjunto de sanções ao Irão


A terceira nota reporta-se à América Latina. Dilma Roussef realizou nesta semana uma visita a Cuba de grande importância. Realizada poucos dias após a conclusão dos trabalhos da conferência nacional do PC de Cuba sobre questões de organização, e depois de mais uma vergonhosa campanha anti-cubana que tentou sem sucesso condicionar a discussão soberana dos comunistas cubanos, a visita da presidente do Brasil a Cuba vem estreitar ainda mais as relações entre uma das maiores economias do mundo e a ilha socialista, confirma o prestígio internacional de que Cuba goza na actualidade, especialmente no contexto latino-americano, e demonstra a grande contribuição para a luta anti-imperialista dos processos em curso no sub-continente.

Se a acção do imperialismo acarreta grandes perigos para os povos, a luta dos trabalhadores, dos povos e de países como Cuba demonstram que é possível, pela luta, mudar o rumo da História, derrotar o capitalismo e construir um futuro de paz, progresso e cooperação para todos os povos do mundo.

Fonte: Jornal Avante


O Mafarrico Vermelho

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