Presidente pede convocação extraordinária do Conselho de Segurança da ONU para deter o "uso desproporcional da força" por parte de Israel, no massacre a Gaza; no dia de ontem, prédio residencial foi atacado e quatro crianças morreram
Enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido legitimam os ataques de
Israel contra alvos civis na Palestina, a presidente Dilma se levantou
para condenar o "uso desproporcional da força" por parte do Estado
judaico e a inércia da ONU frente ao conflito. A pedido do presidente do
Egito, Mohamed Mursi, Dilma Rousseff telefonou, na noite deste domingo,
para o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, pedindo a
convocação extraordinária do Conselho de Segurança na busca de um
cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Em qualquer assunto, como foi no caso do Congo, o Conselho de
Segurança da ONU se reuniu imediatamente. Mas quando se trata do Oriente
Médio, nada. Não dá para continuar esta inércia no tratamento do
Oriente Médio", disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial da
Presidência.
Diante da gravidade dos ataques no dia de ontem, o Governo brasileiro
também não descarta em assumir um papel mais central na questão como
mediador. Um bombardeio por parte de Israel atingiu um prédio
residencial, matando 11 civis, entre eles, quatro crianças.
Abaixo, noticiário da Reuters:
Reuters - Pelo menos 11 civis palestinos, incluindo quatro crianças,
foram mortos neste domingo, após um ataque aéreo israelense contra um
prédio na Faixa de Gaza, disse o grupo islâmico Hamas, no pior ataque
por parte do Estado judaico em cinco dias de confrontos.
Israel sinalizou que uma possível invasão terrestre na área
controlada pelo Hamas poderia ser o próximo passo para uma maior
ofensiva, buscando interromper ataques com foguetes por militantes
palestinos no Estado judeu.
Neste domingo, Israel interceptou três foguetes disparados a partir da Faixa de Gaza contra a sua capital comercial, Tel Aviv.
Uma pessoa foi ferida por escombros após a destruição de um dos projéteis.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que, mesmo que Israel tenha
o direito de se defender, seria "preferível" evitar uma invasão
terrestre que provocaria uma escalada militar na Faixa de Gaza, um
estreito densamente povoado.
A ofensiva terrestre poderia criar mais vítimas e provocar uma condenação internacional, disse Obama.
Um porta-voz do Ministério do Interior em Gaza, controlado pelo
Hamas, que um míssil israelense destruiu um prédio de três andares,
matando 11 pessoas, todas civis. Médicos disseram que quatro mulheres e
quatro crianças estão entre os mortos.
O Exército israelense não comentou imediatamente.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que ele já tinha
assegurado aos líderes mundiais de que Israel estava fazendo todo o
possível para evitar mais mortes de civis em ataques contra o Hamas.
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