segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Tucano, ‘morador da Vila Madalena’ no divã: “Governo Alckmin acabou”


Costumo achar engraçado um colunista que se define pelo lugar onde vive e/ou pelos prêmios que ganha:
 Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.”
Paulo Francis também achava que o lugar onde se vive é uma categoria de pensamento, morar em Nova Iorque para ele o era.
O texto do Dimenstein cada vez mais perdido como o governo e discursos tucanos está uma pérola de contradições. Merecia a paciência das Letícias ( Nádia Lapa e da Madrasta do texto ruim pra desconstruí-lo. Eu como sou má, reproduzo-o para diversão e registro. Aliás os colunistas da Folha são ótimos personagens rodriguianos e sempre me divirto com a canalhice reacionária da classe média dos personagens rodrigueanos. Divirtam-se, pois.
PS. Não resisti e dei uma grifadinha nos trechos da ‘análise’ mais nonsense e fiz uns comentariozinhos.
Governo Alckmin acabou
12/11/2012 – 08h33
As mortes em série na região metropolitana de São Paulo indicam que o governo Alckmin acabou. Pode até renascer nos próximos dois anos se vencer a guerra contra o crime organizado – mas, neste momento, o governador Alckmin vive uma crise de imagem, carregando nas mãos a pior notícia dos últimos tempos em São Paulo.
A grande vitória tucana (comemorada desde o início nesta coluna) foi a queda da taxa de homicídio em São Paulo, especialmente na região metropolitana e na capital. Saímos do nível epidêmico. Virou a principal marca de uma gestão, apesar de outras modalidades de crime terem se estabilizado ou mesmo aumentado. (Vamos dar um adeus à lógica dos argumentos)
O problema de Alckmin é que seu governo, neste momento, nem tem nenhuma marca visível em saúde, educação ou transporte público. Existem avanços, claro – e bons. Mas não suficientes para servir de vitrine. (Se são avanços, claros e bons não seria lógico o governo ter ao menos uma marca visível de uma  política social bem sucedida????)
Mas perdeu-se, por enquanto, a vitrine da segurança. E até deu chance para o PT, cujo sonho é conquistar o Palácio dos Bandeirantes, faturar, oferecendo ajuda ao governo estadual – e podem apostar que isso vai para o horário eleitoral. (Nem ia comentar isso, mas é irresistível: para o morador da Vila Madalena só tucano pode faturar com escândalo do partido adversário e contar com toda a grande mídia unida em coro durante meses falando por exemplo do ‘mensalão).
O momento, porém, não é de tentar faturar politicamente. O momento é de toda a sociedade apoiar os esforços policiais contra o crime organizado, juntando de sindicatos a empresários, além de todos os níveis de governo. (Que tal investir na polícia científica e técnica e menos em militarização para expulsar moradores dos Pinheirinhos? De 2001 a 2005 o estado de São Paulo pouco investiu na polícia técnico- científica, enquanto a PM consumiu 58% dos recursos)
Qualquer governador eleito, afinal, enfrentará essas mesmas forças. (Mas certamente se for do PT não terá a blindagem que Alckmin e Serra e Alckmin de novo sempre tiveram não é mesmo, morador da Vila Madalena?)
PS. Não sei se esta conversinha mole do Dimenstein convence leitores tucanos da Folha, os leitores críticos certamente não se convencem sem bons argumentos. Se você é um dos que não engole conversa pra boi dormir e realmente quer entender o que efetivamente está ocorrendo com a Segurança Pública em São Paulo, leia os artigos relacionados a seguir:
Davis Sena Filho: Gilmar ataca Dilma e culpa o governo pela violência em São Paulo

Costumo achar engraçado um colunista que se define pelo lugar onde vive e/ou pelos prêmios que ganha:

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