quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Jornalismo Como Doença Mental




 

Esses dias o Cadu Amaral, em seu blog, num post maravilhoso (intitulado A Doença de Reinaldo Azevedo) ressalta vários comportamentos do Coxinha da Veja, e os associa ao distúrbio mental conhecido hoje como Bipolaridade. Para os mais antigos é mais conhecido como Psicose Maníaco Depressiva. Caracteriza-se por comportamentos altamente variáveis; que pode, na fase maníaca, se manifestar como agitação, pensamento rápido, insônia, obsessão com assuntos ou pessoas etc; e na fase depressiva - bom, precisa explicar? Eu explico, depressão, desânimo, desalento, sensação de inutilidade (esse é sintoma favorito do Coxinha).
Resolvi traçar um mapa das doenças que atingem o jornalista, em seus mais variados aspectos.
Comecemos pela Neurose. O genial Einstein, que não era neurótico, nem psicanalista, descrevia a neurose (que ele chamava de loucura) assim: "Loucura é fazer a mesma coisa repetitivamente, e esperar resultados diferentes!". Essa é a descrição da neurose, que eu prefiro descrever como o distúrbio em que o comportamento do afetado se assimila ao de um disco arranhado; quando a agulha chega no ponto arranhado do disco, ao invés de seguir em frente, ela volta ao sulco anterior numa espiral sem fim. Isso se repete, até que alguém dê um cutucão, pra colocar a agulha, de novo, em sua trilha. Esse tipo de distúrbio parece afetar de maneira assoberbante uma grande parte dos nossos "doentes" (leia-se jornalistas), que há anos tentam, através dos mesmos atos e artifícios, contaminar a sociedade com sua neurose obsessiva com o Lula. As mesmas técnicas e artifícios se repetem, sem jamais alcançar seu objetivo. Num sem fim de insanidade (ou canalhice) ele repete o mesmo comportamento, causando perplexidade nos mais ajustados à realidade, até o ponto de provocar fobia; nos mais sadios, fobia das idéias e seus donos.
Em seguida seria de bon ton analisarmos a esquizofrenia. Esta se caracteriza por alucinações, visuais e auditivas, vindas de um mundo fantástico que só existe na cabeça do esquizofrênico. O resultado é um indivíduo com incapacidade de se comportar no mundo real de maneira satisfatória, levando-o a uma total falta de conexão com a realidade. Delírios ou falsas crenças patológicas que não são corrigíveis pela razão (neoliberalismo), pensamento desorganizado, alterações dos afetos, das emoções, do juízo crítico e de vontade. A pessoa que sofre de esquizofrenia pode falar incoerentemente, deixar de falar, ter respostas emocionais desadequadas (matérias e piadas de mau gosto), humor embotado ou neutro (caso do Chico SemUso), ausência de respostas emocionais (Willian SuWaacko) ou períodos longos de exaltação ou depressão (Eliane Tacanhede), ideias de perseguição e grandeza (Alexandre Gracinha) ou outras de conteúdo fantástico (Arnaldo Jabourro). Esse distúrbio também parece afetar o Reinaldo, além dos outros representantes da mídia citados aqui. Em suas alucinações veem a esquerda como algum poder demoníaco que os persegue em sonhos e delírios e contra os quais o doente pode praticar atos ensandecidos travestidos de uma imitação de heroísmo, raramente o esquizofrênico fere alguém além de si mesmo, mas entre jornalistas essa regra é nula.
Passemos então à obsessão compulsiva, ou Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Essa patologia se caracteriza por um desconforto que leva o obsessivo a pensar constantemente numa só coisa, dezenas, até centenas de vezes. A Ideia fixa destrói a vida do indivíduo, levando-o a se tornar uma sombra do pensamento que lhe obsidia. Pessoas, lugares e fatos dominam a cabeça do obsessivo, impedindo-o de realizar a mais simples das tarefas, como sua obrigação profissional. Pudemos ver isso, em comportamento grupal, na transmissão do Julgamento da Ação Penal 470 (que pelas características alucinatórias e afastadas da realidade dos fatos, parece criação de um esquizofrênico do judiciário). Na GROBONIUS por exemplo, mesmo perdendo audiência, devido ao tédio de assistir um bando de togas pelancudas, falando uma língua que ninguém entendia, num assunto que a poucos interessava; a 'cobertura' obsessiva não conseguia se afastar para compreender o próprio ridículo. Enterraram-se até o pescoço na tentativa insana de ligar fatos corriqueiros de nossa realidade política (triste, sim, mas verdadeiro) a um único grupo, numa flagrante demonstração patológica de Obsessão Compulsiva.
Chegamos, enfim, ao mais danoso tipo de comportamento (sim, não é doença patológica, mas uma forma de comportamento) do psicopata. Desprovido de empatia, ou sentimentos verdadeiros como remorso e culpa, o psicopata tem a si como único ponto de referência. Incapaz de ver e compreender o outro, o psicopata se dedica tão somente a satisfazer a si, e suas doentias necessidades. Alcançar seus objetivos, por mais nocivos que sejam, é a única preocupação do psicopata. Ele não vê limites para sua atuação, nem mesmo a lei ou a possibilidade de punição (que para os jornalistas da grande mídia, jamais chega). É ardiloso e tem uma aparente inteligência que lhe dá a capacidade de articular tramas complexas e criminosas, só para ter o prazer de dominar suas vítimas (nós). Ele mente compulsiva, e competentemente, para atrair suas vítimas às suas armadilhas, que no fim só geram dor e desespero aos envolvidos. Nessa categoria podemos enxergar todos os representantes do jornalismo empresarial, enaltecidos e premiados, que fazem de tudo para que o que pretendem se torne realidade, mesmo que só para eles.
Existe tratamento para a maioria desses distúrbios, drogas pesadas e internação são altamente recomendados, em alguns casos, só lobotomia.
René Amaral
No Amoral Nato

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