Eduardo Guimarães, Blog da Cidadania
“Confesso que adiei a composição deste
texto o quanto pude. Passado o choque inicial com a tragédia épica que se
abateu sobre Santa Maria, ainda que pouco confiante em que não acontecesse não
quis considerar a hipótese de que sobreviesse o espetáculo de selvageria que se
seguiu neste país.
Lembro-me de que, no domingo, minutos após
saber que serei avô pela segunda vez, então ainda na mesa do almoço com os pais
da criança (meu filho e minha nora), ouço a emissora FM em que escutávamos
música falar sobre a tragédia, interrompendo o almoço em família e nos
obrigando a ir à internet em busca de maiores informações.
Naquele instante, senti vergonha do
pensamento que me tomou. Um horror humanitário como aquele e eu fui logo pensar
em que arrumariam um jeito de criticar Lula ou Dilma ou até o PT pelo que
ocorrera. Senti-me fanático e insensível.
Não tive que esperar muito para me redimir,
ainda que preferisse ter me sentido mal comigo mesmo a ter que encarar a dura realidade
de que há uma infestação de desumanidade no país.”
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