Hoje meu Blog está completando 1(um) mês e tudo que escrevi durante a semana se resume em duas matérias, todas relacionadas com o curso de jornalismo que iniciei no dia 10.03.08 (menos de um mês). A primeira matéria já postei agora pouco e a segunda segue agora. Na semana que se inicia estarei ausente, por motivo justificado e não sei se terei tempo de escrever alguma coisa levando meu Notebook.
JORNAIS DE GRANDE CIRCULAÇÃO, NUM FUTURO PRÓXIMO, TAMBÉM TERÃO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA?
Como disse no encerramento da minha resenha, por falta de espaço, falei alguma coisa sobre Jornais de Grande Circulação, mas deixei para falar sobre o caso dos Jornais Gratuitos o que irei fazer agora neste espaço, dando assim continuidade ao trabalho sobre a Palestra do Prof. Coelho. No dia da palestra o professor mencionou os Jornais Destak e Metro, com circulação diária em SP de 150.000 exemplares. Diversos exemplares do dois foram levados para rápida leitura e constatação de que não têm conteúdo jornalístico, com pequenas notas lacônicas sob forma de notícias que não informam praticamente nada. O que mais impressionou foi a afirmativa de que 83% dos leitores eram das classes “A” e “B”, enquanto apenas 17% tinham como destinatários classes “C” e outras. Também impressionantes foram os milhões de euros investidos no Destak e mesma coisa certamente aconteceu no Metro. Este um pequeno resumo da Palestra, sem contar com um gráfico de cada e um comparativo dos dois jornais.
Para dar justificar o título que dei na avaliação crítica necessito diversificar um pouco, mas sempre dentro do que diz respeito à mídia.
Em 18/08/2007, imprimi uma matéria que saiu no Observatório da Imprensa com o título: MÍDIA IMPRESSA. Será hora de dar adeus aos jornais? A matéria que deu origem ao questionamento, por Russell Baker em 7/8/2007, reproduzido da “The New York Review Of Books, volume 54. nº 13, com o título original “Goodbye to newspapers?”, tradução de Jô Amado. Da matéria com 10 laudas, tento agora fazem um pequeno resumo dos três primeiros parágrafos da 1ª página, onde foi dito que: “A imprensa norte-americana está triste. Inúmeras autoridades já garantiram que está com os dias contados, inúmeros bons jornais estão em ruínas. Ela perdeu muito do respeito por parte do público...”; “Sua publicidade e circulação vêm sendo sugadas pela internet e seus patrões parecem atingidos por uma falta de imaginação empresarial necessária para prosperar na era eletrônica.Pesquisas mostram que um número cada vez maior de jovens obtém informações pela televisão e os computadores produzem a melancólica sensação de que a imprensa é coisa do passado, uma charrete puxada por cavalo numa via expressa de oito pistas. Depois, há o lado atrapalhado: a desonestidade de pessoas como Jayson Blair ou Stephen Glass torna o jornalismo uma farsa. A elite dos jornalistas de Washington teve um papel decepcionante, ajudando um grupo de neoconservadores a criar a guerra do Iraque...”. Faço agora a minha primeira observação, para dizer que da matéria, sem prejuízo de todo o seu conteúdo, do que consta acima já basta para dar desenvolvimento ao meu trabalho para o Curso de Jornalismo.
Em 11/03/2008, também do Observatório da Imprensa, do Jornal de Debates, imprimi uma matéria com o título INCLUSÃO DIGITAL – A internet e os novos “formadores de opinião”. Por Venício A. de Lima, com 8 laudas, de onde transcrevo apenas os dois últimos parágrafos: “Os “formadores de opinião” tradicionais parecem estar sendo paulatinamente substituídos por “líderes de opinião” locais que se utilizam cada vez mais da internet onde, inegavelmente, existe mais diversidade e pluralidade na informação. O atual sucesso de alguns blogs em amplas camadas da população - e a capacidade incrível de multiplicação capilar de informações e análises - certamente é uma das conseqüências mais visíveis desse auspicioso processo.” (coloquei negrito). Ainda na matéria tem considerações sobre a revelação há poucos dias pela Associação de Mídia Interativa ( IAB Brasil ) de 40 milhões de brasileiros tinham acesso à internet e que o crescimento dos internautas, consolida a internet como a segunda mídia de massa do país, só perdendo para a televisão.
Faço agora a minha segunda observação: Por pouquíssimo tempo, porque em breve estará em primeiro lugar. Chego a está conclusão pelos seguintes motivos. 1. De 2002 a 2007 o consumo ( compra ) de computadores no Brasil passou de 10 bilhões de dólares para 16 bilhões, ou seja, um aumento de 60% em 5 anos; 2. Segundo a Fábrica da Dell, em São Paulo: o Brasil já é o quinto mercado mundial de computadores e deve ser o terceiro em 1010, ficando atrás apenas da China e dos EUA; 3. Mesmo com 11 milhões de unidades vendidos no ano passado, apenas 23% das residências do país contam com PCs, não restando dúvida de que há um grande espaço a ser ocupado; 4. O brasileiro gosta de acessar a internet mesmo quando não tem computador e não é por outra razão que o número de internautas cresce assustadoramente a cada ano; 5. Se puder através da internet ter acesso à mídia eletrônica e aos jornais convencionais de grande circulação (ainda que em parte e desde que não pague), porque comprar o Jornal de Papel? 6. Gostem ou não alguns jornalistas, a verdade é que os Blogs e Sites de muitos Jornalistas renomados e independentes fornecem notícias com maior rapidez e credibilidade ao contrário dos jornais de grande circulação que perderam credibilidade razão da queda nas vendas, mesmo congelando os seus preços.
Volto novamente aos Jornais Gratuitos, sem dúvida sem conteúdo jornalístico, mas de baixo custo operacional e a toda evidência lucrativos. Pelo menos no Brasil, pelo que estudamos dos dois mais importantes que circulam em São Paulo, eles podem em pouco tempo oferecer aos anunciantes o mesmo público dos de grande circulação. Porque o Metro, uma publicação de um grupo sueco é popular em mais de 100 países, fato admitido até mesmo por quem já escreveu contra este tipo de jornal? Em SP segundo o Prof. Coelho, 70,1% é da Bandeirante e 29,9% do grupo sueco. Por que o empresário luso-brasileiro André Jordan ( polonês naturalizado português ) investiu 11 milhões de euros no Destak? A resposta parece simples, LUCRO. Até 03 de março de 2002, segundo matéria da Redação do Correio Braziliense, com o título: A questão dos gratuitos. “Vistos pelos europeus como “perversão do mercado”, amplia-se a discussão econômicos e éticos de veículos sem vendas em bancas ou assinaturas.” Se na época a matéria defendia os jornais tradicionais e até falava em piquetes de tipógrafos para impedir a distribuição do jornal gratuito Metro, também já dizia que: “Mas a profusão de diários gratuitos assusta e não pode ser menosprezada.” Hoje a questão parece estar superada e tiveram que conviver com a existência dos gratuitos que ganha espaço no mundo inteiro.
Na palestra do Prof. Coelho perguntei se ele achava que os jornais convencionais ou de papel iriam acabar. Respondeu ele que não, mas não se aprofundou na resposta, mesmo porque eram várias perguntas feitas e não teria tempo para tanto. Tenho a mesma resposta. Não vai acabar, assim como a rádio não acabou com o surgimento da TV, mas é bom que se observe que tanto as rádios como as TVs abertas são gratuitas e vivem de propaganda a exemplo dos jornais gratuitos. Já existe até estudo informando que os aparelhos de Tvs num futuro próximo serão substituídos por um computador mais sofisticado que exercerá as funções da TV, do Computador e via de conseqüência da Internet. Acredito que a mídia eletrônica, com seus blogs e sites com bons jornalistas vão ocupar definitivamente os lugares dos jornais de grande circulação. Sinal do que afirmo é a razão de vários jornalistas que trabalham para empresas jornalísticas já ter criado seus blogs ou sites, ainda que continuem dentro da linha doutrinária de seus atuais patrões. Porém, se mandados para a rua, rapidamente poderão utilizar sua mídia eletrônica também como fonte de renda, inclusive prestando serviços de propaganda para anunciantes. Bastante simples, não?
Acredito que pelo que têm em comum atualmente, baixa qualidade e falta de conteúdo jornalístico, melhor dizendo, credibilidade, caráter moral e ético, não cumprindo sua função social, todos os jornais serão gratuitos.
Encerro concluindo de uma forma bem simples, transformando o questionamento que fiz no título com uma afirmação do que acredito irá acontecer:JORNAIS DE GRANDE CIRCULAÇÃO, NUM FUTURO PRÓXIMO, TAMBÉM TERÃO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA.
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