segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Globo X Record: os próximos passos da briga pelo Brasileirão




Do Vermelho - 28 de Fevereiro de 2011 - 13h00

A novela da disputa pelos direitos de transmissão dos Brasileirões de 2012 a 2014 terá capítulos eletrizantes já no início desta semana. Nos próximos dias, a Globo começa a negociar com cada um dos 20 clubes que integram o esfacelado Clube dos 13 — e com mais alguns times hoje na Segunda Divisão, mas que poderão subir no campeonato do ano que vem.
A negociação é a consequência mais direta da brigalhada que estava latente nos últimos meses, mas que eclodiu espetacularmente somente na semana passada. Não se trata de uma querela qualquer. Mobiliza duas paixões dos brasileiros – os times de futebol e as duas maiores emissoras de TV do país. E envolve valores bilionários: tanto no montante a ser pago por emissoras, operadoras de telefonia e portais pelos direitos de transmissão, quanto nos patrocínios que as grandes empresas passaram a despejar de forma crescente nos clubes de futebol nos últimos anos.

A partir desta segunda-feira (28), os negociadores da família Marinho — Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esporte, à frente — começam a se reunir com os presidentes de todos os vinte clubes que compõem o Clube dos 13. Vão pôr em prática a estratégia definida na quinta passada, em reunião que só terminou na madrugada seguinte. Partirão para o ataque imaginando flechar ao menos 15 dos 20 clubes que integram o Clube dos 13.

Os times de maior torcida são escancaradamente simpáticos à Globo — que, aliás, jogou de forma inédita para seduzi-los. Até Roberto Irineu Marinho, presidente das Organizações Globo, se meteu diretamente no tema: chegou a falar ele mesmo com Patrícia Amorim, presidente do Flamengo.

O que a Globo vai propor, além de mais dinheiro do que paga hoje, é o estreitamento do que chama de parceria entre a emissora e os clubes. E que essa parceria já dura mais de uma década. Vai lembrá-los que sua audiência é quase três vezes maior do que a da Record — um argumento que sensibiliza os clubes. Enfim, a emissora vai apelar para o “em time que está ganhando não se mexe”.

Afinal, quem vai vencer esse cabo-de-guerra? O Clube dos 13 imagina que, o temporal tende a cessar agora que o edital está nas ruas, embora a Globo não vá participar (o que não é pouca coisa). Os dirigentes da entidade acham que, quando no dia 11 de março os clubes derem de cara com a proposta da Record em torno dos R$ 500 milhões pelos direitos da TV aberta, cairão na real e desistirão de qualquer veleidade de negociar diretamente com as TVs.

Os tais R$ 500 milhões correspondem ao dobro do que hoje é pago. E, afirmam esses dirigentes nos bastidores, seriam suficientes para adoçar a boca e cofres dos cartolas. O Clube dos 13 aposta também que o Cade vetará qualquer negociação direta entre as partes. Argumenta que o acordo assinado no ano passado lhe dá plenos poderes para a negociação.

A Globo tem, naturalmente, outra visão. Considera que as duas principais exigências do Cadê podem ser cumpridas quando sentar-se à mesa com os clubes: um acordo sem cláusula de preferência para nenhuma emissora e que seja dividido por plataformas (TV aberta, fechada, pay per view etc.). Conselheiros do Cade afirmam que uma negociação direta não é proibida. Mas que, claro, analisarão os eventuais contratos fechados com lupa.

Talvez o Clube dos 13, hoje rompido com a Globo, esteja simplificando demais esse xadrez futebolístico-televisivo. Mas a Globo tem bala para saciar a sede dos clubes? Cartolas têm dito aos quatro ventos que negociarão direto com a Globo para conseguir valores maiores do que o que o Clube dos 13 acena para eles.

Neste ponto, o Clube dos 13 argumenta que a conta não fecha. Se a Globo não quer pagar os R$ 500 milhões estabelecidos no edital, como pagaria mais a cada um dos clubes? (Fora os valores também mais altos das outras plataformas, tais como pay per view, TV por assinatura, internet)

A Globo não diz publicamente, nem é hora para isso, mas os tais R$ 500 milhões não seriam o grande problema – embora também o seja. O que de fato a Globo não admite são outras condições que aparecem no edital do Clube dos 13. A emissora não quer, por exemplo, que as imagens sejam geradas pelo Clube dos 13, nem que a transmissão pela internet possa acontecer com um delay de apenas 45 minutos após o início da partida (mataria o pay per view, alega a Globo).

Impossível prever quem ganhará essa parada. A Globo aparentemente leva vantagens — tem poder, tradição no futebol. Mas é apenas um favoritismo momentâneo, que pode evaporar no momento seguinte. Não se pode menosprezar também a possibilidade de parte dos times fechar com a Record e parte com a Globo. Ainda que a Globo leve os clubes de maior torcida, o que parece mais lógico, em algum momento eles enfrentarão os de menor torcida – e, neste caso, as emissoras donas desses direitos de transmissão terão de se entender.

O que fica patente, no entanto, é que de modo atabalhoado ou não, a concorrência chegou para valer num campo em que a Globo sempre reinou absoluta. Se a líder de audiência ganhar, terá sido despendendo um suor nunca imaginado por ela e pelos telespectadores — se expondo como nunca e mostrando uma perda relativa de poder.

E talvez seja a última vez que conseguirá vencer a concorrência em várias plataformas de mídia. Os tempos, se não mudaram ainda, estão mudando. Mas isso a Globo sabe – o que importa para ela, neste momento, é vencer. Mesmo que de 1 a 0 e com gol na prorrogação.

Da Redação, com informações do Radar Online
.

Oposição pega na mentira: Itamar e FHC reajustaram Salário Mínimo até por portaria

Por falta de ter o que fazer, a oposição criou uma falsa celeuma em torno da palavra "decreto" na Lei do reajuste do Salário Mínimo recém-aprovada, que fixa reajustes pelo INPC + crescimento do PIB, até 2015.

Entraram até no STF (Supremo Tribunal Federal) contra os trabalhadores teram a garantia do aumento real nos próximos anos.

O que a memória seletiva da oposição "se esquece", é que o ex-presidente Itamar Franco (PP/MG) e seu ministro da fazenda, FHC, com apoio de todo o demo-tucanato, também fixou valores do Salário Mínimo por portaria, sem que o valor de cada reajuste passasse pelo crivo do Congresso Nacional.

Itamar e FHC reajustaram o Salário Mínimo por portaria

Durante o governo Itamar Franco (PPS/MG), no ano de 1993 e início de 1994, antes do Plano Real, o Brasil vivia período de hiperinflação, e o salário mínimo era reajustado todo mês... por portaria interministerial (ato administrativo semelhante ao decreto), assinado pelo então Ministro da Fazenda FHC:

Observe que a portaria (assim como decretos), obedece às leis 8.542 e 8.700, assim como os futuros decretos que a presidenta Dilma assinar reajustando o Salário Mínimo obedecerão à lei nº 12.382/2011, recém aprovada.

Durante o Plano Real

Em 27 de maio de 1994 (O ministro da fazenda já era Rubens Ricúpero), Itamar sancionou a Lei Nº 8.880, que criava a URV.

No artigo 18 da referida lei está dizendo com todas as letras, que o salário mínimo seria reajustado nos meses de março, abril, maio e junho de 1994, utilizando a URV e, na mesma lei, o Poder Executivo era quem calcularia o valor da URV. Portanto, era o executivo quem fixaria o valor do Salário Mínimo em Cruzeiros Reais (a moeda corrente).

E agora? O que tem a dizer o ministro falastrão do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, que andou "testando a hipótese" da oposição?

E o senador Itamar Franco (PPS/MG)? Vai imitar FHC e pedir para esquecerem o que fez?

Mais de 700 mil empregados domésticos saíram da informalidade com abatimento da Previdência no IR

Daniel Lima, Agência Brasil

“A Receita Federal calcula que mais de 700 mil empregados e empregadas domésticas tenham saído da informalidade, entre 2006 e 2010, com a regra que permitiu o abatimento da contribuição previdenciária no Imposto de Renda dos patrões.

A dedução, instituída pela Lei nº 11.324, foi a forma que o governo encontrou de estimular a retirada dos trabalhadores domésticos da informalidade. O benefício fiscal só é permitido a um empregado doméstico por declaração, inclusive no caso de ela ser feita em conjunto.

A renúncia fiscal com a medida, em 2010, será de aproximadamente R$ 500 milhões, de acordo com a Receita Federal. Mas o resultado definitivo só deve ser apurado após a entrega das declarações, que começa no dia 1º de março e vai até 29 de abril.

Entre 2006 e 2009, em termos nominais, São Paulo foi o estado que mais se beneficiou da regra. Os contribuintes paulistas puderam abater o total de R$ 346 milhões de contribuições previdenciárias do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

Depois, vem Minas Gerais com R$ 148 milhões, seguido do Rio de Janeiro com R$ 116 milhões. Os contribuintes de Roraima, estado com menor população, abateram R$ 968 mil. Em todo o Brasil, no período, deixaram de ser recolhidos R$ 1,1 bilhão com a medida.

A contribuição patronal paga à Previdência Social incidente sobre a remuneração do empregado doméstico só poderá ser deduzida do IRPF do empregador até a declaração de 2012, quando o contribuinte mostrará à Receita seus ganhos e gastos referentes a 2011.”

Frente governista entra em campo por regulação de mídia


Eu defendo piamente a liberdade de expressão, só não concordo com monopólio dos meios de comunicação, nem com propriedade cruzada, nem com jornalismo seletivo.Ao meu ver, o jornalismo de mercado deve ser imparcial.Sempre.É esse tipo de Regulação da mídia que o PT defende.

A decisão do governo de propor um novo marco regulatório da mídia digital levou 171 deputados aliados a criar frente em defesa do projeto, coordenada por PT e PSB.

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que o debate é "prioritário" para a bancada e que será "iluminado pelos princípios da liberdade de imprensa".

Segundo a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), a frente "fará a base para o governo enviar o projeto do marco regulatório".

Na semana passada, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) disse que o marco deve ser encaminhado ao Congresso no segundo semestre e que não será divulgado agora, pois "tem grandes chances de ter uma besteira no meio".

A Folha apurou que o texto do governo já está quase finalizado, mas será enviado ao Congresso após a consolidação do movimento pró-marco. A ideia é anunciá-lo em março, com um manifesto em defesa da "democratização" do setor.

O representante do PT será o deputado Emiliano José (BA), jornalista e professor.
0 comentários

Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Dilma:Lei de Valorização do Salário Mínimo garante estabilidade e segurança


Por: Paula Laboissière, da Agência Brasil


Brasília – A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (28) que o governo quer continuar com a política de valorização do salário mínimo para que a roda da economia gire com vigor. Ao comentar a definição de regras para o reajuste, ela avaliou que o momento é importante para o trabalhador porque a lei traz segurança e estabilidade.

“Com ela, todos sabem de antemão quais são as regras e os critérios de aumento do salário mínimo, daqui até 2015”, disse, em seu programa semanal Café com a Presidenta. O reajuste do salário mínimo, definido em R$ 545, foi divulgado no Diário Oficial e entrará em vigor nesta terça (1).

Dilma lembrou que a Lei de Valorização do Salário Mínimo consolida um acordo fechado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com as centrais sindicais em 2007.

“O salário mínimo tem que ter um ganho real, uma valorização. E este aumento real deve acompanhar o crescimento da economia”, explicou.

A presidenta destacou que caso a economia brasileira não cresça ou registre queda, o cálculo do reajuste vai considerar que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será nulo e não haverá desconto no salário mínimo.

A estimativa para 2016, segundo Dilma, é que o reajuste seja de cerca de 13% em razão de um crescimento de 7% acima da inflação no ano passado, totalizando um mínimo de R$ 616.
0 comentários

Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Charge Online do Bessinha

Nunca antes nesse país - 2

Um desejo de Dilma
Janio de Freitas, na Folha da Ditabranda
Relações positivas entre a presidente e a oposição poderiam resultar em uma reordenação até imprevisível
AS DIFERENÇAS de métodos e de modos entre Dilma Rousseff e Lula ganham um componente novo, e impressentido pelas inúmeras comparações feitas dos dois. Decorre de particularidade pessoal da presidente, mas, não menos, de uma condição especial que distingue politicamente sua Presidência de todas as anteriores, não só de Lula.

O desejo de Dilma Rousseff de reuniões desarmadas com oposicionistas, bem simbolizado na cordialidade do encontro e do seu convite a Fernando Henrique Cardoso, contrasta com a rigidez atribuída, naquelas comparações, a seu temperamento e a sua atitude política na Presidência. Até aí, uma novidade interessante. A partir dela, porém, projeta-se um elemento indigesto a mais no embaraço em que a oposição está desde que o governo Lula começou a construir fisionomia própria, não mais apenas de constrangida prorrogação do antecessor.

A satisfação com a política econômica, nas classes média e alta, e a recepção das medidas populares deixaram a oposição, no governo Lula, sem matéria substancial para fazer o seu papel.

Ir além do governo, com propostas mais avançadas, era inconcebível pelo conservadorismo que impregnava, e impregna, a oposição. Restou o oposicionismo superficial, aos modos pessoais de Lula, às práticas permanentes de populismo, e a uma ou outra posição na política externa -as relações com Chávez, com a complicada Bolívia de Evo Morales, com o Equador, mais tarde com o Irã, nada que desse forças à oposição.

O embaraço oposicionista se repete. O oposicionismo em meios de comunicação martela no alarmismo, com os dados insatisfatórios, e produz sempre um "mas" para juntar aos dados positivos. Entre deputados e senadores, até agora a oposição limitou-se à cômoda hipocrisia de defender um salário mínimo que sabia não ser aprovável e contrário a tudo o que sempre disse e fez, quando governo. Os ataques pesados emitidos por José Serra caíram no vácuo, nem os parlamentares do seu partido o embalaram.

Nesse embaraço revestido de falta de criatividade, a tendência de uma relação cordial entre a presidente e lideranças oposicionistas é estender-se, forçosamente, dos modos pessoais aos modos políticos. O que funcionará, em silêncio, como uma restrição aos ataques exaltados que, incidentes embora em aspectos superficiais ou de expressão limitada, constituem o oposicionismo. O embaraço do embaraço.

Fernando Henrique e Lula gostariam muito de ter conseguido algum grau de convívio amistoso, pessoal e político, com lideranças das respectivas oposições. Não esconderam esse desejo, nem conseguiram dar um passo na direção dele. Dilma Rousseff desfruta de uma condição que faltou aos dois, como é próprio das Presidências.

Sua origem e seu percurso para chegar ao Planalto não se fizeram na vida política, nas disputas partidárias, nos embates parlamentares, nas lutas entre oposição e governo. Dilma Rousseff não traz, nem deixou nas eminências partidárias, ressentimentos e idiossincrasias que podem ser disfarçados, mas não são inativos. Conduzem, mesmo, grande parte da política. Não, até agora, em relação a Dilma Rousseff.

Em efeito extremo e, sobretudo, improvável, relações positivas entre a presidente e lideranças oposicionistas poderiam resultar em ambiente e reordenação política, ou partidária, de importância até imprevisível. Mas levar as coisas a tal ponto conflita com as ambições pessoais, que se juntam sob a máscara de objetivo ou interesse partidário. Se, no entanto, do propósito manifestado por Dilma Rousseff surgir algo novo, já será avanço. Qual e quanto, importa menos.

Share/Bookmark

Leia mais em: ЭSQUЭЯDФPATA
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog do Esquerdopata.

Recrutas do PAC: Setor privado atrai soldados com oferta de salário mais alto

Ruy Baron/Valor
Soldado Francisco Clailton dos Santos, operador de máquina vibroacabadora em Goiana (PE): “Logo devo sair também”


VALOR
De Cabrobó e Goiana (PE)

Sete anos é o tempo máximo que um soldado pode permanecer no Exército quando ingressa por meio do serviço obrigatório. O que tem ocorrido na divisão de engenharia militar, no entanto, é que poucos oficiais têm concluído esse ciclo. Antes disso, a maioria troca a farda pela iniciativa privada, atraída por melhores salários.

“Às vezes ouvimos algumas reclamações de que o Exército estaria tirando parte das obras do setor privado. A realidade é que essa mesma indústria vem aqui nos quartéis atrás de nossos soldados”, diz o major Marcelo Souza Lima, comandante do destacamento em Goiana, município situado a 70 km de Recife.

Com apoio de instituições como Senai e Senat, os militares têm realizado cursos técnicos nos alojamentos. Quem faz os cursos como os de laboratorista e topografia recebe certificado no final. “O soldado se tornou um alvo cobiçado pela indústria da construção civil, principalmente depois dessa explosão de demanda em infraestrutura”, afirma o coronel Osmar Nunes, adjunto do centro de operações do primeiro grupamento de engenharia de construção.

“Somos assediados o tempo todo, estamos brigando para segurar o soldado. Você investe quatro anos em um soldado, que se torna um excelente operador de máquina. Vem um engenheiro de empresa aqui e leva na hora, não temos como segurar”, conta Nunes.

A saída dos garotos antes dos sete anos não é encarada exatamente como um problema. A decisão, segundo os militares, é vista como uma colaboração social. A consequência, no entanto, é o atraso nas obras assumidas pelas Forças Armadas. “É preciso considerar que esse aprendizado tem um custo adicional para nós. Quando um soldado sai, precisamos treinar outro do zero”, afirma o tenente-coronel Marcelo Guedon, do batalhão de engenharia de Cabrobó.

As marcas do treinamento estão bem gravadas nas latarias de tratores, caminhões e motoniveladoras usadas nas obras. “É claro que nossas máquinas são bem mais amassadas que as de uma empresa privada, mas esse é outro custo que temos que absorver, afinal nosso garoto está aprendendo”, diz Guedon.

Hoje, o Exército toca obras em oito aeroportos da Infraero, projetos que somam investimentos de R$ 169,3 milhões. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), que atualmente administra 1.080 contratos de obras no país, tem 12 contratos nas mãos dos militares. Dos R$ 41 bilhões de contratos relacionados a obras em estradas, o Exército executa R$ 1,1 bilhão, o que equivale a 2,5% do total.

Nas obras de transposição do rio São Francisco, onde os contratos administrados pelos militares somam cerca de R$ 300 milhões, a missão é entregar 2 km de canais, de um total de 402 km em construção no Eixo Norte, além de uma barragem. No Eixo Leste, os soldados trabalham em uma barragem e nos primeiros 6 km, dos 220 km que formarão o canal.

O preço final dessas obras chega a cair 20% em relação ao que seria cobrado pela iniciativa privada, uma vez que não há custo direto relacionado à mão de obra. A produtividade militar, no entanto, é bem menor que a de uma companhia da construção civil, o que não significa que haja espaço para improvisos.

Com o dedo apontando para uma tabela na parede, Lima detalha as especificações técnicas que são usadas na produção do asfalto. “Isso é a nossa bíblia, o soldado tem que seguir à risca o que está aqui. É o nome do Exército que está por trás dessas obras.”

Entre os poucos soldados que trabalham há mais de quatro anos no quartel de Goiana, está Francisco Clailton dos Santos, de 23 anos. Operador de uma máquina vibroacabadora, com salário mensal de R$ 1 mil, ele conta que está guardando dinheiro para se casar. A mulher mora no Piauí. Santos gosta de sua rotina, mas não esconde o interesse em ir para a iniciativa privada. “Ainda não recebi o convite de uma empresa, mas tenho vários amigos que já foram. Logo devo sair também”, diz.

No mesmo batalhão, Elievelto Edmar da Silva, chefe de obras em campo, conta que está nos últimos dias de sua missão militar. Ele, que completou 25 anos, se especializou na coordenação de máquinas pesadas. “Lá fora estão pagando R$ 3 mil para um chefe de obras”, diz Silva. “Chegou minha hora de sair.” (AB)

Postado por Luis Favre
Comentários
Tags: , , , , ,

Também do Blog do Favre.

Recrutas do PAC: De refinarias a aeroportos, recrutas tocam obras

Infraestrutura: Engenharia do Exército foi formada por lei de 1880

Ruy Baron/Valor

Amir Soares Paé, dirigindo uma motoniveladora em uma obra tocada pelo Exército em Pernambuco: “O trabalho não é moleza, mas eu gosto do que faço”


André Borges | VALOR

De Cabrobó e Goiana (PE)

O garoto Almir Soares Paé nunca dirigiu um carro na vida. Ainda não tem habilitação, tampouco dinheiro para comprar um carro. Na boleia de uma motoniveladora de R$ 300 mil, porém, vira um motorista experiente. Com seus 19 anos, aparelho nos dentes e dúzias de espinhas no rosto, Paé precisou só de algumas aulas práticas para ganhar o posto. O garoto leva jeito, e não seria para menos dada a responsabilidade que assumiu. Ele e mais alguns amigos estão trabalhando nas obras da transposição do São Francisco.

No volante de uma fila de máquinas barulhentas, um batalhão de garotos de 19 e 20 anos trabalha das seis horas da manhã às seis da tarde na construção da barragem de Tucutu, a primeira represa do Eixo Norte da transposição, canal que avançará 402 km pelo sertão nordestino. Ali estão cerca de 200 recrutas do Exército, cumprindo o serviço obrigatório de um ano. O ritmo é pesado. Descanso, quando ocorre, só aos domingos. “O trabalho não é moleza, mas eu gosto do que faço”, diz Paé, que um ano atrás deixou a casa dos pais, em Picos, no semi-árido do Piauí, para trabalhar nas obras de Pernambuco. “Quando entrei no Exército queria saber como atirar, mexer com armas, mas achei bom vir para cá e aprender uma profissão. Fica mais fácil arrumar um emprego quando a gente sai.”

Os meninos que trabalham hoje na barragem em Cabrobó fazem parte da divisão de engenharia do Exército, braço que hoje soma um contingente de 9 mil militares em todo o país. Divisão menos conhecida das Forças Armadas, principalmente pelos milhares de garotos que todos os anos se alistam para o serviço obrigatório, a engenharia militar funciona como uma grande empreiteira. É essa “geração PlayStation”, como define o major Marcelo Souza Lima, comandante do batalhão que atua na cidade de Goiana (PE), que está operando máquinas de escavação e terraplanagem, rolos compressores, tratores e caminhões em algumas das principais obras do país.

Até meados de 2006, antes do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o volume de obras concentradas na Diretoria de Obras de Cooperação (DOC) do Exército era pequeno, não atingia uma dúzia de projetos, todos de pequeno porte. Hoje a divisão atua em trechos de mais de 30 obras de alto calibre, passando por rodovias, refinarias e aeroportos.

O resultado dessa operação é a chegada, todos os anos, de 2,6 mil garotos de 19 anos de idade ao mercado do trabalho, levando debaixo do braço um currículo com cursos básicos de construção civil. Nas obras, o trabalho dos soldados não se limita ao volante. Como há muito serviço de pedreiro que também precisa ser feito, na hora da necessidade ninguém fica de fora. “Aqui no quartel temos até hacker que colocamos para trabalhar na obra. Quando fazemos mutirão em dias de domingo, todo mundo pega no pesado. Cozinheiro, pessoal do almoxarifado, do escritório, todos têm que ajudar na obra”, diz o major Lima. “Sei que isso seria impossível em uma empresa privada, onde cada um só cumpre sua função, mas aqui eles são soldados, sabem que estão servindo o Exército.”

Na rotina das obras, cabe também aos próprios comandantes trocarem os chapéu de militar pelo de engenheiro. Profissionais formados pelo Instituto de Engenharia Militar (IME) costumam dar assessoria técnica para as obras, mas no dia a dia, são os coronéis que estão na linha de frente.

Em Goiana, na BR 101, recrutas como Djalma Raimundo Gonçalves colocam a mão no rastelo todos os dias para espalhar o asfalto a 180 graus celsius que os caminhões despejam nas obras de duplicação da rodovia. O calor e o cheiro forte não incomodam o recruta. “Fui voluntário para servir o Exército e quero continuar aqui. Se eu for selecionado para continuar no batalhão, vai ser muito bom”, diz Gonçalves.

Pelo regimento militar, quem é chamado para permanecer no Exército após vencer o primeiro ano de serviço obrigatório pode trabalhar por mais seis anos no quartel. No primeiro ano, o recruta recebe um salário de R$ 530 por mês, moradia, saúde e alimentação. Se é selecionado para encarar mais seis anos, passa a ganhar R$ 1 mil, mas não há pagamento por hora extra ou benefícios comuns da iniciativa privada, como o fundo de garantia.

Pode parecer um caminho pouco atraente para jovens que vivem nas capitais mais ricas do país, diz o coronel Osmar Nunes, adjunto do centro de operações do primeiro grupamento de engenharia de construção, mas no interior dos Estados do Norte e Nordeste essas vagas militares são disputadas pelos garotos. “Hoje não temos problemas com a quantidade de voluntários. Pelo contrário, é preciso selecionar entre todos os que querem servir”, comenta o coronel Nunes. “Para muitos desses garotos, isso aqui é o trampolim para aprender alguma coisa e depois ir para a iniciativa privada, que paga o triplo ou mais.”

A execução de obras de construção civil pela divisão de engenharia do Exército data da época do Império. A lei que determinou que o batalhão entrasse nas construções de estradas de ferro, linhas telegráficas e outras obras de infraestrutura é de 1880. Passados 131 anos, sua finalidade continua a ser a mesma, diz o general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, diretor da divisão de obras. “Nunca tivemos função de mercado ou de competição com a iniciativa privada, somos um aparelho do Estado que precisa adestrar [treinar] seu contingente”, afirma.

O Exército não recebe dinheiro pelas obras que executa. O salário de todos os militares que atuam nas obras, do recruta ao general, já é pago pela União. Dessa forma, o orçamento da obra é destinado à aquisição de materiais de construção, máquinas e equipamentos. O ganho material das Forças Armadas, comenta o coronel Osmar Nunes, ocorre com o reaparelhamento da divisão, que passa a incluir em seu patrimônio as máquinas compradas durante as obras, para depois usá-las em outras operações. “O Exército não tem lucro. Seu ganho é absorver tecnologia, formar o soldado e cumprir a função social de devolver um cidadão treinado para vida civil”, diz Nunes.

Na semana passada, em Cabrobó, o recruta Almir Soares Paé e muitos de seus amigos passaram pela peneira do Exército após um ano de trabalho. O garoto que se destacou no comando da motoniveladora queria permanecer no quartel. Não deu. Dos 200 soldados que trabalhavam na transposição, só 40 permaneceram. Outros 160 vão chegar. “Infelizmente são pouquíssimas as vagas e temos de escolher soldados para todo tipo de trabalho, de cozinheiro a motorista”, justifica o coronel Marcelo Guedon. Depois de um ano no quartel, Paé diz que aprendeu a dirigir todo o tipo de máquina. Embora sair do Exército não fosse a sua vontade, já estava preparado para deixar o posto. “Vou trabalhar numa empresa, quero estudar educação física.”

Postado por Luis Favre
Comentários
Tags: , , , ,

Do Blog do Favre.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Rádio Record News pode nascer em breve

adNews

“A ida de Heródoto Barbeiro para o canal de notícias Record News, confirmada nesta sexta, pode revelar planos mais ambiciosos. Corre no mercado a especulação de que o âncora vai assumir também a provável rádio Record News, emissora que surgiria da compra da Rede Transamérica, negociação que há meses vem sendo comentada nos bastidores.

Heródoto tem íntima relação com o meio rádio. Para assumir como âncora da TV, deixou a CBN onde comandava o jornalismo. Tanto Record News quanto Transamérica foram consultados pela reportagem, mas negaram a possibilidade.”
Matéria Completa, ::Aqui::

Lucro da Petrobrás é espetacular: R$ 35 bi. Alô, alô, Globo ! Vai encarar ?

Do Conversa Afiada - Publicado em 25/02/2011

Só para irritar o Ali Kamel



Saiu no G1:

Petrobras tem lucro líquido recorde de R$ 35,2 bilhões em 2010

Valor representa alta de 17% em relação aos R$ 30,051 bilhões de 2009. No quarto trimestre, ganhos chegaram a R$ 10,6 bilhões.

Bernardo Tabak Do G1 RJ

A Petrobras fechou 2010 com lucro líquido recorde de R$ 35,189 bilhões, alta de 17% em relação aos R$ 30,051 bilhões apurados em 2009. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Almir Guilherme Barbassa, em entrevista coletiva na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. “Fizemos a maior capitalização da história, de R$ 120 bilhões”, destacou o diretor.

Somente no quarto trimestre do ano passado, a estatal registrou lucro líquido de R$ 10,602 bilhões, valor 24% superior aos R$ 8,566 bilhões do trimestre anterior. “O quarto trimestre também foi recorde para a empresa”, destacou Barbassa.

“Alguns dos fatores que levarem ao lucro recorde foram a redistribuição do portfólio financeiro, que gerou menos impacto para as contas da empresa. O processamento de 4% a mais de óleo nacional, o aumento do refino de diesel, o nível de geração e de venda de gás também aumentou muito. Tudo isso contribuiu para esse resultado”, detalhou o diretor.

Barbassa também falou a respeito do aumento da produção da Petrobras. “A produção de gás natural cresceu 5% em 2010, em comparação com 2009. A atividade econômica crescente no Brasil provocou uma demanda muito grande pelo gás natural e, claro, por outros tipos de gás, como o GLP (gás liquefeito de petróleo), entre outros combustíveis. Entretanto, com a produção de gás ainda é muito menor do que a de petróleo, o aumento da produção total ficou em 2%”, explicou.

Em 2010, a Petrobras investiu R$ 76,411 bilhões, ante R$ 70,757 bilhões em 2009. “O investimento em 2010 ficou 14% abaixo do que esperávamos investir. Mas isso já esperado, pois ocorrem atrasos em entregas de equipamentos, algumas licitações não são feitas”, disse o diretor.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) — que mede a capacidade de geração de caixa — foi de R$ 60,323 bilhões no ano, com alta de 1,4%, e atingiu R$ 14,584 bilhões no trimestre, um aumento de 1,9%.

Nesta sexta-feira, o Conselho de Administração aprovou o pagamento R$ 2,217 bilhões de juros sobre o capital próprio, que corresponde a R$ 0,17 por ação. Ainda vão ser pagos R$ 1,565 bilhão de dividendos”

O balanço está de acordo com os padrões internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS).


(Com informações do Valor Online)

Navalha

O Globo é o jornal que tenta destruir a Petrobras desde que foi fundada pelo Dr Getulio, em 1953.

Na época, o Roberto Marinho trabalhava de mãos dadas com o Assis Chateaubriand e a Embaixada americana.

Hoje, com o Estadão, Roberto Campos, o resto do PiG (*) e a Chevron do Cerra.

E talvez a Embaixada americana, nunca se sabe.

É preciso esperar pelo WikiLeaks.

O record espetacular desmoraliza os jenios neoliberais que ocupam os jornais do PiG (*) para subir na vida à custa da Petrobras.

Recentemente, o Economista-Chefe do banco espanhol Santander tentou desqualificar a Petrobras num debate público.

Ele disse também que no Orçamento da União, com a Dilma, cabe qualquer coisa.

Deve ser alguma viúva da Petrobrax, que o Nunca Dantes sepultou no fundo do mar, ao lado da P-36.

Como diz um blogueiro ansioso: a eleição de 2010 foi sobre o pré-sal.

A de 2014 também será.

Quem mandará no pré-sal: o povo brasileiro ou a Chevron do Cerrra ?

Em tempo: liga o Vasco. É o maior lucro de uma empresa negociada na Bolsa do Brasil. Quem vai cortar os pulsos é aquele Agnelli da Vale.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

.

A cura pela leitura

Literatura: Um ramo tanto da biblioteconomia quanto da psicologia, a biblioterapia vem ganhando adeptos no Brasil.

AP
“La Lecture”, de Picasso: “Sabemos que o poder da boa literatura é profundo e transformador, mas não nos advogamos como médicos. Somos doutores de livros!”, ressalta a britânica Ella Berthoud


Mariane Morisawa | Para o Valor, de São Paulo

Um relacionamento que termina é sempre um motivo de tristeza ou de pausa para repensar a vida. Para superar a fase difícil, que tal um bom livro? “Flashman”, de George MacDonald Fraser, sobre um soldado britânico pouco recomendável, condecorado por heroísmo, pode distraí-lo de sua autopiedade. “Do Amor”, de Stendhal, pode auxiliá-lo a lidar com a melancolia, e “As Consolações da Filosofia”, de Alain de Botton, pode servir mesmo de consolo. Acabou de perder o emprego? Dureza, mas não se desespere! Uma boa pedida é rir com o conto “Bartleby”, de Herman Melville, sobre um empregado que recebe a solicitação para fazer uma coisa e diz preferir não fazer, mas estranhamente continua dia e noite no escritório. Já quem sofre pelo luto pode encontrar suporte em “Uma Comovente Obra de Espantoso Talento”, de Dave Eggers, baseado na história do próprio autor, que perdeu os pais jovem e precisou cuidar do irmão, ou “Metamorfoses”, de Ovídio, que descreve as transformações de todas as coisas, da vida à morte.

Essas são indicações genéricas de Ella Berthoud, da School of Life de Londres, fundada em 2008. Na prática, as “receitas” são individualizadas. O interessado pode marcar uma consulta pessoalmente, por telefone ou Skype. Depois de responder a um questionário sobre suas preferências literárias e conversar com a especialista, recebe uma lista de livros mais adequados às suas aflições. Usar literatura para ajudar a superar alguma dificuldade ou dor tem nome: biblioterapia. Desde a Antiguidade há relatos de prescrição de livros para enfrentar problemas cotidianos, mas só no século passado a prática ganhou esse nome e os primeiros estudos sobre seus benefícios, principalmente para doentes e presidiários. No Brasil, ela começa a ser difundida, com trabalhos principalmente em hospitais, ainda que não haja grupos fixos até o momento.

A biblioterapia pode ser um ramo tanto da biblioteconomia quanto da psicologia. A bibliotecária Clarice Fortkamp Caldin, autora de “Biblioterapia: um Cuidado com o Ser”, prefere fazer a distinção. “Biblioterapeuta é o psicanalista que se vale da leitura como uma das terapias, pois desenvolve a biblioterapia clínica com o intuito de cuidar das patologias psíquicas”, diz. “O bibliotecário, a seu turno, desenvolve a biblioterapia de desenvolvimento, quer dizer, cuida do ser na sua totalidade, sem fazer julgamento do que é ou não normal. Costumo chamá-lo de ‘aplicador da biblioterapia’. Não é um título tão charmoso quanto o primeiro, mas me parece mais justo.”

Clarice começou a se interessar pelo assunto quando percebeu que o bibliotecário estava muito preso às funções técnicas, esquecendo-se do lado humanista da profissão. Em 2001, defendeu dissertação sobre a leitura como função pedagógica, social e terapêutica. Depois, elaborou um curso de 80 horas na Universidade Federal de Santa Catarina. Na sua opinião, a eficácia vem da falta de cobranças. “O aplicador de biblioterapia não prescreve uma norma de conduta nem um remédio a ser tomado em horários determinados. Dela participa quem quiser, quem tiver vontade de escutar uma história”, afirma. “Essa história agirá no ouvinte do jeito que ele achar melhor ou mais conveniente naquele instante de sua vida. Será digerida lentamente, ficará na sua mente ou no seu subconsciente por tempo indeterminado e poderá ser retomada a qualquer momento.” E, como é grátis, não precisa ser interrompida se o dinheiro estiver curto.

Em sua experiência de quatro meses na ala pediátrica de um hospital em Santa Catarina, na qual se executou a biblioterapia por meio de leitura, contação, dramatização de histórias e brincadeiras, as crianças, segundo ela, esqueceram-se de que estavam em um hospital. Os familiares também se beneficiaram com o alívio do estresse. Num presídio feminino, as sessões de contos e poesias ajudaram as participantes a superar a sensação de impotência e a saudade dos maridos e filhos. Elas saíram do estado de prostração e chegaram até a escrever um jornalzinho interno.

Normalmente, a biblioterapia se dá em grupo. O aplicador seleciona o texto, faz a leitura, narração ou dramatização de uma história e aposta no envolvimento do público. Cuida, ainda, de permitir a liberdade de interpretação, propiciar o diálogo, a catarse, a identificação, a introspecção. “É bom frisar que para esse mister se presta a literatura, quer dizer, a ficção. Textos informativos ou didáticos não são considerados biblioterapêuticos, porque não produzem a explosão e apaziguamento das emoções [catarse], não permitem a identificação com as personagens [experiência vicária], nem induzem à introspecção [reflexão sobre como nosso comportamento afeta o outro].”

Os livros infantis são os geralmente utilizados por Lucélia Paiva, doutora em psicologia escolar e do desenvolvimento pela Universidade de São Paulo e autora da tese “A Arte de Falar da Morte: a Literatura Infantil como Recurso para Abordar a Morte com Crianças e Educadores”. Ela conta que descobriu o valor da biblioterapia intuitivamente. “Sentia que era mais fácil falar sobre certos temas com metáforas, de forma mais suave”, diz ela, que desenvolve trabalho voltado para pessoas em situações de crise e emergência, perdas e luto.

Lucélia começou a usar livros infantis para tratar de assuntos como a morte com seus sobrinhos. Mais tarde, conheceu o termo biblioterapia. Hoje, utiliza o mesmo gênero para adultos e crianças, em sessões em grupo ou individuais. “A Menina e o Pássaro Encantado”, de Rubem Alves, sobre uma garota que aprisiona uma ave numa gaiola por amá-la muito, serve para tratar de relações familiares ou conjugais e de luto. Já “Dona Saudade”, de Claudia Pessoa, ajuda a lidar com o luto e a saudade. “A Aids e Alguns Fantasmas no Diário de Rodrigo”, de Jonas Ribeiro e André Neves, auxilia na superação do estigma da doença.

As histórias, segundo ela, sempre precisam ter começo, meio e fim. “Não precisa ser final feliz, desde que exista uma solução. É ela que minimiza o sofrimento.” É preciso buscar o envolvimento do ouvinte, seja pela identificação com personagem ou história. “Se fizer eco, se fizer sentido, ele vai começar a ter um envolvimento emocional. A partir dessa catarse, pode identificar-se. E o desfecho daquele conflito do livro pode trazer para ele a possibilidade de desfecho de seus conflitos.” Ela afirma ter tido certeza de que dava certo quando soube que uma mãe enlutada tinha lido “Dona Saudade”, presenteada por uma amiga em comum, e espalhado o livro pelas outras pessoas afetadas pela perda de seu filho. Em outro caso, conseguiu, em sessão de psicoterapia, acessar até um trauma maior, fazendo uma senhora falar sobre o abuso sexual sofrido na infância.

Já os especialistas no ramo da biblioteconomia, ou aplicadores de biblioterapia, como descreve Clarice Fortkamp Caldin, deixam claro que a biblioterapia não é científica e não exclui os cuidados médicos. “Como arte, ela é criativa. Assim, o sujeito dela se vale para mitigar pequenos problemas pessoais. Cada um do seu jeito, usando a imaginação e de acordo com suas emoções”, diz ela. Para pessoas com problemas psicológicos sérios, pode ser auxiliar, sem ter a capacidade de cura. Mas dá seus resultados para quem embarca na viagem.

“Sabemos que o poder da boa literatura é profundo e transformador. Temos um feedback positivo de nossos clientes, que frequentemente voltam para mais sessões. Mas nós não nos advogamos como médicos. Somos doutores de livros!”, ressalta Ella Berthoud, da School of Life, que faz apenas atendimento individual. Para ela, funciona porque “você entra na cabeça de outra pessoa e vive outra vida por meio dos personagens do romance”. Essa experiência permite que se entenda melhor seus dilemas, se o livro for bem escolhido. “Você vê um personagem cometendo um erro e pode evitar fazer o mesmo. Outras vezes você vê os personagens superando as dificuldades, e isso dá a você, leitor, a resolução de resolver enfrentar a própria situação.” Fortalecido pela boa literatura ou por uma contação de histórias eficiente, ele tem a chance de estar mais apto a superar as dificuldades e os momentos de desânimo e de tristeza. Como se diz por aí, ler realmente faz bem, para a mente e para a alma.

Postado por Luis Favre
Comentários
Tags: , , , , ,

Do Blog do Favre.

A volta do Zé Baixaria


Depois de ficar parado durante meses, o PSDB ressuscitou um dos 'sites' de baixarias na internet, daqueles usados durante a campanha do Zé Baixaria.

O site foi criado ainda no período pré-eleitoral, escondendo a autoria, com notas sem assinatura, para atacar com as piores baixarias o então presidente Lula, a então candidata Dilma, nosso e outros blogs, e qualquer um que denunciasse os engodos e a corrupção demo-tucana.

Depois de rastreado o vínculo oficial com o PSDB, o partido foi obrigado a assumir de público que eram eles o "Gente que mente".

A repercussão tornou-se mais negativa do que positiva, e paralisaram o site, deixando-o sem postagens, durante alguns meses.

Agora, os "gênios" serristas resolveram reativar a fórmula da derrota: a baixaria.

O site voltou à ativa, mas os autores das notinhas e que tocam o 'site', continuam sem coragem de colocar o nome, se escondendo atrás do anonimato.

A nova Superintendente do Trabalho Artesal nas Comunidades do Estado de São Paulo, Soninha Francine, que fez a campanha na internet para o Zé Baixaria, já bateu ponto lá, mas sua assinatura, por enquanto, só é vista nos comentários.

Não dou o link do site, e não recomendo visitarem, por 3 motivos:
1) Poupar o amigo leitor;
2) Porque não é relevante, está muito fraquinho e nem rende uma boa polêmica;
3) Para não dar audiência à eles;

O que Dilma (não) disse na Folha para irritar tanto meia dúzia de blogueiros?

LEIA A ÍNTEGRA DO DISCURSO DE DILMA ROUSSEFF NA FESTA DE 90 ANOS DA FOLHA

Eu queria desejar boa noite a todos os presentes.

Cumprimentar o sr. Michel Temer, vice-presidente da República, o nosso governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, e a senhora Lu Alckmin. Queria cumprimentar o senador José Sarney, presidente do Senado. Queria cumprimentar também o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Cumprimentar o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia. O ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, por meio de quem cumprimento os demais ministros do Supremo presentes a esta cerimônia.

Queria cumprimentar a família Frias, o Luiz, o Otavio, a Maria Cristina, e queria cumprimentar também o senhor José Serra, ex-governador do Estado.

Dirijo um cumprimento especial também aos governadores aqui presentes e também aos ministros de Estado que me acompanham nesta cerimônia. Cumprimento o senhor Barros Munhoz, presidente da Assembleia Legislativa do Estado.

Queria cumprimentar também todos os senadores, deputados e senadoras, deputados e deputadas federais, deputados e deputadas estaduais. Queria cumprimentar o senhor Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Dirigir um cumprimento especial aos representantes das diferentes religiões que estiveram neste palco.

Dirigir também um cumprimento a todos os funcionários do Grupo Folha. Queria cumprimentar os senhores e as senhoras jornalistas. E a todos aqueles que contribuem para que a Folha seja diariamente levada até nós.

DILMA CUMPRIMENTA TODOS OS PRESENTES

Eu estou aqui representando a Presidência da República, estou aqui como presidente da República. E tenho certeza que cada um de nós percebe, hoje, que o Brasil é um país em desenvolvimento econômico acelerado. Que aspira ser, ao mesmo tempo, um país justo, uma nação justa, sem pobreza, e com cada vez menos desigualdade. Para todos nós isso não é concebível sem democracia. Uma democracia viva, construída com esforço de cada um de nós, e construída ao longo destes anos por todos aqui presentes. Que cresce e se consolida a cada dia. É uma democracia ainda jovem, mas nem por isso mais valorosa e valiosa.

DILMA DEFENDE A LIBERDADE E A DEMOCRACIA

A nossa democracia se fortalece por meio de práticas diárias, como os diferentes processos eleitorais. As discussões que a sociedade trava e que leva até as suas representações políticas. E, sobretudo, pela atividade da liberdade de opinião e de expressão. E, obviamente, uma liberdade que se alicerça, também, na liberdade de crítica, no direito de se expressar e se manifestar de acordo com suas convicções.

DILMA DEFENDE A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E OPINIÃO

Nós, quando saímos da ditadura em 1988, consagramos a liberdade de imprensa e rompemos com aquele passado que vedava manifestações e que tornou a censura o pilar de uma atividade que afetou profundamente a imprensa brasileira.

A multiplicidade de pontos de vista, a abordagem investigativa e sem preconceitos dos grandes temas de interesse nacional constituem requisitos indispensáveis para o pleno usufruto da democracia, mesmo quando são irritantes, mesmo quando nos afetam, mesmo quando nos atingem.

E o amadurecimento da consciência cívica da nossa sociedade faz com que nós tenhamos a obrigação de conviver de forma civilizada com as diferenças de opinião, de crença e de propostas.

DILMA DEFENDE A LIBERDADE DE IMPRENSA E A CONVIVÊNCIA CIVILIZADA ENTRE OS QUE PENSAM DIFERENTE

Ao comemorar o aniversário de 90 anos da Folha de S.Paulo, este grande jornal brasileiro, o que estamos celebrando também é a existência da liberdade de imprensa no Brasil.

DILMA DIZ QUE AO COMEMORAR O ANIVERSÁRIO DE UM JORNAL COMEMORAMOS NA VERDADE A LIBERDADE DE IMPRENSA

Sabemos que nem sempre foi assim. A censura obrigou o primeiro jornal brasileiro a ser impresso em Londres, a partir de 1808. Nesses 188 anos de independência, é necessário reconhecer que na maior parte do tempo a imprensa brasileira viveu sob algum tipo de censura. De Líbero Badaró a Vladimir Herzog, ser um jornalista no Brasil tem sido um ato de coragem. É esta coragem que aplaudo hoje no aniversário da Folha.

DILMA MOSTRA QUE A LIBERDADE DE IMPRENSA NÃO FOI A REGRA NA HISTÓRIA DO BRASIL. CITA VLADIMIR HERZOG COMO EXEMPLO DE QUE EXPRESSAR LIVREMENTE A OPINIÃO FOI SEMPRE PERIGOSO NO BRASIL

Uma imprensa livre, plural e investigativa, ela é imprescindível para a democracia num país como o nosso, que além de ser um país continental, é um país que congrega diferenças culturais apesar da nossa unidade. Um governo deve saber conviver com as críticas dos jornais para ter um compromisso real com a democracia. Porque a democracia exige sobretudo este contraditório, e repito mais uma vez: o convívio civilizado, com a multiplicidade de opiniões, crenças, aspirações.

DILMA DIZ QUE A LIBERDADE DE IMPRENSA É FUNDAMENTAL PARA A DEMOCRACIA E QUE OS GOVERNANTES DEVEM APRENDER A CONVIVER COM CRÍTICAS

Este evento é também uma homenagem à obra e ao legado de um grande empresário. Um homem que é referência para toda a imprensa brasileira. Octavio Frias de Oliveira foi um exemplo de jornalismo dinâmico e inovador. Trabalhador desde os 14 anos de idade, Octavio Frias transformou a Folha de S.Paulo em um dos jornais mais importantes do nosso país. E foi responsável por revolucionar a forma de se fazer jornalismo no nosso Brasil.

DILMA ELOGIA O CRIADOR DA FOLHA COMO É HOJE POR SUAS HABILIDADES COMO EMPRESÁRIO. QUANDO O DITO CUJO TORNOU-SE SÓCIO DA EMPRESA A FOLHA NÃO ERA NADA E TORNOU-SE COM ELE O MAIOR JORNAL DO PAÍS.

Soube, por exemplo, levar o seu jornal a ocupar espaços decisivos em momentos marcantes da nossa história, como foi o caso da campanha das Diretas-Já. Soube também promover uma série de inovações tecnológicas, tanto nas versões impressas dos seus jornais, como nas novas fronteiras digitais da internet.

DEPOIS DE APOIAR FERVOROSAMENTE A DITADURA OTAVIÃO CONTRATOU EXCELENTES JORNALISTAS E A FOLHA FOI O JORNAL QUE MAIS DEFENDEU AS DIRETAS JÁ E O FIM DA DITADURA

Reafirmo nessa homenagem aos 90 anos da Folha de S.Paulo meu compromisso inabalável com a garantia plena das liberdades democráticas, entre elas a liberdade de imprensa e de opinião.

Sei que o jornalismo impresso atravessa um momento especial na sua história. A revolução tecnológica proporcionada pela internet modificou para sempre os hábitos dos leitores e, principalmente, a relação desses leitores com seus jornais. Como oferecer um produto que acompanhe a velocidade tecnológica e não perca a sua profundidade? Como aceitar as críticas dos leitores e torná-las um ativo do jornal?

Sei que as senhoras e os senhores conhecem a dimensão do desafio que enfrentam, e que, com a mesma dedicação com que enfrentaram a censura, irão encontrar a resposta para esse novo desafio. E desejo a vocês o que nesse caminho sintetiza melhor o sucesso: que dentro de 90 anos a Folha continue sendo tão importante como agora para se entender o Brasil.

DILMA FALA SOBRE A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA QUE AMEAÇA ACABAR COM OS JORNAIS IMPRESSOS E DIZ ESPERAR QUE ELES ENCONTREM A SOLUÇÃO PARA MANTER SUA IMPORTÂNCIA NO FUTURO

É nesse espírito que parabenizo a Folha pelos seus 90 anos. Parabenizo cada um daqueles que contribuem, e daquelas que contribuem, para que ela chegue à luz. A todos esses profissionais que lhe dedicam diariamente o melhor do seu talento e do seu trabalho.

DILMA PARABENIZA A EMPRESA E SEUS FUNCIONÁRIOS...

Por fim, reitero sempre, que no Brasil de hoje, nesse Brasil com uma democracia tão nova, todos nós devemos preferir um milhão de vezes os sons das vozes críticas de uma imprensa livre ao silêncio das ditaduras.

...E REITERA SUA DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Muito obrigada.

Diante do fato acima imagino que quem sentiu-se "traído" pela presidenta não leu o discurso, ou é burro, ou é fanático, ou todas as coisas juntas. Em qualquer caso peço a gentileza de filiarem-se ao PSOL, ou similar, e irem o encher o saco de outro.

Share/Bookmark

Leia mais em: Еskеrдоpата
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O papel da militância e o livre-arbítrio do exercício da presidência

Por LEN*

A temperatura política vem aumentando nos últimos dias em relação às “cobranças” de parte da militância que elegeu Dilma. Luis Nassif levantou uma bola interessante: ele alega que certos setores se ressentem da falta de aceno do governo para com essa parcela da população que teve grande importância na vitória nas eleições do ano passado, e determinados artigos e comentários em blogs e redes sociais apontam a confirmação do que o jornalista sugeriu.

Esse texto não é uma defesa da ida de Dilma à festa de 90 anos da Folha de São Paulo, já existem textos - até demais! - sobre o assunto, e esse blogueiro já se manifestou o suficiente sobre o caso em outros canais. Esse texto pretende apenas abrir o debate sobre o papel de militância e até aonde vai o direito de um presidente da república de não se tornar refém de determinados grupos.

Não estou aqui negando o direito de ninguém de criticar as atitudes do governo e do presidente da república, infelizmente esse é o argumento mais usado pelos críticos quando contraditados, estou apenas tentando delimitar os direitos e deveres das partes.

Dilma deve alguma coisa à militância? Deve pautar as suas decisões em função da vontade de grupos ou do coletivo da população brasileira? O governo tem que entrar em confronto com a velha mídia que sempre agiu como seu algoz ou esse é o papel da militância? Convido a todos os amigos do blog a deixarem suas opiniões, a minha eu deixo nos próximos parágrafos.

Dilma deveria manter um canal de comunicação aberto constantemente com os movimentos sociais para ouvir o que eles têm a dizer, mas a palavra final só poderá ser sua. Ela que foi eleita para governar, ela que vai sofrer com o desgaste político do exercício da presidência da república.

Ela não deve nada à militância. Deve ao conjunto da população o papel de cumprir o que prometeu em campanha e, sobretudo, de continuar as transformações iniciadas por Lula. Algumas pessoas não entendem ou não querem entender o real significado do conceito de militância, que é um exercício de doação pessoal em prol de um objetivo comum.

Quem milita pensando em compensação ou satisfação de interesses mesquinhos, eu não considero militante, mas alguém que está investindo pensando em retorno no futuro. O retorno do verdadeiro militante é eleger alguém do seu projeto político e evitar que o país caia nas mãos de políticos que representam a oposição a quase tudo que acreditam. Conheço muita gente boa e inteligente que não tem nenhuma pretensão ou ilusão de receber afagos do governo.

As críticas são do jogo e absolutamente necessárias, no entanto eu questiono a eficiência de manifestações virulentas e agressivas, principalmente daquelas que são amplificadas pelo efeito manada, nas redes sociais. Entendo que existem canais onde determinadas críticas são validadas e levadas mais a sério, sem causar desgaste desnecessário ao governo e dar margem para os adversários aproveitarem a cizânia. Nesse caso, eu considero fogo amigo.

É preciso garantir à Presidenta Dilma o livre-arbítrio para exercer a presidência da república segundo seus valores, sem se tornar refém de grupos menores que tentam, a todo custo, impor a ela que se comporte segundo suas vontades, até porque ninguém fala em nome da militância, que é um movimento social de cabeças pensantes e independentes, cuja complexidade inviabiliza generalizações e porta-vozes.

O que deveria fazer a presidência nesses casos? Fazer o que parte da militância gostaria e rejeitar a opinião da outra parte? Ou o mais certo seria que a presidenta ouvisse o que têm a dizer os movimentos sociais, mas que aja de acordo com os seus princípios e estilo?

Também não vejo com bons olhos a tese de que o governo deveria entrar em confronto com a imprensa partidária, esse é um equívoco reiterado que apenas daria combustível para quem acusa a esquerda brasileira de ser intolerante e contra a liberdade de imprensa.

Combater as mentiras da velha mídia é função da blogosfera e das redes sociais, e essa é uma das funções que acho que cabe à militância. O governo tem apenas que tratar de dar continuidade à política de democratização dos setores de comunicações, desconcentrando verbas publicitárias e tocando o projeto da lei dos médios. Prefiro tirar esse peso das costas do governo, poupando o desgaste.

Fonte da Imagem: SinapsesLinks – Autor não informado

*LEN é editor-geral do Ponto & Contraponto e coeditor do Terra Brasilis.
2 comentários

Do Blog TERRA BRASILIS.

Charge Online do Bessinha


Lindberg desmascara Aécio com a lei delegada




O senador Lindbergh Farias (PT/RJ), na sessão de 4ª feira, desmascarou o colega de senado Aécio Neves (PSDB/MG), membro da oposição que fazia uma celeuma por causa da palavra "decreto", escrita na lei que fixa o salário mínimo até 2015, como se fosse um ato autoritário contra o Congresso.

Lindbergh enquadrou Aécio: "Falar em esvaziamento do parlamento, é falar em lei delegada..."

Aécio, quando governador, arrancou da Assembléia Legislativa mineira, autorização para governar no início por lei delegada. É uma carta branca dada pelos deputados estudais para o governador editar leis sem precisar da aprovação do legislativo.

Aécio ouvir tudo calado. É esse o grande timoneiro tucano para 2014?