sexta-feira, 30 de abril de 2010

ELEIÇÃO POLARIZADA - em primeira mão para o Brasil.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eleição Polarizada – Carta Capital n˚ 594

Coluna Rosa dos Ventos – Maurício Dias

A retirada da pré-candidatura do Deputado Ciro Gomes à Presidência da República consolida uma pergunta que já rondava o debate sobre a sucessão presidencial: para onde escoarão os votos do eleitor de Ciro? Para Serra ou para Dilma?
Na terça-feira 27, o PSB defenestrou Ciro Gomes. A Executiva do partido decidiu, por 11 votos contra 2, que os socialistas não teriam candidatura própria à Presidência da República. Mas, além desse fator, sem a presença de Ciro Gomes na competição, cresce a possibilidade de a eleição de outubro ser definida no primeiro turno. Um resultado possível em eleição polarizada, entre petistas e tucanos, e ainda com forte viés plebiscitário como será a de outubro.
Nesse ambiente inteiramente polarizado,a oposição e a imprensa que a vocaliza reagiram à decisão do PSB de retirar o nome de Ciro do páreo e, principalmente, contra a decisão de consolidar o apoio à candidata governista.
O que será dos votos de Ciro? O cientista político Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, responde à pergunta assim: “os votos de Ciro Gomes vão mais para Dilma Rousseff do que para José Serra. Em dados gerais, pelos nossos cruzamentos, 50% vão para a candidata do PT e 30% para o candidato do PSDB.”
Para ele, os 20% restantes seriam redistribuídos igualmente entre Marina Silva, do PV, e os indecisos.
“Se considerarmos as proporções para Dilma e para Serra, temos 65% dos votos indo para ela e 35% para ele”, diz Guedes.
A lógica do raciocínio de Ricardo Guedes baseia-se no princípio do que ele considera “pacto do tipo social-democrata europeu”, que teria se formado no Brasil. Ou seja, “a esquerda passa a ser institucionalizada, e a direita cede para programas sociais”.
Os votos de Ciro Gomes favoreceriam, assim, Dilma Rousseff por estar na posição de centro-esquerda do especto político.
Guedes lembra que o eleitor de Marina Silva, o terceiro nome da disputa com potencial de voto pequeno, mas possivelmente decisivo, pode vir a fazer voto útil em Dilma, na reta final das eleições. Isso ocorreu com a ex-senadora Heloísa Helena, do PSOL, nas eleições presidenciais de 2006. Ela chegou a ter 15% das intenções de voto (um número muito próximo ao porcentual máximo atingido por Ciro nas pesquisas de 2009) e terminou com 5%.
Guedes afirma que o voto dela “fluiu para Lula”.
O nome de Plínio de Arruda Sampaio, recentemente definido como pré-candidato do PSOL, ainda não foi incluído nas pesquisas.
Ricardo Guedes engrossa o coro daqueles que acham possível (como já falou João Francisco Meira, do Vox Populi), a eleição ser decidida pela via rápida, em apenas um turno. A favor da candidata do PT.
As condições econômicas e sociais favorecem a candidatura de Dilma Rousseff, que expressa o voto na continuidade, estando a oposição com dificuldades de formular um projeto alternativo para o País. Com a tendência de maior conhecimento de Dilma, as intenções de voto permanecerão equilibradas até o início do período eleitoral, com os programas eleitorais nos meios de comunicação e os debates”.
Ao contrário do que se esperava, a questão ambiental não tomou conta dos debates. Isso projeta dificuldades para Marina manter um porcentual de votos acima de um dígito. A pesquisa Ibope, mais recente, indicou que 10% dos eleitores votariam nela se a eleição fosse hoje.
Os debates, segundo Guedes, serão fundamentais para a alteração, ou não, dessas tendências. Ele acredita que, como ocorreu com a candidatura de Heloísa Helena nas eleições passadas, parte do eleitorado de Marina Silva pode vir a fazer o voto útil. Enviado pelo amigo Amorim de São Paulo.

Baixaria eleitoral na internet

Da colaboradora do Blog:

Sensatez é isso. Errar e ter a humildade de voltar atrás.
Sei a que texto o Eduardo Guimarães se refere (do Kotscho). Eu também quase o ignorei. Porém, considero o Ricardo Kotscho um excelente jornalista, fiel amigo do Lula das primeiras horas das lutas que enfrentaram para chegar até aqui.
Dizer o que acontece num determinado momento de forma isenta, é obrigação de ofício de um bom Jornalista. Não é pecado algum, pelo contrário, é agir com ética e seriedade. Foi o que o Kotcho fez, na minha avaliação.
Esta baixaria que está acontecendo precisa acabar. Observo certos comentários em diferentes Blogs que , a meu ver, prejudicam o candidato ao invés de ajudá-lo a atrair a simpatia dos eleitores.
Esta eleição é importante demais e a campanha deve ser feita em alto nível. É um momento ímpar que a Democracia nos oferece para ajudar o NOSSO POVO a discernir o sentido da Verdadeira Política.


30/04/2010


Há um assunto espinhoso que preciso abordar para ser coerente com a proposta deste blog. Trata-se da baixaria na internet, verdadeira praga que ameaça igualar as duas grandes correntes políticas que já se sabe que travarão sozinhas o grande embate eleitoral de 2010 pela Presidência da República.

Considero que tais forças políticas não podem se igualar simplesmente porque, em minha opinião, são forças distintas, sobretudo do ponto de vista moral. Mas estão se igualando...

Não me furto a assumir que tenho lado nessa disputa, mas faço o debate político com argumentos e decência. Dessa forma, já defendi aqui expoentes do projeto ao qual me oponho (FHC e Kassab) porque foram atacados de forma suja e, como já disse várias vezes, acredito que a “demonização” (inclusive a literal, como as que se vê acima) do adversário só serve para desqualificar quem a pratica.

Julgo, portanto, que este debate se faz necessário em um momento em que os dois lados (PT e PSDB-DEM-PPS) já chegam às barras dos tribunais devido não apenas a uma estratégia política, mas, também, devido à irascibilidade que uma disputa tão intensa desencadeia de forma até natural, porque há muito em jogo.

Posso garantir, no entanto, que a quase totalidade dos brasileiros não é petista nem tucana e por isso não se deixa convencer por montagens como as que se vê na imagem acima. Pelo contrário: a maioria das pessoas fica enojada com esse tipo de coisa.

Ao se enojar com a política, a sociedade se afasta dela e, assim, causa um dano irreparável a si mesma, já que é a política que nos permite determinar quem serão os governantes e parlamentares que influirão decisivamente em nossas vidas. Ora, se nos afastamos dela passamos um cheque em branco com potencial de nos arruinar a todos.

Todos erramos. Eu, por exemplo, acabo de me deixar levar por esses sentimentos sectários e irracionais ao tirar daqui o link para o blog de Ricardo Kotscho porque não gostei de sua atitude ao escrever uma bobagem sobre a campanha de Dilma que me cheirou a tentativa de agradar aos patrões.

É ridículo quererem dizer que esta ou aquela campanha está errando ou acertando simplesmente porque, como o processo eleitoral ainda não está nas ruas, não se tem elementos para aferir erros e acertos.

Mas também já gostei de muita coisa que Kotscho escreveu e que certamente desagradou aos patrões dele. E o fato de eu ter minha opinião sobre se as campanhas de Dilma e Serra estão acertando ou errando não quer dizer que eu esteja certo. Pode ser que o certo seja aquele que me irritou com a sua opinião.

Reconheço que errei? Tive lucidez para tanto? Ora, então estou obrigado a recuar de minha atitude. Não é vergonha recuar, quando se erra. Uma ínfima minoria me criticou por tirar daqui o link para o blog de Kotscho. Poderia ignorar, mas foi uma minoria de gente séria e que estava certa. Então recuo sem o menor problema.

O fato é que baixaria na internet há dos dois lados. Há blogs, sites e internautas simpatizantes do PT e do PSDB fazendo baixarias. Em minha opinião, o lado do PSDB é pior. Eles vão mais baixo, mas não se pode negar que no outro lado há gente fazendo e dizendo bobagens, agindo como aqueles que critica.

Por que todos os que estão enveredando por esse caminho não fazem como eu e recuam não só em benefício de seus candidatos – porque essas atitudes trogloditas só desmerecem os políticos que pretendem beneficiar –, mas da lucidez e da decência próprias?

Provavelmente desagradarei a um bom número de pessoas com o que estou dizendo, mas peço que me compreendam. Criei este blog para dar bons exemplos de exercício da cidadania e para provar que se pode fazer política com honestidade e decência. Esse propósito transcende qualquer interesse político.

Escrito por Eduardo Guimarães às 16h54

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

O fio da história na ponta de nossos dedos

Deformações ideológicas não se acabam do dia para a noite.
Vivemos, mais de uma década, sob a ditadura do pensamento único, do “politicamente correto”.
A paixão política passou a ser um “defeito”, aliás quase todas as paixões passaram a ser um defeito, um “fanatismo”.
Claro que não se está louvando aqui a irracionalidade, o sectarismo, a imbecilidade.
Mas a história humana é feita de paixão.
Ou será que não foi preciso paixão para os homens que deram a vida nas barricadas da Revolução Francesa, para que aquele país e o mundo pudessem gritar “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”?
Faltou paixão, aqui, aos Henriques Dias, negros, aos Felipes Camarão, índios, para lutarem em Guararapes ao lado do português João Fernandes, fundando o sentimento nacional?
Ou a Tiradentes, para enfrentar o cadafalso? A Getúlio, para a bala no coração?
O neoliberalismo pretendeu reduzir o desejo humano a um “negócio”, material ou sentimental, que deve trazer vantagens. Era a “lei de mercado” transposta para a existência do ser humano. Um verso de uma música dos Titãs, fora do contexto, servia de “hino” desta anulação da paixão: “eu só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”.
A história das lutas sociais, das lutas que ao longo de milhares de anos, homens e mulheres de todas as partes do globo terrestre fizeram em busca da liberdade, da justiça, da dignidade, não importava muito. Era tempo perdido. Era o passado, e o passado, passou. Era “o fim da história” que o tal Francis Fukuyama, aquele historiador a quem a história já quase esqueceu, proclamava, sob o aplauso dos medíocres.
Virou algo “arcaico”, “jurássico”, anacrônico ter paixão pelo Brasil e pelo povo brasileiro.
Importante era ser certinho, arrumadinho, “preparadinho” e fazer “o dever de casa” direitinho, como os nossos comentaristas políticos e econômicos pregavam nos jornais e na televisão. Nenhuma atenção era dada a que este “dever de casa” vinha de professores de fora, que queriam ensinar-nos a ser como convinha a eles, não a nós mesmos.
Mas a história não acabou.
A realidade, o processo social, retornou, com suas voltas caprichosas e tantas vezes incríveis, o fio desta história.
Lula, o sindicalista que surgiu condenando Vargas, virou o estadista que repetiu seu gesto de banhar de petróleo sua mão e, mais ainda, praticou uma política de composição, tolerância e alianças como a do velho Getúlio, a quem chamavam de “pai dos pobres e mãe dos ricos”. Embora os pobres tenham ganho muito no Governo Lula, a verdade é que os ricos não perderam, não é? Está aí o lucro dos bancos que não nos deixa enganados.
Apesar disso, porém, como a Getúlio, a Jango, a Brizola, os ricos o odeiam. Odeiam não apenas porque ele vem da pobreza. Odeiam porque ele não a abandonou, não lhe virou as costas. As elites brasileiras só admitem a entrada dos pobres nos seus salões se for para servir-lhes obsequiosamente, como mucamas ou garçons.
A história seguiu, e o povo brasileiro viu, com Lula, que podia dirigir seu país. Viu mais: que este país, invadido economicamente, culturalmente e polticamente pelos “monitores” daqueles professores que lhe cobravam, ferozes, “o dever de casa” , não precisava ser como lhe diziam que deveria ser.
Eu vejo com tristeza muitos homens e mulheres das gerações mais velhas tornarem-se tíbios, medrosos, a encherem de vírgulas e concessões o que dizem, para deixar aceitáveis pela ditadura da mídia a verdade que já não sabem dizer de forma aguda e cortante.
Falta-lhes já a pureza e a sinceridade do menino que, na praça cheia, rasgou o véu do temor e da conivência gritando que o rei estava nu.
Com mais tristeza ainda vejo outros, que eram jovens abandeirados de paixões e amor a este povo se converterem em instrumentos de seus algozes, com a pífia desculpa de que os tempos são outros, quase a dizer que aquele mundo de opressão e dominação acabou. Talvez tenha acabado, sim, mas só para eles, não para as imensas massas humanas a que um dia disseram servir.
Não são todos, talvez não sejam sequer muitos, mas foi a eles que o sistema deu luz e notoriedade e fez aos outros temer não serem aceitos, acolhidos, amados, porque teimavam em ser, mesmo que por dentro e silenciosamente, o que eram.
Que lindas as supresas da história, porém.
Dos frangalhos de Brasil que a ditadura e, depois, a mediocriade e o entreguismo dos governos neoliberais nos deixaram, rebrotamos, como nos versos de Neruda sobre a Espanha destruída pela barbárie franquista:
“mas de cada buraco da Espanha, sai Espanha, e de cada criança morta nasce um fuzil com olhos”.
Pois correndo o risco de parecer primário, poderíamos dizer que sai agora um fuzil com teclas. Esta nova “arma”, a internet, foi posta à prova, nestas semanas, em rápidas escaramuças: o clipe serrista da Globo e as manipulações difamatórias dos tucanos. Os tanques pesados da grande mídia continuam rolando, potentíssimos. Mas nós já podemos fustigá-los e fazer recuar.
Nós, os que estamos ainda no começo da caminhada, que temos o coração em chamas pelo Brasil, precisamos muito dos corações que nunca deixaram esta brasa apaixonada se apagar. Precisamos de sua sabedoria e de sua coragem, que certamente é maior que a nossa, pois já passou por batalhas mais longas e mais duras.
Somos soldados deste combate pelo povo brasileiro. Precisamos de comandantes que nos ajudem a lutar e vencer. A paixão e o amor não nos faltam.
Então, quem sabe, juntos, poderemos soprar as brasas que se reduziram pela descrença, pelas decepções, pelas derrotas e, finalmente, em nome de milhões de nossos irmãos que nada têm de rico, senão a esperança, em nome de um país que não quer mais viver na barbárie de uma condição colonial, possamos enfim dar ao Brasil o destino próprio que uma nação e um povo como o nosso merecem.

Lula no El País

30 Abril 2010

Prefeito de Hortolândia (PT) é alvo de atentados

30 Abril 2010


TV Brasil começa a operar rede nacional na segunda

sexta-feira, 30 de abril de 2010

A TV Brasil começa a operar oficialmente na segunda-feira a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), a ser formada pelos 4 canais da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), 7 emissoras universitárias e 15 estações estaduais.

A meta é atingir 1.716 dos 5.562 municípios brasileiros (30,8%), onde moram 100 milhões de pessoas mais da metade da população do País. O acordo para criação da nova estrutura foi fechado na terça-feira.

O objetivo é que a Rede Nacional de Comunicação Pública veicule por dia programação nacional conjunta por até dez horas e meia. A nova estrutura terá três categorias de membros: os associados retransmitirão a grade conjunta na íntegra; os parceiros, de seis horas a menos de dez horas e meia; e os colaboradores, três horas.

Desde seu surgimento, em dezembro de 2007, por medida provisória, a TV Brasil elevou de 32% para 70% sua parcela nos conteúdos veiculados pelas estações públicas de televisão no País. A criação da rede é determinação da Lei 11.652/2008, que criou a EBC.

"A mudança permite que possamos vir a ser tratados pelo Ibope como rede nacional; e, a partir dos contratos de adesão, poderemos firmar parcerias para algumas iniciativas pontuais, o que facilita a descentralização da produção", disse ao Estado a presidente da EBC, Tereza Cruvinel.

O superintendente de rede da TV Brasil, Marco Antônio Coelho, destacou o que considera uma aposta importante da nova rede: a reserva para produção local de 40% da programação nacional. "A ideia é que os Estados ocupem 40% da programação da rede", afirmou ele, lembrando que, no Brasil, a lógica é inversa, com a maior parte das produções feita no Rio e em São Paulo.

José Serra manda capanga entrar com representação contra pronunciamento do Presidente Lula

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O senador Sérgio Guerra (PSDB), informou nesta sexta-feira que a assessoria jurídica pode entrar a qualquer momento com uma nova representação contra o Presidente Lula. Desta vez, PSDB e DEM, acusam o pronunciamento que o Presidente Lula fez ontem, quinta-feira à noite em cadeia nacional de TV, no qual fez um balanço de seu mandato de propaganda para Dilma. O PSDB, viu na fala do Presidente, propaganda eleitoral antecipada em favor da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.

- Nossos advogados acham que foi uma propaganda eleitoral da campanha de Dilma - disse Sérgio Guerra. Mentira do coronel babaca. Os advogados não acham nada. Quem mandou entrar com ação contra Lula, foi José Serra.

Para o DEM, aliado de José Serra, partido do José Roberto Arruda, que até semana passada estava na cadeia, o pronunciamento de Lula deverá gerar uma nova ação da oposição.

- Vamos entrar com uma ação sim - adiantou o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), filho de Cesar Maia, corrupto de primeira linha

Da tribuna, o senador rei do botox, das perucas, e maquiagem, Alvaro Dias (PSDB-PR) disse o Presidente enalteceu um modelo de governo ele questionado, e virtudes que não existem e fez ainda um apelo pela continuidade de seu governo com visível objetivo eleitoral. Trata-se de campanha explícita e escancarada, afirmou

Confira a íntegra do perfil de Lula na revista ‘Time’

1° na lista das personalidades mais influentes do mundo da revista TIME, Lula teve seu perfil escrito pelo cineasta norteamericano Michael Moore. A tradução é do Jornal da Tarde.

“Quando os brasileiros elegeram pela primeira vez Luiz Inácio Lula da Silva presidente, em 2002, os barões que assaltavam o País checaram, nervosamente, o nível de combustível em seus aviões particulares. Eles haviam transformado o Brasil em um dos lugares com maior desigualdade do planeta, e parecia que agora era o tempo da recuperação.

Lula, 64 anos, é um verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina – na verdade, um membro fundador do Partido dos Trabalhadores -, que chegou a ser preso por liderar greves.

Quando Lula finalmente conquistou a presidência, após três tentativas fracassadas, ele já era uma figura familiar na vida da nação brasileira. Mas o que o levou à política? Foi seu conhecimento pessoal de quanto é difícil o duro trabalho que muitos brasileiros têm para sobreviver? Ser forçado a abandonar a escola na quinta série para sustentar sua família? Trabalhar como engraxate? Perder um dedo em um acidente na fábrica onde trabalhava?

Não, foi quando, aos 25 anos, ele viu, ao lados dos filhos, sua esposa morrer no oitavo mês de gravidez, porque a família não podia pagar um assistência de saúde decente.

Há aqui uma lição para os bilionários do mundo: deixe que as pessoas tenham melhores cuidados com a saúde, e eles causarão menos problemas a vocês.

O que Lula quer para o Brasil é o que acostumávamos chamar de Sonho Americano. Nós, nos EUA – onde 1% da população mais rica possui mais riqueza que os 95% restantes -, ao contrário, estamos vivendo em uma sociedade que a cada dia está se tornando mais parecida com o Brasil”.

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MICHAEL MOORE é cineasta, conhecido por produzir documentários polêmicos que criticam o atual sistema político. Seu último filme ‘Capitalism: a Love History’ tem como foco a crise financeira de 2009

Postado por Luis Favre
2 comentários
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Do Blog do Favre.

Dilma condena tanto invasões quanto violência contra movimentos



A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, condenou ontem, ao mesmo tempo, tanto as invasões ilegais de terras quanto o uso de violência contra militantes dos movimentos sociais.

Questionada durante entrevista, em Ribeirão Preto (SP), sobre eventuais prejuízos impostos ao setor agropecuário pelas invasões de terras, Dilma respondeu:

“Não acho razoável a invasão de terras. Não pretendo compactuar com qualquer ato ilegal. A ilegalidade não pode ser premiada. Mas também não acho correta uma atitude violenta contra os movimentos. Buscar o diálogo é sempre melhor”.

Charge Online do Bessinha

PT Entra na Justiça contra Site de Serra



Charge online do Bessinha

Deu no Estadão:

PT entrará com representação no TSE contra o PSDB por ‘guerra suja’ na internet

O PT entrará nesta sexta-feira, 30, com representação no Tribunal Superior Eleitoral exigindo que o PSDB retire do ar o site “Gente que Mente” – criado e administrado pelos tucanos para alimentar as baixarias e o jogo sujo na internet, caracterizando propaganda eleitoral negativa e antecipada contra a pré-candidata do PT Dilma Rousseff. O PT também pedirá aplicação de multa ao PSDB.

A ação é contra o tesoureiro tucano, Eduardo Graeff. O PT atribui a ele a convocação de um exército de internautas para colocar na rede informações contra a pré-candidata do PT. Nos bastidores da cena política, circulam informações de ele é o mentor de uma estrutura de guerra para bombardear a ex-ministra.

O Secretário-Geral do PT, José Eduardo Cardozo, e o vice-presidente Ruy Falcão, falarão sobre o caso logo mais, às 14h30. O secretário nacional de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PT-PR) afirmou no twitter que todos devem ficar atento para ímpedir que “assassinato de reputações pela internet ” ocorram durante o processo eleitoral.

Clique aqui para ler a matéria de André Mascarenhas no site do Estadão

Do Blog Conversa Afiada

Novas fotos do ZéPedágio


Ameaça de suicídio na Al. Barão de Limeira


O Diretor Editorial da Folha de S. Paulo Otavio Frias Filho ameaça se suicidar após saber que a revista Time escolheu Lula - o analfabeto, bêbado, corrupto, incompetente e estuprador - o Líder Mais Influente do Mundo.

Globo amarga sua pior audiência da década

Globo amarga sua pior audiência da década
No mês em que completa 45 anos, a Globo teve presentes de aniversário nem tão agradáveis. O primeiro foi a repercussão polêmica do vídeo de comemoração do acontecimento – suspeito de fazer propaganda para José Serra. O outro, pior: a emissora teve neste mês de abril a média de audiência mais baixa da década.

No período avaliado, a Globo teve audiência média de 16,8 pontos por dia. A melhor marca da década veio em 2004, quando registrou 21,7 pontos – que serviriam de estímulo para alcançar os tão sonhados 22 pontos. Antes, a emissora vinha crescendo significativamente: em 2000, a média foi de 20 pontos; em 2002 subiu para 20,3 e, em 2003, para 21 pontos.
Porém, a descida começou mesmo a partir de 2007, quando a média diária da Globo ficou nos 18,7 pontos, passando para 17,4 em 2008 e 2009 – que a emissora ainda espera bater neste ano.
Queda geral
Apesar dos números, a queda de audiência não é privilégio da Globo. O hábito de consumo de mídia dos brasileiros tem se alterado com o fácil acesso a novas mídias e possibilidades de se alimentar de conteúdo farto em várias plataformas.
Pesquisa de dezembro de 2009 aponta que o número de TVs ligadas caiu 66% na média anual em 2000, no horário nobre, para 59% em 2009. Até 21 de novembro, a queda chegou a sete pontos (mais dois chegariam a audiência da Record).
O Ibope avaliou as possibilidades para o desinteresse pela TV aberta, que vão da programação, o crescimento da internet, o fácil acesso ao DVD e os dias quentes. A conclusão é que a TV não perde apenas para o botão de "off" dos aparelhos, já que o Instituto atribui a queda aos chamados outros canais, nos quais se incluem (DVDs, videocassete, videogame e PC).
O DVD é uma das mídias que mais rouba telespectadores da TV, especialmente da Globo e do SBT. Em 2001, o total de televisores sintonizados em "outros aparelhos"no horário nobre era de 0,6%. Neste ano, já chegou a 3,8%, maior do que a audiência da Band, quarta maior rede aberta. As TVs sintonizadas em "outros canais", em 2001, foi de 3%, mas neste ano já subiu para 5%.

Além de perder sete pontos com os aparelhos desligados, as redes abertas também perderam dois pontos para os "outros canais" e mais três para outros aparelhos.

Da Redação do Vermelho, com informações de O Estado de S.Paulo

Lula X FHC

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30/04/2010

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Ou o Serra se elege, ou a Veja acaba como a Life

Publicado em 30/04/2010

Na foto, a revista Veja, que terá vida tão longa quanto a moça da capa

Como se sabe, o Conversa Afiada tem colaboradores notáveis.

Stanley Burburinho; Justiniano I, o Grande; Tirésias, o profeta; e, não menos ilustre, o navegador de longo curso, Vasco Moscoso de Aragão.

O Conversa Afiada lança um desafio: que página de opinião da imprensa brasileira pode exibir elenco tão notável ?

Hoje de manhã, liguei para o Vasco.

Pedi que fizesse uma análise pormenorizada do balanço da Abril, publicado hoje.

Vasco entende de bússola e de balanços.

E me disse o seguinte:

“Não vou atormentar você nem seus leitores com números. Tome nota dos pontos principais. De 2008 para 2009, o lucro caiu pela metade. O patrimônio líquido diminuiu. Ou seja, aquilo ali vale cada vez menos. E o endividamento é maior do que eles dizem. Tem que contar direitinho as assinaturas, porque assinatura é dívida.”

Clique aqui para ler “publicidade na internet é maior do que a das revistas”.

E não esquecer da frase memorável do Mino carta: a Abril pertence a um grupo sul-africano que apoiou o apartheid (percebe-se).

Ou seja: ou a Veja elege o Serra, ou a Veja acaba como a Life.

Paulo Henrique Amorim

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

Decisão do STF foi péssima para o Serra. O paradoxo da Lei da Anistia

Publicado em 30/04/2010

O rapaz de camisa branca, em pé, à direita, não corre nenhum risco

Serra não tem nada a declarar.

Clique aqui para ler o que o Lula fez em rede nacional de televisão, por conta do 1º. de Maio: pendurou o FHC no pescoço do Serra.

O que pensa essa rapaz ?, se perguntou o filósofo Paulo Arantes, numa sabatina da Folha (*), e autor de um brilhante ensaio sobre “1964, o ano que não vai embora”, ou “O que resta da ditadura ? Nada. Só a ditadura”.

Com que bandeira o Serra se candidatará ?, perguntei a um governador do PMDB: com o PiG (**), ele respondeu.

Sem dúvida.

A presidente da associação dos jornais, uma funcionária da Folha (*) , considerou deter, exclusivamente, o papel de líder da Oposição.

Veja, por exemplo, a papel ridículo a que o Serra – quando ousa ter ideias próprias – se submeteu ao combater os juros altos.

O site Cloaca News publicou a tabela dos juros do Governo de que ele foi o Grande Planejador.

Como diz o Ciro Gomes, Serra numa campanha é garantia de baixaria.

Além das operações do Graeff, que o Leandro Fortes denunciou na Carta Capital , e o Tijolaço do Brizola Neto aprofundou , Serra teria uma última carta na manga, ou melhor, no bornal das baixarias.

A carta do terrorismo.

Enquanto Serra se refugiava no Chile, Dilma, como se sabe, combatia o regime militar.

A Folha (*), líder da oposição ao Governo Lula, elaborou uma ficha falsa da Dilma, para retratar uma Dilma que não existiu.

Na ficha, falsa, Dilma se tratava de uma guerrilheira sanguinária.

( A Dilma não vai processar a Folha(*) ?)

Faz parte da estratégia (inútil) do Serra ser um profeta da catástrofe.

Assustar a classe média.

Transformar a classe média num conjunto de reginas duartes.

A última, derradeira arma poderia ser a ficha falsa da Dilma: veja, regininha, que perigo você corre !

Claro que isso seria feito na véspera da eleição, no jornal nacional dos filhos do roberto marinho, sob a batuta impecável do Ali Kamel.

Como as cédulas dos aloprados, no dia em que caiu o avião da Gol.

O Serra poderia exumar um cadáver.

Combinava com o Jorge Serpa e o Armando Falcão e a Dilma ficaria em apuros, aos 44’ do segundo tempo.

Isso tudo ainda pode ser feito.

Serra numa campanha é garantia de …

Mas, a histórica decisão do STF – clique aqui para ler “Editorial do Globo anistia o Globo” – tira força desse cadáver.

Ele terá menos peso.

E pode se virar contra o feiticeiro.

Afinal, o STF determinou que a tortura não será jamais julgada.

Somos, como na Escravidão, o derradeiro abrigo dos negreiros.

É um paradoxo.

Mas, a decisão do Supremo não ajudou o Serra.

Paulo Henrique Amorim

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

Lula vai a quatro festas no 1º de Maio

“Sábado vou estar em quatro festas no Dia do Trabalhador”, disse-me o presidente Lula, em rápida conversa que tivemos logo após o seu pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão na noite desta quinta-feira.

Ainda mais animado do que de costume, após a última reunião do dia, com um grupo de senadores, na sede provisória do governo no CCBB, mais de nove da noite, Lula me perguntou se tinha lido a matéria da revista Time que o incluiu entre os 25 líderes mais influentes do mundo.

Sim, eu já tinha visto, respondi-lhe, como se fosse algo natural, que não chegou a ser uma surpresa para ninguém. Para ele, porém, notei que foi uma notícia muito gratificante, um reconhecimento da revista mais importante do mundo, bem no dia em que faria um balanço dos seus mais de sete anos de governo, já em tom de despedida.

Não seria o velho Lula se, ao final, não fizesse uma brincadeira com ele mesmo sobre o tamanho do próprio ego, como nos tempos em que comemorava pequenas conquistas salariais, quando era apenas o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista. Lembrei-lhe que, ao chegar em casa, dona Marisa certamente o faria logo colocar de novo os pés no chão.

Mais do que os números que recitou sobre a melhoria do emprego e da renda no país, em seu último pronunciamento de 1º de Maio como presidente da República, foi a sua cara feliz e confiante de sujeito de bem com a vida, satisfeito com os rumos do país, que melhor resumiu o que pensa e sente Lula ao final de dois mandatos.

Autor: Ricardo Kotscho - Categoria(s): Blog

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

Pela 1ª vez desde a posse, Lula vai ao 1º de Maio

Dia do Trabalhador: Dilma vai aos eventos da CUT, Força e UGT; Marina vai a este último; e Serra não vai a nenhum

Lalo Almeida/Folha Imagem/Folhapress – 10/4/2010
Foto Destaque
Sérgio Nobre, Marisa, Lula, Dilma, Aloizio Mercadante, Luiz Marinho e Artur Henrique em evento no ABC há 15 dias


João Villaverde e Ana Paula Grabois, de São Paulo – VALOR

As centrais sindicais realizam amanhã três eventos em celebração ao º de maio, em São Paulo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), irão participar pela primeira vez nos oito anos de governo. Lula e Dilma passarão o dia em maratona nas cerimônias sindicais. O pré-candidato da oposição, José Serra (PSDB), não estará, e Marina Silva (PV) confirmou presença em uma solenidade. As festas, que, ao todo, receberão mais de 1,3 milhão de pessoas, ganharam um tom eleitoral, servindo à candidatos e centrais para manifestações de apoio e reivindicações para além de 2010.

Vitoriosas nos últimos anos, as centrais sindicais se organizam para obter dos candidatos garantia de que seus pleitos serão atendidos a partir do ano que vem. Das seis centrais reconhecidas pelo Ministério do Trabalho, quatro já declaram apoio à Dilma – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

A Força Sindical, segunda maior central do país, está dividida. Embora seu presidente, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, deputado federal pelo PDT, já tenha declarado voto na candidata do PT, parte da Força apoia José Serra para presidente. “A Força sempre foi plural, temos dois vice-presidentes filiados ao PSDB”, afirmou Paulinho, em referência à Melquíades Araújo e Antônio Ramalho. “Nunca tivemos um único candidato, a maioria vai apoiar a Dilma, como eu”, diz ele, que fez campanha para o candidato tucano nas eleições presidenciais de 2006, Geraldo Alckmin.

Foto Destaque

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), terceira maior central em orçamento, foi a única que não participou do evento realizado no início do mês no sindicato dos metalúrgicos do ABC, no qual Dilma teve seu primeiro encontro público com representantes sindicais. O presidente da UGT, Ricardo Patah, justifica que membros da direção nacional pertencem a partidos de oposição ao governo. É o caso de Sergio Ribeiro Silva, prefeito de Carapicuíba (SP), filiado ao DEM. “Além dele, temos diretores filiados ao PPS e ao PV”, diz Patah, que, ao Valor, disse ser fiel eleitor de Lula.

As centrais, no entanto, defendem pontos comuns. Além da manutenção dos ganhos reais do salário mínimo, pressionam pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Também querem a aprovação no Congresso da resolução 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê que toda demissão deve ser comunicada previamente ao sindicato, numa tentativa de restringir a rotatividade no mercado de trabalho. Essas questões devem ser levadas aos pré-candidatos após assembleia marcada para 1º de junho no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

A CUT, central mais ligada ao PT, vai além. Na festa do Dia do Trabalhador de amanhã, no Memorial da América Latina, a central lança seu programa para 2010. “Não é uma pauta de reivindicações, mas uma plataforma de governo, um novo modelo de desenvolvimento para o país”, afirma Artur Henrique, presidente da CUT. As propostas vão desde o fortalecimento das negociações coletivas até a criação de mecanismos de participação social na definição do Orçamento da União.

“O grande mérito do governo Lula foi abrir espaço para as centrais e sindicatos, sem distinção. Quem, até bem pouco tempo atrás, poderia imaginar que Meneguelli e Medeiros sentariam juntos?”, afirma Antônio Neto, presidente da CGTB, em referência à Jair Meneguelli e Luiz Antônio Medeiros, rivais históricos do sindicalismo nos anos 1980 e 1990. Meneguelli, petista, foi presidente da CUT, enquanto Medeiros, filiado a PFL (atual DEM) e depois PL (hoje, PR), ascendeu como líder do “sindicalismo de resultados”, que se opunha ao “ideologismo” da CUT e do PT – ele, em 1991, foi fundador e primeiro presidente da Força Sindical.

As disputas sindicais dos anos 80, que se traduziram em pulverização de centrais nos anos 90, continuaram firmes nos primeiros anos do governo Lula. Em junho de 2005, durante a crise do mensalão, um conjunto de confederações de trabalhadores do setor de serviços formou a NCST. Nas eleições presidenciais de 2006, a Força Sindical apoiou o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, no segundo turno. No ano seguinte, quatro novas centrais foram criadas: UGT e CTB, mais ao centro, e Conlutas e Intersindical, de oposição à esquerda do governo. A partir de 2007, no entanto, a relação entre Estado e centrais sindicais começou a mudar. A nomeação de Medeiros como secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho serviu à Força como gesto de aproximação, ao mesmo tempo em que o PDT, ao qual Paulinho é filiado, ingressava na base aliada do governo.

As relações entre centrais e governo se intensificaram em 2008. Naquele ano, o Congresso aprovou a convenção 151 da OIT, que garante aos trabalhadores direito a negociação coletiva. Além disso, o governo abriu mão de metade da fatia da contribuição sindical que recebia, repassando às seis centrais 10% do total arrecado com o imposto cobrado dos trabalhadores formais.

Para receber o dinheiro, as centrais precisavam ter 5% de representatividade, critério do Ministério do Trabalho que leva em conta o número de sindicatos filiados às centrais e o tamanho da base de trabalhadores representada. Centrais menores, como Conlutas, do P-SOL, e Intersindical, do PSTU, ficaram sem receber.

Desde então, as centrais receberam um reforço generoso em seus orçamentos. Em 2008, o governo transferiu R$ 65,7 milhões, e, no ano passado, R$ 80,9 milhões. Reportagem publicada em 05/03 pelo Valor mostrou que o dinheiro chega a representar 80% do orçamento total das entidades. O dinheiro, segundo os sindicalistas, tem sido empregado para aquisição e reforma de sedes e na realização de marchas e eventos, como as festas que ocorrerão amanhã em São Paulo. A Força Sindical, dona do segundo maior repasse do governo, inaugurou mais de seis sedes regionais, além de sua sede nacional, em São Paulo – empreendimento que custou R$ 6 milhões à Força.

“O imposto sindical foi o instrumento de cooptação das centrais que o governo encontrou”, afirma Luis Carlos Prates, o Mancha, membro da direção nacional do Conlutas. O sindicalista avalia que os eventos preparados pelas seis centrais para comemorar o feriado de 1º de maio, são “a forma que as centrais encontraram de retribuir o governo pelo empenho que este teve em fortalecê-las”.

Para Mancha, o fato de o dinheiro transferido pelo governo representar a maior parte dos orçamentos das centrais indica que as entidades não têm independência frente ao Estado. “Dependência econômica leva necessariamente à dependência política”, afirma. Um membro da direção nacional da CTB diz que a central “está fechada com Dilma” e prevê que a pré-candidata do PT vai cumprir a extensa agenda de amanhã, que inclui ainda comemoração no sindicato dos metalúrgicos do ABC, em São Bernardo (SP). “Quem precisa de voto é ela, não eu”.

“Meu modelo de governo está apenas começando”, diz presidente na TV

Caio Junqueira, de Brasília – VALOR

Em rede nacional de rádio e televisão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem um balanço do que considera conquistas de seu governo para o trabalhador, com alusões à necessidade de continuidade das suas políticas, afirmando que o modelo de gestão implementado por ele está apenas começando e que está seguro de que “nada ou ninguém” afastará o país desse modelo. O presidente fez um discurso em tom de despedida, na comemoração antecipada do Dia do Trabalho.

“Olhando para o calendário, meu período de governo está chegando ao fim. Mas algo me diz que este modelo de governo está apenas começando. Algo me diz, fortemente, em meu coração, que este modelo vai prosperar. Sabe por quê? Porque este modelo não me pertence: pertence a vocês, pertence ao povo brasileiro. Que saberá defendê-lo e aprofundá-lo, com trabalho honesto e decisões corretas”, disse Lula.

Ao dizer que o país tem condições de manter as taxas de crescimento ao redor de 5% ao ano, Lula falou que a inclusão social deve ser o grande motor do desenvolvimento para esse objetivo. “Este é o caminho que o Brasil aprendeu a trilhar nesses últimos anos. Estou seguro de que nada ou ninguém será capaz de nos afastar desse rumo.”

O presidente apresentou vários dados de seu governo relacionados aos trabalhadores, e ao Dia do Trabalho, data em que, de acordo com ele, tem sido comemorado ano a ano “o aumento do emprego, da massa salarial, do salário mínimo, do crédito e do poder de compra do trabalhador”. Citou, para exemplificar, a queda na taxa do desemprego de 12,3% em 2003 para 7,2%; a geração de 12 milhões de empregos com carteira assinada e dos 24 milhões de brasileiros que, segundo ele, saíram da linha da miséria.

Fez ainda um balanço de outras áreas. “É preciso que a gente continue tomando as decisões certas, nas horas certas. É isso que temos feito nos nossos projetos de longo e médio prazo, como o PAC-2 e o pré-sal.” Mencionou também a realização, no país, da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 no Rio, que irão “gerar emprego e renda”.

Por fim, sem nominar o alvo das críticas, o presidente afirmou: “Nesses últimos anos, o povo aprendeu a confiar em si mesmo. Aprendeu a não dar ouvidos aos derrotistas e à turma do contra; aos que diziam que o Brasil tinha de se contentar com um crescimento medíocre; aos que pregavam o conformismo diante da exclusão social e da injustiça. A experiência do meu governo mostrou o contrário.”

Ver no vídeo embaixo a integra do discurso do presidente Lula

Postado por Luis Favre
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30/04/2010 - 06:37h

Importante pronunciamento do presidente Lula em homenagem ao Dia dos Trabalhadores

Discurso em rede nacional do presidente Lula no Dia do Trabalhador

Postado por Luis Favre
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Do Blog do Favre.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dia do Trabalhador: trabalhar menos, para trabalhar todos

29/04/2010

O capitalismo é o sistema econômico que mais transformou a face da humanidade até aqui – como o próprio Marx havia reconhecido no Manifesto Comunista. Porém, a estrutura central do capitalismo se articula pela separação entre os produtores da riqueza e os que se apropriam dela, entre os trabalhadores e os capitalistas.

Esse processo de alienação do trabalho – em que o trabalhador entrega a outro o produto do seu trabalho – percorre todo o processo produtivo e a vida social. O trabalhador não se reconhece no que produz, não decide o que vai produzir, com que ritmo vai produzir, qual o preço de venda do que ele produz, para quem ele vai produzir. Ele é vítima do trabalho alienado, que cruza toda a sociedade capitalista. Ele não se reconhece no produto do seu trabalho, assim como o capitalismo não reconhece o papel essencial do trabalhador na sociedade contemporânea.

A luta dos trabalhadores, ao longo dos últimos séculos foi a luta de resistência à exploração do trabalho. Esta se dá pela apropriação do valor do trabalho incorporado às mercadorias, que não é pago ao trabalhador e alimenta o processo de acumulação de capital.

Não por acaso o Primeiro de Maio, dia do Trabalhador, foi escolhido para recordar o massacre de trabalhadores em mobilização realizada em Chicago, pela redução da jornada de trabalho - uma das formas de busca de diminuição da taxa de exploração do trabalho.

Neste ano o tema central do Primeiro de Maio será o da diminuição da jornada de trabalho. A grande maioria da população vive do seu trabalho, acorda bem cedo, gasta muito tempo para chegar a seu local de trabalho, onde ficará a maior parte do seu dia, gastando muito tempo para retornar, cansada, apenas para recompor suas energias e retomar no dia seguinte o mesmo tipo de jornada. Para trabalhar de forma alienada e receber um salário que, em grande parte dos casos, não basta sequer para satisfazer suas necessidades básicas. Uma vida tão sacrificada produz todas as riquezas do país, embora não tenha o reconhecimento e a remuneração devida.

Só isso bastaria para que um dos objetivos nacionais devesse ser o da redução da jornada de trabalho. Que o desenvolvimento tecnológico não seja apropriado pelos grandes capitalistas para maximizar a taxa de lucro, mas reverta para a diminuição da jornada de trabalho, para o pleno emprego, para a melhoria das condições de trabalho da massa trabalhadora.

Que o Brasil conclua os dois mandatos de um trabalhador como presidente da República, diminuindo a jornada de trabalho!

Postado por Emir Sader às 06:46

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

Só é rico o país que descobre que o povo é sua maior riqueza




Em pronunciamento em rede de emissoras de rádio e televisão na noite desta quinta-feira (29/4), o presidente Lula destacou o momento de retomada de emprego e trabalho que o País vive e os avanços sociais dos últimos. Lembrou ainda que este será seu último pronunciamento como presidente da República para comemorar com a população o Dia do Trabalhador, que ocorre no próximo sábado, 1º de maio, e que o atual modelo de governo está “apenas começando”.Leia aqui no Blog do Planalto a íntegra do pronunciamento do Presidente Lula

Enviar por email Por: Helena™ 0 Comentários Link para esta postagem

Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.