segunda-feira, 30 de abril de 2012

Blogueiro sujo assume Ministério. Suja, Brizola !




"... a primeira coisa que farei será questionar aquele monopólio"

A Presidenta Dilma nomeou um blogueiro sujíssimo, Brizola Neto, Ministro do Trabalho:



Dilma confirma Brizola Neto no Trabalho e diz que ele prestará “grande contribuição ao país”

Roberta Lopes

Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ao confirmar hoje (30) o nome de Brizola Neto (PDT-RJ) como novo ministro do Trabalho, a presidenta Dilma Rousseff disse, em nota, ter confiança de que ele “prestará grande contribuição ao país”. Segundo informações do Palácio do Planalto, a posse do novo ministro deverá ocorrer na quinta-feira (3), às 11h.

Segundo o texto, a presidenta agradece a colaboração do ex-ministro Carlos Lupi e do ministro interino Paulo Roberto Pinto “na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos”.

A decisão foi tomada depois de uma reunião durante a manhã entre o presidente do PDT, Carlos Lupi, a presidenta da República, Dilma Rousseff, e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Estavam na lista da legenda, além de Brizola Neto, o deputado Vieira da Cunha (RS) e o secretário-geral do partido, Manuel Dias. Esses dois eram a preferência do partido.

Edição: Talita Cavalcante



Navalha
Brizola Neto foi um precursor na batalha pela Democracia na blogosfera brasileira.
Logo transformou o Tijolaço no melhor blog de um político brasileiro.
É claro que ele contou com a pena destemida e precisa de Fernando Brito, que foi assessor de imprensa de Leonel Brizola.

“Tijolaço” é como se chamava o espaço dominical que Brizola tinha que comprar no PiG (*) do Rio para poder expor suas ideias e se defender, sobretudo, da fúria do Roberto Marinho.
Chamar o blog de “Tijolaço” foi uma homenagem ao político brasileiro que teve a coragem de enfrentar a Globo: “quando eu sentar naquela cadeira, a primeira coisa que farei será questionar aquele monopólio”, prometia Brizola nas campanhas presidenciais.
(Tatto, Odair, dá uma olhada no vídeo em que o Roberto Marinho lê um editorial escrito pelo Brizola. Olha bem e vai para a CPI e chama o Robert(o) Civita e os filhos do Roberto Marinho, Tatto, Odair ! Vocês querem entrar para a História, ou fugir dela ?)
Brizola Neto foi para o Ministério do Trabalho, que João Goulart ocupou com brilho e valentia.
Mas, poderia ir para o Ministério das Comunicações, ele que defende um marco regulatório, uma Ley de Medios.
Aí, nesse campo, Brizola Neto sujou bastante.
Como no primeiro encontro nacional de blogueiros sujos (o próximo será em Salvador, no dia 25 de maio.)
E tomara que Brizola suje cada vez mais.
Com a ajuda incomparável do Fernando Brito.
Em tempo: o PiG (*), com a Globo à frente, atacará Brizola Neto com mais fúria do que atacou o Lupi.
Preparem-se. Blogueiros sujos, uni-vos !
Em tempo 2: na foto da mesa de trabalhos do I Encontro de Blogueiros Sujos do Barao de Itararé, a frase “a liberdade da internet é ainda maior do que a liberdade da imprensa”, que aparece no banner, abaixo do Brizola Neto, é de Ayres Britto, presidente do STF.
No Encontro de dois anos atrás, ele ainda não era presidente e o país vivia na trevosa transição entre Gilmar Dantas (*) e Cezar Peluso. Agora, Britto abriu a janela do STF e deixou o sol entrar.

Clique aqui – “Barão de Itararé convida Ayres Britto para encontro de Salvador”- para ler duas outras frases sugeridas por Britto.

São de fazer o Gilmar Dantas (**) corar.

Leia também  sobre a entrevista que ele deu à Carta Capital: o julgamento do mensalão não será um linchamento.

Aí, quem corou foram os mervais.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

Do Blog CONVERSA AFIADA.

O significado da indicação de Brizola Neto


A nomeação de Brizola Neto para o Ministério do Trabalho permite uma leitura objetiva: a presidente Dilma Rousseff não se curvou aos riscos da CPI e vai pagar para ver.
Apesar de originalmente do PDT, Dilma conheceu Brizola Neto apenas na campanha de 2010. E reconheceu desde logo o papel eficiente que desempenhou com seu blog O Tijolaço.
Depois, deu tempo ao tempo, com seu estilo que vai se consolidando: em vez de movimentos bruscos, ações planejadas, lentas porém seguras.
Durante o dia, no Twitter liam-se mensagens de colunistas desdenhando a falta de formação acadêmica de Brizola Neto. Curiosamente, seu Tijolaço tem uma consistência e uma linguagem imensamente superior à da maioria dos colunistas – incluindo seus críticos.
No final da tarde, O Globo se valeu dos expedientes de sempre, dando voz apenas aos críticos de Brizola Neto e sonegando as declarações a favor.
Foi um lance consolidador e repleto de significados. No mesmo momento em que a velha mídia incensa como seu porta-voz  Miro Teixeira, do PDT, Dilma indica Brizola Neto, um dos críticos mais consistentes dos vícios do velho jornalismo, assim como seu avô.

Do Luis Nassif Online.

O Globo já ataca Brizola Neto

Por Altamiro Borges
Nem bem foi anunciado como novo ministro do Trabalho, o deputado Brizola Neto já é alvo das intrigas e futricas do jornal O Globo. Na sua versão online, a matéria principal ofusca os vínculos do parlamentar com o sindicalismo e mesmo a sua experiência na área, como ex-secretário do Trabalho do Rio de Janeiro. A manchete apenas estimula a cizânia. “Deputados do PDT criticam a escolha de Brizola Neto”.

O jornal entrevista o vice-presidente da sigla, deputado André Figueiredo, que resmunga que “o partido nunca foi chamado para conversar”. Mas não enfatiza que o presidente da legenda, Carlos Lupi, reuniu-se com a presidenta Dilma Rousseff e concordou com a escolha. Também não realça que todas as centrais sindicais fizeram campanha pela nomeação do jovem deputado.
Motivos da fúria da famiglia Marinho
O texto é puro veneno. Apresenta o novo ministro como se fosse um estranho no PDT, “um queridinho da presidente”, deixando de informar que Brizola Neto é vice-presidente nacional da sigla e foi líder da bancada na Câmara Federal em 2009. Os ataques, porém, não causam estranheza. O Globo sempre atacou o ex-governador Leonel Brizola e nunca perdoou o seu neto.
Num outro artigo, com menos destaque, o jornal explicita alguns dos motivos da sua fúria contra o novo ministro. Após informar que ele confirmou presença no ato do Dia Internacional dos Trabalhadores, no Rio de Janeiro, que tem como pauta a luta pela redução da jornada de trabalho e pelo fim do fator previdência, o texto apresenta uma curta biografia:
“Aos 33 anos, Carlos Daudt Brizola, cujo nome político é Brizola Neto, é o mais jovem ministro do governo da presidente Dilma Rousseff. Neto do ex-governador Leonel Brizola (morto em 2004), ele nasceu em Porto Alegre e está no seu segundo mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro...”.
“Brizola Neto dedica boa parte dos textos publicados na internet para defender as investigações de irregularidades envolvendo o empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Cachoeira, o Carlinhos Cachoeira. Além disso, ele apoia a candidatura do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à reeleição e critica a imprensa, a qual considera tendenciosa”. Está explicado!

Eu tento me livrar de FHC, mas ele não deixa


Eu tento me livrar de FHC, mas esse safado não deixa.Quase todos os dias o PiG abre suas páginas para ele escrever merda.
Pois bem.Fernando Henrique Cardoso disse à Folha que a corrupção aumentou em relação ao que havia em seu governo. Em sua "faxina", a presidente Dilma Rousseff talvez não avalie o risco político que corre, afirma.
Só sendo brincadeira desse corno manso.
O Governo FHC foi o governo mais corrupto da história do Brasil.Foi no governo FHC onde ocorreram os mais maiores casos de roubo do dinheiro público, a começar pela privatização das teles, da Vale.O que foi roubado, via PROER( R$ 111,3 bilhões) do povo brasileiro não se encontra paralelo na história deste país.Some-se a isso, a roubalheira no antigo DNER, na SUDAM, na SUDENE. FHC  comprou vários deputados para aprovar a Emenda à Reeleição, teve seu governo envolvido até a medula com o TRT do bandido Lalau.FHC teve seu filho  filho, Paulo Henrique Cardoso, denunciado pelo Ministério Público de participação no epísódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.
E veja que tudo isso ocorreu mesmo sem seu governo ter sido investigado.


Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou uma falsa Controladoria-Geral da União, que não controlava nada, órgão que se especializou em abafar denúncias.
Mas não para por aí. O governo FHC não havia o Portal da Transparência, não havia uma Polícia Federal independente, havia um Procurador Geral da República que não apurava nada contra o governo, não havia uma CGU na forma como é hoje, que é implacável com os corruptos.
A despeito de tudo isso, ainda vem esse safado dizer que no seu governo houve menos corrupção.Menos corrupção uma ova! Ao contrário, como já dito, seu foi o governo mais corrupto da história do Brasil, muito mais que o governo Collor.O cara é tão ridículo que critica a faxina de Dilma, esquecendo que o lixo da corrupção no seu governo era jogado para baixo do tapete.Confira:


 

Dilma ignora campanha do Globo e convida Brizola Neto para o Ministério do Trabalho e Emprego


Em nota divulgada pela Secretaria de Comunicação, o Planalto confirmou convite da presidenta Dilma Rousseff para que o deputado federal e companheiro da blogosfera Brizola Neto seja o próximo ministro do Trabalho e Emprego:

"Nota à Imprensa

A presidenta da República, Dilma Rousseff, convidou hoje o deputado Brizola Neto para assumir o Ministério do Trabalho e Emprego. A presidenta manifestou confiança de que Brizola Neto, ex-Secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal pelo PDT, prestará grande contribuição ao país.

A presidenta agradeceu a importante colaboração do ex-ministro Carlos Lupi, que esteve à frente do Ministério no primeiro ano de seu governo, e do ministro interino Paulo Roberto dos Santos Pinto na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República"


Escrevi hoje pela manhã, antes do anúncio do nome de Brizola, que Globo continua campanha contra Brizola Neto no Ministério do Trabalho. Logo, ele é o melhor nome. A presidenta viu o lado da Globo e escolheu o outro.

Como se vê na imagem acima, que é reprodução de trecho da página do Portal de Notícias das Organizações Globo, G1, eles tiveram - como diria o Zagalo - que engolir a escolha da presidenta. Mas o veneno ainda escorre nas entrelinhas, como sublinho no detalhe.

Bajular Demóstenes Torres foi ato criminoso

É importante investigarmos as inúmeras suspeitas que vão surgindo pelo caminho. Mais importante ainda, no entanto, é consolidar as certezas.
A respeito da extensão e da natureza do envolvimento da revista Veja com a quadrilha de Carlos Cachoeira, temos, até o presente momento, uma única grande certeza: seria IMPOSSÍVEL que Policarpo Jr. mantivesse as relações estreitas que mantinha com o bicheiro, de um lado, e o senador Demóstenes Torres, de outro, sem conhecer o vínculo existente entre ambos. Ele certamente tinha essa informação, e a sonegou para seus leitores.
É muito provável que toda a cúpula da revista tenha sido conivente.
O grande problema, nesse caso, é que foram muito além da mera omissão. Durante meses a fio, venderam uma imagem de Demóstenes Torres que sabiam ser completamente falsa - a de um paladino da lucidez política e da probidade administrativa.
É essa verdade que precisamos consolidar, enquanto juntamos pacientemente as peças do quebra-cabeça. Policarpo Jr. sabia de tudo o tempo todo. E é altamente improvável que a cúpula da revista não soubesse também. O incensamento de Demóstenes Torres foi criminoso.
Jotavê
No Advivo

A aliança do Pacífico e a nova estratégia neocolonial



Do Blog do Mauro Santayana - 28/04/2012

Mauro Santayana

(blog) - Com a queda do muro de Berlim, vicejou a teoria, em meio a certos “pensadores” ocidentais – festejada e divulgada por diferentes grupos de comunicação - de que chegáramos ao “fim da história”, com a imposição definitiva do ideário neoliberal em um novo mundo, de permanente “Pax Americana”. Nesse período, que durou até a chegada do novo milênio, o Ocidente achou que poderia redividir o planeta e a Espanha alimentou, baseada em sua súbita e artificial prosperidade, o sonho neocolonial de promover nova reconquista no espaço geopolítico latino-americano.

Para isso, a diplomacia e os ”think-tanks” espanhóis resgataram até mesmo um velho termo, a “Íbero-américa”, um continente mítico que, começando nos Pirineus, chegaria até a Terra do Fogo, englobando a Espanha, Portugal, México, a América Central, e todos os países da América do Sul, até os limites do Estreito de Magalhães.

Transformados, de repente, em novos-ricos – esquecendo-se de que sua qualidade de vida assim como o relativo poder de suas empresas advinha de bilhões de euros em ajuda da União Européia para o desenvolvimento, repassada pela França e a Alemanha; e de dinheiro barato, a juros baixíssimos, emprestado a seus bancos pelo Banco Central Europeu - a Corte, os banqueiros, os políticos neo-liberais espanhóis e os aventureiros de ocasião se lançaram, com o ânimo de um Cortez, ao saqueio da América Latina.

O estrangulamento da maioria dos nossos países pela inflação – e por dívidas questionáveis -, e a ausência de iguais condições de acesso a crédito farto e barato por parte do nosso empresariado levou ao maior processo de desnacionalização da história.

Um processo que foi trágico para a iniciativa privada, com a entrega de empresas centenárias e de sua tecnologia para estrangeiros como aconteceu com a Metal Leve, do saudoso José Mindlin, por exemplo. Mas que foi muito pior, e particularmente nefasto, no setor público, no qual novos cruzados ibéricos como Emilio Botin, do Santander, Antonio Brufau, da Repsol, Cesar Alierta, da Telefónica e oportunistas como Gregorio Marin Preciado – alguns deles hoje investigados por sonegação de impostos e lavagem de dinheiro - contaram com a abjeta e interessada cumplicidade dos colaboracionistas de sempre para o desmonte, esquartejamento e desnacionalização do patrimônio nacional e dos nossos ativos estratégicos.

No Brasil, está provado, hoje, que os excitados seguidores do Consenso de Washington gastaram mais dinheiro (engordando as galinhas para a entrega às raposas durante a “preparação” das estatais para a privatização) do que arrecadaram, para o Tesouro, com os leilões dessas privatizações.

Alegou-se à época, que seria abatida a dívida pública, mas a relação dívida/PIB praticamente dobrou em oito anos. Foi dito que o preço das tarifas ia diminuir para o consumidor, mas em telefonia ou banda larga, por exemplo, pagamos, segundo instituições internacionais, as mais altas faturas do mundo. Isso sem falar, em primeiro lugar, da péssima qualidade dos serviços - que já levou à proibição da venda do Speedy da Telefónica em São Paulo durante algum tempo.

Quem quiser confirmar o extravagante e nocivo conteúdo da Lei Geral de Telecomunicações - aprovada no governo FHC e voltada para penalizar o tempo todo o consumidor - que se informe na ANATEL, ou tente resolver algum problema – por telefone -com a sua operadora. A Lei prevê até mesmo orelhões que não “precisam” completar chamadas interurbanas. E nem é necessário falar da propalada universalidade de acesso à telefonia e à internet. Quem mora no interior, que se habilite.

Outro argumento da época era o da existência de “cabides de emprego” nas estatais. Neste quesito, basta lembrar que Antonio Carlos Valente, Presidente da Vivo no Brasil, foi um dos homens que comandou, desde o início, a privatização da telefonia em nosso país, e um dos primeiros conselheiros da ANATEL - criada justamente para fiscalizar seus futuros patrões. E que o genro do Rei da Espanha - que, como entendido em telecomunicações é um excelente jogador de polo - encontra-se “pendurado no cabide” no Conselho da Telefónica do Brasil, ganhando, há muito tempo, dezenas de milhares de euros por ano.

A farra privada com as estatais foi tão grande, e os ganhos tão fartos, que Francisco Luzón, o “executivo” do Santander que comandou o processo de aquisição do BANESPA, aposentou-se há poucos meses, levando para casa, como recompensa por seu trabalho na América Latina, uma gratificação de 70 milhões de euros, ou a módica quantia de 175 milhões de reais.

Na telefonia, no petróleo, no sistema financeiro, a tática espanhola é investir o mínimo e levar o máximo de lucro para a Europa. Se for preciso colocar dinheiro, que outros o façam, como ocorreu com Santander Brasil, que quando precisou levantou dinheiro no nosso próprio mercado com uma OPA : e com a Repsol do Brasil que vendeu parte do capital para a SINOPEC chinesa.

Precisou de recursos para cumprir sua obrigação: investir em expansão da infraestrutura, por exemplo? Pegue-se com o BNDES, a juros subsidiados, como aconteceu como a Vivo no ano passado que recebeu do nosso principal banco de fomento três bilhões de reais emprestados. Sem deixar, nem por um momento, de enviar, para a matriz, suas remessas de lucro de bilhões de euros por ano.

Pois é, como dizem os italianos, tanto trovejou, que chove. A Argentina se cansou do descaramento das empresas espanholas. Transformada - graças às privatizações - de nação produtora em país importador de petróleo, resolveu retomar o controle da YPF, Yacimientos Petroliferos Fiscales, desnacionalizada no governo neoliberal de Carlos Saul Menem.

O governo de Cristina Kirchner interveio na empresa na semana passada, destituindo os “executivos” espanhóis da Repsol e trocou a segurança do prédio. Os bons moços, como abutres, “secaram” os poços que encontraram funcionando quando compraram a empresa, mandando os lucros para o exterior, sem arriscar um centavo de peso para explorar novas reservas.

Com um risco-país de quase 500 pontos, o povo espanhol se encontra acossado pela desastrada situação em que o meteu a incompetência de sua elite dirigente. Mesmo assim, a direita conseguiu se eleger, usando a xenofobia para colocar a culpa não nos banqueiros, mas na imigração. E trata de ir, agora, ainda mais fundo contra os cidadãos, retirando e ”flexibilizando” os direitos dos trabalhadores, na saúde, na educação e no trabalho.

O Governo do Primeiro-Ministro Mariano Rajoy - como o rato que ruge – ameaçou agir com “contundência” e afirmou que a decisão da Presidente Cristina Kirchner acarretará para a Argentina, “duras consequências”.

Como a Itália, no caso Battisti, a Espanha pediu ajuda da Comunidade Econômica Européia, que - com exceção de algumas declarações protocolares – lavou as mãos e disse que não existem tratados que lhe permitam interferir no assunto, que deve ser visto como uma questão bilateral. A mídia ocidental exerceu - com alguns de seus representantes locais - seu direito de espernear. Em visita ao Brasil, Hillary Clinton afirmou que a Argentina deve "justificar e assumir sua decisão" e, coerente com a cantilena - tão desfiada e tão praticada pelos EUA - de defesa do "livre mercado, lembrou que em energia e commodities a liberdade é o melhor modelo de concorrência e de acesso aos mercado.

A Espanha, no entanto, ficou decepcionada. Seu Ministro de Relações Exteriores disse que esperava mais de seu "aliado" norte-americano, ao qual seu país tem sido tão subserviente nos últimos anos, participando, entre outras coisas, de operações militares na Líbia e da guerra do Afeganistão. E acabou reconhecendo o fato de que os Estados Unidos, atualmente, "têm seus próprios interesses na Argentina."

Com 23% de desemprego, um alto déficit em suas contas públicas, que a UE já reconheceu que o país não conseguirá diminuir antes de 2017; uma dívida externa de 165% do PIB (ado Brasil, por exemplo, é de 13%); 80% de dívida interna líquida (a do Brasil é de 39%) e cerca de 35 bilhões de dólares em reservas internacionais (as do Brasil são de mais de 10 vezes mais, ou 372 bilhões de dólares); o governo espanhol está aproveitando o episódio da Repsol para tentar desviar a atenção da opinião pública da crua realidade desses números.

Os jornais tem apresentado, em seus editoriais, e na cobertura do fato, a expropriação da empresa petrolífera como um insulto, uma traição à Espanha. Assim como aconteceu no caso da adoção de medidas de reciprocidade - para a entrada de cidadãos espanhóis no Brasil - por parte das autoridades brasileiras, agora, na rede, grande número de internautas espanhóis prega que as empresas espanholas demitam os seus empregados argentinos na Espanha. Alguns, também a exemplo do conflito diplomático com o Brasil, exigem que se promova a expulsão pura e simples de todos os imigrantes argentinos que vivem naquele país, esquecendo-se da solidariedade argentina no século XX, e do fato de que mais espanhóis vivem hoje na Argentina, do que argentinos na terra de Cervantes. Em compensação, uma minoria se pergunta, ironicamente, quantos acionistas da Repsol há entre os que estão defendendo a empresa nos fórums dos jornais e nas redes sociais. Lembram que a Repsol, há muito, já não pertence ao povo ou a capitais majoritariamente espanhóis; que no seu capital há participação chinesa; de fundos de investimento dos Estados Unidos; e de "investidores" que enriqueceram, de forma suspeita, nos "anos dourados" da entrada da Espanha na UE - e que também são responsáveis pela crise em que se encontra mergulhado o país.

A aparente indignação do governo espanhol, portanto, está dirigida não à defesa dos interesses de sua nação ou do seu povo, mas de "investidores" privados. Moral para questionar a decisão argentina, o Reino da Espanha não tem. Sua constituição, no artigo 128, reza: "Toda a riqueza do país em suas distintas formas e seja qual seja sua titularidade está subordinada ao interesse geral. Se reconhece a iniciativa pública na atividade econômica. Mediante a lei se poderá reservar ao setor público recursos ou serviços essenciais, especialmente em caso de monopólio e, assim mesmo, acertar a intervenção em empresas quando assim o exigir o interesse geral."

Com decrescente influência na América Latina, se é que teve alguma influência genuína nas últimas décadas, a Espanha busca aliados aonde pode. O Presidente Felipe Calderón - por isso censurado por deputados da oposição - manifestou-se em Cartagena, na Cúpula das Américas, e no "Fórum Mundial na América Latona, em Puerto Vallarta, onde recebeu o Primeiro-Ministro espanhol, contra o "protecionismo e as nacionalizações". No caso do "protecionismo" mandou um recado ao Brasil, que exigiu a imposição de quotas para veículos "mexicanos", depois da valorização do real com relação ao peso em 88% em dez anos, e também depois que terceiros países passaram a mandar autopeças para juntá-las no México para burlar as leis brasileiras e entrar em nosso mercado automobilístico, que já é o quarto maior do mundo, sem pagar tarifas de importação. O alerta quanto à "nacionalizações estava dirigido à Argentina. A Pemex mexicana possui quase dez por cento da Repsol, e, com figuras como Carlos Slim, dono da America Móvil e homem mais rico do mundo - o México foi o único país da América Latina, além do Chile, que se aproveitou das privatizações na América do Sul, nos anos 90.

México e Espanha precisam muito mais do exterior do que o Brasil, cuja corrente de comércio não chega a 13% do PIB. O fato de depender em mais de 90% do mercado norte-americano para suas exportações, e de ser um país que, basicamente, "maquila" - devido aos seus baixos salários - produtos destinados aos Estados Unidos, limita a possibilidade do México de adotar, uma política de comércio exterior verdadeiramente independente. E o mesmo acontece com a Espanha - que teve suas "notas" novamente rebaixadas pelas agências classificadoras de risco esta semana - que se submete, na economia e no comércio, às decisões e regras da União Européia.

Fracassada a tese da “ibero” América - a última cúpula “iberoamericana” realizada no final do ano passado em Assunção, no Paraguay, brilhou pela ausência de 16 dos 22 presidentes convidados, que deixaram plantados a ver navios o rei Juan Carlos e Zapatero - a Espanha, junto com os Estados Unidos, aposta, agora, na “Aliança do Pacífico”.

A intenção é usar o México para cooptar governos de corte mais neoliberal, como a Colômbia e o Chile, para se contrapor, junto com o Peru, e observadores como Panamá e Costa Rica, ao processo de integração continental capitaneado pelo Brasil, em organismos como o Mercosul, a UNASUL e o Conselho de Defesa Sul-americano.

Este último movimento da estratégia neocolonial parece, no entanto, também estar condenado ao fracasso. O presidente peruano Omanta Humalla não demonstra entusiasmo pela iniciativa, lançada pelo seu antecessor, Alan Garcia, e já disse que não vai participar da primeira cúpula presidencial do grupo, marcada para junho deste ano, em Santiago do Chile.
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O julgamento do mensalão

Marcos Coimbra

Quando os historiadores do futuro fizerem o balanço da época em que vivemos, é bem provável que sobressaiam coisas às quais hoje não damos nenhuma importância. É quase impossível dizer quais serão. Alguém perceberia, em 1960, nos trabalhos de um obscuro engenheiro da Rand Corporation, a semente da internet?
O que, do presente, entrará para a história? De tudo que achamos importante hoje, o que, no futuro, permanecerá significativo? Ninguém sabe.
Mas há um consolo: é fácil perceber o que se provará irrelevante. Em tudo – na vida social, nas artes, na ciência, na tecnologia – não é complicado enxergar o desimportante.
Também na política. E se há um candidato ao troféu de maior não evento deste período de nossa vida política, seu nome é “o julgamento do mensalão”. Quem lê a dita grande mídia brasileira tem a impressão oposta. Fica com a sensação de que se trata de uma coisa fundamental. Que é a mais transcendental de todas as que temos em nossa agenda.
Isso só se acentuou depois que a CPI do Cachoeira se tornou inevitável. A partir daí, os principais veículos de nossa indústria de comunicação, seus editorialistas, colunistas e comentaristas, decretaram que o “julgamento do mensalão” seria a prioridade.
Exigem que seja logo, que conclua pela culpa dos -acusados e reclamam punições exemplares. Têm consciência de que, juridicamente, o caso é frágil, mas não se importam: afirmam que a “opinião pública” clama por uma “resposta firme”. E que o STF tem a obrigação de atendê-la. E que o ministro que titubear na condenação é fraco – para dizer o mínimo.
O que querem do julgamento? Simples – e errado – seria dizer justiça. Na democracia, essa só aparece ao final, depois que o rito judiciário é integralmente cumprido. Nunca antes.
Admitamos, por hipótese, que o STF resolva pela absolvição de todos ou alguns dos acusados – o que, pelas provas coletadas contra eles, não seria surpresa. Estará nossa mídia disposta a aceitar o julgamento como justo? Ou, como já condenaram todos por antecipação, a decisão será questionada e ridicularizada?
É possível que ela se sinta “representante” e “guardiã do povo”, em seu nome exigindo justiça. O problema é que nada sustenta a tese. A sociedade não dá qualquer mostra de que deseja que ela exerça tal papel.
O “julgamento do mensalão” não quer dizer nada para a vastíssima maioria do País. Ela nem sequer sabe que está por acontecer. É claro que existe uma militância oposicionista na sociedade, que se agita e reivindica rigor no julgamento. Só que é pequena. Quando, por exemplo, tentaram encher as ruas de “indignados”, ficou claro que são poucos.
Que vitória política terão os adversários do governo e do “lulopetismo” se os acusados forem condenados? Isso alteraria a avaliação largamente favorável dos oito anos de Lula e dos quatro de Dilma, que começaram bem, aos olhos da população? Isso mudaria o favoritismo de ambos – pois Lula e Dilma lideram com imensa vantagem as pesquisas – para vencer as eleições de 2014? O “julgamento do mensalão” não vai reescrever o passado ou modificar o futuro da política brasileira.
A campanha para que aconteça já e para que redunde na condenação de todos os acusados nada tem a ver com a ideia de justiça. Não responde a anseios reais da vasta maioria da sociedade. Nada altera de concreto em nossa política. É por isso que seu significado no longo prazo é tão limitado.
Mesmo que, nos próximos meses, tenhamos de ouvir falar do assunto até não poder mais.

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Leia mais em: O Esquerdopata
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Do Blog O Esquerdopata.

Dilma acerta um Tijolaço na cabeça da imprensa corrupta brasileira


Brizola Neto (PDT-RJ) é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma
 
Maurício Savarese
Do UOL, em Brasília
  • Beto Oliveira/Agência Câmara
    Brizola Neto é o mais novo entre todos os ministros 
  • Brizola Neto é o mais novo entre todos os ministros
O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) é o novo titular do Ministério do Trabalho, anunciou nesta segunda-feira (30) a Presidência da República, em nota oficial. A posse deve ser na quinta-feira, às 11h.
"A presidenta manifestou confiança de que Brizola Neto, ex-secretário de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, ex-vereador e deputado federal pelo PDT, prestará grande contribuição ao país", diz o texto oficial.
Brizola Neto é o mais novo entre todos os ministros: aos 33 anos, assume o cargo deixado pelo presidente de seu partido, Carlos Lupi, afastado após uma série de denúncias de corrupção na pasta. A decisão foi tomada na véspera do 1º de maio, para resolver um impasse que se estendia desde o fim do ano passado. Antes de convidar Brizola Neto, Dilma conversou com o Lupi e acertou a nomeação.
O novo ministro foi convidado pela presidente Dilma apesar de resistências dentro de sua própria legenda, além da Força Sindical e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Até mesmo o antecessor no cargo, Paulo Roberto dos Santos Pinto, cogitava não aceitar retornar ao posto de secretário-executivo do Ministério sob o comando do neto de Leonel Brizola (1922-2004).
Apesar de ter sido eleito pelo Rio de Janeiro, ele é mais um membro da ampla cota gaúcha no governo. É o oitavo nascido no Rio Grande do Sul entre 41 integrantes com status de ministro. São Paulo, mesmo incluindo ministros com carreira fora do Estado, como Paulo Bernardo (Comunicações) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), tem sete no primeiro escalão.
Brizola Neto está em seu segundo mandato de deputado federal e ganhou a atenção da presidente por sua capacidade de mobilização com os jovens – em especial graças a seu blog “Tijolaço”.  Depois de trabalhar como secretário do avô, conseguiu seu primeiro mandato em 2004, como vereador no Rio de Janeiro.
Entre seus hobbies, está o surfe. Quando adolescente, fez amizade com jovens das favelas cariocas na praia.

Bomba no DF: vice armava para derrubar governador


Trecho do relatório da Operação Monte Carlo aponta que o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filipelli, do PMDB, pagava jornalistas para tentar derrubar o governador Agnelo Queiroz, do PT, e chegar ao comando do Palácio do Buriti; Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlos Cachoeira, receberia R$ 100 mil mensais
A crise política deflagrada pela Operação Monte Carlo pode ganhar contornos incontroláveis no Distrito Federal. Um dos trechos do inquérito vazado pelo 247 aponta que o vice-governador Tadeu Filipelli, do PMDB, conspirava para derrubar o governador Agnelo Queiroz, do PT. O trecho aparece na página 202, do anexo 7 (leia mais aqui).
Trata-se do resumo de uma conversa entre o espião Idalberto Matias, o Dadá, e o policial Marcelão, que é também dono de uma agência de publicidade no Distrito Federal, a Plá. Nela, ambos comentam que o jornalista Mino Pedrosa, ex-assessor de Carlos Cachoeira, teria um contrato de R$ 100 mil mensais, que seriam pagos por Filipelli. Ambos comentam ainda que outro jornalista, chamado Edson Sombra, seria também remunerado pelo vice-governador. Há ainda uma anotação sobre um apartamento que teria sido dado por Cachoeira a Mino Pedrosa em Brasília. Além disso, Mino teria uma cunhada empregada no gabinete de Demóstenes Torres (sem partido/GO).
Nos últimos meses, o governador Agnelo Queiroz recebeu ataques em série. Denúncias, que antes eram publicadas em blogs de jornalistas do DF, como Edson Sombra e Mino Pedrosa, depois eram amplificadas em veículos de grande circulação nacional, como Veja e Época. Até agora, no entanto, o inquérito tem revelado que o esquema Delta-Cachoeira não conseguiu se infiltrar no governo do Distrito Federal da mesma maneira como dominava o estado de Goiás (sobre isso, leia o post de Ricardo Noblat).

CPI da Arapongagem

Como as ligações entre a Delta e o governo do Distrito Federal são frágeis, a tentativa de impeachment incorporou uma nova estratégia. Agnelo passou a ser acusado de montar uma rede de arapongas para grampear políticos, jornalistas e empresários. Entre eles, o vice-governador Tadeu Filipelli e o jornalista Edson Sombra. Sobre isso, já há até uma CPI instalada no Distrito Federal.
Nesta sexta, Filipelli representou ao Ministério Público Federal, solicitando a apuração de uma possível investigação ilegal, realizada contra ele, alegando a necessidade de defender as instituições. Ocorre que os grampos da Operação Monte Carlo revelam que o Watergate brasiliense pode ter sido montado justamente por aqueles que seriam beneficiados pela queda do governador.
Abaixo, o trecho do relatório da PF que menciona a doação do apartamento de Mino Pedrosa e o pagamento de jornalistas por Filipelli:
RESUMO
KID 9 (KlD NOVE).
FALAM SOBRE SUCESSÃO DO DIRETOR DA PCDF. ENCONTRO DE SANDRO AVELA E ERIC SEBA (FILMAGEM)
APARTAMENTO QUE CARLINHOS DEU PRA MINO PEDROSA.
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TELEFONE NOME DO ALVO
6192800078 Idalberto Matias de Araujo - Monte Carlo
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
DADA X MARCELÃO PLX
DATNHORA INICIAL DATNHORA FINAL DURAÇÃO
07/02/201213:32:54 07/02/201213:34:32 00:01:38
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
A
RESUMO
MINO PEDROSA TEM UM CONTRATO COM O FILlPELI R$ 100.000 POR MES. ENTÃO O SOMBRA DEVE ESTAR
SENDO F1NANDIADO PELO FILlPELI.
A CUNHADA DO MINO TRABALHO NO GABINETE DE DEMOSTENES (SENADOR)
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Stepan e Leréia viajaram à Europa, com dinheiro público, à serviço de Cachoeira

Em missão oficial na Europa, os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ), ligaram, de Paris, para o empresário Carlinhos Cachoeira. O conteúdo da conversa - que consta do inquérito da Operação Monte Carlo - mostra intimidade entre eles.
Leréia inicia a chamada, em 12 de julho de 2011: "Bonjour, monsieur!". Cachoeira identifica o amigo: "Tá de fogo, Lereia?". "Rapaz, arrumei um negócio pra você aqui agora. Grupo Cassino. Eu disse, cassino é negócio de jogo (risos)", brinca o deputado.
Depois, falam do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), chamado de "nosso líder". "Vou levar pra ele um Château Margaux (vinho que pode custar até R$ 500)".
Em tom de deboche, falam sobre um empréstimo de R$ 200 mil para comprar um apartamento em Paris. Leréia diz: "Dá pra você depositar pra ele [Stepan]? Paris baixou demais o preço".
Nercessian havia pedido R$ 160 mil a Cachoeira, no mês anterior, para comprar um apartamento no Brasil.
Stepan pega o telefone e segue: "Você deposita 200 na conta, eu tiro a xerox, e eles vendem fácil pra nós."
Os dois viajaram à Europa para participar de reuniões com a delegação do Parlamento Europeu. Receberam cinco diárias de R$ 350 da Câmara.

PIG: O Esforço dos Perversos




É incrível o esforço da mídia no Caso Cachoeira. Observa-se um esforço hercúleo no sentido de não se defender - eu pelo menos não vi nenhum texto de autodefesa - mas em atacar mais! Vejo um forte movimento em colocar todos em uma mesma vala comum. O movimento perverso em igualar a todos na mesma falcatrua.
Como não há defesa que os isente, tentam adquirir novos elementos para culpar mais pessoas e órgãos públicos ou privados. Assim foi na abertura da CPI quando criaram a ideia que o PT desejava a CPI para esconder o Julgamento do Mensalão e depois abandonaram essa história para colocar uma nova onde o PT não queria a CPI do Cachoeira por que iria respingar em PTistas de alto galardão. Mas o PT conseguiu 28 assinaturas em 2 dias... E aí, eles ficaram sem argumentos... Ficou melhor esquecer a história!
Agora tentam incluir o Gov. Agnelo Queiroz no pacote. Coisa que as transcrições das ligações entre os membros da Gang do Cachoeira revelam não fazer o menor sentido. Até mostram que há uma grande dificuldade de acesso ao Gov. Agnelo. 
E o público não é informado disso ou a mídia faz questão de deformar, ao invés de informar, o fato...
Parece que o pacto de não agressão entre o principais órgãos da mídia está funcionando muito bem...

Quadrilha da VEJA: Última Entrevista do Senador Demóstenes Torres


Última Entrevista de Demóstenes Torres à VEJA
Procurado por Tentativa
de Invasão de Propriedade
Privada
Gostaria de chamar a atenção do nobre leitor para o nome do repórter que entrevistou o Senador Demóstenes Torres (Parte Superior, Lado Direito da Página 1). Gustavo Ribeiro. O mesmo repórter que protagonizou a tentativa de invasão do apartamento de José Dirceu no Hotel Nahoum em Brasília, com direito a imagens divulgadas pela mesma Revista VEJA que, o inquérito da Polícia Federal informa, foram feitas a mando de Carlinhos Cachoeira.
Como dizem os jogadores de futebol, "O grupo está fechado e concentrado na partida!".

Serra pagou cerca de R$ 34 milhões à editora Abril quando era governador de SP


Redação, PortalIMPRENSA
“Um levantamento feito junto ao Diário Oficial do Estado de São Paulo mostra que José Serra, quando ocupava o cargo de governador de São Paulo, pagou cerca de R$ 34 milhões ao longo de um ano ao Grupo Abril, informou o portal R7, no último domingo (29/4). A pesquisa foi feita em 2010, pelo jornalista Altamiro Borges do Correio do Brasil. 
A pesquisa revela que o dinheiro era transferido do governo paulista para o grupo em razão da assinaturas de revistas da editora. 
Segundo o portal, parte do dinheiro foi para a compra de cerca de 25% da tiragem da Nova Escola, injetando "alguns milhões nos cofres de Roberto Civita", dono da Editora Abril. 
Na época, o tucano apresentou proposta curricular que obrigava a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições do Guia do Estudante, outra publicação do grupo.” 

Arapongagem em hotel foi obra de Cachoeira


No ano passado, a revista Veja alardeou em uma matéria de capa a suposta interferência do ex-ministro José Dirceu, afastado do Planalto sob o impacto do “mensalão”, no governo Dilma Rousseff. A reportagem, que mostrava integrantes do governo em reuniões extra-oficiais com o ex-ministro no Hotel Nahoum, em Brasília, virou caso de polícia quando alguém questionou de que maneira as imagens do circuito interno haviam sido captadas.
O repórter “investigativo” foi acusado de tentar invadir o apartamento onde Dirceu estava hospedado. Os métodos criminosos para obter “o furo” davam indícios de que algo cheirava mal no reino da editoral Abril. Um ano depois, com a revelação do inquérito da Operação Monte Carlo, a origem da fumaça começa a ser explicada.
As investigações sobre a atuação do bicheiro Carlinhos Cachoeira para preservar seus interesses em Brasília apontam com todas as letras o envolvimento de políticos e jornalistas com a quadrilha. É o caso de Policarpo Júnior., chefe da sucursal da Veja em Brasília, citado em diálogos do inquérito policial.
Abaixo, os detalhes sobres os métodos pouco ortodoxos utilizados pela revista na tentativa de constranger o governo. O diálogo, publicado no blog de Luis Nassif (leia clicando AQUI), foi obtido a partir do documento disponibilizado pelo site Brasil 247, que teve acesso ao relatório.
Confira:
1) 2 DE AGOSTO 2011- Araponga Jairo diz a Cachoeira que vai almoçar com “Caneta” (Policarpo Junior). Depois do almoço, relata que Policarpo quer as imagens gravadas no Hotel Naoum.
TELEFONE NOME DO ALVO
316010027450207 Jairo Martins de Souza – MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
JAIRO X CARLINHOS (PLX)
DATAlHORA rNlCIAL DATA/HORA FrNAL DURAÇÃO
0210812011 12:03:39 02/08/2011 12:04:13 00:00:34
ALVO rNTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
316010027450207 316010027445095 316010027445095 R
RESUMO
CANETA – MATERIA
DIÁLOGO
( … )
JAIRO: Deixa eu te falar. Tem uns 15 minutinhos, o caneta me ligou aqui, ta Pra mim almoçar com ele 15 pra OI. A respeito
daquela, daquela matéria la, ta. Que ta pronta. Que so fala comigo.
CARLINHOS: Ha, excelente. Ai se me posiciona ai. Brigado, JAIRO!
(DESPEDEM-SE)
(ENCERRADA)
INTERLOCUTORES/COMENT ÁRIO
JAIRO X CARLINHOS (PLX)
DATA/HORA INICIAL DATNHORA FINAL DURAÇÃO
02/08/2011 14:30:50 02/08/2011 14:33:06 00:02:16
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
3 16010027450207 3 I 60 10027445095 3160 I 0027445095 R
RESUMO
JAIRO.”CANETA” QUER USAR AS IMAGENS DAS PESSOAS DO HOTEL.
JD RECEBENDO O PESSOAL E COMEMORANDO A QUEDA DO OUTRO. TODO MUNDO VEM PEDIR A BENÇÃO
DELE.
DIÁLOGO
CARLINHOS: E ai, JAIRO, o que que cIe queria?
JAIRO: Como sempre queriam fuder a gente, né? É, diz que tem uma puta de uma matéria, né ? Pra daqui a duas semanas, que .
naquele período que ele me pediu, o cara recebeu 25 pessoas lá, sendo que 5 pessoas assim importantissima, mas pra sustentar a
matéria dele. ele tem que usar a<; imagens, entedncu? Que era o combinado era não usar, né?
CARLINHOS: As imagens lá do hotel ?
JAIRO: É, as imagens das pessoas entendeu?
CARLlNHOS:É, se ele combinou tem que cumprir, né?
( … )
JAIRO:Ai cle quer que eu tente cu convencer o amigo lá, a deixar usar, usar de uma maneira que não complique, né?
CARLlNI-IOS: É mas ai, pra tentar convencer o amigo, você tcm que falar, ai é o meu caso, entendeu? “Ó, você tem que
conversar com ele, porque ele pelo menos é o dono lá, do pessoal de lá”.
JAIRO: Ah, fechou, fechou, fechou então.
CARLINHOS:Põe ele pra pedir pra mim, tá.
JAIRO: TA, eu vou pedir ele pra pedir pra você
( … )
CARLINHOS: E o que que é basicamente. é o JD recebendo o pessoal lá e comemorando a queda do outro?
JAIRO: É, a importânci, a influência dclc,nos momentos de crise ( … ) todo mundo vem pedir a benção dele.
( … )
ENCERRADA
2) 11 de agosto de 2011. Cachoeira conta a Demostenes que Policarpo pediu autorização para divulgar fitas do Hotel Naoum.
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
CARLINHOS X DEMOSTENES(PLX)
DATAlHORA INICIAL DATA/HORA FINAL DURAÇÃO
11/08/201120:05:52 11/0812011 20:06:45 00:00:53
ALVO INTERLOCUTOR
316010027445095 3160 I 0027449459
ORIGEM DA LIGAÇÃO
316010027449459 R
TIPO
RESUMO
DEMOS TENS fala que o primeiro assunto está com o estrangeiro e o segundo já tem reunião. CARLINHOS diz que o assunto
do ZÉ vai estremece o partido .
DIÁLOGO
CARLINHOS: Fala Doutor.
DEMOSTENES: E ai professor. Já tô aqui … aquele assunto … o primeiro já tá sendo tratado pelo estrangeiro, certo? E o segundo
já tem uma reunião marcada aqui.
CARLINHOS: Excelente. Amanhã cê lá vindo á tarde?
DEMOSTENES: Vou à tarde aí. Na hora que Chegar nós falamos. Tem alguma novidade aí?
CARLINHOS: Tem nada. Nada de nada. Tive com o POLICARPO ontem, não sabe nada, nem (ininteligívcl) assunto morto pra
ele. Foi pedir permissão para o trem lá do ZÉ é feio viu, aquele que eu te contei. Aquilo lá vai dar uma estremicida, viu. É uma
bomba dentro do partido.
ENCERRADA
1) 11 de agosto. Demóstenes diz a Cachoeira que fitas do Naoum podem motivar uma CPI do PT
TELEFONE NOME DO ALVO
316010027445095 CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS – MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
CARLlN~IOS X DEMOSTENES(PLX)
DATA/HORA INICIAL DATA/HORA FINAL DURAÇÃO
11/08/2011 20:06:48 11I08/20t 120:07:15 00:00:27
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
316010027445095 316010027449459 316010027445095 R
RESUMO
CARLINHOS diz que viu cenas e DEMOSTENES diz que é bom pois eles podem fazer a CPI do PT
DIÁLOGO
CARLINHOS: Eu vi, eu vi as cenas lá, viu?
DEMOSTENES: Isso é bom, hein. Isso é bom que dá um tiro direto neles aí né, c a gente faz a CPI do PT.
CARLINHOS: Exatamente. Bcle7.a.
DEMOSTENES: Falou Mestre. um abraço.
CARLINHOS: Outro doutor. Tehau .
ENCERRADA
2) 15 de agosto Cachoeira autoriza Jairo a negociar entrega das fitas a Policarpo
TELEFONE NOME DO ALVO
316010027445095 CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS – MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
CARLINHOS X JAIRO(PLX)
DATA/HORA INICIAL DATA/HORA FINAL DURAÇÃO
15/08/2011 10:12:29 15/08/2011 10:13:07 00:00:38
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
3 16010027445095 3160 I 0027450207 316010027450207 R
RESUMO
CARLlNHO orienta JAIRO sobre conversa com POLICARPO. Diz que eles tem que pedir aquele assunto pra ele.
DIÁLOGO
JAIRO: Oi.
CARLINHOS: JAIRO. Nós temos que matar a conversa com o POLICARPO aI… cê sempre deixa pra mim decidir, tá? Quem vai ter a decisão mesmo é ele. Não fala que cê já falou com o cara, que já tá tudo liberado, não, tá bom? Que nós temos que pedir aquele assunto pra ele.
JAIRO: Tá beleza, beleza Devo falar com ele logo mais, aí eu te falo, te chamo.
Despedem-se
ENCERRADA
3) 21 de agosto – Cacheoira antecipa a Demostenes todo o conteúdo da matéria que Veja publicará com base nas fitas do Naoum
TELEFONE NOME DO ALVO
316010027445095 CARLOS AUGUSTO DE ALMEIDA RAMOS – MONTE CARLO
INTERLOCUTORES/COMENTÁRIO
CARLINHOS X DEMOSTENES(PLX)
DATNHORA INICIAL DATNHORA FINA-L DURAÇÃO
021081201121:03:35 02/08/201121:06:25 00:02:50
ALVO INTERLOCUTOR ORIGEM DA LIGAÇÃO TIPO
316010027445095 3160 I 0027449459 316010027449459 R
DIÁLOGO
CARLINHOS: Ó DOUTOR,
DEMÓSTENES: Fala PROFESSOR, e ai? Tranquilo o
CARLINHOS: Beleza novidade ai?
DEMÓSTENES: Uai, nada. liguei fiquei o dia inteiro fora do ar ai, saber se. tem alguma coisa
CARLINHOS: Não, s6 o POLlCÁRPIO que vai estourar ai, o JAIRO arrumou uma fita pra ele lá do hotel lá, onde o DIRCEU, .
DIRCEU, é, recebia o pessoal na época do tombo do PALOCCI ai, ai ele vai demonstrar, mas não vai ser esse final-de-semana
não, tá? Vai ser umas duas vezes ai pra frente, que ele planejou a queda do PALOCCI também, recebia só gente graúda lá:, tá?
Isso quer dizer que os momentos importantes da República, o DIRCEU que comanda.
DEMÓSTENES: Exatamente, ai é bom de mais, uai, o que que é isso?
. CARLINHOS: É vai sair ai, já falou com o JAIRO, hoje almoçou com o JAIRO, e perguntou com o JAIRO se podia, quando for
estourar. por, por a fita na veja online c o JAIRO veio perguntar pra mim. ai eu falei pra ele: “não, deixa não. manda ele pedir pra
mim”.
DEMÓSTENES: Exatamente, é claro ué. Ai não, né ? Ai ninguém guenta, né ?
CARLINHOS: É mas ai vai mostrar muita coisa, viu? Ai vai por fogo ai na REPÚBLICA, porque vai jogar o PALOCCI contra
ele, porque ai vai vir cenas né? Dos nego procurândo o DIRCEU no hotel.
DEMÓSTENES: Exatamente, ai é ótimo, fantástico.
( … )
ENCERRADA