sexta-feira, 31 de outubro de 2008

PUNIÇÃO GERAL E IRRESTRITA - MÍDIA IRRESPONSÁVEL

Copiado na íntegra do Blog O TERROR DO NORDESTE, do penanbucano arretado, Gilvan Freitas, que está entre os meus favoritos.
Sexta-feira, 31 de Outubro de 2008

PUNIÇÃO GERAL E IRRESTRITA

Sexta, 31 de outubro de 2008, 14h15 Atualizada às 14h19
Governo não pune mídia irresponsável, diz deputado
Diego Salmen


A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados realizará, no dia 11 de novembro, uma audiência pública para discutir as conseqüências da cobertura feita pela mídia durante o seqüestro da menina Eloá.

Ela foi morta depois de ser mantida refém durante cinco dias pelo ex-namorado Lindemberg Alves, em um apartamento na cidade de Santo André, em São Paulo.


À época, três emissoras de televisão - Globo, Record e Rede TV! - veicularam entrevistas feitas com o seqüestrador por meio do número de celular utilizado nas negociações com a polícia.

Autor do requerimento de realização da audiência, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) qualifica a atuação da imprensa nesse período como "irresponsável". Ele considera ter havido um "vale tudo" na busca pela audiência.

- Os meios de comunicação inflamaram a psicopatia do seqüestrador, que virou uma celebridade nacional.

Em entrevista a Terra Magazine, o parlamentar destaca a importância do debate sobre a responsabilidade social e ética dos meios de comunicação, e diz que as emissoras podem ser punidas, caso haja pressão popular para tanto.

- Que as emissoras não venham com o álibi, a justificativa da conduta irresponsável em nome da liberdade de imprensa. Nós lutamos contra a ditadura pela liberdade de imprensa, enquanto vários órgãos de comunicação defendiam o regime militar.

Confira a entrevista com o deputado Ivan Valente:

Terra Magazine - Por que o senhor decidiu apresentar esse requerimento?

Ivan Valente -Acompanhando esse evento, foi possível constatar que os meios de comunicação tiveram uma responsabilidade importante no desenlace desastroso do seqüestro, pelo tipo de cobertura que fizeram, num sistema de vale tudo pela audiência. Inclusive de contato direto com o seqüestrador... Os meios de comunicação inflamaram a psicopatia do seqüestrador, que virou uma celebridade nacional. Entrevistas com Lindemberg foram feitas por meio do celular utilizado nas conversas com a polícia.

E isso acabou dificultando o trabalho de negociação da polícia...

Tem um depoimento do promotor que esteve lá nos momentos cruciais que diz que o capitão Gianinni (responsável pelas negociações) não conseguia falar com o seqüestrador porque o telefone estava ocupado com as entrevistas com a imprensa. Por outro lado, a cobertura 24 horas por dia, procurando sempre os melhores ângulos, ocupando vários apartamentos do local e inclusive mostrando toda a movimentação policial, isso tudo certamente prejudicou e muito qualquer ação policial preventiva. Tanto é assim que ele soltou uma das reféns em troca da manutenção da água e da eletricidade para que ele pudesse acompanhar pelos meios de comunicação. Foi uma cobertura irresponsável.

As emissoras trabalham sob o regime de concessão pública. De que maneira seria possível exercer um controle mais efetivo sobre isso?

Essas concessões são renováveis, e essa renovação passa pelo Congresso. Entramos com o requerimento também na Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação da Câmara, para que esse debate seja feito também sob esse ângulo, ou seja, o papel ético e de utilidade pública dos meios de comunicação. E não a busca da audiência a todo custo, desrespeitando o interesse público e gerando uma cobertura nociva à formação da cidadania brasileira. Nesse caso colocando inclusive em risco a vida de outras pessoas.

Nós sabemos que se trata ainda de uma audiência pública, mas a questão é: existe alguma chance de punição para essas emissoras?

(Pode haver) Pela lógica da renovação. O ministério das Comunicações, por pressão social e popular, pode punir; inclusive a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) pode punir. Só que não punem, são coniventes com isso. Ao dar essa visibilidade a esse debate na Câmara, nós queremos discutir sim a concessão, sua renovação e a responsabilidade social e ética dos meios de comunicação, que são concessionários. E por outro, o papel do governo na regulação, no controle e na fiscalização do conteúdo transmitido. Eu quero deixar claro que não vejo nisso nenhum tipo de censura à imprensa. Que as emissoras não venham com o álibi, a justificativa da conduta irresponsável em nome da liberdade de imprensa. Nós somos defensores da liberdade de imprensa e de manifestação. Lutamos contra a ditadura pela liberdade de imprensa, enquanto vários órgãos de comunicação defendiam o regime militar. É o contrário; em nome da liberdade de imprensa não se pode produzir conteúdos irresponsáveis à sociedade.

Há alguns anos houve também a entrevista com um falso líder do PCC no programa do apresentador Gugu Liberato....

Naquela época eu inclusive convoquei o apresentador Gugu Liberato à Comissão de Direitos Humanos. Mas ele fez tanta movimentação junto aos parlamentares no Congresso que ele conseguiu inviabilizar a presença dele lá. Vários parlamentares têm receio de pressão (por parte) dos meios de comunicação.

Terra Magazine .
Comentário.
Concordo com Ivan Valente. Vou mais além, a punição tem de ser geral e irrestrita. Não só as TVs devem ser punidas, como também jornais, revistas, blogs da direitalha e seus blogueiros de aluguel.O que não pode é ficar como está, onde prevalece a ganância dos meios de comunicação, todos querendo lucar com a desgraça alheia.
Postado por TERROR DO NORDESTE às 12:00
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DIGA NÃO AO IMPRENSALÃO



Gilvan Freitas
TERROR DO NORDESTE
Recife, Pernambuco, Brazil
Sou um pernambucano arretado, tenho 40 e poucos anos, gosto do meu estado, amo minhas filhas, torço pelo Sport Club do Recife e sou simpatizante do PT. Adoro falar mal de tucanos, DEMentes e do imprensalão.

UM DIA TRISTE PARA A IMPRENSA BRASILEIRA - Vejam o motivo.

Copiado na íntegra do Blog Eu Quero Falar, da Vera 13, que está entre os meus favoritos.

Sexta-feira, 31 de Outubro de 2008
Um dia triste para a imprensa brasileira:Brasil economiza R$ 10 bi em setembro e tem superávit nominal


Dinheiro economizado foi mais que suficiente para pagar os R$ 6,142 bilhões de juros da dívida no período

O setor público brasileiro fechou as contas de setembro com superávit nominal, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Banco Central. No mês passado, União, Estados, municípios e empresas estatais fizeram um superávit primário (receitas menos despesas, sem considerar o pagamento de juros) de R$ 10,005 bilhões, bem acima dos R$ 3,554 bilhões do mesmo período de 2007. O dinheiro economizado foi mais que suficiente para pagar os R$ 6,142 bilhões de juros da dívida no período, garantindo assim superávit nominal de R$ 3,863 bilhões. Em 12 meses encerrados em setembro, o superávit primário foi equivalente a 4,60 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante 4,41 por cento do PIB em 12 meses até agosto.

Também em 12 meses, o déficit nominal foi equivalente a 1,32 por cento do PIB --o menor patamar desde o início da série histórica do BC, em 1991.

No mês passado, o governo central registrou superávit primário de 5,173 bilhões de reais, enquanto os governos regionais tiveram superávit de 1,590 bilhão de reais e as estatais, superávit primário de 3,242 bilhões de reais.

O BC informou ainda que a dívida líquida total do setor público caiu para valor equivalente a 38,3 por cento do PIB no mês passado, frente a 40,4 por cento em agosto.

A retração na relação dívida/PIB refletiu principalmente a queda do real frente ao dólar, uma vez que o país é credor líquido na moeda estrangeira.

"A desvalorização cambial ocorrida no mês foi responsável pela redução de 1,6 ponto percentual na relação dívida/PIB", afirmou o BC em nota. . Agência Reuters

Por: Helena™ . Sexta-feira, Outubro 31, 2008 Comentarios (12)| Trackback Links para esta postagem

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

ATÉ QUANDO O IMPRENSALÃO VAI POUPAR JOSÉ SERRA?

Copiado na íntegra do Blog TERROR DO NORDESTE, que está entre os meus favoritos.
Quarta-feira, 29 de Outubro de 2008

ATÉ QUANDO O IMPRENSALÃO VAI POUPAR JOSÉ SERRA?
Propina da Alstom

O volume de propinas pagas pela multinacional francesa Alstom a funcionários estrangeiros pode ter sido superior a US$ 430 milhões. O cálculo é da Justiça suíça, que investiga a suspeita de que a empresa subornou servidores de vários países, incluindo o Brasil, para ser favorecida em licitações de projetos públicos.

Segundo informações divulgadas ontem pelo Tribunal Federal Penal em Bellinzona, na parte italiana da Suíça, a Alstom pode ter pago mais de US$ 60 milhões por ano em propinas entre 1998 e 2007. O suborno era mascarado como "pagamento de consultorias", mas as empresas beneficiadas serviam para lavar e transferir o dinheiro da corrupção.

Os procuradores suíços consideram os pagamentos suspeitos porque muitos deles envolviam empresas que jamais prestaram nenhum consultoria à gigante francesa. Em alguns casos, afirmam, há provas de que o dinheiro acabou nas mãos de funcionários públicos de Itália, Zâmbia e México.

Mas o Ministério Público já havia informado que há pelo menos três investigações em curso, e que uma delas é sobre o uso de bancos suíços para pagar propinas no Brasil.

A principal suspeita envolve o pagamento de US$ 6,8 milhões a integrantes do PSDB, governo do Estado de São Paulo, para ganhar licitação de US$ 45 milhões do Metrô.

Há indícios, segundo os papéis divulgados ontem, de que foram pagas propinas de cerca de 1 milhão de euros (US$ 1,25 milhão) entre janeiro de 2001 e abril de 2003 a um funcionário na Zâmbia. O pagamento teria sido feito por meio de diversas empresas "offshore".

Além disso, duas companhias suíças apresentaram contas de mais de 10 milhões de francos (US$ 8,6 milhões) à Alstom, como parte do esquema de lavagem de propinas.

A Justiça suíça informou que o ex-executivo da Alstom que havia sido preso em agosto, em uma grande operação de busca e apreensão em escritórios da empresa no país, foi libertado no último dia 10, depois de superado o risco de que ele destruísse provas do caso.

A corte não forneceu o nome do executivo, mas ele foi identificado pela imprensa francesa como Bruno Kaelin, que teria coordenado o pagamento das propinas no Brasil e na Venezuela. Kaelin é acusado de gestão fraudulenta, corrupção e lavagem de dinheiro.(Folha)
Postado por TERROR DO NORDESTE às 04:22 0 comentários

Desemprego é o menor para setembro desde 1998

Copiado na íntegra do Blog da amiga JUSSARA SEIXAS, POR UM NOVO BRASIL, que está entre os meus favoritos.

29 Outubro 2008

Desemprego é o menor para setembro desde 98, aponta SeadeTaxa atinge 14,1% nas seis regiões abrangidas pela pesquisa, queda de 0,4 ponto na comparação com agosto

SÃO PAULO - O desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pela Fundação Seade, em convênio com o Dieese, atingiu 14,1% em setembro, a menor taxa para o mês desde 1998. A pesquisa foi realizada nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. Em agosto, a taxa havia sido de 14,5%.

O total de desempregados foi estimado em 2,839 milhões de pessoas. O nível de ocupação subiu 0,8% em setembro em relação a agosto e aumentou 5,6% em comparação a setembro de 2007. O movimento da taxa resultou de reduções na maioria das regiões pesquisadas: Recife e São Paulo e, em menor medida, Belo Horizonte e Salvador. Em Porto Alegre e no Distrito Federal essa taxa manteve-se relativamente estável.

O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões metropolitanas registrou um incremento de 1% em agosto ante julho e passou a R$ 1.171,00. Em comparação a agosto de 2007, ocorreu uma elevação de 4,8%. A massa do rendimento dos ocupados apresentou aumento de 1,6% em agosto ante julho e subiu 10% em comparação a agosto de 2007.

Considerando somente a região metropolitana de São Paulo, o desemprego atingiu 13,5% em setembro, a menor taxa para o mês desde 1996. O total de desempregados no mês passado atingiu o número de 1,425 milhão de pessoas nessa região, abaixo do nível de 1,476 milhão registrado em agosto.

De acordo com a PED, o rendimento médio real dos ocupados em São Paulo subiu 1,6% em agosto ante julho deste ano, de R$ 1.197,00 para R$ 1.216,00. Ao comparar o resultado com o resultado de R$ 1.183,00, em agosto do ano passado, o rendimento médio aumentou 2,7%.

A massa de rendimento dos ocupados, que é o resultado da multiplicação do valor dos rendimentos e nível de ocupação, aumentou 1,6% em agosto em relação a julho. Em comparação a agosto de 2007, a massa de rendimento dos ocupados subiu 6,7%.

O nível de ocupação registrou elevação de 0,7% em setembro em comparação a agosto. Em relação a setembro do ano passado, o nível de ocupação aumentou 5,45%.
http://www.estadao.com.br/economia/not_eco268807,0.htm
Chora oposição, chora, bate o cabeção na parede

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

CONTRAVERSÕES ELEITORAIS - Por Emir Sader

Amigos e leitores, transcrevo na íntegra matéria postada nesta data, no Blog DO Emir,
do Professor Emir Sader, no site da Carta Maior, que está entre os meus favoritos.
27/10/2008

Contraversões eleitorais
(Notas na contramão da ditadura da mídia mercantil)

1. Se os tucanos consideram que Lula foi derrotado, deveriam tê-lo atacado e colocado seu governo no centro da campanha. Se se fosse fazer a lista dos candidatos que elogiaram o Lula – incluindo até o Kassab -, o Lula seria o vencedor praticamente unânime no Brasil inteiro. Serra adianta que não será candidato anti-Lula e sim pós-Lula. Se o bloco tucano-pefelista é essencialmente opositor ao governo Lula, deveria ter outro candidato ou impor uma candidatura opositora frontalmente contra o governo Lula.

2. De fato, os partidos da base do governo são os grandes vencedores, tendo eleito prefeitos em 20 das 26 capitais. O PMDB e o PT, cada um com 6 capitais, são os maiores vencedores individuais.

3. Sobre transferência de votos, recordar que FHC, no seu primeiro mandato – no segundo, à altura em que Lula tem 80% de apoio, FHC tinha 18%, não teria o que transferir, senão um peso negativo -, viu o PT eleger prefeitos em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, entre outras capitais importantes, confirmando como o prestígio nacional não se transfere para o plano municipal.

4. FHC volta a falar da crise. Ele tem experiência: produziu três crises que quebraram três vezes a economia brasileira, as subestimou e foi fragorosamente derrotado nas eleições do fim do seu mandato e amplamente rejeitado até hoje. Poderia ser candidato a algum posto, se tivesse coragem de enfrentar a opinião dos eleitores sobre ele e seu governo, que nem mesmo o Alckmin defendeu, nas eleições presidenciais passadas.

5. A Globo deitou e rolou com seu poder monopolista na mídia carioca: fez tudo até conseguir tirar o Crivella do segundo turno (não por evangélico, mas por ser da TV Record, competidora da TV Globo), fez de tudo e quase conseguiu eleger o Gabeira. Em São Paulo, a FSP, o Estadão, o UOL, fizeram ativa campanha por Kassab, como verdadeiros boletins de comitês de campanha, valendo-se do monopólio midiático que detêm.

6. Os três governadores dos três principais estados conseguiram eleger os prefeitos das capitais. A banca governamental foi a maior vencedora da eleição, somando-se as prefeituras ganhas e os votos recebidos, sai amplamente ganhadora.

7. Os tucanos só garantem bom palanque em São Paulo, ainda assim descontadas as vitórias do PT e da base governamental no ABC, em Baurú, em Campinas e em outras cidades importantes do estado.

8. O antipetismo, como ideologia da classe média conservadora, tem seus núcleos mais fortes em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, com a diferença que neste estado não favorece os tucanos, mas o PMDB, partido da base aliada do governo.

9. Os eventuais efeitos da crise não tiveram nenhum efeito, apesar do clima de terror que a ditadura midiática tenta impor. Mas certamente torna-se um tema central de disputa ideológica, a capacidade de resistência da economia brasileira à crise e o que teria acontecido, caso os tucanos-pefelistas estivessem governando, com todas as fragilidades que impuseram à economia brasileira.

10. A mídia ditatorial foi o grande dirigente político da direita. Torna-se muito difícil um candidato que luta contra ela se impor, se não conta com as realizações do governo. A luta contra a hegemonia do capital financeiro e a ditadura da mídia mercantil são temas centrais para a democratização do Brasil.



Postado por Emir Sader às 05:05
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

RIO, PESQUISAS "y las brujas" - Capítulo II

PESQUISAS NO RIO e “AS BRUXAS” Capitulo II

Domingo passado, 19/10, às 13:28 horas, postei uma matéria com o mesmo título, que agora acrescento Capitulo II e tudo que afirmei na ocasião continuo afirmando agora, destacando mais uma vez que “Yo no creo en las brujas: pero que las hay, las hay...”, assim como “Eu também não acredito em pesquisas eleitorais, mas que elas existem, existem...”
As novas pesquisas IBOBE e DATA FOLHA, sempre encomendas pela TV GLOBO em parceria com os “Jornais O Estado de S.Paulo e Folha de São Paulo”, respectivamente, em que pese pequenas alterações, continuam fajutas e manipuladas, certo que o IBOPE, pior deles, até ontem à noite não tinha colocado a pesquisa no seu site e hoje antes de postar a matéria, mesmo conseguindo acessar o site do IBOPE não era possível acessar as pesquisas no www.eleições.ibope.com.br, simplesmente saiu do ar, não sendo assim possível fazer qualquer análise, mas como já disse com certeza manipuladas.
Não é novidade para ninguém que Gabeira é o Candidato da Globo, Estadão, Folha, Veja, IstoÉ e companhia, ou seja da mídia marrom, golpista ou Partido da Imprensa Golpista ( PIG ), mas pelas últimas pesquisas ( Ibope e Data Folha ) não estão conseguindo segurar para os seus contratantes a “onda fictícia” para não dizer “pífia” palavra tão usada pelos repórteres -especialistas daquela emissora de Tv.
Porém, como já disse anteriormente, existem “pesquisas” e pesquisas. Assim digo porque acreditando ou não, o fato é que as nas pesquisa para a cidade do Rio de Janeiro nem com as bruxas soltas nem com o “Sobrenatural de Almeida” se justificam os índices apontados no IPOBE E DATA FOLHA, conforme acredito ter demonstrado no quadro comparativo entre o resultado do Rio de Janeiro e de Salvador ( BA ), quem quiser conferir o que escrevi basta reler minha matéria.
Afirmei na ocasião que a maioria dos votos do Senador Crivella ( 19,06% ) e de Jandira ( 9,79% ), que somam 28,85% seriam repassados naturalmente, em percentual elevado para o Candidato Eduardo Paes e que os votos dos demais candidatos se anulavam e não beneficiaria nenhum candidato.
É JUSTAMENTE O QUE VEM ACONTECENDO, independente do que dizem as pesquisas, mas de qualquer forma, o Data Folha ( menos pior que o Ibope ) e que colocou sua pesquisa no seu site, de onde imprimi três folhas, apesar de ainda ficar em cima do muro, ou seja, dentro da margem de erro de 3%, aponta na intenção de votos uma vantagem para Eduardo Paes de 44 contra 41% e quanto aos Votos Válidos 52 a 48%, ou seja vantagem de 4%. No detalhamento da pesquisa ainda aparecem outros dados indicativo de que Gabeira está em queda livre: sete pontos de queda da intenção de votos dos jovens, que antes era a grande massa dos que votariam nele e queda de quatro pontos entre os mais escolarizados; e, como eu já havia dito, um número cada vez maior de eleitores de Crivella e Jandira que declararam intenção de votar em Eduardo Paes.
O Tucano/Demo/Verde da Globo, que o seu verde só se for o pingo no “i” do nome Gabeira,
Na manhã do dia 17/10, numa das últimas páginas do Jornal Extra, também das Organizações Globo, em nota mínima, quase imperceptível, informou que na pesquisa feita pelo INSTITUTO BRASILEIRO DE PESQUISA SOCIAL ( IBPS ), realizada entre os dias 13 e 15/10, registrada no TER sob o nº 50/2008, mas não encomendada por ninguém, ao contrário das “pesquisas” do IBOPE e DATA FOLHA, sempre encomendadas pelo Jornal Estado de SP e TV GLOBO, o Candidato Eduardo Paes aparecia com 41% contra 40% do Gabeira.
Mais uma vez reafirmo que IBOPE, DATA FOLHA e TV GLOBO , esta com seus artistas de novela e cinema, além de cantores, como Lulu Santos, Caetano, e as Fernandas Torres e Abreu ( Só faltando os Fernandos HC e Collor de Mello ) não estão mais conseguindo segurar as pesquisas de forma favorável ao seu candidato Gabeira.
Digo mais, na última pesquisa que virá o IBOBE deverá apontar Eduardo Paes, com uma vantagem de 2% só para não desagradar seus contratantes, ficando assim ainda dentro da margem de erro, mas no Data Folha, menos pior , vantagem sobre Gabeira deverá ficar entre de 5 a 6% .
Ontem no programa de propaganda eleitoral na TV transmitido à noite, que só assisti porque aguardava o Goleada de 5 a O do meu MENGÃO, o candidato Gabeira, demonstrando sinal de desespero e desequilíbrio usou o maior espaço de tempo para pedir os seus “grandes” eleitores da elite-branca, maioria rica ou querendo parecer ricos, que não viajassem no fim de semana prolongado em razão da antecipação do feriado de 3ª para 2ª feira, mas duvido que esta turma, que já sabe que perdeu deixará de curtir o sol que promete nas suas mansões na Região dos Lagos ( Cabo Frio e Búzios ) e nas Ilhas da Costa Verde ( Mangaratiba e Angra dos Reis).
Gabeira dedicou boa parte de seu programa, inclusive com imagens externas, para falar do cuidado com animais domésticos e disse que pretende ampliar o programa de castração de animais e mencionou as condições precárias dos cavalos de Paquetá, ilha na Baía de Guanabara, com cerca de 6.000 moradores. Brincadeira, mas a esta altura do campeonato se preocupar com os cavalos ( incluo aqui as éguas e os burros) e indicativo de que não a vaca , “mas a égua já foi pro brejo”.

Ao contrário dos outros órgãos ou institutos de pesquisas, o IPES13 ( Instituto de Pesquisas Eleitorais Saraiva 13 ), do qual sou único membro, continua afirmando que Gabeira perderá as eleições por uma diferença de 10% dos votos válidos, com uma margem de erro de 3% para mais ou para menos. Em outras palavras, na pior das hipóteses, Eduardo Paes vencerá as eleições com 7% de vantagem sobre seu adversário Gabeira.

Quem viver verá.
Saraiva

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Entupimento do sistema circulatório do capitalismo

Transcrevo na íntegra matéria que recebi por e-mail de Vanderley Caixe,que dispensa apresentação, do Carta O Berro, de entrevista da Grande Professora Economista Maria da Conceição Tavares à Carta Maior.

Brasília - Segunda , 20 de Outubro de 2008
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Entrevista

MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES: "Entupiu o sistema circulatório do capitalismo. É preciso agir rápido, antes que ocorra a trombose"

Em entrevista à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares fala sobre a crise. “As autoridades monetárias de todo o mundo têm que intervir rápido, antes que se forme a pior das bolhas, a de pânico, que é essa que está em curso", adverte. Para ela, o Brasil tem algumas vantagens importantes para enfrentar a crise, entre elas a existência de três fortes bancos estatais e pelo menos três grandes empresas públicas de peso, salvas do ciclo de privatizações desfechado pelo governo anterior. Isso dá ao governo instrumentos para intervir fortemente no mercado.

Redação - Carta Maior

Decana dos economistas brasileiros, uma espécie de banco de reflexão de última instância ao qual se socorrem economistas quando o horizonte do mercado exibe mais interrogações que cifrões, a professora Maria da Conceição Tavares, 78 anos, quase não dormiu na noite de terça para quarta-feira. E voltou a fumar, muito, o que não deveria, por orientação médica. Motivo: os abalos seguidos nos alicerces do sistema capitalista norte-americano e seus efeitos sísmicos no mundo, inclusive no Brasil.

Conhecida pela rara capacidade de equilibrar razão e paixão – não necessariamente nessa ordem - , costuradas em frases contundentes e metáforas esmagadoras sobre os desafios da economia e do desenvolvimento, Conceição falou à Carta Maior sobre a crise em curso no sistema capitalista. A voz rouca e o cansaço de uma noite insone não impedirem que reafirmasse a reputação construída a partir de uma lucidez corajosa, que mesmo os adversários respeitam - e temem.

A seguir trechos de sua conversa com a Carta Maior:

“A questão central é que o crédito está congelado: entupiu o sistema circulatório do capitalismo. Sem crédito uma economia capitalista não funciona. Agora é torcer para que o entupimento não se transforme em trombose”.

“O Martin Wolf foi lento (NR: editor do Financial Times, conhecido pelas convicções neoliberais que, em artigo transcrito hoje pelos jornais brasileiros, pede um resgate estatal urgente, e amplo, do sistema bancário). Assim como ele, as autoridades norte-americanas também foram lentas. Demasiado lentas. Vão dizer que não sabiam o tamanho do estrago? Ignoravam a gravidade da bolha especulativa feita de hipotecas podres e derivativos, cuja soma vai além de US$ 6 trilhões, sem falar do resto? Como não sabiam? Eles são gente de Wall Street. São escolhidos entre os “piranhões” do mercado. Não podem dizer que não sabiam. O problema não é esse. O problema é que eles acreditam no mercado. Essa é a tragédia. Esperaram até o limite da irresponsabilidade para intervir. Aí perderam o controle e estão diante do pânico: ninguém empresta a ninguém, entupiu o sistema circulatório do capitalismo”.

“Agora tem de fazer isso mesmo, estatizar parcelas abrangentes do sistema financeiro; implantar safenas. Não é isso que estão fazendo? O FED já começou a descontar commercial papers direto no mercado. Tem que intervir largamente, e rápido. Eles são o centro da crise mundial. Mas um pânico financeiro não respeita fronteiras”.

“O problema do Brasil não são os fundamentos, que no geral são bons. Mas aqui também foram feitas operações especulativas por grandes empresas exportadoras. Ou será que a Sadia e a Aracruz agiram solitariamente? Não agiram. Não foram exceções. Foram irresponsáveis. Não se contentaram em contratar hedge (seguro) contra a variação cambial. Quiseram apostar quantias fantásticas na variação futura do câmbio e apostaram errado. Jogaram na valorização do Real o que é insólito, diga-se. Como exportadores deveriam engrossar as vozes que pediam maior competitividade da moeda brasileira. Mas apostaram. erraram e isso abriu rombos que a Sadia, felizmente, já reconheceu no seu balanço. Digo felizmente porque não pode pairar dúvidas no mercado sobre o tamanho e a abrangência desses prejuízos ou isso gera incerteza e a desconfiança bate nas taxas do dólar.”

“O Banco Central tem o registro, sabe quem fez operações de hedge, mas não sabe quem derivou daí a segunda operação, especulativa. Se soubesse deveria intervir, sanar rapidamente o problema para evitar essa incerteza. Mas o BC, infelizmente, não tem os controles de operações que são totalmente desreguladas. O jeito então é intervir direto no mercado. Impedir a disparada do câmbio que dificulta a vida dos exportadores e importadores. A volatilidade impede o fechamento de contratos de exportação e importação; isso desequilibra a oferta de dólares e empurra ainda mais as cotações. O BC deve intervir direto vendendo dólares (NR: foi o que ocorreu depois que Conceição falou a CM). Não adianta mais fazer swaps (contratos futuros), precisa vencer moeda mesmo. Moeda das nossas reservas – fazer o quê? Note que não há fuga de capitais, não é como no passado. Se fosse fuga de capitais, a simples existência de reservas de US$ 207 bilhões controlaria. O diabo não é fuga, nem inflação, nem recessão... É irresponsabilidade, exportadores- especuladores”.

“As autoridades monetárias de todo o mundo têm que intervir rápido, antes que se forme a pior das bolhas, a de pânico, que é essa que está em curso. É preciso entender, porém, que a crise atual não é semelhante a de 1929. Claro, há elementos comuns, como o derretimento das ações e a fuga de ativos podres. Mas o dramático que a distingue daquele episódio dos anos 30 é o congelamento do crédito, fruto da desconfiança generalizada sobre o que vale o quê numa economia papeleira. A aversão ao risco gera a fuga dos ativos, todos querem se desfazer deles ao mesmo tempo e os bancos não emprestam a ninguém. Entope o sistema circulatório capitalista. Na crise de 1929 o crédito também refluiu mas isso se deu na esteira da desaceleração da atividade econômica, que foi brutal, caiu mais de 25% nos EUA. A recessão então é que diminuiu a demanda por financiamento. Hoje não. A economia não está em recessão – exceto talvez no Japão e engatinha na Europa. Mas é justamente esse paradoxo que mata o sistema: não existe crédito para a atividade econômica em curso. Pára tudo –e de repente: daí o pânico”

“O Brasil tem algumas vantagens importantes em relação a outros emergentes. E o governo Lula deverá saber usá-las. Primeiro, nós não somos exportadores de petróleo e metais – nesse sentido a crise pega a Venezuela e o Chile de frente. Vão ter problemas sérios porque as cotações despencam. Nós vendemos comida e isso deve se manter em bom nível. Segundo: temos, graças a Deus, três fortes bancos estatais, o que dá ao governo instrumentos para intervir fortemente no mercado. Mais ainda, temos pelo menos três grandes empresas públicas de peso, um trunfo que conseguimos salvar do ciclo de privatizações desfechado pelo governo anterior”.

“O que é preciso, portanto, é agir com rapidez e contundência. Desentupir o sistema de crédito. Por exemplo? O Banco Central deve obrigar os bancos a repassarem de fato os recursos liberados do compulsório para irrigar a economia (NR: uma das medidas já tomadas foi a redução do percentual de recolhimento de depósitos à vista no BC) . Eles têm que emprestar a quem precisa. O governo fez a sua parte, deu a cenoura para os grandes bancos repassarem liquidez. Se eles insistirem em segurar recursos o governo deve impor uma penalização forte sobre o volume retido. Já demos a cenoura - se a mula empaca é hora do stick (o porrete)”.

Texto: Fonte: Carta Maior / Postado em 18/10/2008 ás 00:07

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DO BRASIL ESTÃO SÓLIDAS

Matéria copiada do Portal do PT que incluí hoje entre os meus favoritos. Vale ressaltar acompanhei ontem o longo debate da Câmara e ouvi muito bem as declarações do Ministro Guido Mantega e do Presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que são coerentes com a MEDIDA PROVISÓRIA publicada hoje, que tive o cuidado de ler, não se justificando que os "especialistas-economistas" de plantão da mídia golpista venham falar em NACIONALIZAÇÃO de Bancos pela CAIXA e BANCO DO BRASIL, inclusive dizendo que foi em razão da MP que ações do BB tiveram queda, quando nos pregões das Bolsas dos EUA e EUROPA ( estas como sabemos tem abertura antes do BOVESPA ) as ações já apresentavam alta desvalorização, inclusive maiores que do BB.

22/10/2008 - 14:15

Mantega: Instituições financeiras do Brasil estão sólidas e não correm risco de quebrar
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, garantiram que as instituições financeiras estão sólidas no Brasil. Segundo ele, as medidas publicadas hoje no Diário Oficial da União, que permitem que o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF) comprem a participação em instituições financeiras públicas e privadas, visam a ampliar as alternativas para enfrentar a crise global que tem reflexos também no Brasil.

“Não há banco quebrando. O sistema financeiro é sólido. É mais sólido do que outros sistemas financeiros, pois é mais prudente e não é muito alavancado”, disse o ministro da Fazenda.

Segundo Mantega, o problema agora é de liquidez localizada, mas o governo está dando conta disso ao irrigar o mercado com recursos, incluindo a redução do compulsório dos bancos. “Estamos criando um conjunto de medidas para prover a liquidez, afirmou.

Ele lembrou que com a MP os bancos públicos passam a ter as mesmas prerrogativas das instituições privadas.

“Estamos dando um passo a mais nessa direção, pois além de possibilitar a compra de carteiras os bancos públicos que já estão envolvidos nessas atividades também poderão comprar instituições financeiras.

Segundo Mantega, a medida aumenta a concorrência, pois os bancos que estão com problemas eventuais poderão oferecer seus ativos a mais instituições, a melhores preços, já que haverá maior concorrência.

“Hoje você já tem as instituições privadas com a possibilidade de comprar outros bancos. Porque estamos ampliando esta possibilidade, porque os bancos públicos não poderiam fazer isso”.

O governo não dará nenhum suporte financeiro ao Banco do Brasil e à Caixa para as operações de compra de instituições financeiras, segundo informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

“Eles têm uma boa situação e são obrigados a atuar com sócios privados”.

Mantega negou que a Medida Provisória 443, anunciada hoje (22), se destine a socorrer instituições que passem por dificuldades de gestão.

“Todas as nossas ações têm se pautado em regras transparentes e de mercado. Não demos nenhum socorro a nenhum setor da economia. São procedimentos de mercado”.

A medida provisória publicada hoje permite ao BB e à CEF constituírem subsidiárias integrais ou controladas, com sede no Brasil, além da criação da Caixa – Banco de Investimentos S.A. Assinada pelos ministros Guido Mantega e Paulo Bernardo, do Planejamento, e pelo presidente do Banco Central, a MP prevê que as novas subsidiárias podem incluir instituições dos ramos securitário, previdenciário, de capitalização e de outros.

Títulos podres
Guido Mantega afirmou ainda que o Brasil não compra títulos podres e essa seria uma das razões de o país estar sendo menos afetado pela crise financeira internacional.
“No Brasil não compramos ativos podres, até porque no Brasil não tem subprime [sistema de financiamento imobiliário por meio de hipoteca]”, disse Mantega, acrescentando que as medidas anunciadas hoje servirão para garantir a liquidez do mercado. “Estamos criando mais alternativas para que haja a garantia de liquidez e irrigação. Mesmo quando o instrumento não é utilizado é importante que ele exista. É o caso do redesconto, por exemplo”.
A crise do subprime foi deflagarda no mercado imobiliário americano quando instituições financeiras concederam financiamentos de alto risco, ou seja, sem as garantias necessárias de pagamento. Com isso, os tomadores de crédito que não tiveram condições de honrar a dívida devolveram os imóveis e os bancos acabaram com o prejuízo.

Programas habitacionais
O ministro da Fazenda anunciou a criação da empresa Caixa Participações (CaixaPar), com o objetivo de evitar que dificuldades de crédito prejudiquem o acesso a programas habitacionais da Caixa Econômica Federal. É o que prevê a Medida Provisória nº 443, publicada na edição de hoje (22) do Diário Oficial da União.

"Com essa crise, poderemos ter uma dificuldade de fluxo de capitalização. Essa é uma resposta para garantir a continuidade dos projetos habitacionais que estão em andamento no país”, disse o ministro em entrevista coletiva.
Mantega ressaltou que esses programas habitacionais têm contribuição significativa para a sustentabilidade da economia brasileira, à medida que estimulam o setor da construção civil.


Com informações da Agência Brasil

terça-feira, 21 de outubro de 2008

GABEIRA, Verdadeira Cara e apóio de Militares da DITADURA.

Gabeira mostra “Verdadeira Cara” e tem apóio de muitos Oficiais Militares DA DITADURA.
Amigos e leitores,
A notícia abaixo, que copiei no site do Terra, Eleições 2008, últimas notícias, não deixa dúvidas a respeito de quem é realmente o candidato Gabeira, da Globo, PSDB/DEM (ex-PFL), antes ARENA do militares da DITADURA, em cujo regime a TV GLOBO nasceu, cresceu e serviu de suporte ao odioso regime.
Leiam a notícia abaixo:
Segunda, 20 de outubro de 2008, 22h08 Atualizada às 22h19
Gabeira se reúne com a diretoria do Clube Militar
• Notícias
”O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Fernando Gabeira (PV) se reuniu com a diretoria do Clube Militar em um encontro que foi classificado como "inusitado" pelo presidente da entidade, general da reserva Gilberto Figueiredo.
Gabeira, que é ex-guerrilheiro, queria expor a situação da cidade e sugerir o apoio dos militares na luta contra o crime organizado. Oficiais da reserva do Exército e da Aeronáutica também participaram da reunião.
O presidente do clube ainda disse que muitos militares rejeitam Gabeira em razão de seu passado de conflito com as Forças Armadas, mas que outros têm declarado o voto no candidato do Partido Verde.”(Grifei e coloquei em negritos)).


O candidato que se diz ex-guerrilheiro, na verdade um “guerrilheiro de “mérdia” e trapalhão” porque as únicas coisas que fez no caso do seqüestro do embaixador dos EUA foram alugar a casa e o pior esquecer o paletó no local permitindo que todos os que participaram do seqüestro fossem localizados e identificados.
Gabeira que na propaganda eleitoral diz que perdeu parte do fígado, pulmão e outras coisas, agora só não perde a vergonha porque demonstra que NÃO TEM VERGONHA NEM CARÁTER, sendo capaz de qualquer coisa para tentar ser eleito prefeito do Rio, inclusive procurar o CLUBE DOS TORTURADORES DA DITADURA MILITAR para angariar votos. Não se diga que ele poderia, em tese, ter perdoado tais torturadores, porque mesmo que, também em tese, fosse o caso, injustificável “anistiar” para ganhar votos.
Repito o que disse ontem: Queridinho da mídia neoliberal é sempre ouvido, entrevistado e notícias da Veja, Época, Exame, Istoé Dinheiro, Jornal Estadão e como não poderia deixar de ser JORNAL E TV GLOBO, onde após o início da campanha do candidato da Globo aparece com mais freqüência, não por acaso, mas para atender aos interesses da emissora em eleger seu candidato, inclusive em entrevistas individuais na Globo News.
O candidato Gabeira, das organizações Globo, fruto da ditadura, que já colocou seus artistas e cantores diretamente na programação de seus candidatos e já têm ainda um economista de plantão para tentar eleger o seu candidato, inclusive com os artistas das “Tropas das Elites”, vai contar agora com muitos dos Oficiais DAS TROPAS DOS MILITARES NA RESERVA DA DITATURA.
É por tal razão que continuo alertando:
ACORDA RIO DE JANEIRO. Acordam cariocas, porque não só pelas mãos da Globo, do incompetente ex-presidente do Banco Central do governo FHC, Armínio Fraga e cia., E AGORA COM OS MILITARES, OS TUCANOS que só tinham ninho na cidade de São Paulo querem criar uma filial de ninho tucano também na nossa CIDADE MARAVILHOSA.
Mais um motivo para não votar nele. Gabeira N Ã O.
PARA ELE SÓ PODEMOS DIZER UM NÃO, MESMO.
Saraiva

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ninho tucano no Rio? Vamos permitir? Gabeira levado pelas mãos de Armínio Fraga e Globo.

O Rio não pode ser mais um Ninho TUCANO, com GABEIRA levado pelas mãos de Arminio Fraga e da Globo.

Amigos e leitores,

Eu já sabia e tinha avisado através de meus e-mails enviados para meus diversos grupos, repassando notícias retiradas em sites e blogs, com meus comentários, que ARMÍNIO FRAGA era o mentor ou guru da campanha eleitoral do Gabeira.
Hoje o candidato TUCANO/VERDE, com alma mais de Tucano do que Verde, porque o seu verde se resume em filiação oportunista ao PV e ao pingo no “i” do seu nome Gabeira CONFIRMA, por vias transversas as minhas declarações nas últimas noticias “Eleições 2008” do site do Terra, de onde copio a manchete e parte da notícia, com data, para que não haja qualquer sonbra de dúvida:

"Segunda, 20 de outubro de 2008, 15h29
Gabeira convida Armínio Fraga para presidir Conselho
• Notícias
O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Fernando Gabeira (PV) confirmou nesta segunda-feira que convidou o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga para presidir um conselho de administração financeira do município, que ele pretende criar caso seja eleito". ( Grifei e coloquei em negritos).

Caros leitores e amigos vejam Quem é o Sr. Armínio Fraga:
Foi presidente do Banco Central de março de 1999 a dezembro de 2002 no Desgoverno do ex-presidente Tucano FHC. Antes de ser presidente do BC, em 1991/1992, o Sr. Armínio Fraga exerceu o cargo de Membro da Junta de Diretores e Diretor do Departamento de ASSUNTOS INTERNACIONAIS, o que não pode deixar duvidas de que ele junto com a política neoliberal do seu grande GURU e CACIQUE FHC foram os grandes responsáveis pelas 3 ( três ) vezes que o BRASIL esteve perto da falência o que só não ocorreu porque pediram socorro ao FMI e ao Clube de Paris, deixando para o Governo LULA uma dívida enorme, que muitos consideravam impagável que foi integralmente paga por nosso atual GOVERNO em dezembro de 2005 e abril de 2006, respectivamente, sem falar que deixaram “as reservas ?” do TESOURO NACIONAL no fundo do poço, HOJE ESTIMADAS em $ 208 BILHÕES DE DÓLARES.
Atualmente o Sr. FRAGA é o principal acionista de um grupo de investimento chamado Gávea Investimentos, tendo como sócios um primo e o Sr. LUIZ FERNANDO FIGUEIREDO, um ex-diretor de política monetária do BANCO CENTRAL, evidentemente antes do início do Governo LULA, quando então assumiu o Presidente HENRIQUE MEIRELLES, no cargo até hoje.

Eis aqui um resumo de declarações o Sr. Armínio Fraga ao Jornal Estado de S. Paulo, Domingo, 28 de outubro de 2007, no caderno ECONOMIA & NEGÓCIOS, que copiei citando a fonte, ressaltando que na época já se tinha conhecimento da crise americana :



'Há uma revolução capitalista no Brasil'
Armínio Fraga: sócio da Gávea Investimentos

CENÁRIO: “É provável que a economia mundial desacelere um pouco. Mas a turbulência deve ser passageira”
CAIXA DOIS: “Havia medo de investir em empresas por causa de má gestão ou fraude, mas o País está evoluindo”
SALTO: “A estabilidade econômica e a mudança de cultura marcam a chegada definitiva do capitalismo no Brasil”

Queridinho da mídia neoliberal é sempre ouvido, entrevistado e notícias da Veja, Época, Exame, Istoé Dinheiro, Jornal Estadão e como não poderia deixar de ser JORNAL E TV GLOBO, onde após o início da campanha do candidato da Globo ( Gabeira ) aparece com mais freqüência, não por acaso, mas para atender aos interesses da emissora em eleger seu candidato, inclusive em entrevistas individuais na Globo News.
As organizações Globo que já colocou seus artistas e cantores diretame na programação de seus candidatos, têm ainda um economista de plantão para tentar enteleger o seu candidato Gabeira.
Vamos agora falar mais uma vez do GABEIRA:
O candidato em propaganda eleitoral promete, entre outras coisas: Avião teleguiado para combater a dengue ( só pode ser coisa de quem ainda está “curtindo uma onda legal” ), mais não podemos afastar o problema do “DNA” ( Data de Nascimento Avançada ); computadores nas escolas públicas ( projeto e coisa que o governo federal já está fazendo nas escolas públicas); ensinar ou como ele diz “colocar” espanhol nas escolas quando já existe: “ A lei que Lula sancionou em 5 de agosto de 2005 entrou em vigor no ano letivo de 2006 e estabelece que todas as escolas do ensino médio públicas e privadas devem oferecer a língua espanhola aos alunos. As instituições de ensino têm prazo de até 2011 para se adaptar à lei, que já estimulou o interesse pelo idioma, atualmente ensinado em mais de 35% das escolas”.
Agora diz que vai criar um conselho da administração financeira para o município para o seu mentor e guru de campanha, Armínio Fraga, PRESIDIR. Agora a coisa ficou feia, porque creio que a erva, que ele não nega ter sido usuário por muitos anos, deve ter queimado muitos neurônios e os que restaram parecem que não funcionam bem.
ACORDA RIO DE JANEIRO. Acordam cariocas, porque pelas mãos da Globo, do incompetente ex-presidente do Banco Central do governo FHC, Armínio Fraga e cia., OS TUCANOS que só tinham ninho na cidade de São Paulo querem criar uma filial de ninho tucano também na nossa CIDADE MARAVILHOSA.
Mais um motivo para não votar nele. Gabeira N Ã O.
Saraiva

domingo, 19 de outubro de 2008

A ECONOMIA ESPECULATIVA NÃO TEM FUTURO - Por Leonardo Boff

Transcrevo na íntegra, matéria enviada por e-mail pelo Advogado, Escritor e Poeta Vanderley Caixe, do Carta O Berro, cujo endereço está no fim do artigo.

Outubro de 2008 - 8:25


Leonardo Boff: a economia especulativa não tem futuro

Leonardo Boff em entrevista na igreja do Espírito Santo, em Berna. (swissinfo)


O teólogo brasileiro Leonardo Boff realizou esta semana uma série de conferências na Suíça sobre Igreja, movimentos sociais, pobreza, ecologia e Teologia da Libertação.
Em entrevista à swissinfo, em Berna, ele falou sobre a atual crise financeira mundial, a falta de ética da economia especulativa, os governos esquerdistas da América Latina e criticou o papa por sua "opção pelos ricos europeus".


swissinfo: Qual é a avaliação que o senhor faz da atual crise financeira internacional?


Leonardo Boff: A crise não é conjuntural, ela é estrutural. Esse tipo de economia, que transformava tudo em mercadoria e se baseava em especulação, distanciada da economia real, não tem mais futuro. Ela significou um grande equívoco, porque difamou o Estado e a política, e em seu lugar colocava a mão invisível do mercado, a concorrência, as grandes corporações multinacionais. Tudo isso não deu certo. As empresas tiveram que pedir auxílio do Estado, se deram conta de que a lógica do mercado, que é competitiva e nada cooperativa, leva naturalmente para uma grande crise. Foi o que ocorreu.
Essa crise poderá ser usada como desculpa para se abandonar de vez as metas do milênio, de reduzir à metade a pobreza no mundo até 2015?
As metas do milênio, até agora, foram pouco levadas a sério. Foi antes uma retórica das grandes empresas. Elas tiraram muito pouco de seu lucros para investir nos países pobres. Foi uma espécie de acalmar a consciência, dada a disparidade imensa entre ricos e pobres. Mas não mudou a estrutura entre riqueza e pobreza, acumulação, processo de destruição da natureza, criação de pobres e famintos, por causa desse processo econômico especulativo, devastador das relações sociais e ecológicas. Essa máquina continua produzindo pobres. E não há metas de milênio que possam superá-las mantendo essa estrutura.
Os governos dizem não ter dinheiro para as metas do milênio nem para cumprir as metas do Protocolo de Kyoto, mas gastam trilhões para salvar os bancos. O que o senhor acha disso?
Essa prática mostra a profunda falta de ética, de sentido de valor e de prioridades, com que esse sistema sem coração, materialista, cruel e sem piedade, se organizou e se hegemonizou nos últimos 30 a 40 anos. Agora ele está mais interessado em salvar-se a si mesmo do que em salvar vidas. Não era uma economia para produzir meios de vida, mas para produzir acumulação. Esse modelo entrou em crise. Não sabemos qual seguirá. Mas seguramente será uma economia que vai ser controlada pela política e vai respeitar alguns princípios éticos.
O papa disse que o colapso dos bancos mostra que "o dinheiro não vale nada"? O senhor partilha essa opinião de Bento 16?
Essa é uma visão moralista. O dinheiro não vale nada e vale tudo, porque o Vaticano também tem preocupações financeiras. O dinheiro vale, desde que ele seja uma mediação para a vida, para a realização das transformações necessárias, para encontrar formas de realizar justiça. Não somos contra o dinheiro. Somos contra o dinheiro que se faz fim em sim mesmo. Mas somos a favor do dinheiro como meio para conseguir coisas necessárias para a vida, para ajudar as pessoas e especialmente para manter o planeta Terra vivo, que é a única casa comum que temos para habitar e que essa economia especulativa está colocando em risco.
O senhor acusou o papa de estar do lado dos ricos e de ser pouco solidário com os pobres. A que o senhor atribui isso?
O projeto principal do papa é conferir uma áura cristã à globalização, e isso a partir da Europa. O projeto dele é reconverter a Europa, para que, uma vez reconvertida, ela dê uma áura religiosa à globalização. Para nós que vivemos na periferia do mundo, onde moram mais de 52% de todos os católicos, essa opção pela Europa significa uma opção pelos ricos. E a Europa mesma não está interessada em assumir essa função religiosa de dar um nimbo de espiritualidade à globalização. A Europa é uma cultura crepuscular, secularizada, tem o cristianismo pelas costas e não na frente, como uma fonte de inspiração. Esse projeto do papa é um grande equívoco e não terá nenhuma conseqüência concreta.


A "opção pela Europa" significa que a Igreja esqueceu a "opção pelos pobres"?


Ao optar pela Europa, optou pelos ricos, porque a Europa é onde os ricos vivem e estão ao lado de outros países do Atlântico norte. Os pobres não têm centralidade. Não é que o papa não fale dos pobres. Quando esteve na América Latina, falou dos pobres, dos oprimidos, de vez em quando lembra a fome no mundo, mas não é o eixo estruturador da pastoral da Igreja. Não é a grande preocupação que move a Igreja a dizer, nós queremos ser a voz dos sem voz, queremos ser os advogados dos pobres. Isso ela não é. E os pequenos apelos que faz aqui e acolá não corrigem essa falta de projeto que venha a beneficiar os pobres.


"Leonardo Boff - Advogado dos pobres" é o título do livro sobre o senhor, que está sendo lançado na Suíça. Há muitos políticos e ONGs que também se consideram advogados dos pobres. A questão da pobreza para alguns é um bom negócio?


Primeiro, este título é excessivo. Há muitas outras pessoas e organizações que são muito mais advogdos dos pobres do que eu. Como teólogo, sempre tentei fazer uma Teologia da Libertação em favor dos pobres, contra a pobreza. Me mantive fiel a isso nos últimos 40 anos, apesar das perseguições. É um destino de vida. Agora, a pobreza não faz riqueza. A pobreza é um desafio à generosidade, à humanidade. As transformações políticas e sociais é que produzem continuamente e reproduzem a pobreza. Se não mudarmos essas estruturas haverá sempre pobres, tenderão a aumentar e tornarão a Terra cada vez mais degradada. Porque os pobres, por necessidade, degradam porque estão largados à sua própria sorte e porque são feitos pobres.


O que os ricos suíços e europeus podem fazer pelos pobres da América Latina?


Eu acho que eles têm que saber que pobre existe, que os pobres gritam e que eles também têm que escutar os gritos dos pobres. E fazer políticas de ajuda econômica, que é uma forma de reforçar a dimensão de cooperação, de solidariedade em nível internacional.


Em Berna, o senhor fez uma palestra sobre três supostos "advogados dos pobres": Lula, Fernando Lugo (Paraguai) e Rafael Correa (Equador). O que esses três presidentes têm em comum?


O que eles têm em comum é que vêm de baixo. Eles vêm da grande articulação do poder social, que ocorreu a partir dos anos 50 em toda a América Latina. Em comum eles têm projetos sociais, que colocam os povo e suas demandas básicas de saúde, comida, eduação e habitação no centro. E os três se reportam à Igreja da Libertação. Eles se educaram dentro do cristianismo libertador. Muitos ministros de Lula vêm da Teologia da Libertação. O presidente do Paraguai era um bispo da libertação. Rafael Correa é discípulo de François Houtart, que é um dos grandes sociólogos da libertação, na Bélgica, que formou muitos quadros na América Latina, na Ásia. Correa tenta na política do Equador, como Lula no Brasil e Fernando Lugo no Paraguai, viver essas dimensões que a Teologia da Libertação colocou como fundamentais, isto é, colocar o pobre no centro. E o pobre precisa de meios de vida, precisa comer, precisa morar, precisa ter saúde, e isso eles fizeram. Então, é uma contribuição que a Teologia da Libertação deu para a política. E isso é uma glória para essa teologia. Porque o importante não é a Teologia da Libertação, o importante é a libertação concreta dos pobres.


Mas as políticas sociais desses governos não acabam alimentando o assistencialismo, a cultura da esmola, a indústria da pobreza?


Tudo o que ajuda os pobres é bom, é fruto de generosidade. Porque há políticos, há classes sociais, para os quais os pobres são carvão a ser gasto na máquina produtiva, o pobre é um zero econômico, um peso da história. Tem gente que faz políticas, embora assistencialistas, paternalistas, mas ajuda os pobres. Entretanto, não é a política mais inteligente. Política inteligente é aquela que ajuda os pobres de tal maneira que eles saiam da pobreza, que não fiquem dependentes da benemerência pública, mas se desenvolvem até se tornar autônomos. O precesso emancipatório, de criar cidadania, criar autonomia, é um momento importante da libertação.


Lula, Lugo e Correa são católicos esquerdistas. A Igreja está tomando o poder na América Latina?


Graças a Deus, não. Eles são cristãos, são leigos que têm a sua autonomia, não têm ligação institucional com as conferências dos bispos. Eles têm uma relação que um cristão tem com sua Igreja, em democracias laicas, isto é, que têm a separação Igreja-Estado, e levam adiante ideais humanitários que têm a sua origem no cristianismo, mas que não dependem da hierarquia eclesiástica, nem são controlados pelas instâncias hierárquicas da Igreja.


O que senhor diz de neopopulistas como o presidente venezuelano Hugo Chávez, cujo programa social - as "missiones" - imita o discurso da Igreja pelo menos no nome?


Chavez fez um bem enorme para o povo. Porque ele nacionalizou o petróleo e usou esse imenso dinheiro não para obras faraônicas, mas para erradicar o analfabetismo, para criar um vasto projeto de saúde, criar políticas sociais, ajudar outros países. Entretanto, como há poucos movimentos sociais na Venezuela, a relação dele é mais direta com o povo. E aí há o risco do populismo. O ideal seria o presidente articular-se com os movimentos sociais, que por sua vez se articulem com as bases, e aí há um diálogo, uma resistência, uma negociação, o estabelecimento de uma agenda comum - isso faz a democracia participativa e evita o populismo.


Muitos movimentos sociais baseados na Teologia da Libertação também passaram para o lado governista. O lado subversivo da Teologia da Libertação acabou?


É muito curioso que o MST, Movimento dos Sem Terra, o Movimento dos Sem Teto, todos eles são movimentos autônomos. Apóiam Lula porque dizem Lula é nosso, nós ajudamos a criar o Lula. E ao mesmo tempo fazem críticas profundas ao Lula, por não ter feito a reforma agrária, por ainda obedecer muito a agenda neoliberal. Eles não se deixam conquistar pelo poder. São aliados do poder. Mas não há um submetimento, uma aliança fechada. São corpos autônomos, que dialogam, colaboram, têm diferenças, mas fundamentalmente assumem o mesmo projeto de base, que é um projeto social orientado para as grandes maiorias pobres.
Quais são as suas críticas ao governo Lula?


Eu não faria, deixaria os inimigos de Lula fazer porque eles têm muitas a fazer. A única coisa que eu diria é que Lula precisaria tentar fazer a reforma agrária. Foi uma promessa de campanha, não foi feita essa reforma agrária, e a população espera essa grande

revolução que seria a maior da história brasileira.


Entrevista swissinfo, Geraldo Hoffmann


PERFIL
Leonardo Boff nasceu em 14 de dezembro de 1938, em Concórdia, Santa Catarina.
De 1970 a 1991, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano.
Em 1984, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro "Igreja: Carisma e Poder", foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex-Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso" e deposto de todas as suas funções editoriais e de professor de Teologia.
O então prefeito da Sagrada Congregação para a Defesa das Fé era o cardeal alemão Joseph Ratzinger (hoje papa Bento 16), que foi orientador da tese de doutorado de Boff em Munique.
Em 1992, de novo ameaçado com uma segunda punição pelo Vaticano, Boff renunciou às suas atividades de padre e se auto-promoveu ao estado leigo.
A partir de 1993, foi professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), onde se aposentou.
É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia, Mística. Suas últimas obras tratam de ecologia e Ecoteologia.
Ganhou uma série de prêmios por seu trabalho, entre outros, o "Prêmio pela Liberdade na Igreja" (em Lucerna, na Suíça, em 1985) e o Prêmio Nobel Alternativo em 2001.





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RIO, PESQUISAS "y las BRUJAS"

PESQUISAS NO RIO e “AS BRUXAS”

“Yo no creo en las brujas: pero que las hay, las hay...”
“Eu também não acredito em pesquisas eleitorais, mas que elas existem, existem...”
Porém, existem “pesquisas” e pesquisas. Assim digo porque acreditando ou não, o fato é que as nas pesquisa para a cidade do Rio de Janeiro nem com as bruxas soltas nem com o “Sobrenatural de Almeida” se justificam os índices apontados no IPOBE E DATA FOLHA, como em seguida tentarei demonstrar.
No 1º Turno o resultado foi o seguinte :
Eduardo Paes.......................... 31 ,98
Gabeira.................................... 25,61 ( Diferença de 6,37 para o primeiro.
Senador Crivella..................... 19,06
Jandira.................................... 9,79 ( Soma destes dois 28,85%.
Os votos de Molon ( PT ) e Paulo Ramos ( PDT ) que apóiam Eduardo Paes no 2º turno, somados dão o percentual de 6,77 e superam a soma dos votos de Solange ( DEM ) e Chico Alencar ( PSOL ) 5,73, que apóiam o Gabeira. Sendo assim, mesmo considerando os outros candidatos menos votados, independente de quem apóiam, dentro de uma pequena margem de erro, em qualquer hipótese, SE ANULAM E NÃO FAVORECEM nenhum candidato na disputa.
A pergunta é : De onde vieram tantos votos para o Gabeira e como ele já na primeira pesquisa Data Folha entre os dias 7 e 8/ 10, ou seja, 3 dias após o resultado do dia 05 /10 aparece com 43% contra 41% para Eduardo Paes.
A resposta só poderia ser que vieram da Jandira e do Crivella, candidatos que apóiam Eduardo Paes, mantidas as posições do 1º turno. Mas vejam bem, a diferença de 25,61% dos votos de Gabeira para 43% da pesquisa é de 17,39%, ou seja, totalidade dos votos da Jandira e quase 50% dos votos de Crivella, o que daria 19,32%. Situação completamente absurda, primeiro porque é até admissível que Gabeira possa levar, na melhor das hipóteses 40% dos votos da Jandira, com o papo do candidato Tucano/Demo/Verde da Globo, que de esquerda não tem nada e de verde só se for o pingo no “i” do nome Gabeira, valendo salientar que os eleitores de Jandira não são burros.
Merece destaque no meu comentário com relação aos votos recebidos pelo Senador Crivella. A situação aqui é bem diferente da Jandira e coisa fica muito mais difícil para o Gabeira receber votos que foram para aquele candidato no 1º Turno. Dos eleitores de Crivella arrisco afirmar que 80% dos que votaram nele jamais iriam transferir seus votos para Gabeira, quer pelo perfil deste candidato que pelo perfil dos eleitores, muito mais fies em quem votou, ainda mais quando Crivella apóia e orienta, inclusive em propaganda eleitoral o voto para Eduardo Paes.
Vou tentar demonstrar agora como o Data Folha é incoerente no Rio de Janeiro e coerente na pesquisa em Salvador ( BA ). O resultado no primeiro turno em Salvador foi o seguinte :
João H. Carneiro ( PMDB )..................30,97
Walter Pinho ( PT )...............................30,06
ACM Neto ( DEM )...............................26,68
Imbassahy ( PSDB )............................... 8,36
Hilton Coelho......................................... 3,94
Segundo a pesquisa do IBOPE, antes do candidato ACM Neto declarar apóio ao Candidato João H. Carneiro havia um empate mesmo e não um empate técnico com o candidato Walter Pinho com 44% para cada um. Já na pesquisa entre 16 e 17/10 o Data Folha aponta 48% para o Carneiro e 41% para Walter Pinheiro ( PT ), ou seja, uma vantagem de 7% para o primeiro. Está coerente ? S I M. Porque ninguém tem dúvida de que com o apóio de ACM Neto, candidato do DEM e da GLOBO , com seus 26% de votos, mais de 3 vezes o percentual dos votos de Embassahy, na sua luta contra o PT, depois de declarar apóio ao Carneiro tenha repassado votos suficientes para colocar o agora seu candidato em vantagem sobre o adversário.
Na manhã do dia 17/10, numa das últimas páginas do Jornal Extra, também das Organizações Globo, em nota mínima, quase imperceptível, informou que na pesquisa feita pelo INSTITUTO BRASILEIRO DE PESQUISA SOCIAL ( IBPS ), realizada entre os dias 13 e 15/10, registrada no TER sob o nº 50/2008, mas não encomendada por ninguém, ao contrário das “pesquisas” do IBOPE e DATA FOLHA, sempre encomendadas pelo Jornal Estado de SP e TV GLOBO, o Candidato Eduardo Paes aparecia com 41% contra 40% do Gabeira.
IBOPE, DATA FOLHA e TV GLOBO , esta com seus artistas de novela e cinema, além de cantores, como Lulu Santos, Caetano, e as Fernandas Torres e Abreu ( Só faltando os Fernandos HC e Collor de Mello ) não vão conseguir segurar as pesquisas de forma favorável ao seu candidato Gabeira. Digo mais, o Data Folha, menos pior que o IBOPE, na última pesquisa já deverá apontar o candidato Eduardo Paes na frente de seu adversário, mas para não desagradar seus contratantes, ainda dentro da margem de erro.
Ao contrário dos outros órgãos ou institutos de pesquisas, o IPES13 ( Instituto de Pesquisas Eleitorais Saraiva 13 ), do qual sou único membro, continua afirmando que Gabeira perderá as eleições por uma diferença de 10% dos votos válidos, com uma margem de erro de 3% para mais ou para menos.
Em outras palavras, na pior das hipóteses, Eduardo Paes vencerá as eleições com 7% de vantagem sobre seu adversário Gabeira.
Quem viver verá.
Saraiva

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

TEXTO IMPERDÍVEL SOBRE O PRESIDENTE LULA

Transcrevo na íntegra, matéria postada no Blog POR UM NOVO BRASIL, da amiga JUSSARA SEIXAS, que está entre os meus favoritos.

TEXTO IMPERDÍVEL SOBRE O PRESIDENTE LULA. PARA A IMPRENSA GOLPISTA E CORRUPTA LER E APRENDER QUE LULA É O MÁXIMO E ELES SÃO LIXO
Brasil bilíngüe.
Javier Rodríguez Marcos
Em Toledo"
Um político de verdade é o que sabe governar a pólis, a cidade. E o presidente Lula o é. É um homem de Estado extraordinário que tem a energia e o conhecimento para dar a seu país o lugar que o Brasil merece na América Latina e no mundo." Assim falou na segunda-feira o escritor mexicano Carlos Fuentes sobre Luiz Inácio Lula da Silva, com quem compartilha o Prêmio Internacional Dom Quixote. É verdade que, ao ouvi-lo falar, parece que sobram idéias e energia a esse ex-sindicalista nascido em Garanhuns, estado de Pernambuco, há quase 63 anos. Em meio à onda de admiração, ele lembra que perdeu várias vezes as eleições antes de se instalar no Palácio do Planalto em Brasília pela primeira vez, e por maioria avassaladora, em 2002. Quatro anos depois repetiu no que havia sido o primeiro título "universitário" de sua vida, o de presidente.Lula costuma recordar que de seus anos de experiência sindical ficou uma idéia: ninguém respeita um interlocutor que não respeite a si mesmo. Por isso, para ganhar em prosperidade e em respeito internacional, decidiu estreitar laços com seus vizinhos da América Latina. E assim decidiu promover em seu país a Lei do Espanhol, que obriga todos os centros de ensino secundário do Brasil a oferecer como opcional a língua castelhana. O resultado é que se prevê que o milhão de alunos que atualmente cursam espanhol se transformem em 12 milhões nos próximos quatro anos. Além disso, serão necessários 30 mil professores. Tudo sem contar com os nove centros que o Instituto Cervantes tem espalhados pela geografia de um país de 180 milhões de habitantes e dimensões continentais.O Brasil bilíngüe, pois, tem hora para decolar, coisa que Lula, longe de ver como uma ameaça, considera uma oportunidade. "Integração" é a palavra que o presidente brasileiro mais repete ao explicar seus planos. "E não pode haver integração sem falar a mesma língua." Ele foi o primeiro a construir uma ponte entre seu país e o Peru. O mesmo fez com a Bolívia. Também gosta de lembrar que o Brasil tem milhares de quilômetros de fronteira com todos os países da América do Sul, menos Equador e Chile. Não tinha sentido viver com os olhos voltados para os EUA, país que, além do mais, acaba de superar a Espanha em número de falantes de espanhol.Lula só fala português, mas se entende tudo o que diz. Tem as idéias claras e um velho objetivo: promover a educação e reduzir a pobreza de seus compatriotas. Em vez de se colocar, como tantas vezes, nas mãos da providência, ele se pôs a trabalhar: o Brasil recebe US$ 90 de cada US$ 100 de investimento estrangeiro que chegam à América do Sul. Por acaso, ele costuma dizer que Deus é brasileiro. Isto é, dentro de alguns anos, Deus falará espanhol.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves
Visite o site do El País
http://aposentadoinvocado1.blogspot.com/

A hora do Banco do Sul - Por Emir Sader

Transcrevo na íntegra, inclusive com o título, matéria postada no Blog DO Emir no site da Carta Maior, que está entre os meus favoritos. O Professor da UERJ e Coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da mesma Universidade, nos dá verdadeiras aulas com seus artigos, não se limitando a ensinar nos bancos da UERJ.
Façam uma ótima leitura.
13/10/2008

A hora do Banco do Sul

A UNASUR deveria convocar imediatamente uma reunião de caráter excepcional, para discutir como os países do continente devem reagir diante da crise internacional. Não há outra atitude que não seja aprofundar os processos de integração, para diminuir a fragilidade e os riscos da região diante da crise, forjada no centro do capitalismo e que deseja fazer com que os pobres de cada país e os países da periferia do sistema, paguem o preço pelos remédios cavalares que os governos centrais colocam em prática.

Uma série de supostos consensuais requerem que o nosso continente fortaleça seus mecanismos de defesa diante da crise internacional. Esta está caracterizada claramente como resultado da farra especulativa dos países do centro do sistema, dos EUA em particular. A desregulação financeira é a fonte dessa gigantesca bolha especulativa. Desregulamentando – segundo as fórmulas do FMI, da OMC e do Banco Mundial – promoveu-se rapidamente a hegemonia do capital financeiro sob sua forma especulativa, ao mesmo tempo que se propiciou a livre circulação de capitais.

Os resultados estão à mostra. Os países que participam dos processos de integração regional na América Latina estão menos expostos à crise, porque incrementaram o comércio e os intercâmbios entre si, porque diversificaram suas relações internacionais. Agora se trata de dar novos passos adiante, para não serem vitimas passivas da crise internacional.

É a hora de avançar e aprofundar o processo de integração. É a hora de avançar na construção do Banco do Sul, na direção da criação da moeda única regional, de um Banco Central único, de mecanismos de controle da circulação do capital financeiro, de proteção dos mercados internos, de avançar para políticas econômicas únicas, de desenvolver projetos de integração industrial e tecnológica, de elaborar um plano de desenvolvimento regional.

É a resposta latino-americana à crise, fortalecendo os mecanismos de integração, a diversificação das relações internacionais, o desenvolvimento dos mercados internos de consumo, acentuando a coordenação dos sistemas bancários e financeiros dos países da UNASUR.

Os países centrais do capitalismo, responsáveis pela exportação das políticas de livre comércio e de livre circulação dos capitais, desejam comprometer-nos com suas soluções, que consistem apenas em injetar grande quantidade de capital para resgatar um sistema falido, sem introduzir modificações fundamentais nas políticas que levaram à gigantesca crise atual.

Devemos ter nossa própria resposta que, no plano internacional, deve propor formas de regulação da circulação do capital financeiro – impostos sobre essa circulação, da forma como a ATTAC propõe, como um imposto cidadão para políticas sociais -, de controle estatal sobre o sistema financeiro, de penalização dos responsáveis pelos processos especulativos que conduziram à crise atual.

Mas nada substitui nossas alternativas que, coerentemente com o que tem sido o processo de integração regional, devem fazer desse processo nossa forma de defesa e de ação autônoma diante de um sistema financeiro internacional falido. Avançar na construção de um mundo multipolar política e economicamente e a hora é a de avançar na construção do Banco do Sul, com reservas próprias, moeda única e Banco Central único. Chega de termos nossas reservas a perigo nos bancos do norte, é hora de que elas financiem diretamente nosso desenvolvimento, sob nosso controle. Avançar ao mesmo tempo em todas as formas de integração do desenvolvimento regional.

Senão seremos vítimas, uma vez, das soluções dos próprios responsáveis pela crise, que tratam de socializar os prejuízos de um sistema baseada na privatização dos lucros. Ficou claro como não se pode ter nenhuma confiança nos supostos do sistema financeiro internacional fundado na chamada “livre circulação de capitais”.

É a hora do Banco do Sul, a hora de aprofundar e consolidar todos os mecanismos de integração regional, hora de impedir que exportem sua crise e de fazer prevalecer o desenvolvimento regional sobre as ruínas do neoliberalismo e da hegemonia imperial estadunidense.


Postado por Emir Sader às 09:50
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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Gabeira perde estribeiras: Dá outro tiro no pé e morre na praia

Amigos e leitores,
O candidato Gabeira perdeu as estribeiras porque sabe que já perdeu e dá outro tiro no pé, porque ao se referir ao Crivella como máquina universal declara guerra a Igreja Universal do candidato. Não pensou, comprou a briga audiência e poder da sua patriocionadora de campanha TV Globo X TV RECORD.
Nem mesmo ele poderá acreditar na pesquisa do IBOPE encomendada pelo jornal o Estado de S. Paulo e TV Globo, dos quais é candidato.
A referida pesquisa fica em cima do muro, dando vantagem para ele de 3% com uma margem de erro de iguais 3%, resultando num empate técnico.
Se a pesquisa foi realizada nos dias 13 e 14, como afirmado, não levou em consideração o apoio sacramentado do candidato Crivella que obteve 19% dos votos no 1º turno, mesmo porque tal apoio só foi declarado quando já era noite, no dia de ontem.
A pesquisa fajuta tem, contudo alguns dados interessantes: 8% que ainda não decidiram e 22% que disseram que ainda pode mudar. Informa ainda a pesquisa que a grande massa dos eleitores do Gabeira está na faixa etária até os 24 anos, o que não é novidade para ninguém porque, lamentavelmente é nesta faixa que se encontram os maiores usuários de drogas em todas as classes sociais, principalmente na zona sul, onde além de usuários, muitos destes jovens da classe média "elite-branca"são também traficantes, o que até pouco tempo era amplamente divulgado pela mídia que apóia o Gabeira. Agora nem o candidato nem a mídia tocam no assunto, mas ninguém esquece que Gabeira sempre foi defensor do uso de drogas, com legalizações, etc., ou seja, um apologista.
Enfim,a pesquisa não diz nada e não engana ninguém, mas de qualquer forma, tinha como objetivo alavancar a campanha do candidato da Globo.
Já seria normal que os eleitores de Crivella não votassem no Gabeira, mas com o apoio formal de Crivella e as declarações burras do Gabeira não tenham dúvidas de que a candidato que pertence à Igreja Universal terá uma motivação maior para apoiar Eduardo Paes e repassar maior quantidade de votos para o mesmo.
Gabeira, como uma onda, já morreu na praia de Ipanema ou Leblon.
Se o IBOPE pode errar redondamente tanto no RIO como em SP com suas pesquisas no primeiro turno, digo eu, sem necessitar de bola de cristal, arrisco que no resultado final : Gabeira perderá por 10% do total dos votos válidos, com uma margem de erro de 3% para mais ou para menos.
Quem viver verá.
Saraiva

América Latina - As cassandras neoliberais

Amigos e leitores,
Esta mensagem foi enviada por e-mail pelo grande advogado, escritor e poeta Vanderley Caixe do "Carta O Berro".
O autor da mensagem, Emir Sader, Professor da UERJ e Coordenado do Laboratório de Políticas Públicas da mesma Univesidade, cujo Blog está entre os meus favoritos, dispensa qualquer apresentação.
Façam uma ótima leitura.
Saraiva

América Latina - As cassandras neoliberais

Emir Sader *Adital -

A esquerda costuma ser acusada de catastrofista. Mas agora é a direita que, sem propostas, aposta no quanto pior melhor, para ver se consegue voltar ao governo, desesperada diante dos 80% de popularidade do governo Lula.

Primeiro apostavam na inflação, que ia tornar-se descontrolada e levaria o país à recessão pelas medidas que, no receituário deles, costumam ser tomadas. Seguiam o editorial do The Economist que esperava que o governo de Fernando Lugo fosse o último governo progressista na América Latina porque, dizem eles, chegam tempos de recessão e nisso a direita é craque. Propõem explorar temas dolorosos e que lhe são caros, como enfermeiros da recessão e dos sofrimentos para o povo: inflação e violência. Centram-se na exploração desses temas.

Se esquece a revista não apenas que o continente é outro hoje, mas que em El Salvador Mauricio Funes, candidato da FMLN é amplamente favorito para ampliar a lista de presidentes progressistas na América Latina. E que a capacidade de resistência desses governos diante da crise é maior do que durante aqueles dos seus fracassados queridinhos - FHC, Menem, Carlos Andrés Peres, Sanchez de Lozada, entre tantos outros.

FHC, apóstolo do caos, aposta na crise, na recessão. Ele, que conhece bem isso. Afinal, nos seus oito anos de governo - recordar que ele comprou votos para mudar a Constituição durante seu mandato, para ter um segundo mandato -, quebrou o Brasil três vezes, teve que ir ao FMI três vezes para assinar novas Cartas-compromisso. Escondeu a crise durante a campanha eleitoral de 1998, fez tudo - ajudado amplamente pela mesma imprensa privada que agora aposta no caos - para ganhar no primeiro turno, porque o país estava de novo quebrado e Pedro Malan negociava novo acordo de capitulação com o FMI.

Não deu outra, veio a crise, os juros foram elevados para 49% (sic) e a economia entrou na prolongada recessão que acompanhou todo o governo FHC e fez com que os tucanos fossem amplamente derrotados em 2002 e FHC seja o político com pior desempenho na opinião do povo brasileiro. E foi uma crise provocada e sofrida aqui, não como conseqüência de uma crise internacional.

Agora a direita aposta na crise, que é a crise da sua doutrina, das suas pregações sobre as virtudes do mercado. Fariseus, tentam esconder que são discursos como os seus que levaram à farra especulativa dos EUA - meca do neoliberalismo - e cujos efeitos o governo tem que enfrentar. Governassem os tucanos, imaginem o que seria a economia do Brasil se Alckmin tivesse ganho - como queria a imprensa privada -, com o grau de fragilidade que teríamos, com a continuidade da abertura econômica que os tucanos pregam.

Lula precisaria fracassar, porque se o douto, o sábio, o ilustrado, o queridinho dos grandes empresários e da imprensa privada, FHC, fracassou - na política econômica, na política social, na política educacional, na política cultural, na política externa -, fracassou, como um torneiro mecânico, nordestino, que perdeu um dedo nas máquinas, do PT, pode triunfar.

É o fracasso das teorias que pregam que as elites sabem mais, podem mais, fazem melhor as coisas. A mesma teoria que fracassa na Bolívia, onde o índio Evo Morales dá certo, onde o gringo Sanchez de Lozada fracassou. Na Venezuela, onde o mulato Hugo Chávez dá certo, quando a elite branca de Carlos Andrés Peres, de Rafael Caldera, fracassaram.

As economias dos países que participam dos processos de integração regional, porque privilegiam os intercâmbios entre seus países, porque diversificaram seus mercados internacionais - com o da China ocupando lugar de destaque -, porque desenvolvem os mercados internos de consumo popular, dependendo menos das exportações, porque vão dispondo cada vez mais de recursos próprios de financiamento - que o Banco do Sul vai incrementar -, sofrem menos as conseqüências da maior crise do capitalismo desde 1929. Recordar que como efeito desta, caíram 16 governos latino-americanos. Agora, nenhum deve cair e sofrem mais os que mais se atrelaram à economia estadunidense e mais seguiram aferrados ao neoliberalismo - de que o México é o caso mais grave.

FHC, e todas suas viúvas na imprensa privada, podem chorar, podem pedir pelo pior, podem esperar sentados o fracasso dos novos governos latino-americanos. Seu tempo já passou, o funeral de Wall Street é o seu funeral, o da apologia dos mercados, do Estado mínimo, do reino da especulação. Que descansem em paz, que o povo brasileiro tem mais o que fazer, tem que se ocupar do seu destino, essas cassandras neoliberais que ele derrotou e segue derrotando.

REVISTA VEJA virou PANFLETO.

Esta matéria foi enviada por e-mail pelo amigo Carlos Augusto Dório do Blog de UM SEM-MÍDIA, que está entre os meus favoritos, com o seguinte comentário:
"A Veja, segundo estatísticas que circularam na Internet, foi a revista que mais perdeu assinantes e leitores nos últimos 3 anos. O artigo abaixo é um dos que procura explicar essa perda de credibilidade da revista. O jornalista Luis Nassif, numa série de artigos que ele chamou 'dossiê Veja', foi o que melhor dissecou o que é a revista Veja, revelando como ela foi perdendo a qualidade e levando de roldão a credibilidade. A capa na qual apresenta o tio Sam de dedo em riste, vai ficar para o anedotário da imprensa".
Leiam a matéria publicada no Observatório da Imprensa, que transcrevo na íntegra.

Quarta-feira, 15 de outubro de 2008





LEITURAS DE VEJA
A revista que virou panfleto

Por Luiz Antonio Magalhães em 14/10/2008


A revista Veja parece ter perdido definitivamente o rumo, talvez em função do vexame histórico na cobertura da crise financeira internacional. Afinal, não é todo dia que uma redação prepara uma capa espetacularmente incisiva, com Tio Sam de dedo em riste e a manchete garantindo "Eu salvei você" (edição 2079, com data de 24/9/2008), para, dias depois, essa mesma capa se transformar num case de "barriga" jornalística, uma vez o crash de 29 de setembro revelou não apenas que o Tio Sam não havia conseguido salvar ninguém como estava desesperadamente em busca de uma solução que envolvesse a União Européia e até países emergentes. A "barriga" foi tão descomunal que na semana seguinte a rival CartaCapital fez graça e repetiu a capa da Veja, com o mesmo Tio Sam de dedo em riste acompanhado por uma manchete marota: "Ele não salva ninguém".

Se o problema fosse apenas na forma, tudo bem, "barrigas" acontecem nas melhores redações (em Veja, com uma freqüência um tanto maior, estão aí o boimate, os milhões do Ibsen Pinheiro e os dólares de Cuba que não me deixam mentir). A questão central não está na forma, está no conteúdo. Veja há muito tempo não é uma revista jornalística, mas um panfletão conservador, editado por uma equipe que conta com a fina flor do pensamento reacionário brasileiro. A crise global, porém, parece ter mexido com os nervos do pessoal da Veja e o panfletão perdeu o rumo.



Em um primeiro momento, Veja apresentou ao distinto público a idéia de que a crise já tinha acabado com o anúncio do primeiro pacote de Bush-Paulson; o que havia era um "soluço" absolutamente normal no capitalismo. Na semana seguinte, com data de capa de 1° de outubro, mas circulando no fim de semana de 27-28 de setembro, portanto às vésperas do crash de 29/9, a revista da Editora Abril voltou a dar capa para crise, fazendo uma espécie de "balanço" do que vinha ocorrendo. "Depois do desastre" era a manchete da capa – mas o desastre real ainda nem tinha acontecido.

Exemplo de fora

O problema de Veja é que os valores nos quais a revista continua acreditando e defendendo estavam virando pó com a crise e não havia discurso coerente que servisse para manter o panfletão em pé, muito menos com o disfarce de veículo jornalístico. Primeiro, veio a euforia (ok, existe uma crise, reconhecemos, mas Bush é "dos nossos", vai dar um tiro certeiro e cortar o mal pela raiz). Não funcionou, para a perplexidade dos jornalistas que cuidam de traduzir o pensamento reacionário norte-americano em uma linguagem acessível a qualquer idiota, e a revista começou a tentar reconhecer que se tratava mesmo de uma crise gravíssima e que expõe as entranhas de um sistema podre, desregulado e baseado na ganância de gente que vendia terrenos na Lua sem o menor escrúpulo, contando com a certeza da impunidade.

Enquanto tateia em busca de um discurso para a crise – se os mercados continuarem eufóricos, provavelmente a próxima capa será um enorme "UFA!" – Veja não descuida do front interno. Na edição corrente (nº 2082, com data de capa de 15/10), a "Carta ao Leitor", espaço editorial da revista, leva o título "O povo não é bobo", acompanhada de uma grande foto do prefeito Gilberto Kassab. O recado da revista ao seu público começa assim:

"O primeiro turno das eleições municipais demonstrou, outra vez, que a esmagadora maioria dos brasileiros sabe, sim, votar, ao contrário do que ainda insistem em propalar os descrentes na democracia nacional (felizmente, poucos)."

Em seguida, vem o argumento "racional" de que a população votou nos melhores, gente que trabalha sério, "independente do partido". Beto Richa (PSDB) e Fernando Gabeira (PV) são citados no texto, e Kassab, na legenda da foto ("Gilberto Kassab, de São Paulo: exemplo de que a maioria dos brasileiros sabe, sim, votar"). No final do texto, o veredicto final:

"Não basta para um partido – qualquer um – contar só com a força de um presidente da República bem avaliado e simpático. É preciso muito mais. O povo não é bobo."

Não, de fato o povo não é bobo e já sabe que Veja tem lado. Neste ponto, aliás, seria mais honesto e correto copiar o que de bom existe nos Estados Unidos e explicitar, no editorial, que a revista apóia os candidatos da oposição, especialmente os do PSDB e DEM – legendas que por sinal apóiam Gabeira no Rio. É assim que se faz lá fora e é assim que agiram CartaCapital e, em diversas ocasiões, a Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. Veja, ao contrário, editorializa as reportagens.

Aritmética enviesada

Um bom exemplo está também na edição desta semana, na reportagem que faz um balanço do resultado das urnas. A revista reconhece que o PT cresceu, mas diz que foi nos grotões. Um infográfico está lá para quem quiser fazer contas: em número absoluto de votos, o PT cresceu 1% em relação a 2004, o DEM teve 17% a menos do que na votação anterior e o PSDB perdeu 8% dos votantes de quatro anos atrás. O PMDB, líder no país pelo critério de prefeitos eleitos, viu seu eleitorado crescer 30%.

Qualquer foca de jornalismo faz as contas, soma os danos e conclui que o lead é a derrota dos partidos de oposição, que perderam exatamente 25% do eleitorado de quatro anos atrás. Qualquer foca, menos a Veja, que preferiu destacar o aumento de 30% do PMDB, um partido-ônibus em que cabe qualquer um, e que tem na resiliência a sua maior virtude. É justo que se dê destaque à vitória peemedebista, mas é evidente que o fato político mais relevante é a estrondosa derrota da aliança demo-tucana, com conseqüências evidentes na corrida sucessória de 2010.

No fundo, Veja age na política e na economia seguindo a máxima do ex-ministro Rubens Ricúpero: o que é bom (para o ideário conservador), a gente mostra; o que é ruim, a gente esconde. E isto, fica aqui o reconhecimento, o pessoal da redação de Veja sabe fazer como ninguém.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Agora o FHC, o PSDB, PFL e o PIG se mordem.

Copiado do Blog por UM NOVO BRASIL,da amiga JUSSARA SEIXAS, que por sua vez teve como fonte o Blog BRASIL MOSTRA A TUA CARA, da GlÓRIA LEITE, ambos entre os meus favoritos.
Faço antes um pequeno comentário, ou seja, os Governos da Europa tomaram as medidas certas e o Governo Brasileiro, agindo de forma preventiva, também, com um simples movimento do nosso Banco Central, liberando depósitos compulsórios de 100 bilhões,sem gastar um mísero real. O resultado positivo é confirmado hoje com altas nas bolsas de valores da Europa e do Brasil. Enquanto nos EUA o Bush, que não tem credibilidade, só promete e o resultado hoje foi a queda na Bolsa americana.
Agora o FHC, o PSDB, PFL e o PIG se mordem
Pois não vai ser agora que o Brasil vai quebrar. E o governo Lula se esborrachar. As bolsas européias disparam na manhã desta segunda-feira, 13, respondendo com euforia à batalha coordenada dos principais governos da região para fazer frente à crise de crédito que abala a confiança do sistema financeiro.

Vários governos da Europa devem anunciar entre esta segunda e quarta-feira a criação de fundos nacionais de recapitalização e de garantias do sistema financeiro.Pô, será que os líderes europeus e americanos não podiam esperar pelos menos até a crise atingir o Brasil em cheio?
Por Glória
http://brasilmostraatuacara.blogspot.com/

15 RAZÕES PARA NÃO VOTAR EM GABEIRA

Transcrevo na íntegra, inclusive com o título, matéria publicada por SONIA MONTENEGRO,em 09/10/2008, às 17:39, no sito do Centro de Mídia Independente: www.midiaindependente.gov

15 RAZÕES PARA NÃO VOTAR EM GABEIRAPor Sônia Montenegro 09/10/2008 às 17:39


Depois da anistia, quando voltaram os presos políticos do exílio, a imprensa atribuiu a autoria do texto ao Gabeira, até que muito tempo depois, decobriu-se que o texto era do Franklin. Quando perguntaram ao Gabeira por que ele não tinha desmentido, simplesmente disse que ninguém o havia perguntado.


Tomou a sunga do Gabeira



From: Sonia Montenegro
Date: 2008/10/9
Subject: 15 razões para não votar no Gabeira
To: Sonia Montenegro

Pobres de nós, cariocas, após 3 mandatos do Cesar Maia (DEMo), somado a 1 de um preposto seu, ter agora que escolher entre Eduardo Paes e Fernando Gabeira.

Reuni alguns dados sobre o Gabeira, já que ele é o novo "darling" da imprensa, que passa dele uma imagem de ético e de esquerda, embora não corresponda à verdade dos fatos.

Isto não significa que o Eduardo Paes não tenha o seu telhado de vidro. O objetivo é apenas o de fornecer informações que a grande imprensa omite, para que possamos fazer o nosso juízo de valor.

Bjs, Sonia.

15 razões para não votar no Gabeira


1- Gabeira é o candidato do César Maia, agora, no 2º turno, ou seja, mais um mandato desta praga do DEMo.

Mas vamos recapitular a sua história:

2- O Gabeira era do PV. Como suas votações vinham em constante declínio, percebendo que não seria fácil se eleger pelo PV, se bandeou para o PT, um fato no mínimo estranho porque no Congresso, ele sempre votou com a base aliada de FHC, com o bloco PSDB, Arena/PDS/PFL/DEMo. Por suas afinidades, deveria ter ido para um desses partidos com os quais tinha mais afinidade, porém o Lula estava em ascensão, portanto tiraria melhores proveitos no PT.

3- Nesta época, Gabeira não se preocupava com a corrupção, porque votou favoravelmente à reeleição de FHC, mesmo com as denúncias comprovadas por gravações, da compra de votos de parlamentares. Depois, questionado, disse que na época não se preocupava tanto com este problema, mas que depois achou que deveria dar a sua contribuição, como se, como representante do povo não fosse uma obrigação denunciar a corrupção.

4- Gabeira votou a favor da flexibilização da Lei do petróleo, que agora permite que grandes empresas multinacionais queiram meter a mão no nosso pré-sal, e mesmo diante de tantas denúncias da forma como FHC estava torrando as estatais brasileiras, votou com o governo, favorável à doação.

5- De bobo o Gabeira não tem nada, portanto ele sabia que para aparecer, tinha que puxar o saco da grande imprensa, e como ela SEMPRE foi contra o Lula, logo no início do novo governo, ele já começou a criticar, dizendo exatamente o que a imprensa queria ouvir, fazendo o jogo do ex-aliado arrependido, e então passou a ter grandes espaços no Jornal Nacional e outros programas.

6- Contra a vontade do governo, visando apenas prejudicá-lo, Gabeira, junto com a oposição, elegeu o Severino para presidir a Câmara. Após o resultado vitorioso da oposição ao Lula, entoou junto com eles o hino Nacional. Afirmava que iria moralizar a Câmara. Mas com o Severino? Será que ele ignorava a vida pregressa de seu colega? Difícil acreditar...

7- O Severino não correspondeu aos anseios golpistas daqueles que o elegeram, e aí então resolveram derrubá-lo. Infelizmente, o Congresso Nacional não tem por hábito punir seus membros por corrupção (exemplos não faltam), mas por razões políticas, e eclodiu o escândalo do presidente da Câmara, com retumbante destaque da mídia. Neste momento, a oposição, da qual Gabeira era membro atuante, ainda tentou responsabilizar o governo pela eleição do Severino, mas como se ele tinha sido eleito exatamente pelo voto deles? Quanta hipocrisia!!!

Quando o Severino já estava completamente desmoralizado, Gabeira chutou o cão morto, com direito a todos os holofotes que tanto preza, e que vem usando insistentemente em sua propaganda política.

"Ele fazia o discurso de um grupo restrito, o Posto 9 de Ipanema, era uma audiência muito pequena. Quando foi em cima do Severino, teve a atenção de todo o eleitorado brasileiro, estava falando para 100 milhões de pessoas", diz Ricardo Caldas, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB).

8- Fernando Gabeira, sub-relator da CPI dos sanguessugas (a que apurava a máfia de compras de ambulâncias superfaturadas), demonstrou não estar muito preocupado com a corrupção, quando ela incriminava membros aliados. O depoimento do Juiz Federal Julier Sebastião Rocha (MT) acusou o Senador Antero Paes de Barros (PSDB), de ter recebido recursos irregulares de João Arcanjo, condenado a 37 anos por crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, mas no relatório, Gabeira inocenta o senador. Pegou tão mal que uma semana depois, Gabeira se retrata em seu site, mas Antero já tinha se beneficiado. Pouco depois, Gabeira é capa da revista Veja, como guardião da ética na política brasileira. Mas que ética?

9- Quando o Gabeira, o Franklin e outros, seqüestraram o embaixador dos EUA no Brasil, Elbrick, além da troca de presos-políticos, exigiram que fosse divulgado um manifesto na imprensa, no qual denunciavam os horrores que rolavam nos porões da ditadura. Depois da anistia, quando voltaram os presos políticos do exílio, a imprensa atribuiu a autoria do texto ao Gabeira, até que muito tempo depois, decobriu-se que o texto era do Franklin. Quando perguntaram ao Gabeira por que ele não tinha desmentido, simplesmente disse que ninguém o havia perguntado.

10- Gabeira é o candidato da Globo e da Veja. Se lembrarmos que elas também apoiaram a ditadura, o ACM, o Collor, etc, conclui-se que o passado não lhes confere qualquer credibilidade em seus apoios políticos.

11- A propaganda da TV de Gabeira é enganosa. São citados inúmeros eventos, afirmando que, quando aconteceram, Gabeira estava lá. Pinochet derrubou Allende e inúmeras pessoas foram presas, torturadas e mortas. O golpe foi um retumbante sucesso, e se Gabeira estava lá, era porque tinha sido banido do Brasil, e não para impedir o golpe, como pretende fazer crer a propaganda. No caso do seqüestro do embaixador norte-americano, o Elbrick, segundo os demais participantes, o Gabeira teve uma atuação pífia. Alugou a casa que serviu de cativeiro do seqüestro, mas, desobedecendo a orientação dos líderes, comprou pizzas em local próximo ao cativeiro, facilitando aos militares a descoberta do local. Foi ainda responsabilizado por não cumprir a tarefa que lhe foi designada, de retirar o mimeógrafo de lá. Vale lembrar que um mimeógrafo naqueles tempos era tão incriminador quanto a posse de armas, uma vez que era o meio usado pela resistência à ditadura, para reproduzir e divulgar os seus informes.
Quando os crimes da ditadura foram julgados na Itália, a propaganda alardeia que Gabeira estava lá, fazendo parecer que ele estaria advogando em prol dos perseguidos pela ditadura. Mas Gabeira não é advogado. Estava lá como um simples espectador.

12- Se você tem horror ao crime organizado, saiba que foi Gabeira que ensinou aos criminosos comuns a prática de guerrilha, quando esteve preso na Ilha Grande, tirando proveito de obter a simpatia dos meliantes.

13- Gabeira votou favoravelmente à lei que atenua a punição dos latifundiários que mantêm empregados em regime degradante de semi-escravidão.

14- Mas para mim, o pior foi um episódio que EU VI: o Brasil conseguiu desenvolver uma tecnologia de enriquecimento de urânio muito melhor e mais eficiente do que a dos demais países. Aí então mandaram inspetores para fazer vistoria, naquela paranóia do "desenvolvimento de armas nucleares". Os técnicos brasileiros, cobertos de razão, não quiseram entregar o ouro, e deixaram à mostra a entrada e saída do urânio, cobrindo o segredo. Os inspetores tentaram forçar a barra querendo ver tudo, e a oposição convidou o ministro Celso Amorim, com a nítida intenção de desmoralizar o governo, que estaria fazendo tempestade num copo d'água, para uma sessão no Congresso, para explicar o grave erro que o governo brasileiro estaria cometendo. O Ministro Celso Amorim então afirmou que os técnicos brasileiros explicaram que o que era necessário inspecionar, estava à mostra, e que o que estava escondido era o processo que eles desenvolveram, totalmente desnecessário ao cumprimento da inspeção. País algum entrega a tecnologia que desenvolveu de graça, e que não via sentido do Brasil fazê-lo. Então o Gabeira diz: "Que besteira desse governo de criar problema internacional por causa de um segredinho. Que deixem ver tudo".

Em 1º lugar, não era o governo que fazia a exigência, mas os técnicos. Em 2º lugar, é assim? A gente tem que se sujeitar a tudo que os "países desenvolvidos" querem? O Plínio de Arruda Sampaio, ferrenho crítico do governo Lula, reconhece que a política externa está sendo conduzida com grande eficiência, trazendo maior soberania ao Brasil, perdida nos anos FHC.

Resumo da história, no embate entre os técnicos brasileiros e inspetores, nossos representantes saíram vitoriosos. Fácil é enganar os leigos, mas não os argumentos daqueles que conhecem verdadeiramente o assunto. Se insistissem, estariam reconhecendo que o objetivo era de fato espionar para roubar a tecnologia desenvolvida aqui, e tiveram que aceitar a forma de inspeção que o Brasil queria.

Vale dizer que o Brasil possui uma grande reserva de urânio, e que pode exportar o urânio enriquecido, trazendo divisas para o país. Neste dia, conheci um outro Gabeira: entreguista e subserviente às grandes potências.

Sonia Montenegro

15- A seguir, um artigo de um jornalista sério, Mauricio Dias, publicada na revista Carta Capital:

Transparência embaçada - 25/04/2008 15:28:47

O uso de dinheiro nas eleições é uma das questões essenciais do processo político. Malgrado a hipocrisia recente dos varões da ética, não é um problema recente e, muito menos, exclusivo do Brasil. O dinheiro corrompe e transforma o voto em mercadoria. E, para isso, não há solução à vista.

É difícil um candidato sair eticamente ileso das eleições, sempre movidas por interesses em confronto.

Veja-se o caso do deputado Fernando Gabeira, do Partido Verde, pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. Ele teve destacada atuação no impeachment do deputado Severino Cavalcanti, presidente da Câmara dos Deputados, assim como nas CPIs nascidas das costelas do publicitário Marcos Valério.

Gabeira saiu condecorado desses episódios. Recebeu da Veja o epíteto de "Exemplo de Ética" e ganhou de O Globo o prêmio "Faz Diferença". A revista e o jornal catapultaram as ambições do deputado verde. Estimulado pelo PSDB, animou-se a disputar o troféu eleitoral que oferece ao vencedor a cadeira de prefeito carioca.

Um dos estandartes de Gabeira é a transparência. Prometeu, se eleito, que as contas municipais seriam publicadas na internet com inteira franqueza. Porém, há sempre um porém.

Nas contas relativas à campanha de 2006, quando se elegeu deputado pela terceira vez, há problemas. Inicialmente por falta de transparência e, também, por sérios deslizes legais.

Gabeira declarou gastos, entre outros, com a empresa Lavorare Produções Artísticas Ltda. no valor de R$ 117 mil. Os gastos foram divididos em três finalidades: R$ 55 mil para "criação e inclusão de páginas na internet", R$ 5 mil para promoção de eventos e R$ 52 mil em "diversas a especificar".

Os pagamentos da rubrica "diversas a especificar" foram feitos após as eleições.

A empresa Lavorare é de propriedade da atriz Neila Tavares, atual namorada e assessora do deputado Fernando Gabeira. A empresa de Neila não é do ramo da criação de sites e não se sabe igualmente do talento da atriz para esse negócio. No endereço declarado pela Lavorare, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), funciona uma empresa que dá assessoria a empresas teatrais, o ramo de Neila Tavares.

"O endereço daqui é apenas um ponto de referência", explicou a secretária da empresa, que se identifica como Márcia.

Gabeira, no entanto, tem um colaborador de reconhecida competência na sua equipe. Trata-se do webmaster e militante do PV Fabiano Carnevale, responsável pelo site da campanha.

Em princípio Gabeira pagou por serviços que não foram prestados. Talvez com o objetivo de dar cobertura a outra destinação com recursos de sobras de doações eleitorais.

Por lei, esses recursos que sobram devem ser dados ao partido do candidato.