quinta-feira, 31 de julho de 2014

Dilma vence Eduardo Campos em Pernambuco, diz Ibope.

Mesmo em casa, Eduardo Campos (PSB) não consegue vencer a presidenta Dilma (PSDB). 

Na pesquisa do Ibope ela está com 41% enquanto Campos está com 37%. E olha que Lula, o pernambucano mais querido do povo, ainda nem apareceu na TV pedindo votos para Dilma.
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Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.

Aterrissagem forçada

ATERRISSAGEM FORÇADA

Quando Aécio começou a fugir das perguntas dos jornalistas sobre o tema, ficou claro para todo mundo que, obviamente, ele estava ganhando tempo: não havia, porém, mais nenhuma dúvida de que ele usufruía do aeroporto que construiu nas terras do tio, em Cláudio.

Nas últimas semana, a equipe de marqueteiros teve que fazer malabarismos mis para tentar desvincular o tucano do escândalo, mas tudo foi em vão.

Prisioneiro do ‪#‎AécioPorto‬, o candidato do PSDB foi obrigado a escrever um artigo pífio e confuso na Folha de S.Paulo no qual, finalmente, admite o que todo mundo já sabia: no aeroporto do titio, ele sempre foi freguês.

Entre os argumentos usados no texto, um demonstra bem o nível de desespero que permeou o sincericídio ao qual Aécio foi obrigado a recorrer para não ser taxado de mentiroso no horário eleitoral:

“Cometi o erro de ver a obra com os olhos da comunidade local (sic) e não da forma como a sociedade a veria à distância (sic)”.

A "comunidade local" precisa pedir as chaves de um aeroporto público a Múcio Tolentino, tio de Aécio, se quiser usá-lo.

A "sociedade" somos nós, que, mesmo à distância, sabemos exatamente o que houve em Cláudio.

Cabe saber, agora, como é que esses voos eram feitos. Porque, se não houve aviso às autoridades aeronáuticas sobre os planos de voos, eles eram clandestinos.

Até lá, a candidatura de Aécio continuará em pane.

E poderá se espatifar, muito em breve, num morro da Mantiqueira.

A confissão de Aécio prova duas coisas: o estrago eleitoral e sua covardia moral


31 de julho de 2014 | 09:30 Autor: Fernando Brito


pinoquio
Finalmente, hoje, em artigo na Folha de S.Paulo, Aécio Neves admite que o Aeroporto de Cláudio, junto a sua fazenda, serviu para sua comodidade pessoal, em atividades rigorosamente privadas.
E que a obra (que entre contratos e desapropriação custou, em dinheiro de hoje, mais de R$ 20 milhões) que consumiu farto dinheiro público, por não homologada e sem controle público já há quatro anos, só teve mesmo a serventia de dar-lhe este privilégio.
Mais importante que a semi-confissão do candidato tucano é o que o levou a ela, 11 dias depois de revelado o escândalo pela própria Folha.
Depois de várias gaguejadas e diversos “de novo este assunto?” irritados, Aécio tomou essa iniciativa, sem sombra de dúvida, porque as pesquisas internas do tucanato revelaram o estrago que isso fez em sua campanha.
Não foi um ato de honestidade, de quem quer e pode sustentar as atitudes que tomou.
Fosse assim, não teria se evadido de dizer, antes, o que diz agora.
O fez por três fatores, todos sem qualquer dignidade.
O primeiro é que sabe que existem provas deste uso. Não se descarte, até, que tenha sofrido ameaças de que elas seriam reveladas.
O segundo é que só tomou esta atitude depois que as pesquisas eleitorais internas do PSDB mostraram que o estrago não apenas era grande como está se agravando à medida em que o conhecimento da situação se amplia.
O terceiro, mais grave e por isso capaz de continuar ceifando o seu prestígio e o respeito pessoal que possa ter, é o que se provou um homem moralmente covarde.
Precisou ser exposto diariamente às suas contradições e omissões – ou, pior ainda, ser ameaçado por alguém que tinha provas do uso do aeroporto – para confessar que fez, por diversas vezes, uso particular da pista que a ninguém mais servia.
Depois disso, quem acredita na já implausível afirmação de que a obra milionária se justificava pelo “grande pólo industrial” que é aquele município de menos de 30 mil habitantes? Ou que o negócio entre o Estado e o tio, que tinha os bens bloqueados, não foi bom pela família, até porque parte do depósito já foi levantado pela tia, num processo tumultuado de separação e com, inclusive, uma ação de interdição por um dos filhos?
Aécio abaixou o bico.
Diante da mentira que pregou, durante 11 dias, a todo o país e à imprensa, desqualificou-se moralmente para dizer qualquer coisa.
A confissão tardia e cínica não lhe perdoa, exatamente porque é tardia e cínica.
Ficou do tamanho que é: um herdeiro de oligarquias, que controla e uso o poder que o sobrenome foi lhe trazendo e que trata o exercício do poder com a mesma irresponsabilidade que lhe valeu a fama de playboy mimado.
Resta saber o que não fazer com ele: se é melhor deixar que o fracasso recaia sobre sua inconsistência moral ou se tentarão uma muito improvável nova via para disputar as eleições.
O aeroporto de Cláudio foi sua bolinha de papel.
E essa, sim, capaz de provocar um estrago imenso.

Do Blog TIJOLAÇO.

Aécio não diz se pousou com helicóptero dos Perrela em aeroporto ilegal

Aécio Neves participou, nesta quarta-feira, de evento na CNI
Correio do Brasil 

"Candidato do PSDB à Presidência, o senador Aécio Neves preferiu não responder se usou o helicóptero da família Perrela, o mesmo que foi usado para o transporte de meia tonelada de cocaína, em voos não autorizados pela Agência Nacional de Aviação (Anac) para o aeroporto de Claudio, construído em terreno de seu tio-avô, Múcio Tolentino. Aécio também omitiu, em entrevista após participar de debate com empresários na Confederação Nacional da Indústria (CNI), comentários sobre documento elaborado pela direção de sua campanha que admite o uso do aeroporto construído por cerca de R$ 14 milhões, com dinheiro público.

– Todos os investimentos do meu governo que levaram a ligação de cidades que não tinham asfalto e aproximação do setor aeroviário foram feitos dentro da lei, com absoluto planejamento. (…) Estou aberto a discutir a economia brasileira em fórum tão qualificado como esse – desconversou.

Aécio e o aeroporto: "reconheço o equívoco"


"Pela primeira vez, desde que a denúncia foi publicada pela Folha de S. Paulo, o presidenciável tucano Aécio Neves reconheceu, nesta quarta-feira, o uso do aeroporto de Cláudio (MG), cuja pista ainda não foi homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil; "Pousei ali algumas poucas vezes em avião da minha família, para ser mais específico do Gilberto Faria, que era casado com a minha mãe", disse ele; "Se algum equívoco houve, certamente eu posso reconhecer e não ter me preocupado em examinar em que estágio o processo de homologação está. Este é um equívoco e eu quero reconhecer"; em artigo, ele reafirma que obra "foi não apenas legal, mas transparente e ética"

Brasil 247

O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves (PSDB-MG), reconheceu nesta quarta-feira que utilizou o Aeroporto de Cláudio (MG), cuja pista ainda não se encontra homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil.

“Não tenho absolutamente nada a esconder. Esse aeródromo já usei várias vezes antes dessa pista ser asfaltada nos últimos 30 anos desde a minha juventude, que ele era usado por empresários, fazendeiros, pessoas da região. E depois da conclusão da obra, quando eu já não era mais governador do Estado, pousei ali algumas poucas vezes em avião da minha família, para ser mais específico do Gilberto Faria, que era casado com a minha mãe", disse ele.

"Se algum equívoco houve, certamente eu posso reconhecer e não ter me preocupado em examinar em que estágio o processode homologação está. Este é um equívoco e eu quero reconhecer.”
Gilberto Faria, proprietário da aeronave utilizada por Aécio, foi dono do Banco Bandeirantes e irmão de Aloysio Faria, ex-dono do Real, que foi vendido ao ABN-Amro."
Matéria Completa, ::AQUI::

Quem tem a chave do aeroporto de Aécio

Prognósticos “empíricos” sobre política e economia são fraude financeira e eleitoral

Posted by on 31/07/14 • Categorized as Análise


Passou do aceitável a manipulação escrachada, escancarada e possivelmente fraudulenta – portanto, criminosa – que tem sido feita por setores do mercado financeiro contra a economia do país através de “analistas” que, a partir de como se autoproclamam, confessam que seus prognósticos catastrofistas são puramente “empíricos”.
Segundo o dicionário Houaiss, usar o termo “empírico” – no singular ou no plural – para descrever a qualificação de qualquer profissional, é um insulto. Dizer que aquele profissional faz prognósticos “empíricos” (em português) ou “empiricus” (em latim), equivale a dizer que tal profissional não passa de um “charlatão”.
Muito pior é se um analista do mercado financeiro, por exemplo, assume-se como “empírico” (em português) ou “empiricus” (em latim). Aí, trata-se de uma confissão…
Quem diz isso não é o Blog, mas o dicionário

Não passam de charlatanismo em estado sólido, pois, essas análises de setores do mercado financeiro – incluindo as feitas pelas famigeradas “consultorias” – que admitem, por escrito e em áudio, que já ganharam “muito dinheiro especulando contra a Petrobrás” ou contra a situação econômica do país.
Há uma certa consultoria, por aí, que, segundo o Houaiss, alardeia ser charlatã ao batizar a si mesma com o termo pejorativo em latim – “empiricus”. Usando fórmulas enlatadas para faturar no mercado financeiro com catastrofismo, confessadamente contra empresas públicas ou privadas e contra a situação econômica do país, essa consultoria faz previsões sem qualquer base lógica ou factual.
Não existe um só analista econômico respeitado que seja capaz da enormidade de dizer que o salário de todos vai cair pela metade, que haverá desemprego em massa, que vidas estão prestes a ser arruinadas. Dizer isso é uma vigarice.
Há, sim, previsões catastrofistas feitas até por grandes conglomerados financeiros, mas nenhuma que preveja tal nível desgraça, até porque o Brasil detém excelente avaliação de risco de eminentes agências internacionais, o tal “investment grade” ou “grau de investimento”.
São ridículos esses prognósticos “empíricos”. São charlatanice. O Brasil tem recebido um forte volume de investimentos, detém quase 400 bilhões de dólares de reservas, tem o mais baixo nível de desemprego da história.
Para granjear credibilidade, esses prognósticos “empíricos” alardeiam que seus autores teriam “acertado” contra todas as previsões conhecidas em 2008, quando estourou a maior crise econômica internacional desde o limiar do século XX.
Balela. As previsões, após a quebra virtual do banco dos irmãos Lehman, foram tão catastrofistas que chegaram a dizer que a dívida insolvente que desencadeara a maior crise internacional em mais de 80 anos poderia chegar a insanos 300 TRILHÕES DE DÓLARES (!). Uma maluquice.
Já apostar “contra a Petrobrás”, como os prognósticos “empíricos” (em português) ou “empíricus” (em latim) confessam que fizeram, era meio óbvio e, por isso, muita gente se livrou da queda no preço das ações da companhia.
Afinal, o plano de investimentos anunciado pela maior empresa brasileira para explorar o pré-sal mostrava que haveria endividamento e, claro, quando uma empresa se endivida para investir, até que aqueles investimentos gerem lucro essa empresa perde valor devido à dívida acumulada, pois ninguém sabe se um endividamento, mesmo que planejado, irá gerar os resultados pretendidos.
O alarmismo promovido por setores do mercado financeiro que vêm atuando em consonância com fortes doações que estão fazendo e farão para comitês eleitorais de candidatos a presidente de oposição à candidata do governo beira a fraude eleitoral, além da financeira.
Tanto para fraudes eleitorais como no mercado financeiro, este país tem leis. Autoridades competentes, ao não aplicá-las, incorrerão nos mesmos crimes dos autores. Podem até não responder já, mas, cedo ou tarde, terão que responder. Criminosos da ditadura militar, por exemplo, supuseram que jamais seriam questionados.

Do Blog da Cidadania.

Inflação em queda é pior pesadelo dos tucanos

Tijolaço - 30 de julho de 2014 | 14:25  Fernando Brito
igpmjulho



Fernando Brito 

Não é só com o aeroporto que a cúpula da campanha de Aécio Neves está preocupada.

A continuidade da tendência de queda dos índices de inflação, apesar do terrorismo diário dos jornais (a capa de O Globo, hoje, é um primor), vai eriçando as penas do tucanato.

A queda anunciada hoje pela Fundação Getúlio Vargas - deflação de 0,61% – é o dobro do que os -0,3% previstos pelo “mercado” no último Boletim Focus, uma publicação do Banco Central que se assemelha à cartinha do Santander.

Mais do que a queda, a terceira seguida – assusta o tucanato que tenha continuado a acontecer – o IGP do 2°  decêndio, fechado 10 dias antes, tinha registrado queda de 0,51% – e, sobretudo, que siga firme a queda no índice de preços ao consumidor, que caiu à metade em relação ao mês passado.

É um “terror”, porque a continuidade é que gera a percepção pública de que a alta dos preços “sossegou”, o que é seu mais importante termômetro de avaliação da economia, num quadro de desemprego baixo como o que temos.

Semana que vem, o IBGE divulga o IPCA, que deve ficar em torno de 0,15% e só não vai praticamente “zerar” por conta do brutal reajuste das tarifas elétricas, “cortesia” da Aneel que acredita na “petição de miséria” alardeada pelas geradoras, que choram  os lucros que previam com estiagem.

Uma delas, a Tratecbel, lucrou “apenas” R$ 73 milhões no segundo trimestre porque “guardou” energia para vender na segunda parte do ano, esperando preços mais altos.  É, como se lembram os mais velhos como eu, aquela história do “boi no pasto”.

Boi elétrico, claro.

A essa hora, no alto comissariado tucano para a economia, todas as esperanças se concentram numa mulher.

E claro que não é a Dilma, mas Janet Yellen, chefona do Federal Reserve americano.

Torcem para ela voltar atrás e retirar de uma vez só os estímulos à liquidez (conhecidos como “quantitative easing”) da política monetária americana e provoquem uma corrida – improvável – dos capitais aplicados aqui.

O FMI, sempre porta-voz dos interesses do capital financeiro, voltou com a lenga-lenga dos “cinco frágeis”.

A reação do governo brasileiro à essa história se explica como um recado na base do “não vem que não tem” para o Fundo.

Até porque, agora, no campo financeiro, a aliança dos Brics engrossou nossa voz.

EE.UU. ansia una guerra para salvar su economía de la enorme deuda

Publicado: 28 jul 2014 | 5:00 GMT Última actualización: 28 jul 2014 | 5:00 GMT
La deuda pública y privada de EE.UU. ha alcanzado tales proporciones que incluso una acción aleatoria puede arruinar la economía mundial. La situación actual muestra que el país busca una solución, y esa es una guerra, opinan los expertos.
Para obtener su bélica recompensa, tanto los políticos 'halcones de la guerra' como los militares miran hacia Rusia, según muestra la reciente rueda de prensa del jefe del Estado Mayor Conjunto del Ejército estadounidense, Martin Dempsey, destaca un artículo de Vesti.ru.

Fue la primera vez que este general de renombre evitó abordar los temas de Afganistán e Irak, donde los avances del extremismo islámico plantean en la agenda del Pentágono la posibilidad de un regreso parcial al teatro de la guerra. El militar se centró en Rusia y sus Fuerzas Armadas y en el decreciente presupuesto militar.

Siguiendo los pasos del mando político de Washington, el jefe del Estado Mayor Conjunto acusó al Gobierno ruso de supuestamente haber decidido aplicar la fuerza militar en Ucrania y advirtió a continuación: "Es el primer caso desde 1939. ¡Tengan en cuenta que el Ejército de Estados Unidos no le tiene miedo a la guerra! El país puede pensar de otra manera, pero cumpliremos con cualquier orden".

Según el artículo, aquí también hay que tener en cuenta las razones económicas. "Ni las tasas de interés cero ni negativas ni la flexibilización cuantitativa han acabado con la crisis, que ya dura seis años. Las inyecciones de dólares y euros han llevado a un galopante incremento del precio de las acciones, pero no estimularon ni la producción ni la demanda mundial, ni ayudaron con el desempleo real. La economía mundial se convirtió en un casino gigante. En 2008 el volumen total de derivados, los contratos especulativos de riesgo, fue de cinco billones de dólares y a finales de 2014 esta cifra alcanzará dos cuatrillones. ¿Cómo se puede resolver eso?", pregunta el autor del artículo, Konstantín Siomin.

"Cuando los beneficios dentro del sistema capitalista caen, es necesario mantenerlos y aumentarlos. Los beneficios se aumentan de dos maneras: capturando nuevos mercados y obteniendo acceso a recursos naturales más baratos", explica la politóloga Veronika Krashenínnikova, directora general del Instituto de Investigación de Política Exterior, y las iniciativas citada por Vesti.ru.

El BRICS ya lo sabe 

El proyecto de ley n.º 2277 sobre la "prevención de la agresión rusa", presentado al Congreso de EE.UU. por el senador republicano Bob Kocker, da la impresión de que las grandes compañías del sector armamentista, como Boeing, Lockheed Martin, Northrop Grumman o General Dinamics, intervinieron en su redacción. Lo que buscan es incrementar los gastos presupuestarios bajo cualquier pretexto.

Además, se puede recordar la experiencia de la Segunda Guerra Mundial. Aquel conflicto bélico dio un impulso a la economía y al sector financiero en especial, un impulso tan grande que EE.UU. pudo poner fin a las consecuencias de la Gran Depresión e iniciar su época de plata mientras que Europa estaba en ruinas, en parte debido a esta última circunstancia.

A comienzos de este julio se hizo pública una confirmación de que EE.UU. desconoce cómo va a resolver el problema de su deuda y el sector bancario. Entonces, cuando la directora gerente del Fondo Monetario Internacional, Christine Lagarde planteó la pregunta a la presidenta de la Reserva Federal de EE.UU., Janet Yellen, la responsable estadounidense dijo que la deuda supone un gran desafío para el Gobierno y que "incluso después de que se introdujeran las restricciones legislativas se conserva la probabilidad de que la situación salga del control, sin que nosotros nos demos cuenta. Eso será un gran problema para nosotros y no está claro qué hacer con ello".

Pero Rusia y China ya saben cómo cerrar esta "ventana de oportunidad" para EE.UU, destaca el autor del artículo. "Esta ventana de oportunidad se cierra no solo porque Rusia y China estén reforzando sus defensas. Creado en la cumbre BRICS a mediados de julio, el Banco de Desarrollo es percibido por Occidente como un desafío directo a la hegemonía del dólar y el FMI. [...] Ahora, en caso de crisis, los miembros del BRICS están listos para ayudarse por medio del Fondo de Reserva de Emergencia. ¿Está preparado Occidente para aceptarlo?", pregunta el autor.


Texto completo en: http://actualidad.rt.com/economia/view/135241-deuda-enorme-eeuu-guerra-salvacion

EE.UU. ansia una guerra para salvar su economía de la enorme deuda

Publicado: 28 jul 2014 | 5:00 GMT Última actualización: 28 jul 2014 | 5:00 GMT
La deuda pública y privada de EE.UU. ha alcanzado tales proporciones que incluso una acción aleatoria puede arruinar la economía mundial. La situación actual muestra que el país busca una solución, y esa es una guerra, opinan los expertos.
Para obtener su bélica recompensa, tanto los políticos 'halcones de la guerra' como los militares miran hacia Rusia, según muestra la reciente rueda de prensa del jefe del Estado Mayor Conjunto del Ejército estadounidense, Martin Dempsey, destaca un artículo de Vesti.ru.

Fue la primera vez que este general de renombre evitó abordar los temas de Afganistán e Irak, donde los avances del extremismo islámico plantean en la agenda del Pentágono la posibilidad de un regreso parcial al teatro de la guerra. El militar se centró en Rusia y sus Fuerzas Armadas y en el decreciente presupuesto militar.

Siguiendo los pasos del mando político de Washington, el jefe del Estado Mayor Conjunto acusó al Gobierno ruso de supuestamente haber decidido aplicar la fuerza militar en Ucrania y advirtió a continuación: "Es el primer caso desde 1939. ¡Tengan en cuenta que el Ejército de Estados Unidos no le tiene miedo a la guerra! El país puede pensar de otra manera, pero cumpliremos con cualquier orden".

Según el artículo, aquí también hay que tener en cuenta las razones económicas. "Ni las tasas de interés cero ni negativas ni la flexibilización cuantitativa han acabado con la crisis, que ya dura seis años. Las inyecciones de dólares y euros han llevado a un galopante incremento del precio de las acciones, pero no estimularon ni la producción ni la demanda mundial, ni ayudaron con el desempleo real. La economía mundial se convirtió en un casino gigante. En 2008 el volumen total de derivados, los contratos especulativos de riesgo, fue de cinco billones de dólares y a finales de 2014 esta cifra alcanzará dos cuatrillones. ¿Cómo se puede resolver eso?", pregunta el autor del artículo, Konstantín Siomin.

"Cuando los beneficios dentro del sistema capitalista caen, es necesario mantenerlos y aumentarlos. Los beneficios se aumentan de dos maneras: capturando nuevos mercados y obteniendo acceso a recursos naturales más baratos", explica la politóloga Veronika Krashenínnikova, directora general del Instituto de Investigación de Política Exterior, y las iniciativas citada por Vesti.ru.

El BRICS ya lo sabe 

El proyecto de ley n.º 2277 sobre la "prevención de la agresión rusa", presentado al Congreso de EE.UU. por el senador republicano Bob Kocker, da la impresión de que las grandes compañías del sector armamentista, como Boeing, Lockheed Martin, Northrop Grumman o General Dinamics, intervinieron en su redacción. Lo que buscan es incrementar los gastos presupuestarios bajo cualquier pretexto.

Además, se puede recordar la experiencia de la Segunda Guerra Mundial. Aquel conflicto bélico dio un impulso a la economía y al sector financiero en especial, un impulso tan grande que EE.UU. pudo poner fin a las consecuencias de la Gran Depresión e iniciar su época de plata mientras que Europa estaba en ruinas, en parte debido a esta última circunstancia.

A comienzos de este julio se hizo pública una confirmación de que EE.UU. desconoce cómo va a resolver el problema de su deuda y el sector bancario. Entonces, cuando la directora gerente del Fondo Monetario Internacional, Christine Lagarde planteó la pregunta a la presidenta de la Reserva Federal de EE.UU., Janet Yellen, la responsable estadounidense dijo que la deuda supone un gran desafío para el Gobierno y que "incluso después de que se introdujeran las restricciones legislativas se conserva la probabilidad de que la situación salga del control, sin que nosotros nos demos cuenta. Eso será un gran problema para nosotros y no está claro qué hacer con ello".

Pero Rusia y China ya saben cómo cerrar esta "ventana de oportunidad" para EE.UU, destaca el autor del artículo. "Esta ventana de oportunidad se cierra no solo porque Rusia y China estén reforzando sus defensas. Creado en la cumbre BRICS a mediados de julio, el Banco de Desarrollo es percibido por Occidente como un desafío directo a la hegemonía del dólar y el FMI. [...] Ahora, en caso de crisis, los miembros del BRICS están listos para ayudarse por medio del Fondo de Reserva de Emergencia. ¿Está preparado Occidente para aceptarlo?", pregunta el autor.


Texto completo en: http://actualidad.rt.com/economia/view/135241-deuda-enorme-eeuu-guerra-salvacion

EE.UU. ansia una guerra para salvar su economía de la enorme deuda

Publicado: 28 jul 2014 | 5:00 GMT Última actualización: 28 jul 2014 | 5:00 GMT
La deuda pública y privada de EE.UU. ha alcanzado tales proporciones que incluso una acción aleatoria puede arruinar la economía mundial. La situación actual muestra que el país busca una solución, y esa es una guerra, opinan los expertos.
Para obtener su bélica recompensa, tanto los políticos 'halcones de la guerra' como los militares miran hacia Rusia, según muestra la reciente rueda de prensa del jefe del Estado Mayor Conjunto del Ejército estadounidense, Martin Dempsey, destaca un artículo de Vesti.ru.

Fue la primera vez que este general de renombre evitó abordar los temas de Afganistán e Irak, donde los avances del extremismo islámico plantean en la agenda del Pentágono la posibilidad de un regreso parcial al teatro de la guerra. El militar se centró en Rusia y sus Fuerzas Armadas y en el decreciente presupuesto militar.

Siguiendo los pasos del mando político de Washington, el jefe del Estado Mayor Conjunto acusó al Gobierno ruso de supuestamente haber decidido aplicar la fuerza militar en Ucrania y advirtió a continuación: "Es el primer caso desde 1939. ¡Tengan en cuenta que el Ejército de Estados Unidos no le tiene miedo a la guerra! El país puede pensar de otra manera, pero cumpliremos con cualquier orden".

Según el artículo, aquí también hay que tener en cuenta las razones económicas. "Ni las tasas de interés cero ni negativas ni la flexibilización cuantitativa han acabado con la crisis, que ya dura seis años. Las inyecciones de dólares y euros han llevado a un galopante incremento del precio de las acciones, pero no estimularon ni la producción ni la demanda mundial, ni ayudaron con el desempleo real. La economía mundial se convirtió en un casino gigante. En 2008 el volumen total de derivados, los contratos especulativos de riesgo, fue de cinco billones de dólares y a finales de 2014 esta cifra alcanzará dos cuatrillones. ¿Cómo se puede resolver eso?", pregunta el autor del artículo, Konstantín Siomin.

"Cuando los beneficios dentro del sistema capitalista caen, es necesario mantenerlos y aumentarlos. Los beneficios se aumentan de dos maneras: capturando nuevos mercados y obteniendo acceso a recursos naturales más baratos", explica la politóloga Veronika Krashenínnikova, directora general del Instituto de Investigación de Política Exterior, y las iniciativas citada por Vesti.ru.

El BRICS ya lo sabe 

El proyecto de ley n.º 2277 sobre la "prevención de la agresión rusa", presentado al Congreso de EE.UU. por el senador republicano Bob Kocker, da la impresión de que las grandes compañías del sector armamentista, como Boeing, Lockheed Martin, Northrop Grumman o General Dinamics, intervinieron en su redacción. Lo que buscan es incrementar los gastos presupuestarios bajo cualquier pretexto.

Además, se puede recordar la experiencia de la Segunda Guerra Mundial. Aquel conflicto bélico dio un impulso a la economía y al sector financiero en especial, un impulso tan grande que EE.UU. pudo poner fin a las consecuencias de la Gran Depresión e iniciar su época de plata mientras que Europa estaba en ruinas, en parte debido a esta última circunstancia.

A comienzos de este julio se hizo pública una confirmación de que EE.UU. desconoce cómo va a resolver el problema de su deuda y el sector bancario. Entonces, cuando la directora gerente del Fondo Monetario Internacional, Christine Lagarde planteó la pregunta a la presidenta de la Reserva Federal de EE.UU., Janet Yellen, la responsable estadounidense dijo que la deuda supone un gran desafío para el Gobierno y que "incluso después de que se introdujeran las restricciones legislativas se conserva la probabilidad de que la situación salga del control, sin que nosotros nos demos cuenta. Eso será un gran problema para nosotros y no está claro qué hacer con ello".

Pero Rusia y China ya saben cómo cerrar esta "ventana de oportunidad" para EE.UU, destaca el autor del artículo. "Esta ventana de oportunidad se cierra no solo porque Rusia y China estén reforzando sus defensas. Creado en la cumbre BRICS a mediados de julio, el Banco de Desarrollo es percibido por Occidente como un desafío directo a la hegemonía del dólar y el FMI. [...] Ahora, en caso de crisis, los miembros del BRICS están listos para ayudarse por medio del Fondo de Reserva de Emergencia. ¿Está preparado Occidente para aceptarlo?", pregunta el autor.


Texto completo en: http://actualidad.rt.com/economia/view/135241-deuda-enorme-eeuu-guerra-salvacion

Aécio se complica ao confessar que usou aeroporto. Inclui helicóptero no meio. Seria dos Perrella?

Depois de passar uma semana se recusando a responder e fugindo de uma pergunta bem simples: "Usou ou não usou o aeroporto?", o senador tucano Aécio Neves (PSDB) resolver confessar: Usou!

Seu partido elaborou uma nota sob o pomposo título “Voos ocasionais para a pista de Claudio/MG; Aspectos da legalidade”, onde admite que Aécio usou o aeroporto construído quando ele era governador no terreno que era do seu tio-avô.

O problema é que o uso foi clandestino, porque o aeroporto não está autorizado ainda por falta do governo tucano de Minas providenciar documento junto ao Comando da Aeronáutica.

Enquanto isso o público não pode usar o aeroporto, mas Aécio usa assim mesmo, como se fosse propriedade privada de sua família. Aliás essa "falta de pressa" em abrir o aeroporto ao uso público desmente a tese do tucano de que o aeroporto tenha sido construído com dinheiro público para atender empresas da cidade. Fica óbvio que atende é ao uso particular dele mesmo.

Os tucanos afirmam que o uso foi feito de "maneira legal" porque a agência reguladora permitiria “operação ocasional” de helicópteros.

Como é que é? Agora as perguntas que a nação brasileira quer saber são outras:

Aécio usou jatinhos ou helicópteros, afinal de contas?
Ou foi os dois?
E se usou helicóptero, aquele da família do seu amigo senador Zezé Perrella, apreendido com meia tonelada de cocaína, andou fazendo uns vôos por lá também?
O senador Aécio Neves usou ou não o helicóptero dos Perrella?

Essa explicação cheira mal e piora as coisas.

A Anac desmente o tucano e afirma que “trecho do regulamento só é valido para operações realizadas exclusivamente por helicópteros (aeronaves de asa rotativa), e em helipontos ainda não homologados”. Aeroportos não homologados só podem ser utilizados para casos de “emergência em voo para evitar incidente/acidente”.

Aécio reincide na arrogância de quem se acha acima das leis, e que pode misturar o dinheiro público com seus interesses privados impunemente e sem dar satisfações ao público.

Deveria declarar todos seus vôos irregulares e clandestinos, as cargas transportadas, pagar as multas, assumir suas responsabilidades e devolver aos cofres públicos o dinheiro mal gasto na obra para atender à sua família, em vez de insistir em levar vantagem.

Folha dá meia página para Aécio defender aeroporto particular construído com dinheiro público


Causa estranheza o fato de o jornal Folha de São Paulo dessa quinta feira (31), ter cedido para  Aécio Neves, meia página do jornal, para o candidato escrever sua defesa sobre, o escândalo de seu  aeroporto particular, construido  com dinheiro público, para uso de familiares.E Aécio escreveu que, uso do aeroporto foi um ‘equívoco’.O "equívoco" de Aécio das Neves custou R$ 14 milhões aos cofres públicos de MG. 

Os meus queridos leitores, devem se recordar que, em outras ocasiões, a Folha, julgou e condenou  políticos, sem dar o direito de resposta ou ceder qualquer espaço para opinião contrária.Mesmo depois de alguns desses políticos terem sidos  investigados por órgãos competentes, como a Polícia Federal e Ministério Público e absolvidos, o jornal não dedicou uma única linha sobre o assunto

.A Folha de São Paulo, tem todo direito de apoiar qualquer um candidato. Porém, deve ser honesta com os leitores, comunicando qual é seu candidato. Essa posição, foi tomada em 2010, quando o jornal O Estado de São Paulo, escreveu um editorial declarando apoio à José Serra
Com toda a imprensa de pensamento único, panfletando positivamente os candidatos do PSDB  e negativamente o governo, é de se estranhar que Aécio Neves  só chegue ao  percentual de 20% nas pesquisas. 
 Enquanto a Folha se empenha na defesa do tucano, o jornal O Estado de São Paulo publicou hoje, mais um capitulo do AeroNeves, sob o título "Gasto per capita de aeroporto em Cláudio é a maior de programa" Leia
“Aeroporto em Cláudio fica em fazenda que pertencia ao avô de Aécio Neves”
O aeroporto do município de Cláudio, no centro-oeste de Minas, recebeu o maior aporte per capita entre os 24 equipamentos beneficiados com investimentos do Programa Aeroportuário de Minas Gerais (Proaero). O gasto por habitante foi de R$ 510,42, proporcional ao orçamento de R$ 13,9 milhões aplicado em obras de ampliação do aeroporto na cidade de 27,3 mil habitantes, segundo dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os R$ 510,42 equivalem a quase três vezes a média de investimento de R$ 179,07 per capita em 11 aeroportos que receberam obras do mesmo tipo no Estado e a quase quatro vezes a média de R$ 128,52 por capita se considerados também os investimentos em obras de adequação de infraestrutura feitas em mais 13 aeródromos. Chega, ainda, a ser mais de dez vezes maior que o volume de recursos per capita aplicado, por exemplo, em Divinópolis, cidade com 226,3 mil habitantes a 50 quilômetros de Cláudio, e cujo aeroporto também passou por obras de ampliação, com custo de R$ 11,5 milhões (R$ 50,84 per capita).

O maior investimento feito por meio do programa foi no Aeroporto Regional da Zona da Mata, localizado entre Goianá e Rio Novo. As obras no terminal tiveram custo de R$ 106,8 milhões, correspondendo a um gasto per capita de R$ 195,80 se considerados os 545,9 mil habitantes de Juiz de Fora - principal cidade atendida pelo terminal. Na outra ponta, o menor foi em Guanhães, cujo aeroporto recebeu R$ 350 mil, equivalentes a um investimento de R$ 10,59 per capita.

Critérios.
 O aeroporto instalado em um terreno desapropriado da fazenda do ex-prefeito Múcio Guimarães Tolentino, tio-avô de Aécio, recebeu obras para ampliação da capacidade orçadas em R$ 13,9 milhões, entre 2009 e 2010, durante a gestão do presidenciável tucano à frente do Executivo estadual.

Até o momento, foram investidos R$ 333,3 milhões em obras de adequação, ampliação, melhoria, revitalização e construção de terminais pelo programa. Pela proposta original, a seleção dos aeroportos seria "baseada" em pontos como o potencial econômico, a "distribuição estratégica no Estado" e a "densidade populacional", entre outros.  Cláudio é o único município com menos de 30 mil habitantes a ter investimento do Estado no aeroporto.

Satãnder sentiu o golpe

Fim da era JB: não há mal que dure para sempre



Acabou. Joaquim Barbosa não é mais presidente do Supremo Tribunal Federal. Sua aposentadoria precoce foi publicada nesta quinta-feira, 31 de julho de 2014, no Diário Oficial da União.

É uma data histórica porque chega ao fim dos períodos mais vergonhosos da história do Poder Judiciário no Brasil. À frente do STF, Barbosa agrediu colegas, jornalistas, entidades de magistrados, expulsou um advogado do plenário com a ajuda de seguranças e violentou, sobretudo, direitos e garantias individuais assegurados pela Constituição Federal.

Como relator da Ação Penal 470, transformou-se em figura midiática, "o menino pobre que mudou o Brasil" (em Veja), ou o "brasileiro que faz diferença" (no Globo), para cumprir o papel que a ele foi designado, alinhado com a agenda política dos meios de comunicação que garantiram seu breve estrelato.

No poder, a despeito da fama de justiceiro, usufruiu de todas as benesses do cargo, algumas permitidas, outras, nem tanto. Reformou o banheiro de sua residência por R$ 90 mil, viajou a Paris e visitou uma loja da Prada usando diárias que depois se viu forçado a devolver e registrou um imóvel em Miami em nome de uma empresa offshore que tinha como endereço seu apartamento funcional em Brasília.

Aposentado, Barbosa poderá se dedicar à vida de subcelebridade, seja nos bares da vida, no Rio de Janeiro, ou em Miami. A carreira política, que ele chegou a cogitar, a bem do Brasil, foi abortada. Caso tivesse se lançado candidato, jogaria por terra a "credibilidade" do julgamento da Ação Penal 470, a única causa a que se dedicou verdadeiramente na suprema corte.

Com sua saída, comprova-se, mais uma vez, a força de um ditado popular. Não há mal que dure para sempre.

E com a chegada de Ricardo Lewandowski ao comando do Poder Judiciário o Supremo Tribunal Federal poderá, enfim, restaurar a sua própria dignidade.
No 247

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Por que a Globo tornou novela o processo Kafkiano contra ativistas do Rio


Renato Rovai, Blog do Rovai

'Há uma narrativa em curso que vem sendo construída pela TV Globo e que busca catalizar a opinião pública contra um grupo de ativistas que foi acusado de  formação de quadrilha e ação criminosa pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.  A investigação é repleta de inconsistências e de diz-que-diz.  Leva em consideração desde P2 que acha que Bakunin é um black bloc , até acusações de quem declaradamente afirma fazê-lo por vingança.

Mas então por que cargas d´água que a Rede Globo decidiu fazer um novelão usando desde o Jornal Nacional até o Fantástico para contar essa história? Por que de repente aqueles que num primeiro momento eram vilões do Merval, do Jabor e do Willian Wack e depois se tornaram heróis, agora voltaram a ser mais do que vilões, mas criminosos que precisam ser presos e se possíveis amargar longos anos na cadeia. Mesmo sem que haja provas contundentes contra quase todos eles.

Em primeiro lugar, a Globo não perdoa.

Ela percebeu que uma das palavras de ordem mais mobilizadoras das ruas em 2013 foi contra a emissora. E mais do que isso, ficou irritadíssima porque seus repórteres tiveram de sair disfarçados para trabalhar. Quem ousasse ir com microfone da emissora ou qualquer coisa que  identificasse que trabalhava na empresa dos Marinhos, corria riscos. Este blogueiro, ao escrever isso, não está saboreando este tipo de ação. Sempre foi e continuará sendo contra qualquer tipo de violência. É humanista e pacifista e não liga a mínima de ser chamado de babaca por conta disso.

Em segundo lugar, a Globo sabe fazer contas.

A direção da emissora percebeu que criminalizar as Jornadas de Junho  e torná-la em algo historicamente relacionado à esquerda e ao crime pode ser uma boa estratégia eleitoral no curto e no médio prazo. Tanto que depois das matérias da Globo, o PSDB soltou uma nota pedindo a prisão daqueles manifestantes que foram parar em Bangu. Aliás, no mesmo dia em que esse pessoal foi preso, também foram presas pessoas acusadas de atuar contra Aécio na internet. Os mandados de prisão por duas investigações que não tinham nenhuma relação foram expedidos no mesmo dia.

Em terceiro lugar, porque a Globo não tem limites.

Quando se coloca numa batalha, ela só enxerga os objetivos. Não se preocupa com o que terá de fazer para atingi-los. A emissora apoiou incondicionalmente a ditadura militar e não deu um pio enquanto centenas de jovens eram torturados e assassinados. Ela tinha claro que a parceria com aquele regime lhe tornaria um império. Agora, a Globo sentiu que amadurece um projeto de democratização das comunicações e mesmo que ele tenha sido retirado do plano de governo de Dilma que foi ao TSE, o PT e Lula estão convencidos de que é algo urgente. Por isso, a direção da emissora vai apostar tudo em Aécio Neves. Talvez mais do que apostou em outras oportunidades em Serra e Alckmin.

Além disso, ela também percebeu que há riscos de ser derrotada em casa. No no Rio de Janeiro, onde talvez vá se dar a disputa ao governo mais renhida, com quatro candidaturas relativamente embolas e com chances de vitória (Garotinho, Crivella, Pezão e Lindberg), a emissora só tem um candidato em que pode confiar plenamente, Pezão.

Garotinho se comporta como um inimigo da emissora, Crivella é da IURD e por consequência da Record e Lindberg é do PT. A narrativa que criminaliza ativistas no Rio também busca um efeito local. A tentativa é fazer crer que só o atual governo tem condições e pulso para lidar com esse “grupo de vândalos”.

Se para atingir seus objetivos a Globo tiver de fazer essas pessoas apodrecerem na cadeia, não titubeará. E por isso, essa ação contra eles ainda está longe de ser um caso encerrado.

Mais do que isso. Pode ser como o assassinato do príncipe Francisco Ferdinando, do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo. O que parecia algo menor, levou à 1ª Guerra Mundial. Este processo Kafkiano que está sendo contado como uma novela das nove  não é o fim de uma história. Tá mais com cara de ser o começo. Com um governo menos permeável às críticas pela esquerda, isso pode ser a regra e não exceção.

A Globo também sabe disso. E por isso está investindo tanto nesta história." 
 

A decisão absurda de mudar o horário do metrô paulista em dias de jogo para atender a Globo


, Diário do Centro do Mundo 

"A decisão de manter o metrô funcionando até mais tarde em dias de jogo no Itaquerão não é boa para o torcedor, não é boa para o esporte, não é boa para os funcionários, não faz sentido.

Ou melhor, faz sentido para quem manda no futebol e, em certa medida, na cidade: a Globo e, em sua cola, os dirigentes e quem tem medo ou se beneficia do conluio.

A resolução foi tomada numa reunião entre o presidente e o ex-presidente do Corinthians (para que os dois?) e secretários de Geraldo Alckmin. Partidas continuarão acontecendo às 10 da noite, para coincidir com o fim da novela “Império”. A CPTM passará a operar até meia-noite e meia, ao invés de 0h19.

Isso vale também para o Pacaembu, o Palestra Itália, o Morumbi e o Canindé.
(Na quarta passada, corintianos que ficaram até o fim da partida perderam o trem. Os que saíram antes não viram o gol de Renato Augusto contra o Bahia.)

O jornalismo busca-pé


Se é possível definir as características da mídia tradicional do Brasil neste período pós-Copa do Mundo, pode-se dizer que o jornalismo se tornou errático, como um desses rojões de festa junina chamados de busca-pé.

Se o observador atento empilhar as primeiras páginas dos principais diários de circulação nacional e analisar as manchetes e os títulos das reportagens principais, vai concluir que a nossa imprensa anda desorientada.

Trata-se, porém, de uma interpretação equivocada: os jornais apenas parecem não ter um rumo, mas há por trás de cada decisão editorial uma lógica e um objetivo claro.

Infelizmente, para os editores, os fatos de cada dia não pedem licença para acontecer. A sensação de inconstância que pode ser produzida pela leitura dos jornais nasce da determinação dos editores de buscar uma finalidade específica em todos os tipos de evento.

Sem mais disfarces, a imprensa hegemônica no Brasil tem se dedicado a instrumentalizar os acontecimentos com o objetivo de promover uma visão específica de mundo, que é explicitada constantemente nos editoriais e nos principais artigos das editorias de opinião.

Para o leitor constatar esse fenômeno, basta começar a leitura pelos textos opinativos, em vez de priorizar as manchetes: ali vai encontrar uma espécie de guia para interpretar praticamente tudo que um jornal considera essencial em cada dia.

Eventualmente, esse modelo de jornalismo pode produzir contradições, mas quem se importa?

Os editores parecem considerar que o mundo é refundado a cada nova edição e, portanto, o que foi dito hoje pode ser reinterpretado de maneira exatamente oposta amanhã, dependendo de quem é beneficiado ou prejudicado pela notícia.

A informação em si deixa de ser importante: o que vale é convencer o leitor de que a interpretação que o jornal dá aos fatos é a única correta.

Obediência aos dogmas

Essa característica é escancarada no noticiário político, onde as preferências dos jornais se manifestam de maneira mais homogênea e mais explícita. Mas também se pode observar como a opinião pré-existente define a visão sobre os fatos da economia, que por sua vez reflete o viés político a priori.

Nesse círculo onde o valor de cada notícia é condicionado por um conjunto de dogmas que não podem ser questionados, não há possibilidade de se produzir uma visão inovadora do contexto social onde os fatos acontecem. Uma interpretação conservadora sempre se impõe sobre qualquer evento.

Mesmo quando os jornais falam, por exemplo, de inovação, o leitor que está familiarizado com esse tema, que acompanha os debates internacionais sobre o assunto, sente imediatamente o cheiro de mofo das coisas velhas.

No noticiário econômico dos jornais chamados genéricos, há um limite claro para a interpretação dos indicadores, de medidas oficiais e decisões de negócios. Os jornais especializados abordam a conjuntura econômica de maneira mais equilibrada e estimulam a reflexão, ao apresentar detalhes dos fatos específicos de cada setor e das empresas mais destacadas.

Os jornais genéricos criam uma conjuntura econômica de conveniência política, a partir de fatos selecionados arbitrariamente, para produzir o cenário que convém ao seu propósito de determinar a opinião dos eleitores.

Esse raciocínio pode ser aplicado, por exemplo, no caso que envolve uma análise divulgada pelo banco Santander, na qual há uma clara interferência no debate eleitoral. Depois da reação do governo federal, o presidente do banco vem repetindo que se tratou de um equívoco, que o banco não pensa daquela maneira e que os responsáveis teriam sido demitidos sumariamente. O presidente do Santander sabe quanto pode perder ao comprometer publicamente a instituição com um dos lados da política, se esse lado for derrotado nas eleições.

Nesta quarta-feira (30/7), os jornais se dão conta da armadilha que criaram para si mesmos. Juntando lé com cré, no ambiente de baixa densidade reflexiva das redações, chega-se à perigosa conclusão de que o episódio pode colocar em dúvida o acerto de futuras análises feitas pelo mercado, que a imprensa costuma acatar como se fossem manifestações dos deuses.

Então, o busca-pé da imprensa ricocheteia e já busca outra direção.

Luciano Martins Costa
No OI