sexta-feira, 31 de maio de 2013

Rogério Correia: Para proteger Aécio e o PSDB, Gurgel mantém ação na gaveta há 2 anos


Do Viomundo publicado em 31 de maio de 2013 às 17:42


Fotos: Elza Fiúza e Antonio Cruz/ABr

por Conceição Lemes
.
Em 31 de maio de 2011, os deputados estaduais de Minas Gerais Rogério Correia (PT) e os colegas Luiz Sávio de Souza Cruz e Antônio Júlio, ambos do PMDB, foram a Brasília.

Entregaram pessoalmente ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel,  representação denunciando o senador Aécio Neves (PSDB) e a irmã dele, Andrea Neves, por ocultação de patrimônio e sonegação fiscal (detalhes AQUI).

Gurgel fez questão de ir com os parlamentares até o setor de protocolo da Procuradoria Geral da República (PGR). Aí, a representação recebeu o número 1.00.000.006651/2011-19.

Em 17 de fevereiro de 2013, o Viomundo publicou esta reportagem:“Se o Gurgel não abrir inquérito contra o Aécio estará prevaricando”.

Fazia 22 meses e 17 dias que a representação contra Aécio e a irmã  estava na gaveta do procurador-geral.

Esta semana esta repórter contatou a assessoria de imprensa da PGR para saber se havia alguma novidade sobre a representação.

Resposta da assessoria da imprensa ao Viomundo: “O processo continua sob análise do PGR”.

Ou seja:

1. Hoje, 31 de maio de 2013, faz dois anos que a representação contra Aécio e Andréa Neves está na gaveta de Gurgel.(Grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)

2. Faz lembrar a representação do ex-senador Demóstenes Torres, que dormiu lá por mais de  dois anos.

3. Fica cada vez mais evidente a parcialidade e o partidarismo do procurador-geral da República. Enquanto as ações contra integrantes do Partido dos Trabalhadores andam rápido, as contra os opositores do PT se arrastam, isso quando não são arquivadas quase de pronto.

“A representação que entregamos há dois anos ficou escondida esse tempo todo na gaveta de Gurgel”, condena Correia. “O procurador está deixando o cargo em menos de dois meses sem abrir inquérito para averiguar as denúncias nem dar qualquer explicação à sociedade. Ao que tudo indica terá prevaricado para proteger Aécio e o PSDB.”

“Mas a máscara do senador Aécio Neves está caindo”, afirma Correia. “O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou o andamento de duas ações importantes que o envolve. Em uma, ele é réu. Deve responder pelo desvio de R$ 4,3 bilhões  de verba da saúde.”


Representação contra Aécio Neves à Procuradoria Geral da República by Conceição Lemes (veja aqui)


_________________________

PITACO DO ContrapontoPIG 

Simplesmente revoltante a cara de pau deste procurador bozerrão. 
O cara 'faz e acontece' e não pega nada? 
Que merda é essa?

__________________________
.

Xuxa e a recusa patológica de aceitar o passado


Aos 50 anos, ela alimenta uma indústria milionária de processos contra quem mostre o que ela fez (que, aliás, não tem nada de mais).
Com Pelé
Com Pelé
Xuxa é a rainha dos processos: processou o Google (perdeu), a Record (ganhou as duas vezes), a Folha Universal (ganhou), o produtor do filme Amor, Estranho Amor (levou), e a TV Bandeirantes (idem). Cada um à sua maneira, todos faziam referência a seu passado.
Ela acaba de dar uma festa para 600 pessoas para comemorar seus 50 anos. Os mestres de cerimônias eram Roberto Justus e Deborah Secco. O show previsível de bajulação chegou ao auge quando Deborah disse o seguinte: “Hoje estou aqui e posso dizer que levei para minha vida uma lição que você deixou quando disse: ‘O cara lá de cima vai me dar’”.
Imagino que o cara lá de cima seja Deus (Deborah Secco é evangélica, acredite), e você pode pensar nos indicadores dela apontando para o alto, mas eu não queria me apegar à interpretação da declaração. Xuxa deveria ouvir a máxima do poeta grego Agatão: “Só uma coisa é negada aos deuses: o poder de desfazer o passado”.
Xuxa fez uma bela carreira, mas sofre com o que considera – ou finge considerar – erros da juventude. Como Roberto Carlos, quer controlar tudo o que lhe diz respeito. A constituição favorece esse tipo de coisa – criando, em contrapartida, uma indústria milionária de ações judiciais.
É uma forma de censura. Assim como é “proibido” falar do acidente em que Roberto teve de amputar a perna direita na altura da canela, não é permitido mostrar fotos de Xuxa pelada – ou sequer escrever sobre elas (a apresentadora posava de topless até para revistas generalistas cabeça oca como Manchete). A cada vez que três pessoas falam Amor, Estranho Amor, uma sirene toca em sua mansão: “Opa, lá vem a cena em que eu faço sexo com um menino”. Esse zelo excessivo levou à retirada de um post do jornalista André Forastieri do portal R7 (ele está aqui).
xuxa manchete
Sua filha Sasha, de 14 anos, virou agora um pretexto para os vetos. “Foi uma grande decepção para ela (saber que Xuxa fez fotos nua). Além de ser mãe, eu sou o ídolo dela; ela tem orgulho do meu trabalho”, disse em depoimento à Justiça. “Tenho que provar quase diariamente que o que eu faço hoje não tem nada ver com o meu passado”.
Como assim, nada a ver? O fato de ter sido capa de revistas masculinas certamente a ajudou a ser reconhecida e, afinal, trabalhar na Globo. O programa infantil que apresentou (não que o de hoje não seja infantil, mas o de ontem tinha crianças) foi acusado de “sexualizado”, entre outras coisas. Ela costumava se apresentar de minissaia para seus baixinhos. A acusação era moralista – mas é de se pensar se Xuxa não concordaria, atualmente, com a patrulha. Do que Sasha se envergonharia? Das músicas retardadas que a mãe cantava? Nesse caso, seria compreensível.
A dureza é que se trata de uma luta inglória. As imagens estão na internet, bem como o filme (não vou dar o link). Onanistas do Brasil guardam as edições (se não as venderam por uma boa grana) e escaneiam as páginas.
Há alguns anos, o escritor americano Hart Williams cunhou uma expressão: Síndrome de Linda. Era uma alusão às atrizes pornôs que se arrependiam e passavam a se autoflagelar ou atacar seus supostos exploradores. Linda era Linda Lovelace, a estrela do clássico Garganta Profunda, de 1972. Ela se tornou, na maturidade, uma ativista antipornografia. Deu palestras, escreveu livros, o diabo. O diretor, seu marido à época, um homem violento, a teria forçado a fazer as cenas. “Quando você assiste o filme, você está me vendo ser estuprada. Havia uma arma apontada para minha cabeça o tempo todo”.
Com tudo isso, Linda nunca tentou tirar Garganta Profunda de circulação (aliás, está disponível em DVD). Não se ouviu falar de que Pelé, a ex-empresária Marlene Mattos ou algum outro cara lá de cima a tenha obrigado a tirar a roupa. A vitimização de Xuxa é uma mistificação. Ao contrário de Linda Lovelace, Xuxa só tem a si mesma para “culpar” pelo que fez nos anos 80.
Kiko Nogueira
No DCM

Leandro: Dantas e a mudança do Gurgel


Do Conversa Afiada - Publicado em 31/05/2013
Até tu, Toffoli ?
 O Conversa Afiada publica artigo de Leandro Fortes na Carta Capital:

Mudança suspeita


Às vésperas da aposentadoria, Roberto Gurgel, em parceria com a mulher, altera de forma inexplicável um parecer e aceita acusações falsas contra o deputado Protógenes Queiroz

por Leandro Fortes

.
. Em boa medida, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, caminhava para uma aposentadoria tranquila. Desde a sua recondução ao cargo, em 2011, havia se tornado símbolo de um moralismo seletivo e, por consequência, ídolo da mídia. O desempenho no julgamento do “mensalão” petista o blindou de variados lapsos e tropeços, digamos assim, entre eles o arquivamento das denúncias contra o senador goiano Demóstenes Torres, dileto serviçal do bicheiro Carlos Cachoeira, como viria a demonstrar a Operação Monte Carlo.

A três meses de se aposentar, Gurgel decidiu, porém, unir-se à frente de apoio ao banqueiro Daniel Dantas. E corre o risco de se dar muito mal. Em uma decisão inusual no Ministério Público Federal, ele e sua mulher, a subprocuradora-geral da República Claudia Sampaio, alteraram totalmente um parecer redigido por eles mesmos um ano e três meses antes. Não é só a simples mudança de posição a despertar dúvidas no episódio. Há uma diferença considerável entre os estilos do primeiro e do segundo texto. E são totalmente distintas a primeira e a segunda assinatura da subprocuradora-geral nos pareceres.

O alvo principal da ação é o deputado federal Protógenes Queiroz, delegado federal responsável pela Operação Satiagraha, investigação que levou à condenação em primeira instância de Dantas a dez anos de prisão. Há duas semanas, Gurgel e Claudia Sampaio solicitaram a José Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, o prosseguimento de um inquérito contra o parlamentar que a própria dupla havia recomendado o arquivamento. Pior: basearam sua nova opinião em informações falsas provavelmente enxertadas no processo a pedido de um advogado do banqueiro, o influente ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira.

É interessante entender a reviravolta do casal de procuradores. Em 20 de outubro de 2011, documento assinado pela dupla foi enviado ao STF para tratar de questões pendentes do Inquérito nº 3.152, instaurado pela 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A ação contra Queiroz, iniciada pelo notório juiz Ali Mazloum, referia-se a pedidos de quebra de sigilo telefônico do então delegado federal, de Luís Roberto Demarco, desafeto de Dantas, e do jornalista Paulo Henrique Amorim, alvo de inúmeros processos judiciais do dono do Opportunity. O parecer foi encaminhado ao Supremo por causa do foro privilegiado assegurado ao delegado após sua eleição a deputado federal em 2010.

Nesse primeiro texto, Gurgel e Claudia Sampaio anotam: “O Ministério Público requereu a declaração de incompetência do citado juízo para processo e julgamento do feito (…); a declaração de nulidade da prova colhida de ofício pelo magistrado na fase pré-processual, bem como o desentranhamento e inutilização”.

O segundo parecer é completamente diferente. Em 12 de março deste ano, o casal solicita a Toffoli vistas dos autos. Alegam, no documento, que um representante de Dantas os procurou “diretamente” na PGR com “documentos novos”. O representante era Junqueira, e os “documentos novos”, informações sobre uma suposta apreensão de dinheiro na casa de Queiroz e dados acerca de bens patrimoniais do delegado. Tudo falso ou maldosamente distorcido.

Apenas seis dias depois, em 18 de março, Gurgel e sua mulher encaminharam a Toffoli outro documento. Tratava-se do encadeamento minucioso de todas as demandas de Dantas transcritas para o papel, ao que parece, pelo casal de procuradores. Ao que parece, pois o estilo do segundo texto destoa de forma inegável da redação do primeiro. Em 11 páginas nas quais consideram “fatos novos trazidos pela defesa de Daniel Dantas”, o procurador-geral e a esposa afirmam ter cometido um equívoco ao solicitar o arquivamento do inquérito em 2011.

O novo parecer acolhe velhas teses de Dantas para explicar seus crimes. Segundo o banqueiro, a Satiagraha foi uma operação montada por desafetos e concorrentes interessados em tirá-lo do mercado de telefonia do Brasil. O Opportunity era um dos acionistas da Brasil Telecom e há quase uma década vivia em litígio com os demais sócios, a Telecom Italia e os maiores fundos de pensão do País.

A mentira incluída pelos procuradores no pedido de reabertura do caso diz respeito à apreensão de 280 mil reais em dinheiro na casa de Queiroz durante uma busca e apreensão determinada pela 7ª Vara Federal de São Paulo em 2010. Segundo Gurgel e Claudia Sampaio, “haveria registro até mesmo de conta no exterior”, e insinuam, com base em “indícios amplamente noticiados na imprensa”, que o deputado do PCdoB teria um patrimônio “absolutamente incompatível” com as rendas de funcionário público. Citam, na lista de suspeitas, dois imóveis doados ao hoje parlamentar por um delegado aposentado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, José Zelman.

“É incrível, mas o procurador-geral da República plantou provas falsas em um processo do STF a pedido do banqueiro bandido Daniel Dantas”, afirma Queiroz. E Toffoli não só acatou o pedido da Procuradoria Geral como, na sequência, autorizou a quebra do sigilo bancário do deputado e o sigilo telefônico de Demarco. Postas sob segredo de Justiça, as medidas tomadas pelo ministro do STF só foram informadas ao deputado há 15 dias. Sua primeira providência foi exigir do STF uma certidão dos autos de apreensão e busca citados pelo Ministério Público. O parlamentar foi à sala de Toffoli. Recebido pela chefe de gabinete Daiane Lira, saiu de mãos vazias.

Queiroz solicitou a mesma certidão a Mazloum, que o condenou em 2010 a três anos de prisão por vazamentos de informações da Satiagraha. Uma fonte acima de qualquer suspeita, portanto. Segundo o parecer enviado a Toffoli por Gurgel e senhora, Mazloum ordenara a busca que resultou na apreensão dos tais 280 mil reais. O juiz enviou a certidão ao STF, mas não sem antes declarar publicamente a inexistência de qualquer apreensão de dinheiro na residência do delegado. “Isso é fantasia. Em nenhum momento apareceu qualquer apreensão de dinheiro. Acho grave uma acusação baseada em informações falsas”, afirmou o juiz na quarta-feira 29 ao blog do jornalista Luis Nassif.

O deputado encaminhou uma representação contra o procurador-geral no Conselho Nacional do Ministério Público. Na queixa, anexou diversas informações, entre elas escrituras de seus imóveis. Os documentos provam que seu patrimônio atual foi erguido na década de 1990, quando atuava como advogado e antes de ingressar na Polícia Federal. Zelman, padrinho de batismo de Queiroz, doou ao afilhado dois imóveis em 2006, bem antes da Satiagraha, portanto.

Os procuradores também miraram em Demarco, ex-sócio do Opportunity que travou uma longa batalha judicial contra Dantas.

Com base em notícias publicadas pelo site Consultor Jurídico, de propriedade de Márcio Chaer, dono de uma assessoria de imprensa e um grande amigo do ministro Gilmar Mendes, Gurgel e Claudia Sampaio voltam a uma espécie de bode na sala, um artifício batido recorrentemente evocado pelos advogados do banqueiro: a investigação em Milão de crimes de espionagem cometidos por dirigentes da Telecom Italia. A tese de Dantas, sem respaldo na verdade, diga-se, é que os italianos financiavam seus desafetos no Brasil, inclusive aqueles infiltrados no governo federal e na polícia, para persegui-lo.

Procurado por CartaCapital, Demarco preferiu não comentar o caso, mas repassou três certidões da Procuradoria da República de Milão que informam não existir nenhum tipo de investigação contra ele em território italiano.

Dantas costumava alardear, segundo o conteúdo de escutas telefônicas da Operação Satiagraha, que pouco se importava com decisões de juízes de primeira instância por ter “facilidades” nos tribunais superiores. De fato, logo após ser preso e algemado por Queiroz em 2008, conseguiu dois habeas corpus concedidos pelo ministro Gilmar Mendes em menos de 48 horas. Um recorde. As motivações de Toffoli ao atender o pedido de Gurgel e Claudia Sampaio sem checar a veracidade das informações continuam um mistério. A assessoria do ministro informou que ele não vai se manifestar sobre o assunto por se tratar de processo sob segredo de Justiça.



Clique aqui para ver no Multimídia: “Collor acusa Gurgel”.

E aqui para ler “Assinatura do Randolph era do Randolph”.

Roberto Gurgel poderá sair da PGR direto para o lixo da história

Leandro Fortes, Carta Capital
Mudança suspeita

Às vésperas da aposentadoria, Roberto Gurgel, em parceria com a mulher, altera de forma inexplicável um parecer e aceita acusações falsas contra o deputado Protógenes Queiroz

Em boa medida, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, caminhava para uma aposentadoria tranquila. Desde a sua recondução ao cargo, em 2011, havia se tornado símbolo de um moralismo seletivo e, por consequência, ídolo da mídia. O desempenho no julgamento do “mensalão” petista o blindou de variados lapsos e tropeços, digamos assim, entre eles o arquivamento das denúncias contra o senador goiano Demóstenes Torres, dileto serviçal do bicheiro Carlos Cachoeira, como viria a demonstrar a Operação Monte Carlo.
A três meses de se aposentar, Gurgel decidiu, porém, unir-se à frente de apoio ao banqueiro Daniel Dantas. E corre o risco de se dar muito mal. Em uma decisão inusual no Ministério Público Federal, ele e sua mulher, a subprocuradora-geral da República Claudia Sampaio, alteraram totalmente um parecer redigido por eles mesmos um ano e três meses antes. Não é só a simples mudança de posição a despertar dúvidas no episódio. Há uma diferença considerável entre os estilos do primeiro e do segundo texto. E são totalmente distintas a primeira e a segunda assinatura da subprocuradora-geral nos pareceres.
O alvo principal da ação é o deputado federal Protógenes Queiroz, delegado federal responsável pela Operação Satiagraha, investigação que levou à condenação em primeira instância de Dantas a dez anos de prisão. Há duas semanas, Gurgel e Claudia Sampaio solicitaram a José Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, o prosseguimento de um inquérito contra o parlamentar que a própria dupla havia recomendado o arquivamento. Pior: basearam sua nova opinião em informações falsas provavelmente enxertadas no processo a pedido de um advogado do banqueiro, o influente ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira.
É interessante entender a reviravolta do casal de procuradores. Em 20 de outubro de 2011, documento assinado pela dupla foi enviado ao STF para tratar de questões pendentes do Inquérito nº 3.152, instaurado pela 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A ação contra Queiroz, iniciada pelo notório juiz Ali Mazloum, referia-se a pedidos de quebra de sigilo telefônico do então delegado federal, de Luís Roberto Demarco, desafeto de Dantas, e do jornalista Paulo Henrique Amorim, alvo de inúmeros processos judiciais do dono do Opportunity. O parecer foi encaminhado ao Supremo por causa do foro privilegiado assegurado ao delegado após sua eleição a deputado federal em 2010.
Nesse primeiro texto, Gurgel e Claudia Sampaio anotam: “O Ministério Público requereu a declaração de incompetência do citado juízo para processo e julgamento do feito (...); a declaração de nulidade da prova colhida de ofício pelo magistrado na fase pré-processual, bem como o desentranhamento e inutilização”.
O segundo parecer é completamente diferente. Em 12 de março deste ano, o casal solicita a Toffoli vistas dos autos. Alegam, no documento, que um representante de Dantas os procurou “diretamente” na PGR com “documentos novos”. O representante era Junqueira, e os “documentos novos”, informações sobre uma suposta apreensão de dinheiro na casa de Queiroz e dados acerca de bens patrimoniais do delegado. Tudo falso ou maldosamente distorcido.
Apenas seis dias depois, em 18 de março, Gurgel e sua mulher encaminharam a Toffoli outro documento. Tratava-se do encadeamento minucioso de todas as demandas de Dantas transcritas para o papel, ao que parece, pelo casal de procuradores. Ao que parece, pois o estilo do segundo texto destoa de forma inegável da redação do primeiro. Em 11 páginas nas quais consideram “fatos novos trazidos pela defesa de Daniel Dantas”, o procurador-geral e a esposa afirmam ter cometido um equívoco ao solicitar o arquivamento do inquérito em 2011.
O novo parecer acolhe velhas teses de Dantas para explicar seus crimes. Segundo o banqueiro, a Satiagraha foi uma operação montada por desafetos e concorrentes interessados em tirá-lo do mercado de telefonia do Brasil. O Opportunity era um dos acionistas da Brasil Telecom e há quase uma década vivia em litígio com os demais sócios, a Telecom Italia e os maiores fundos de pensão do País.
A mentira incluída pelos procuradores no pedido de reabertura do caso diz respeito à apreensão de 280 mil reais em dinheiro na casa de Queiroz durante uma busca e apreensão determinada pela 7ª Vara Federal de São Paulo em 2010. Segundo Gurgel e Claudia Sampaio, “haveria registro até mesmo de conta no exterior”, e insinuam, com base em “indícios amplamente noticiados na imprensa”, que o deputado do PCdoB teria um patrimônio “absolutamente incompatível” com as rendas de funcionário público. Citam, na lista de suspeitas, dois imóveis doados ao hoje parlamentar por um delegado aposentado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, José Zelman.
“É incrível, mas o procurador-geral da República plantou provas falsas em um processo do STF a pedido do banqueiro bandido Daniel Dantas”, afirma Queiroz. E Toffoli não só acatou o pedido da Procuradoria Geral como, na sequência, autorizou a quebra do sigilo bancário do deputado e o sigilo telefônico de Demarco. Postas sob segredo de Justiça, as medidas tomadas pelo ministro do STF só foram informadas ao deputado há 15 dias. Sua primeira providência foi exigir do STF uma certidão dos autos de apreensão e busca citados pelo Ministério Público. O parlamentar foi à sala de Toffoli. Recebido pela chefe de gabinete Daiane Lira, saiu de mãos vazias.
Queiroz solicitou a mesma certidão a Mazloum, que o condenou em 2010 a três anos de prisão por vazamentos de informações da Satiagraha. Uma fonte acima de qualquer suspeita, portanto. Segundo o parecer enviado a Toffoli por Gurgel e senhora, Mazloum ordenara a busca que resultou na apreensão dos tais 280 mil reais. O juiz enviou a certidão ao STF, mas não sem antes declarar publicamente a inexistência de qualquer apreensão de dinheiro na residência do delegado. “Isso é fantasia. Em nenhum momento apareceu qualquer apreensão de dinheiro. Acho grave uma acusação baseada em informações falsas”, afirmou o juiz na quarta-feira 29 ao blog do jornalista Luis Nassif.
O deputado encaminhou uma representação contra o procurador-geral no Conselho Nacional do Ministério Público. Na queixa, anexou diversas informações, entre elas escrituras de seus imóveis. Os documentos provam que seu patrimônio atual foi erguido na década de 1990, quando atuava como advogado e antes de ingressar na Polícia Federal. Zelman, padrinho de batismo de Queiroz, doou ao afilhado dois imóveis em 2006, bem antes da Satiagraha, portanto.
Os procuradores também miraram em Demarco, ex-sócio do Opportunity que travou uma longa batalha judicial contra Dantas.
Com base em notícias publicadas pelo site Consultor Jurídico, de propriedade de Márcio Chaer, dono de uma assessoria de imprensa e um grande amigo do ministro Gilmar Mendes, Gurgel e Claudia Sampaio voltam a uma espécie de bode na sala, um artifício batido recorrentemente evocado pelos advogados do banqueiro: a investigação em Milão de crimes de espionagem cometidos por dirigentes da Telecom Italia. A tese de Dantas, sem respaldo na verdade, diga-se, é que os italianos financiavam seus desafetos no Brasil, inclusive aqueles infiltrados no governo federal e na polícia, para persegui-lo.
Procurado por CartaCapital, Demarco preferiu não comentar o caso, mas repassou três certidões da Procuradoria da República de Milão que informam não existir nenhum tipo de investigação contra ele em território italiano.
Dantas costumava alardear, segundo o conteúdo de escutas telefônicas da Operação Satiagraha, que pouco se importava com decisões de juízes de primeira instância por ter “facilidades” nos tribunais superiores. De fato, logo após ser preso e algemado por Queiroz em 2008, conseguiu dois habeas corpus concedidos pelo ministro Gilmar Mendes em menos de 48 horas. Um recorde. As motivações de Toffoli ao atender o pedido de Gurgel e Claudia Sampaio sem checar a veracidade das informações continuam um mistério. A assessoria do ministro informou que ele não vai se manifestar sobre o assunto por se tratar de processo sob segredo de Justiça.

Share/Bookmark

Leia mais em: Blog Sujo
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.

Jornal do Brasil denuncia o golpe



CONSPIRAÇÃO CONTRA A PÁTRIA

O Jornal do Brasil mantém a confiança na chefia do estado Democrático
O mundo inteiro passa por uma crise econômica e social, decorrente da ganância dos banqueiros, que controlam o valor das moedas, o fluxo de crédito, o preço internacional das commodities. Diante deles, os governos se sentem amedrontados, ou cúmplices, conforme o caso e poucos resistem.
A União Europeia desmantela-se: o fim do estado de bem-estar, o corte nos orçamentos sociais, a desconfiança entre os países associados, a indignação dos cidadãos e a incapacidade dos governantes em controlar politicamente a crise, que tem a sua expressão maior no desemprego e na pauperização de povos. Se não forem adotadas medidas corajosas contra os grandes bancos, podemos esperar o caos planetário, que a irresponsabilidade arquiteta.
A China, exposta como modelo de crescimento, é o caso mais desolador de crescente desigualdade social no mundo, com a ostentação de seus bilionários em uma região industrializada e centenas de milhões de pessoas na miséria no resto do país. Isso sem falar nas condições semiescravas de seus trabalhadores – já denunciadas como sendo inerentes ao “Sistema Asiático de Produção”. Os Estados Unidos, pátria do capitalismo liberal e neoliberal, foram obrigados a intervir pesadamente no mercado financeiro a fim de salvar e reestruturar bancos e agências de seguro, além de evitar a falência da General Motors.
Neste mundo sombrio, o Brasil se destaca com sua política social. Está eliminando, passo a passo, a pobreza absoluta, ampliando a formação universitária de jovens de origem modesta, abrindo novas fronteiras agrícolas e obtendo os menores níveis de desemprego de sua história.
Não obstante esses êxitos nacionais, o governo está sob ataque histérico dos grandes meios político-financeiros. Na falta de motivo, o pretexto agora é a inflação. Ora, todas as fontes demonstram que a inflação do governo anterior a Lula foi muito maior que nos últimos 10 anos.
O Jornal do Brasil, fiel a sua tradição secular, mantém a confiança na chefia do Estado Democrático e denuncia, como de lesa-pátria, porque sabota a economia, a campanha orquestrada contra o Governo – que lembra outros momentos de nossa história, alguns deles com desfecho trágico e o sofrimento de toda a nação.

Revista Época instiga a revolta da classe média

Depois de atirar alimentos em Dilma no lobby do tomate, revista de João Roberto Marinho ataca a “inflação de serviços”, que reverteria a conta dos erros do governo para o público A/B; “O desenvolvimento nos últimos dez anos não contemplou a classe média tradicional, que está espremida, nervosa”, aponta no texto o economista Waldir Quadros, professor da Universidade de Campinas (Unicamp).
Brasil 247 – Na semana em que o Banco Central elevou a taxa de juros ao patamar de 8% e, assim, esfriou os estímulos de crescimento do governo ao encarecer custo do dinheiro para combater inflação, a revista Época alarma a classe média.
A publicação de João Roberto Marinho diz que a massa A/B, formada por 21,5 milhões de pessoas, o equivalente a 11,2% da população brasileira, está pagando pelos erros do governo. “O desenvolvimento nos últimos dez anos não contemplou a classe média tradicional”, disse no texto o economista Waldir Quadros, professor da Universidade de Campinas (Unicamp). “A classe média está espremida, nervosa.”

Share/Bookmark

Leia mais em: Blog Sujo
Under Creative Commons License: Attribution

Do Blog O Esquerdopata.

Lula vai à Colômbia por integração continental


Dando sequência às costuras que vem fazendo no continente, ex-presidente Lula se encontra com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, na próxima terça-feira; recentemente, movimentações da Aliança do Pacífico (Colômbia, Chile, México e Peru), geraram receios sobre possível divisão na América Latina; Lula, que, nas últimas semanas, se reuniu com os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Argentina, Cristina Kirchner, também passa por Peru e Equador, onde se encontra com chefes de estado e recebe mais títulos
Brasil 247
A Aliança do Pacífico, formada há pouco mais de um ano por Colômbia, Chile, Peru e México, anunciou na semana passada uma rodada de reduções tarifárias entre seus membros. A movimentação "não tira o sono" do governo brasileiro, segundo o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, mas as primeiras medidas práticas do bloco levaram a análises sobre uma possível divisão do continente, por meio de uma polarização com o Mercosul. Coincidência ou não, o ex-presidente Lula, que tem tirado os últimos meses para articular com líderes regionais como Nicolás Maduro e Cristina Kirchner, vai à Colômbia, onde ocorreu a última cúpula da Aliança do Pacífico, falar exatamente sobre "integração da América Latina". Ele também passa por Peru e Equador. Nos três países, Lula tem encontros marcados com os presidentes.”
Matéria Completa, ::AQUI::

JB: conspiração contra a pátria


30 de Maio de 2013 | 23:21
O Jornal do Brasil, infelizmente agora apenas eletrônico, publicou hoje um corajoso editorial – “Conspiração contra a democracia”  em que aponta a existência de um “ataque histérico dos grandes meios político-financeiros” ao Governo Dilma Roussef. Segundo o jornal, “o pretexto agora é a inflação” e que, diante da crise mundial criada pelo capital financeiro , “os governos se sentem amedrontados, ou cúmplices, e poucos deles resistem.
A leitura é imperdível e dá orgulho a todos que somos de uma geração em que a expressão “deu no JB” significava a força do centenário jornal.

Conspiração contra a democracia

O mundo inteiro passa por uma crise econômica e social, decorrente da ganância dos banqueiros, que controlam o valor das moedas, o fluxo de crédito, o preço internacional das commodities. Diante deles, os governos se sentem amedrontados, ou cúmplices, conforme o caso e poucos resistem.
A União Europeia desmantela-se: o fim do estado de bem-estar, o corte nos orçamentos sociais, a desconfiança entre os países associados, a indignação dos cidadãos e a incapacidade dos governantes em controlar politicamente a crise, que tem a sua expressão maior no desemprego e na pauperização de povos. Se não forem adotadas medidas corajosas contra os grandes bancos, podemos esperar o caos planetário, que a irresponsabilidade arquiteta.
A China, exposta como modelo de crescimento, é o caso mais desolador de crescente desigualdade social no mundo, com a ostentação de seus bilionários em uma região industrializada e centenas de milhões de pessoas na miséria no resto do país. Isso sem falar nas condições semiescravas de seus trabalhadores – já denunciadas como sendo inerentes ao “Sistema Asiático de Produção”. Os Estados Unidos, pátria do capitalismo liberal e neoliberal, foram obrigados a intervir pesadamente no mercado financeiro a fim de salvar e reestruturar bancos e agências de seguro, além de evitar a falência da General Motors.
Neste mundo sombrio, o Brasil se destaca com sua política social. Está eliminando, passo a passo , a pobreza absoluta, ampliando a formação universitária de jovens de origem modesta, abrindo novas fronteiras agrícolas e obtendo os menores níveis de desemprego de sua história.
Não obstante esses êxitos nacionais, o governo está sob ataque histérico dos grandes meios político-financeiros. Na falta de motivo, o pretexto agora é a inflação. Ora, todas as fontes demonstram que a inflação do governo anterior a Lula foi muito maior que nos últimos 10 anos. 
Jornal do Brasil, fiel a sua tradição secular, mantém a confiança na chefia do Estado Democrático e denúncia, como de lesa-pátria, porque sabota a economia, a campanha orquestrada contra o Governo – que lembra outros momentos de nossa história, alguns deles com desfecho trágico e o sofrimento de toda a nação.

Multimilionária Yoani Sanchez retorna a Cuba após viagem por 13 países

Blogueira cubana Yoani Sanchez retorna a Cuba após viagem a 13 países

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Falha de S. Paulo

A blogueira (?) cubana Yoani Sánchez voltou para Cuba, nesta quinta-feira, depois de uma viagem de mais de três meses por 13 países da América e da Europa, na qual fez duras críticas ao governo de Havana.

"O avião de regresso acaba de aterrissar em Havana. Agora falta atravessar a imigração e a alfândega", escreveu Yoani no Twitter.

Ela chegou em um voo da Air Europa, procedente da Espanha, onde concluiu a viagem iniciada no Brasil em 17 de fevereiro.

Yoani Sánchez, que era esperada no aeroporto pelo marido Reynaldo Escobar e por vários dissidentes (?), conseguiu (?) viajar, beneficiando-se de uma reforma migratória posta em vigor em janeiro.

No Brasil, onde iniciou sua primeira viagem internacional em nove anos, a cubana se transformou num tema de debates entre manifestantes e parlamentares pró e contra o governo cubista (???) que levaram a intensos protestos durante sua visita.

Ela também visitou os EUA, Peru, onde se reuniu com o Prêmio Nobel Mario Vargas Llosa, México, Itália, República Tcheca, Polônia, onde conversou com o ex-presidente Lech Walesa, Suécia, Suíça, Alemanha, Noruega e Holanda.
Share/Bookmark

Leia mais em: Blog Sujo
Under Creative Commons License: Attribution


Os filhos pagam pela esperteza dos pais nas empresas de mídia

A reserva de mercado beneficiou uma geração e agora castiga a outra.
José Roberto, Roberto Irineu e João Roberto Marinho
Os filhos de Roberto Marinho
Um ditado que afirmavam ser muito citado por Tancredo Neves estabelece o seguinte: “A esperteza, quando é demais, come o dono”.
A frase se aplica às famílias que controlam as grandes empresas de jornalismo do Brasil num momento especialmente dramático para elas.
Há uma troca de gerações, como se observou pela morte, com poucos dias de distância, de Ruy Mesquita e Roberto Civita.
O crescimento avassalador da internet tornará complicado gerir as companhias que se tornaram gigantes sob circunstâncias completamente diferentes.
Todo dia — melhor, todo segundo – diminui o número de leitores e o volume de anúncios.
Não há volta. No seriado The Office, passado numa empresa que vende papel, uma das melhores piadas aparece quando um vendedor diz a outro, diante das quedas constantes nas vendas: “A gente recupera quando a moda da internet passar.”
Haverá uma transferência cada vez mais rápida de leitores, anunciantes,  verbas publicitárias e bons jornalistas rumo ao mundo digital.
Diante do cenário desanimador, é provável que muita gente, nas novas gerações que controlam as grandes empresas jornalísticas, desejasse simplesmente vender o negócio.
Você faz dinheiro e se livra, no ócio milionário, dos capítulos duros da agonia inevitável.
Seria uma alternativa excelente – não fosse a reserva de mercado que os barões da mídia trataram de garantir para si próprios, num passado em que nada fazia prever o surgimento da concorrência destruidora da internet.
A reserva é assim. Os estrangeiros podem ter apenas 30% do capital das empresas brasileiras.
Não vou discutir aqui quanto isso agride as leis básicas de concorrência capitalista pelas quais as empresas jornalísticas se batem tanto exceto para elas mesmas.
Vou falar apenas da ironia que essa situação esdrúxula trouxe agora.
Se você não pode vender a compradores internacionais, e eles sim têm recursos, está condenado a negociar com um universo bem menos opulento – o dos compradores brasileiros.
Existe uma justiça poética, nisso, inegavelmente. Décadas depois, a esperteza parece estar comendo as famílias que a usaram para promover a reserva de mercado na mídia.
Porque ela, a reserva, só é, ou foi, boa para os acionistas, protegidos de uma concorrência que haveria de resultar em produtos melhores para os leitores e um mercado de trabalho mais pujante para os jornalistas.
Quanto ela é indefensável, você avalia por um artigo do novo ministro do STF, Luís Barroso, escrito nos tempos em que ele era advogado da associação que defende os interesses da Globo, a Abert.
No artigo, Barroso disse que a reserva tinha a virtude de preservar as novelas, “patrimônio cultural brasileiro”, e evitar que Mao Tsetung irrompesse nos lares brasileiros com sua pregação subversiva.
O ajuste de contas com a esperteza chegou primeiro para a mídia impressa, a vítima inicial da internet.
Mas logo chegará também ao reino da tevê: cada vez menos pessoas vêem televisão, como se constata na generalizada queda de audiência da Globo.
Tudo converge para a internet, e já se formou um consenso entre os estudiosos de que a televisão será a próxima vítima.
Marcas como a Netflix, o YouTube e a Amazon (que já anunciou que vai produzir conteúdo de entretenimento) tomarão inexoravelmente o lugar de marcas de outra era, como a Globo no Brasil.
A famosa grade da Globo morrerá com os consumidores que verão os programas quando quiserem, onde quiserem —  e se quiserem.
E então o serviço da esperteza ficará completo. Quando os herdeiros dos três filhos de Roberto Marinho eventualmente pensarem em vender um negócio que vai valer cada vez menos e doer cada vez mais, vão topar com o mesmo quadro que massacra hoje as esperanças vendedoras das novas gerações das famílias da mídia impressa.
Paulo Nogueira
No DCM

CONSPIRAÇÃO CONTRA A PÁTRIA

  O Jornal do Brasil mantém a confiança na chefia do estado Democrático


O mundo inteiro passa por uma crise econômica e social, decorrente da ganância dos banqueiros, que controlam o valor das moedas, o fluxo de crédito, o preço internacional das commodities. Diante deles, os governos se sentem amedrontados, ou cúmplices, conforme o caso e poucos resistem.

A União Europeia desmantela-se: o fim do estado de bem-estar, o corte nos orçamentos sociais, a desconfiança entre os países associados, a indignação dos cidadãos e a incapacidade dos governantes em controlar politicamente a crise, que tem a sua expressão maior no desemprego e na pauperização de povos. Se não forem adotadas medidas corajosas contra os grandes bancos, podemos esperar o caos planetário, que a irresponsabilidade arquiteta.

A China, exposta como modelo de crescimento, é o caso mais desolador de crescente desigualdade social no mundo, com a ostentação de seus bilionários em uma região industrializada e centenas de milhões de pessoas na miséria no resto do país. Isso sem falar nas condições semiescravas de seus trabalhadores – já denunciadas como sendo inerentes ao “Sistema Asiático de Produção”. Os Estados Unidos, pátria do capitalismo liberal e neoliberal, foram obrigados a intervir pesadamente no mercado financeiro a fim de salvar e reestruturar bancos e agências de seguro, além de evitar a falência da General Motors.
Neste mundo sombrio, o Brasil se destaca com sua política social. Está eliminando, passo a passo , a pobreza absoluta, ampliando a formação universitária de jovens de origem modesta, abrindo novas fronteiras agrícolas e obtendo os menores níveis de desemprego de sua história.

Não obstante esses êxitos nacionais, o governo está sob ataque histérico dos grandes meios político-financeiros. Na falta de motivo, o pretexto agora é a inflação. Ora, todas as fontes demonstram que a inflação do governo anterior a Lula foi muito maior que nos últimos 10 anos. 

O Jornal do Brasil, fiel a sua tradição secular, mantém a confiança na chefia do Estado Democrático e denúncia, como de lesa-pátria, porque sabota a economia, a campanha orquestrada contra o Governo – que lembra outros momentos de nossa história, alguns deles com desfecho trágico e o sofrimento de toda a nação.

Visto no JORNAL DO BRASIL

Extrema-direita tenta usar Faroeste Caboclo contra o ex-presidente Lula


O filme veiculado no Youtube com a paródia a Faroeste Caboclo é realizado com técnicas aprimoradas de edição e design


“Em uma nova ação orquestrada de setores articulados da extrema-direita brasileira, a estreia do filme Faroeste Caboclo, que chegou às telas dos cinemas nesta quinta-feira sob a direção de René Sampaio, em seu filme de début na carreira, foi bombardeada nas redes sociais por um vídeo que parodia a música do legionário urbano Renato Russo.

A peça publicitária, com traços de uma produção em estúdio e evidente esmero na edição, ainda que apócrifo, não chega a ser um hit de público e contava, até o fechamento desta matéria, com 3,6 mil acessos em 20 dias de exposição, na média de apenas 180 visitas por dia.

“Não podemos negar, nota 10!!… para criatividade, capacidade artística e até senso de humor! É uma grande pena que o senso crítico e político seja inversamente proporcional. Realmente, é triste ver pessoas tão capazes, talentosas, bem nutridas, altamente escolarizadas se deixando ser manipuladas pelo Grupo 1º de Abril e Rede Globo! Tem que ler muita Veja e assistir muito Bom(?) Dia Brasil para adquirir esse conteúdo!”, afirmou o internauta João Naleto, em um dos pouco mais de 20 comentários publicados na página do YouTube, na maioria que segue nessa mesma linha.