domingo, 31 de agosto de 2014

Marina Silva governará com Terra, Água, Fogo, Vento e Coração

o horário eleitoral, a candidática promoverá a união de "Aquarius" com "Let the Sunshine In"
ZEITGEIST - Semeadora da nova política, a candidática Marina Silva apresentou seu plano de governo. "Quando a lua está na sétima casa/ E Júpiter se alinha com Marte/ A paz guiará os planetas/ E o amor conduzirá as estrelas/ Essa é a aurora da Era de Aquário! Eeeera de Aquáááriooooo", cantarolou Marina, enquanto saltava nua em um gramado, acompanhada de Beto Albuquerque e Luiza Erundina, vestida de querubim.

Em seguida, Marina observou que sua equipe congregará Yin e Yang, Tico e Teco e, sem rótulos, governará com os blogueiros do Brasil 247 de braços dados com Reynald Azeverde. "Governarei com apenas cinco ministérios: Terra, Água, Fogo, Vento e Coração", explicou.

Ao explicar a origem do avião que transportava Eduardo Campos, Marina Silva evocou o melhor de Lula e de FHC, numa fusão holística: "Não sabia de nada", disse, em homenagem ao ex-presidente em exercício, e "Voei, mas não trafeguei", arrematou, em homenagem a Fernando Henrique.

No final da tarde, o Google apresentou um novo algoritmo de busca cuja função será encontrar uma proposta concreta de Marina Silva. "Por enquanto, neca de pitibiribas", lamentou Sergey Brin.

A ganância é o pecado favorito do diabo: Marina e suas palestras

Ela
Marina parece Pepe Mujica, pela aparente simplicidade e despojamento, mas não é.

Isso fica claro com a revelação hoje, pela Folha, de que ela ganhou 1,6 milhão de reais com palestras apenas nos três últimos anos.

Alguém imagina Mujica fazendo isso?

Não há nada de ilegal nisso. Mas as palestras milionárias como as de Marina ficam a um passo do limite da indecência.

Ganhar 30 000, 40 000, 50 000 numa hora para palestras pagas por empresas interessadas em agradar o palestrante?

É uma questão ética de extrema complexidade.

Marina não está inovando nisso. Recentemente, Joaquim Barbosa anunciou que sua próxima atividade serão palestras.

Alguns degraus acima, FHC e Lula, tão diferentes em tantas coisas, se igualaram na celeridade com que, deixada a presidência, começaram a fazer palestras.

FHC e Lula são estrelas do circuito internacional de palestras, que paga supercachês em dólares.

Uma hora pode valer 100 mil dólares ou mais.

É um mercado para ex-presidentes. Nos Estados Unidos, Reagan levou essa atividade aos céus. Clinton e Bush seguiram o mesmo caminho.

Na Inglaterra, Tony Blair fez o mesmo depois que deixou de ser premiê. Com frequência a mídia inglesa publica matérias em que “denuncia” a fortuna levantada por Blair com suas palestras.

Antes de Blair, Thatcher se lançou no circuito, mas não teve muito tempo para ganhar quanto pretendia porque um problema mental logo se manifestou nela quando foi apeada do poder.

FHC aprendeu tanto sobre viajens, quando virou palestrante profissional, que comprou uma vistosa mala vermelha para não se confundir na esteira nos desembarques.

Uma palestra internacional rende, para um ex-presidente, mais que ele ganhou por um ano de trabalho.

Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco a presidência vai ser uma escala para o mundo das palestras internacionais.

A ganância, mais que a vaidade, é o pecado favorito do diabo.

Necessidade, a rigor, você não tem ao sair do poder.

Ex-presidentes têm boas pensões.

Nos Estados Unidos, as pensões presidenciais foram estabelecidas na década de 1950 por razões práticas.

O ex-presidente Harry Truman, ao deixar a Casa Branca, não tinha dinheiro. Estava quebrado.

Hoje, ex-presidentes americanos recebem cerca de 200 000 dólares por ano de pensão, fora outros benefícios como um bom sistema de saúde.

A imprensa brasileira jamais fez uma investigação aprofundada sobre o mundo das palestras por uma razão: muitos jornalistas são palestrantes.

Na Globo, colunistas como Merval, Míriam Leitão e Jabor estão entre os palestrantes mais bem pagos do país.

A Folha proíbe seus jornalistas de fazer isso, e está correta, mas a Globo não.

A Globo tira proveito disso para pagar salários baixos. Fica subentendido que a empresa fornece a vitrine de que seus jornalistas precisam para fazer palestras.

Na dramaturgia, há uma situação parecida. Fernanda Montenegro certa vez disse que a Globo pagava pouco para seus atores porque sabia que eles precisavam dela para receber cachês milionários em publicidade.

Marina, repito, não é Mujica.

Mas quem é no Brasil?

Paulo Nogueira
No DCM



Marina fatura R$ 1,6 mi e omite nomes de clientes


"Ex-senadora Marina Silva tem uma empresa, a M. O. M. da S. V. de Lima, que foi registrada em 2011 e, desde então, realiza palestras; a receita acumulada é de R$ 1,6 milhão; Marina, no entanto, diz que não abre os nomes de seus clientes, porque seus contratos teriam cláusulas de confidencialidade; sabe-se apenas que empresa funciona ao lado do Instituto Marina Silva, que tem como uma de suas financiadoras Neca Setúbal, herdeira do Itaú e coordenadora do programa de governo da candidata socialista, que contempla, entre outras coisas, a independência do Banco Central; programa do Itaú prevê ainda a redução do espaço de bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES, na economia

Brasil 247

Desde que deixou o Senado Federal, em 2010, Marina Silva se tornou uma bem-sucedida empresária. Em 2011, logo depois de ficar sem mandato parlamentar, ela abriu uma empresa, a M. O. M. da S. V. de Lima, que tem suas iniciais e comercializa suas palestras.
 
Desde então, Marina ganhou R$ 1,6 milhão de clientes que pagaram para ouvi-la. No entanto, a ex-senadora, que concorre à presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro, decidiu omitir a identidade de seus clientes, alegando que os contratos possuem cláusulas de confidencialidade.

Até a Folha desconfia que Marina vive de mesada do Itaú, Natura e outros magnatas.

O jornalão Folha de São Paulo fez uma matéria sobre como Marina Silva sobrevive, já que desde 2011 ela não tem mais o salário de Senadora e não ocupa nenhum cargo nem tem nenhum emprego.

Desde 2011, Marina abriu uma empresa para fazer palestras e, segundo a Folha, faturou R$ 1,6 milhão até maio desde ano, quando fez a última. A candidata disse ao jornal que ela assinou 65 contratos e fez 72 palestras remuneradas, mas se recusa a dizer quem a contratou, alegando "confidencialidade".

Curioso este conceito de confidencialidade de Marina. Não dizer quanto cobra por palestra é compreensível, pois normalmente as negociações são diferentes conforme o perfil do contratante e do evento. Mas se negar a dizer quem já a contratou é falta de transparência. Nem faz muito sentido se as palestras tiverem acontecido de verdade, pois não haveria segredo tendo uma platéia inteira como testemunha em um evento de divulgação pública.

Ela deu palestras em empresas de agrotóxicos? Tem vergonha de falar que deu palestras no Itaú? No Citibank? Na Bandeirantes Pneus? Em alguma empresa envolvida em escândalos? Afinal o que ela tem a esconder do eleitor?

Sala fechada e doações de Neca Setúbal do Itaú.

Segundo a Folha, a sede da empresa de palestras estava fechada na sexta-feira. Fica em uma sala ao lado de outras cinco do Instituto Marina Silva em Brasília. O Instituto estava aberto e se mantém com doações. Entre os principais doadores está Neca Setúbal, acionista do Itaú e irmã do presidente do banco, que coordena o programa de governo de Marina.

Segundo a Folha, o Instituto criado também em 2011 tem a função de desenvolver projetos da área ambiental, digitalizar o acervo de Marina Silva e intermediar palestras gratuitas.

Mas não tem site do Instituto na internet, pelo menos que se possa localizar nos mecanismos de busca. A página do Facebook em nome da entidade, se for oficial, está apenas reservada, vazia. Isso demonstra baixa atividade nos fins que se propõe, parecendo funcionar mais como suporte à carreira política da candidata.

Falta de ética na política é usar o passado em movimentos sociais para sair candidata dos banqueiros.

As atividades privadas empresariais e no Instituto de Marina, enquanto privadas e se estiverem dentro da lei, não seria problema público.

Mas vira problema público sim, quando ela sai candidata a presidenta da República com apoio do mesmo grupo de magnatas que parecem fazer uma ação entre amigos para sustentar financeiramente Marina desde 2011.

Esse grupo constitui praticamente um partido político informal e oculto de banqueiros e empresários que está usando Marina Silva para chegarem ao poder. Dão a ela o poder simbólico e ficam com o poder de fato para si, com as chaves do cofre do nação, controlando a equipe econômica, inclusive criando leis para impedir ingerência governamental no Banco Central.

Eu pergunto: É ético Marina Silva se apresentar com a imagem de sua história de vida do passado, e esconder do eleitor os reais compromissos do presente com banqueiros?

O engodo da "nova política"

Cruzem os dados e verão que os mesmos que financiam Marina, são os mesmos que financiam as bancadas mais atrasadas, retrógradas, fisiológicas e corruptas no Congresso Nacional.

O plano perfeito é esse: Marina serve para tirar Dilma do cargo, para governar de rabo preso com os banqueiros, e mesmo se quiser se rebelar em algum tema contra os banqueiros, o Congresso Nacional não deixará.

Logo é piada falar em "nova política" com Marina ao lado de banqueiros e reacionários que financiam bancadas da velha política, e fazem oposição às conquistas trabalhistas, populares e de distribuição de renda.Os Amigos do Presidente Lula
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Por una Cabeza - Carlos Gardel



Por sugestão do Amigo Carlos Mendonza.

É isso que vocês querem para o país?


O Partido Socialista Brasileiro, que sempre teve uma agenda progressista, foi criado em 1947. Ao ceder a pressões para lançar a candidatura de Marina da Silva, acabou. No lugar dele, surgiu um PSB capturado pelo "Rede" da candidata do Criador. Pois bem, bastaram quatro tuitadas do Pastor Malafaia, para o partido retirar de seu programa de governo o casamento civil igualitário entre pessoas do mesmo sexo. Se em quatro mensagens por twitter houve um retrocesso desse porte, imaginem em quatro anos de um eventual governo do consórcio Itaú-Assembléia de Deus. Descriminalização do aborto? Esqueçam. Descriminalização dos usuários de drogas? Nem pensar. No mínimo, procedimentos manicomiais para os dependentes. Pensem nos direitos conquistados pelas mulheres nos últimos anos sendo submetidos ao crivo de dogmas medievais.Sim, pois vislumbramos uma religião se transformando em política de Estado. É isso que vocês querem para o país? É isso que vocês querem para vocês os filhos que vierem a ter? Em caso afirmativo, chamem Torquemada e me avisem: não quero ver ninguém ardendo em fogueiras. Tudo é força mas só Malafaia é poder. Não acredito que vocês desejem isso. Melhor, não quero acreditar.

O fracasso de Marina no desmatamento

Dados comparativos questionam discurso de candidata no terreno ambiental

Confesso que não gostei quando Marina Silva insinuou que o Brasil não precisa de “gerentes” mas “estrategistas.” É óbvio que ela queria se colocar na posição de “estrategista”, supostamente mais elevada e relevante, colocando Dilma Rousseff na condição de “gerente.”

Achei esnobismo. Falta de humildade. O motivo você pode ver na comparação que mostra os números consolidados do desmatamento no Brasil. Olha o desempenho da “estrategista.”

Olhando ano a ano, você vai perceber o tempo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), o tempo que Marina passou no Ministério do Meio Ambiente (2003-2007), o período de seu substituto Carlos Minc (2009-2010) e os anos de Izabela Teixeira, já no governo Dilma (1011-2013).

Os dados consolidados são estes.

A estrategista do meio ambiente Marina administrou, em média, 18 000 quilômetros quadrados de desmatamento. Com Carlos Minc, a média caiu para menos da metade: 7000. Com Izabela, encontra-se em 5560, menos de um terço do desempenho de Marina.

Sabe aquela conversa de que o adversário não “está preparado” para governar o país? Pensa “pequeno?” Olha “baixo”? Pois é.

Marina tenta alvejar Dilma com o mesmo preconceito que já foi jogado contra Lula — e também era usado contra ela, no tempo em que não recebia R$ 50 000 mensais por palestras, não era amiga de Neca Setúbal nem fazia “nova política” a bordo de jatinho sem dono conhecido nem prestação de contas.

Vamos combinar: você pode lembrar que Marina Silva criou inúmeros obstáculos à construção das usinas de Santo Antonio, Jirau e Belo Monte — e hoje adora dizer que precisamos de mais energia. Chegou a alegar — erradamente — que as obras poderiam ameaçar uma espécie de bagre do rio Madeira. Também pode lembrar que ela combateu a soja transgênica.

É claro que, para criar a fantasia da “nova política”, Marina precisa passar uma borracha no passado e tenta inventar uma novíssima candidata — que é a favor de energia elétrica e disse no Jornal Nacional que “nunca” foi contra transgênicos.

A menos que em sua fase “novíssima” ela decida revelar que “nunca” foi contra desmatamentos, este é um bom termômetro de avaliação, vamos combinar. Mesmo em seu terreno ela demonstrou mais blá-blá-blá do que competência.

Que falta faz um gerente, não?


Marina, muito além do jardim: Marina e a tragédia de Collor que se repete como farsa

Marina e a tragédia de Collor que se repete como farsa


Aqueles de minha geração que viram “Muito além do jardim”, com o inigualável Peter Sellers, não terão se surpreendido com o fenômeno Marina Silva das últimas semanas. A média da opinião pública está sempre preparada para ouvir e aplaudir o que ela própria pensa. Um fenômeno político capaz de dizer que “vai governar com os melhores”, e não com os partidos, é capaz de declarar solenemente que primeiro vem a primavera, depois o verão, depois o outono e, finalmente, o inverno. Do que resultam longos, longos aplausos!

Esse fenômeno burlesco não teria existido caso uma classe dominante essencialmente estúpida não se mobilizasse junto com a grande mídia para tentar liquidar o governo do PT, mesmo diante do fato óbvio de que Dilma é a última das petistas dos governos PT. É que a classe dominante, ela mesma influenciada pela mídia, não consegue explicar a si mesma a raiva que tem de Dilma. Foi largamente beneficiada por investimentos, desonerações fiscais, PPPs, terceirizações, tripés macroeconômicos, tudo ao gosto tucano e sob a cartilha neoliberal.

Por que a elite dominante ficou contra Dilma? Sim, isso só se explica pela influência raivosa do partido midiático, verbalizada por ventríloquos como Jabor. Aparentemente as verbas publicitárias para o sistema Globo, embora ainda continuem gordas, minguaram nos governos de Lula e de Dilma. Além disso, vigia à distância, embora infelizmente repudiada no curto prazo, a ameaça de um certo estatuto regulatório para a mídia, na tentativa de controlar os monopólios no setor, inclusive na feitura gráfica de material educacional. Isso levanta a indignação do sistema Globo e da Abril, e o medo do segundo mandato de Dilma, que poderia ficar mais solta em relação à rede de dominação do poder econômico.

Os mais especulativos entre os nossos cidadãos podem coçar a barba e se lembrar da advertência de Platão. Quando falava nos riscos da democracia, o velho pensador sabia do que estava falando. O risco da democracia é a anarquia. A monarquia absoluta e aquilo que conhecemos hoje como ditaduras correm o risco da corrupção e da degeneração. Daí, o governo dos sábios. É o que Marina tenta encarnar com seu governo dos “melhores”. Se ganhar, veremos sua experimentação. Platão, que tentou o governo dos sábios em Siracusa, saiu de lá escorchado a pontapés. Veremos o que acontecerá com Marina!

Em “Muito além do jardim” um jardineiro idiota, apropriado pela força midiática, prepara-se para concorrer à Presidência da República embalado involuntariamente pelos poderosos que sabiam poder manipulá-lo por trás da cena. Não se sabe o fim da história, porque as deliberações “políticas” acabam no momento do enterro do presidente. No nosso caso, parece que o jogo que começou num enterro ainda está em curso. As elites dominantes que tiraram o gênio da garrafa se assustaram com o resultado. O objetivo era bombar Aécio, não uma militante ambientalista que acredita que o problema do Brasil é ter acelerado a exploração do pré-sal, estar integrado no Mercosul e que quer uma revisão e uma moratória no licenciamento ambiental.

É rigorosamente impossível saber como terminará esse processo que oscila entre a tragédia e a pantomima. Temos a experiência de Collor, uma promessa “política” traduzida na forma de um discurso de lugar comum e banalidades prosaicas, com frases de efeito, sem conteúdo, que ganhou o gosto do povo. Conhecemos o resultado, mas temos visto também que isso não basta para evitar um novo experimento extravagante. Marx escreveu que a história muitas vezes acontece como tragédia, e se repete como farsa. Tivemos, com Collor, uma tragédia. Veremos o que acontecerá em frente, se a ameaça Marina se concretizar.

J. Carlos de Assis - Economista, doutor em Engenharia de Produção pela Coppe/UFRJ, professor de Economia Internacional da UEPB, autor de mais de 20 livros sobre Economia Política Brasileira.
No GGN



Marina vai se ajoelhar para Malafaia?


Por Altamiro Borges

A tentativa de Marina Silva de pairar acima das divergências e de agradar a todos, como reza a sua cartilha da “nova política”, promete dar muita dor de cabeça à presidenciável e ao seu partido-carona, o PSB. Nesta sexta-feira (29), a sigla divulgou a sua plataforma eleitoral – redigida por Neca Setubal, uma das herdeiras do Banco Itaú. O programa tem inúmeras lacunas e retrocessos, mas um tema gerou imediata reação. No item sobre os direitos dos homossexuais, ele se comprometia com sensíveis avanços. Mas diante da gritaria histérica do pastor Silas Malafaia, que havia sinalizado dar apoio a também evangélica Marina Silva, a candidata logo vacilou nas propostas e prometeu rever o programa.
“Irado, possuído e desvairado”, como registrou o blogueiro Paulo Nogueira, o pastor homofóbico afirmou em sua conta no Twitter que se sentia traído e que iria rever seu apoio na disputa presidencial. Para ele, são inadmissíveis as ideias, contidas no programa do PSB, de reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, do direito à adoção de crianças por casais gays e da criminalização da homofobia. O alvo principal do ódio fundamentalista foi o projeto de lei número 122, que criminaliza a homofobia. “A coisa mais vergonhosa é querer trazer de volta o PLC-122. Levamos setes anos para derrotar esse lixo moral. Absurdo!”, esbravejou Silas Malafaia.

Em nota oficial, Marina Silva logo fez questão de se justificar – e de se ajoelhar – diante do temido “pastor”, temendo os impactos negativos entre os milhões de eleitores evangélicos. Afirmou que o programa ainda está em processo de elaboração. Mesmo assim, ela reafirmou alguns pontos essenciais do programa. Nova bronca de Silas Malafaia: “Marina pensa que o povo de Deus é idiota. Corrigiu palavras, mas a essência é a mesma. Pior, cheia de subjetividades”. E ele ainda ameaçou: “Se Marina não se posicionar até segunda, na terça será a mais dura e contundente fala que já dei até hoje sobre um candidato a presidente”. Como se comportará a candidata da “nova política” e dos sonháticos?

Para o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), a principal referência do movimento LGBT no Congresso Nacional, a postura acovardada de Marina Silva confirma que ela não tem a menor condição de ser presidente do Brasil. Num texto incisivo postado em sua conta no Facebook, ele tirou a máscara da candidata-carona. “Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro! Você mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas”. Vale conferir a íntegra do seu artigo:

Janio de Freitas: Marina se iguala a Aécio para dar um tiro do coração da Petrobras

  Autor: Fernando Brito
selogetulio
O tiro que, há 60 anos, Getúlio Vargas deu no próprio coração para salvar as riquezas nacionais parece pronto a ser disparado, agora contra elas.
Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma, disse Vargas, ao explicar as razões de seu gesto.
O ódio à ideia de que o Brasil venha a ser independente ressurge, agora que mal começa a jorrar o tesouro de petróleo da camada do pré-sal.
Pelas mãos dos inimigos de sempre da soberania e do progresso nacional mas, também, mal disfarçado numa  capa primária de “ecologia” hipócrita, que encapuza os verdadeiros motivos: hoje como sempre ter o apoio político de um sistema de comunicação antinacional.
Janio de Freitas, em artigo primoroso na Folha de S. Paulo, neste e em outros temas, expõe como são siamesas as de Aécio Neves as propostas de Marina Silva no seu “programa de Governo” – neste momento em revisão pelo senhor Silas Malafaia.

Um em dois

Janio de Freitas
O catatau dado como programa de governo de Marina Silva e do PSB, mas que contraria tudo o que PSB defendeu até hoje, leva a uma originalidade mais do que eleitoral: na disputa pela Presidência, ou há duas Marinas Silvas ou há dois Aécios Neves. As propostas definidoras dos respectivos governos não têm diferença, dando aos dois uma só identidade. O que exigiu dos dois candidatos iguais movimentos: contra as posições refletidas nas críticas anteriores de Marina e contra a representação do avô Tancredo Neves invocada por Aécio.
Ao justificar sua proposta para a Petrobras, assunto da moda, diz Marina: “Temos que sair da Idade do Petróleo. Não é por faltar petróleo, é porque já estamos encontrando outras fontes de energia”. Por isso, o programa de Marina informa que, se eleita, ela fará reduzir a exploração de petróleo do pré-sal.
Reduzir o pré-sal e atingir a Petrobras no coração são a mesma coisa. Sustar o retorno do investimento astronômico feito no pré-sal já seria destrutivo. Há mais, porém. Concessões e contratos impedem a interferência na produção das empresas estrangeiras no pré-sal. Logo, a tal redução recairia toda na Petrobras, com efeito devastador sobre ela e em benefício para as estrangeiras.
Marina Silva demonstra ignorar o que é a Idade do Petróleo, que lhe parece restringir-se à energia. Hoje o petróleo está, e estará cada vez mais, por muito tempo, na liderança das matérias-primas mais usadas no mundo. Os seus derivados estão na indústria dos plásticos que nos inundam a vida, na produção química que vai das tintas aos alimentos (pelos fertilizantes), na indústria farmacêutica e na de cosméticos, na pavimentação, nos tecidos, enfim, parte do homem atual é de petróleo. Apesar de Marina da Silva. Cuja proposta para o petróleo significaria, em última instância, a carência e importação do que o Brasil possui.
A Petrobras é o tema predileto de Aécio Neves nos últimos meses. Não em ataque a possíveis atos e autores de corrupção na empresa, mas à empresa, sem diferenciação. Que seja por distraída simplificação, vá lá. Mas, além do que está implícito na candidatura pelo PSDB, Aécio Neves tem como ideólogo, já anunciado para principal figura do eventual ministerial, Armínio Fraga — consagrado como especialista em aplicações financeiras, privatista absoluto e presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique, ou seja, quando da pretensão de privatizar a Petrobras.
A propósito, no debate pela TV Bandeirantes, Dilma Rousseff citou a tentativa de mudança do nome Petrobras para Petrobrax, no governo Fernando Henrique, e atribuiu-a à conveniência de pronúncia no exterior. Assim foi, de fato, a ridícula explicação dada por Philipe Reichstuhl, então presidente da empresa. Mas quem pronuncia o S até no nome do país, com States, não teme o S de Petrobras. A mudança era uma providência preparatória. Destinava-se a retirar antes de tudo, por seu potencial gerador de reações à desnacionalização, a carga sentimental ou cívica assinalada no sufixo “bras”.
Ainda a propósito de Petrobras, e oportuno também pelo agosto de Getúlio, no vol. “Agosto – 1954″ da trilogia “A Era Vargas”, em edição agora enriquecida pelo jornalista José Augusto Ribeiro, está um episódio tão singelo quanto sugestivo. Incomodado com o uso feroz da TV Tupi por Carlos Lacerda, o general Mozart Dornelles, da Casa Civil da Presidência, foi conversar a respeito com Assis Chateaubriand, dono da emissora. Resposta ouvida pelo general (pai do hoje senador e candidato a vice no Rio, Francisco Dornelles): se Getúlio desistisse da Petrobras, em criação na época, o uso das tevês passaria de Lacerda para quem o presidente indicasse. De lá para cá, os diálogos em torno da Petrobras mudaram; sua finalidade, nem tanto.
De volta aos projetos de governo, Marina e Aécio desejam uma posição brasileira que, por si só, expressa toda uma política exterior. Pretendem o esvaziamento do empenho na consolidação do Mercosul, passando à prática de acordos bilaterais. Como os Estados Unidos há anos pressionam para que seja a política geral da América do Sul e, em especial, a do Brasil.
Em política interna, tudo se define, igualmente para ambos, em dois segmentos que condicionam toda a administração federal e seus efeitos na sociedade. Um, é o Banco Central dito independente; outro, é a prioridade absoluta à inflação mínima (com essa intenção, mas sem o êxito desejado, Armínio Fraga chegou a elevar os juros a 45% em 1999) e contenção de gastos para obter o chamado superavit primário elevado. É prioridade já conhecida no Brasil.
Pelo visto, Marina e Aécio disputam para ver quem dos dois, se eleito, fará o que o derrotado deseja.

Janio de Freitas: Reduzir o pré-sal e atingir a Petrobras no coração




O catatau dado como programa de governo de Marina Silva e do PSB, mas que contraria tudo o que PSB defendeu até hoje, leva a uma originalidade mais do que eleitoral: na disputa pela Presidência, ou há duas Marinas Silvas ou há dois Aécios Neves. As propostas definidoras dos respectivos governos não têm diferença, dando aos dois uma só identidade. O que exigiu dos dois candidatos iguais movimentos: contra as posições refletidas nas críticas anteriores de Marina e contra a representação do avô Tancredo Neves invocada por Aécio.

Ao justificar sua proposta para a Petrobras, assunto da moda, diz Marina: "Temos que sair da Idade do Petróleo. Não é por faltar petróleo, é porque já estamos encontrando outras fontes de energia". Por isso, o programa de Marina informa que, se eleita, ela fará reduzir a exploração de petróleo do pré-sal.

Reduzir o pré-sal e atingir a Petrobras no coração são a mesma coisa. Sustar o retorno do investimento astronômico feito no pré-sal já seria destrutivo. Há mais, porém. Concessões e contratos impedem a interferência na produção das empresas estrangeiras no pré-sal. Logo, a tal redução recairia toda na Petrobras, com efeito devastador sobre ela e em benefício para as estrangeiras.

Marina Silva demonstra ignorar o que é a Idade do Petróleo, que lhe parece restringir-se à energia. Hoje o petróleo está, e estará cada vez mais, por muito tempo, na liderança das matérias-primas mais usadas no mundo. Os seus derivados estão na indústria dos plásticos que nos inundam a vida, na produção química que vai das tintas aos alimentos (pelos fertilizantes), na indústria farmacêutica e na de cosméticos, na pavimentação, nos tecidos, enfim, parte do homem atual é de petróleo. Apesar de Marina da Silva. Cuja proposta para o petróleo significaria, em última instância, a carência e importação do que o Brasil possui.

A Petrobras é o tema predileto de Aécio Neves nos últimos meses. Não em ataque a possíveis atos e autores de corrupção na empresa, mas à empresa, sem diferenciação. Que seja por distraída simplificação, vá lá. Mas, além do que está implícito na candidatura pelo PSDB, Aécio Neves tem como ideólogo, já anunciado para principal figura do eventual ministerial, Armínio Fraga - consagrado como especialista em aplicações financeiras, privatista absoluto e presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique, ou seja, quando da pretensão de privatizar a Petrobras.

A propósito, no debate pela TV Bandeirantes, Dilma Rousseff citou a tentativa de mudança do nome Petrobras para Petrobrax, no governo Fernando Henrique, e atribuiu-a à conveniência de pronúncia no exterior. Assim foi, de fato, a ridícula explicação dada por Philipe Reichstuhl, então presidente da empresa. Mas quem pronuncia o S até no nome do país, com States, não teme o S de Petrobras. A mudança era uma providência preparatória. Destinava-se a retirar antes de tudo, por seu potencial gerador de reações à desnacionalização, a carga sentimental ou cívica assinalada no sufixo "bras".

Ainda a propósito de Petrobras, e oportuno também pelo agosto de Getúlio, no vol. "Agosto - 1954" da trilogia "A Era Vargas", em edição agora enriquecida pelo jornalista José Augusto Ribeiro, está um episódio tão singelo quanto sugestivo. Incomodado com o uso feroz da TV Tupi por Carlos Lacerda, o general Mozart Dornelles, da Casa Civil da Presidência, foi conversar a respeito com Assis Chateaubriand, dono da emissora. Resposta ouvida pelo general (pai do hoje senador e candidato a vice no Rio, Francisco Dornelles): se Getúlio desistisse da Petrobras, em criação na época, o uso das tevês passaria de Lacerda para quem o presidente indicasse. De lá para cá, os diálogos em torno da Petrobras mudaram; sua finalidade, nem tanto.

De volta aos projetos de governo, Marina e Aécio desejam uma posição brasileira que, por si só, expressa toda uma política exterior. Pretendem o esvaziamento do empenho na consolidação do Mercosul, passando à prática de acordos bilaterais. Como os Estados Unidos há anos pressionam para que seja a política geral da América do Sul e, em especial, a do Brasil.

Em política interna, tudo se define, igualmente para ambos, em dois segmentos que condicionam toda a administração federal e seus efeitos na sociedade. Um, é o Banco Central dito independente; outro, é a prioridade absoluta à inflação mínima (com essa intenção, mas sem o êxito desejado, Armínio Fraga chegou a elevar os juros a 45% em 1999) e contenção de gastos para obter o chamado superavit primário elevado. É prioridade já conhecida no Brasil.

Pelo visto, Marina e Aécio disputam para ver quem dos dois, se eleito, fará o que o derrotado deseja.
Artigo de Janio de Freitas, colunista da Folha

A candidata dos quatro tuítes



Conflitos banais da campanha confirmam a imensa fragilidade política de Marina Silva para falar de gays, juros, salário mínimo...

Denunciado por Jean Willys, o recuo dos quatro tuites na definição do preconceito contra homossexuais no plano do racismo foi a mais recente demonstração de um traço político marcante de Marina Silva: a imensa fragilidade política para defender seus pontos de vista e enfrentar contradições e conflitos. Quando isso acontece, ela prefere fingir que tudo não passou de um mal entendido.

Não vamos nos enganar: a defesa resoluta dos direitos dos homossexuais pode implicar na retirada do apoio do tristemente famoso deputado e pastor Feliciano, dono de uma retórica escandalosa que em 2013 provocou repúdio de vários setores da juventude e da consciência democrática do país — mas foi confortado por Marina, que na época enxergou “preconceito” nas críticas ao parlamentar.

Não foi o primeiro caso e é parte do personagem “Marina Silva” que se apresenta na campanha. A aura de predestinada pressupõe uma concorrente acima dos homens e das mulheres, das classes e dos interesses. Atuando num plano superior, Marina não erra.

Até hoje os colegas de governo Lula não conseguem conter o riso quando recordam o depoimento de Marina Silva no Jornal Nacional. Questionada pela nomeação de um candidato a vice presidente que fez campanha aberta pela liberação dos transgênicos, Marina reescreveu a própria história. Disse que nunca foi contra os transgênicos. Apenas gostaria de um sistema que permitisse o convívio da soja transgênica com a soja natural.

“Ela simplesmente ameaçou pedir demissão do cargo,” recorda um ministro que seguiu o debate de perto. Um alto funcionário do ministério do Meio Ambiente recorda que aliados de Marina chegaram a homenagear a ministra com flores — uma forma de marcar publicamente seu descontentamento.

A Medida Provisória que liberava os transgênicos não proibia a soja natural — apenas autorizava o plantio e comercialização da versão modificada genéticamente. Com sua declaração, a candidata perdeu uma excelente oportunidade para reconhecer perante os brasileiros a quem pede seu voto que errou ao combater os transgênicos — ou que foi incoerente ao aceitar um vice que nunca escondeu que fazia campanha por eles e até recebeu apoio financeiro do setor interessado. Preferiu investir em seu personagem. Mas não foi só. A mesma MP, que tratava de biossegurança de forma geral, foi alvo de Marina por outra razão: autorizava pesquisas com células-tronco, que ela condenava. A ironia, no caso, é que as pesquisas tinham apoio do Ministério de Ciência e Tecnologia, cujo titular era Eduardo Campos, titular da chapa presidencial do PSB até a tragédia do Cessna.

O Valor Econômico de hoje registra que o mercado financeiro está abandonando Aécio Neves para apoiar Marina e explica: “o sonho de dez entre dez integrantes do mercado financeiro é ver a derrota da candidata do PT.”

Num esforço para não decepcionar nenhum dos dez entre dez, o programa de Marina Silva não faz menção a uma das grandes conquistas dos trabalhadores no governo Lula-Dilma — a legislação que garante reajustes automáticos do salário mínimo, sem necessidade de se promover conchavos anuais no Congresso nas semanas anteriores ao 1º de maio. Com isso, deixa a porta aberta para que.

Outra ponto do programa vem dos bancos privados mas este já foi atendido e, a julgar pela desenvoltura da coordenadora do programa de governo Neca Setubal, herdeira do Itaú, não deve cair nem com um milhão de tuites.

O programa de governo defende a ampliação da participação dos bancos privados no mercado de crédito, diminuindo a participação dos estatais. É coerente com a ideologia privatizante de Marina. Também é prejudicial do ponto de vista do consumidor.

Os bancos privados perderam terreno no mercado de crédito, depois da crise de 2008, porque se recusaram a competir pelos clientes. Mantiveram seus juros nas alturas, mesmo depois que o Banco Central trouxe a taxa Selic para índices compatíveis com aquele momento econômico. O Banco do Brasil e a Caixa só cresceram, a partir de então, porque resgataram clientes que o setor privado decidira abandonar, ameaçando quebrar empresas pela falta de capital de giro e empréstimos que costumavam ser renovados automaticamente.

Atendendo a determinação de Lula — uma imperdoável intervenção aparelhista do Estado petista, certo? — os bancos privados se afastaram da política de mercado para atender ao interesse público.

Essa é a questão. Quando fala em ampliar o espaço dos privados, o programa de governo esconde principal. O mercado de crédito funciona — ou deveria funcionar — sob regime de livre concorrência, onde cada um explora a fatia do mercado que conquistou. Nessa situação, a única forma de mudar a posição de uns e outros é obrigar os bancos que cobram menos a elevar seus juros, permitindo que as instituições que tem taxas maiores ganhem novos clientes.

Em qualquer caso, é uma medida que, elevando o custo do dinheiro, contribui para esfriar ainda a economia, estimulando uma recessão de verdade. Para beneficiar bancos privados, prejudica-se o consumidor e o empresário.

Alguma surpresa? Nenhuma.

Proprietária de uma retórica de palavras fortes, Marina é fraca de conteúdo — situação típica de discursos estruturados mas vazios.

sábado, 30 de agosto de 2014

Marina propõe mudar tudo que está aí, só que não

REQUIÃO: 'VOTAR NA MARINA E ENTREGAR TUDO AO ITAÚ?'

Com propostas contraditórias, a candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, começa a perder apoio de seus admiradores; um deles é o senador Roberto Requião; peemedebista critica amizade da socialista com Neca Setúbal, herdeira do Itaú e coordenadora de sua campanha, e sua proposta de dar autonomia ao Banco Central. "Pra que votar na Marina? Para entregar tudo ao Itaú?"; o senador declarou voto à presidente Dilma Rousseff
30 DE AGOSTO DE 2014 

Paraná 247 - Com discurso e propostas contraditórios, a candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, começa a perder apoio de seus admiradores. Um deles é o senador Roberto Requião.

Em entrevista à OTV neste sábado (30), o peemedebista criticou amizade da socialista com Neca Setúbal, herdeira do Itaú e coordenadora de sua campanha, e sua proposta de dar autonomia ao Banco Central. "Pra que votar na Marina? Para entregar tudo ao Itaú?".

Requião declarou voto à presidente Dilma Rousseff, que tenta se reeleger.
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Jean Wyllys sobre Marina: “Você não merece a confiança do povo”


Miguel do Rosário, Tijolaço  

 "O texto abaixo, do deputado federal Jean Wyllys, a principal liderança do movimento LGBT no Congresso Nacional, mostra o impacto fulminante do recuo de Marina horas depois de uma manifestação raivosa do Pastor Silas Malafaia no Twitter.

A mudança de postura de Marina foi uma decisão pessoal dela, porque a Igreja da qual ela é militante fiel, tem um posicionamento sectário e ultraconservador sobre casamento gay.

Wyllys foi duro: “Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro! Você mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas.”

*
Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro!

Por Jean Wyllys, no Facebook.

Em “nota de esclarecimento”, Marina Silva desmente seu próprio programa de governo e afirma que não apoia o casamento civil igualitário, mas uma lei segregacionista de “união civil”. Vocês já imaginaram um candidato presidencial dizendo que é contra o direito dos negros ao casamento civil, mas apoiaria uma “lei de união de negros”? A nova política da Marina é tão velha que lembra os argumentos dos racistas americanos de meados do século XX.

Contudo, o pior é que ela brincou com as esperanças de milhões de pessoas!

E isso é cruel, Marina!

Bastaram quatro tuites do pastor Malafaia para que, em apenas 24 horas, a candidata se esquecesse dos compromissos de ontem, anunciados em um ato público transmitido por televisão, e desmentisse seu próprio programa de governo, impresso em cores e divulgado pelas redes. Marina também retirou do programa o compromisso com a aprovação da lei João Nery, a elaboração de materiais didáticos sobre diversidade sexual, a criminalização da homofobia e da transfobia e outras propostas. Só deixou frases bonitas, mas deletou todas as propostas realmente importantes. E ela ainda nem se elegeu! O que esperar então dela se eleita presidenta quando a bancada fundamentalista, a bancada ruralista e outros grupos de pressão começarem a condicionar o apoio a seu governo? Tem políticos que renunciam a seus compromissos de campanha e descumprem suas promessas depois de eleitos. Marina já fez isso mais de um mês antes do primeiro turno. Que medo!

Como todos sabem, minha candidata presidencial é Luciana Genro. Ela SEMPRE defendeu todos os direitos da comunidade LGBT e foi a primeira candidata na história do Brasil que teve a coragem de pautar esses temas no debate presidencial da Band. Contudo, ontem, quando consultado pela imprensa, apesar da minha desconfiança com relação à Marina, elogiei o programa apresentado pelo PSB (apenas no que dizia respeito aos direitos da população LGBT, já que discordo profundamente de muitas outras propostas neoliberais e regressivas nele contidas). Fiz isso porque acho que os posicionamentos corretos devem ser reconhecidos, mesmo que provenham de um/a adversário/a.

É com essa autoridade, de quem agiu de boa fé, que agora digo: Marina, você não merece a confiança do povo brasileiro! Você mentiu a todos nós e brincou com a esperança de milhões de pessoas."

Parecer de Janot detona desculpas do “recibos no final”. A lei é clara: recibo tem de ser imediato


30 de agosto de 2014 | 16:56 Autor: Fernando Brito
janto
Embora eu entenda que, hoje, todos estão chocados com a chantagem explícita feita pelo senhor Silas Malafaia, que obrigou a candidata Marina Silva a mudar seu programa de governo um dia depois de divulgado oficialmente, num espetáculo de servilismo e humilhação que jamais pensei em ver em um candidato, penso que há outra questão que compromete já não do ponto de vista moral, mas aos olhos da lei. Refiro-me às desculpas que vem sendo usadas pelo PSB para explicar o avião que empresários teriam “doado” para que ela e Eduardo Campos fizessem campanha.
Embora a fundamentação do Procurador Geral da República esteja calcada nos termos da lei com os quais este blog explicou as ilegalidades da operação, há algo que me passou e que o procurador levanta logo ao início das conclusões de seu parecer, e é de fundamental importância.
É o artigo 10 da Resolução 23.406, do Tribunal Superior Eleitoral:
Art. 10.  Deverá ser emitido recibo eleitoral de toda e qualquer arrecadação de recursos para a campanha eleitoral, financeiros ou estimáveis em dinheiro, inclusive quando se tratar de recursos próprios.
Parágrafo único.  Os recibos eleitorais deverão ser emitidos concomitantemente ao recebimento da doação, ainda que estimável em dinheiro.
Concomitantemente, isto é, no mesmo momento.
É um golpe fatal nas explicações do PSB de que pretendia fazer o recibo “ao final da campanha”.
A menos que use documentos falsificados, isso é incompatível com a versão que o partido sustentou por uma semana, agora substituída pela de “doação” do avião à campanha.
É um escândalo de proporções gigantescas, e não é admissível que esteja sendo tratado com tamanha leniência.
Estamos nos aproximando de revelações terríveis sobre a promiscuidade envolvida na compra deste avião e no forjar de “explicações” sobre isso.
As pessoas honestas e de bem da direção do PSB deixarão de sê-lo se coonestarem esta montagem.
Tornar-se-ão criminosos, mesmo que não tenham participado da atividade ilegal envolvendo a cessão do avião.
É tudo muito grave e podemos estar na iminência de uma situação que será um verdadeiro terremoto eleitoral.
Leiam o parecer do Procurador Janot, postado ontem à noite pelo Miguel do Rosário, e verifiquem a quantidade de infrações à lei que já estão materializadas.

 

Do Blog TIJOLAÇO.