sábado, 18 de abril de 2009

"Gestão" Kassab: notas de português pioram na rede municipal


Matéria copiada do Blog do FAVRE, do Luis Favre, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

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Saraiva

“Gestão” Kassab: notas de português pioram na rede municipal
Adriana Ferraz do Agora
Avaliações do Estado e da Prefeitura de São Paulo confirmam: a qualidade do ensino fundamental oferecido na rede pública está estagnada. Os resultados da Prova São Paulo, divulgados ontem, mostram que os alunos de escolas municipais da capital não conseguem evoluir na escala Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Em português, as notas caíram na 4ª, 6ª e 8ª séries. Apenas na 2ª série houve melhora, de 2,3%, em relação a 2007.
Há nove dias, exames feitos na rede estadual de ensino revelaram a mesma dificuldade em português. Os alunos avaliados no Saresp não conseguiram pular de classificação. Na média geral, o nível é básico, como era em 2007.
Nas escolas da gestão Gilberto Kassab (DEM), mesmo quando existe um ganho na pontuação, a posição do aluno permanece a mesma.
Por exemplo: os alunos da 2ª série alcançaram 130,8 pontos no exame de português do ano passado. Em 2007, foram 127,7. Apesar do crescimento, esses estudantes ainda estão no chamado nível 2, que vai de 125 a 150. O máximo que pode ser obtido na escala federal é 375.
A análise do exame ainda mostra que a decisão da Prefeitura de São Paulo de priorizar o investimento nas quatro primeiras séries do ensino fundamental custa caro aos alunos do chamado segundo ciclo: da 5ª à 8ª séries. O rendimento satisfatório dos adolescentes chega a ser 46% menor em relação ao obtido entre crianças (da 1ª à 4ª séries), na mesma matéria.
O maior exemplo está no desempenho obtido em matemática. Segundo o balanço do exame, 77% dos estudantes da 2ª série têm médias satisfatórias. Já na 6ª série, esse percentual diminui para 41,2%. Em português, os dados são semelhantes. A pasta reconhece os baixos resultados, mas justifica que a adesão foi menor nessa faixa.
Ao anunciar os resultados, a Secretaria Municipal da Educação disse que houve eficiência dos programas de recuperação –principalmente os que foram aplicados à 3ª série. Para o governo, os números mostram que a progressão continuada (que impede a repetência) é a política adequada. A pasta não pretende alterar o modelo nem quebrá-lo em ciclos menores (de dois e não quatro anos), como planeja o governo do Estado.
O secretário Alexandre Schneider acredita que o “problema está na base”. Por isso, justifica a “preferência” pelas séries iniciais. “Quem aprende no início do processo evolui mais ao longo da vida escolar”, afirmou.
Monitoramento escolarAs escolas receberão o resultado nominalmente e poderão, de acordo com o secretário, proporcionar o desenvolvimento do estudante ao longo de toda a vida escolar. “Esse é um instrumento inédito”, disse ele.
Para o professor Ocimar Munhoz Alavarse, da Faculdade de Educação da USP, o exame mostra que há muitos desafios a se enfrentar nos dois ciclos, mas que o modelo da Prova São Paulo pode colaborar para um bom resultado. “O Saresp, por exemplo, não permite o monitoramento dos alunos. Esse pode ser um diferencial na adoção de políticas, com metas justas para cada escola.”Postado por Luis FavreComentários Tags: , , , , , , , , , Voltar para o início

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