segunda-feira, 20 de abril de 2009

Quem nunca sofreu qualquer espécie de preconceito não entende,mas vejam o começo da matéria.Primeira negra...E vejam como a atriz sofre no seu íntimo


Matéria copiada do Blog APOSENTADO INVOCADO, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

Visitem sempre este Blog.

Obrigado.

Saraiva

Quem nunca sofreu qualquer espécie de preconceito não entende,mas vejam o começo da matéria.Primeira negra...E vejam como a atriz sofre no seu íntimo

Primeira negra protagonista em novela das 8, Taís Araújo avisa: “Minha geração deve continuar abrindo portas”.Para quem acredita que a vida é feita de oportunidades, esta é a hora e a vez de Taís Araújo. Aos 30 anos, oito novelas, uma minissérie, quatro filmes e quatro peças, a atriz acaba de ganhar o desejado posto de protagonista da próxima novela das 8, Viver a Vida.A exemplo do que já aconteceu com Regina Duarte, Maitê Proença, Christiane Torloni, Vera Fischer e Lilian Lemmertz, ela vai viver uma Helena, entre outras tantas criadas por Manoel Carlos. A conversa com a coluna se deu justamente no dia em que Taís clareava o cabelo, no salão de Wilson Eliodoro. Dando o start na transformação para incorporar a personagem. Ao lado da equipe, ela embarca daqui alguns dias para a Jordânia, onde gravará os primeiros capítulos.Como foi receber esse convite de Manoel Carlos? Um grande passo na minha carreira.Atriz de novela quer ser o quê? Protagonista da novela das 8. E, no momento em que a Rede Globo coloca uma atriz negra como protagonista da próxima novela das 8, não sou apenas eu a ganhar.Todo mundo igual a mim ganha também. Essa não é só a primeira Helena negra, é a primeira Helena jovem de Maneco e fui eu a escolhida para interpretar. Essa escolha tem uma conotação social importante. O mais legal é que a sinopse da novela não diz, em nenhum momento, que a Helena é negra. Fiquei muito emocionada quando li. Me lembrou o discurso de posse de Barack Obama.Lembrou de que forma? Ele veio para abrir mais portas. Parece que passou uma nuvem na cabeça dos americanos - os mesmos que elegeram George W. Bush por duas vezes. Todas as campanhas falam em novos tempos. Em tempo de abrir a mente. As pessoas passaram a ver que todos são iguais. Fui a Washington assistir à posse, fiz questão de ir lá aplaudir. Fiquei no meio do povo. E o mais curioso de tudo eram as pessoas brancas que vinham falar comigo, dizer que tinham feito campanha para ele.Você tem alguma militância? Nunca tive. Participo de festas, de celebrações e prêmios, mas acho que minha maior contribuição é no trabalho. Houve uma primeira geração, a de Milton Gonçalves, Ruth de Souza e Léa Garcia, que brigou muito e fez também muito, que abriu o portão para minha geração passar. Muitas vezes foram classificados, perseguidos e fichados como radicais. Cabe a nós, os mais jovens, trabalhar duro para abrir cada vez mais essas portas. Isso eu acho que é uma consciência muito clara. Não só minha, mas de Camila Pitanga, Sharon Menezes, Lázaro Ramos, Alexandre Moreno e outros atores que sabem da importância disso.Você se considera corajosa? Não sei se sou corajosa ou não. Tenho coragem para trabalhar. Na vida me acho uma boba. Quando é questão de trabalho sou pau pra toda obra, mas no lado pessoal fraquejo muito.A classe C hoje põe você à frente de Gisele Bündchen como ícone de beleza. A que atribui esse fato? Eu faço novela. Falo para a grande massa. Nasci no Meier. Saí de lá com oito anos e fui para a Barra da Tijuca. Na verdade, acho mais legal ser do Meier. Nada contra a Barra. Adoro mesmo é fazer parte da Zona Norte. Assim como gosto de ir ao samba da tia Doca, em Madureira, frequento com intimidade o Cipriani, no Copa. Quanto mais circulo por esses universos diferentes, mais me enriqueço.Existe uma fórmula para o sucesso? Sou muito disciplinada e quero conquistar o público, sem o menor pudor. Faço televisão aberta, um meio de comunicação absolutamente popular. Todo mundo tem uma TV dentro de casa. Se não pensasse assim, iria fazer teatro alternativo - e o mais underground possível.É complicado lidar com a rivalidade? Não sinto nada disso. O que tentamos fazer durante os oito ou nove meses de gravação é que aquela convivência seja o mais saudável possível. Se não tiver um ambiente leve pra se trabalhar, a vida vai ser um peso. Acho burrice transformar a vida das pessoas num inferno. Não é bom pra ninguém...Quem cuida de suas finanças? Meu pai é economista, ele é quem trata de tudo. Mas não saio do básico. Fiz meu dinheirinho render dinheirinho. Só isso.Voltando à novela, como está seu laboratório? A primeira coisa foi fechar a boca, já que Helena é modelo. Ela é uma garota de Búzios que se casa com um homem mais velho (José Mayer) e depois vai se tornar fotógrafa. Tenho trabalhado nisso. Como Maneco é muito realista, estou tomando aulas de mergulho e fazendo curso de fotografia.E se não rolar uma química com José Mayer? Quando me falaram que eu seria casada com ele, não acreditei. Achei ótimo, incrível! Um homem de uma virilidade absurda e um ótimo companheiro de trabalho - fizemos duas novelas juntos, mas nunca contracenamos. E vamos combinar que eu estou muito bem de par romântico (risos).Planos para depois de Viver a Vida? Quero fazer uma peça. Eu gosto de falar para as mulheres e há uma autora que me agrada bastante, a Marta Medeiros. Tenho um projeto de cinema também, a gente está esperando acertar as datas. O filme é para abril de 2010. Tudo vai depender do que acontecer com a novela. Como esse trabalho sairá, se as pessoas irão curtir e como será absorvido. Não tem como criar expectativa agora, o mais importante é focar no que vem pela frente.DORIS BICUDO
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às Segunda-feira, Abril 20, 2009 0 comentários Links para esta postagem

Nenhum comentário: