Ilimar Franco, Gerson Camarotti, e Chico de Gois
O Globo
BRASÍLIA - Com pouco tempo, uma vez que a convenção do partido é nesta quarta-feira, o DEM vai se reunir nesta segunda-feira com o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, para dar um últimato: ou o PSDB desiste da chapa puro-sangue ou haverá o risco de a legenda ficar fora da coligação. O DEM dirá que, se não puder indicar o vice, haverá ameaça de a aliança nacional em torno do tucano ser rejeitada na convenção. O partido tem um trunfo para forçar Serra a mudar de ideia: um tempo de 2 minutos e 9 segundos na TV. Atrás de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de votos, o ex-governador de São Paulo aposta na propaganda em rádio e TV para tentar reverter a situação.
Na última sexta, o psdb decidiu indicar o senador álvaro dias (pr) para vice , o que causou rebelião entre os demistas.
O assunto foi discutido no domingo, no Rio, pela cúpula do partido, em reunião na casa do presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia. Estavam presentes, além de Rodrigo e do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen, o líder da legenda na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), o líder no Senado, José Agripino (RN), o deputado José Carlos Aleluia, a ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires - como Aleluia, cotada para ser vice de Serra - e os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) e Carlos Melles (MG).
Leia também: aécio neves chama dem de 'irmão siamês' e acredita que unidade por serra prevalecerá
No encontro, duas teses foram discutidas. Um grupo defendia o rompimento da aliança, caso não tenham a vice. Outro, mais moderado, preferia tentar conversar com Serra para lhe dar chance de mudar de ideia. Prevaleceu essa segunda visão.
O DEM ficou indignado com a possibilidade de o PSDB fazer concessões nos estados para acalmar o partido e fazê-lo desistir da vice.
- As questões estaduais e a questão nacional não se misturam. Até porque cedemos em 15 estados, e eles, apenas em quatro - disse Rodrigo Maia, afirmando que o partido está unido em sua decisão.
O deputado José Carlos Aleluia, que vinha evitando dar declarações sobre o tema, sintetizou o sentimento do partido:
- Esta solução é inaceitável. Queremos buscar um entendimento. Mas não com essa preliminar de chapa puro-sangue - afirmou. - Não há quem segure uma convenção do DEM para aprovar isso. O PSDB errou. Eles correm o risco de perder uma fortuna no tempo de televisão. Se fizermos uma convenção com esses termos, será uma guerra.
Cesar Maia dá eleição como perdida
Na reunião, segundo relatos, Cesar Maia resumiu o clima. Em sua avaliação, segundo participantes do encontro, a eleição foi perdida no momento em que o candidato escolhido foi Serra, e não o ex-governador mineiro Aécio Neves. Para os demistas, não se ganha a eleição presidencial pelo Paraná, numa alusão ao estado do senador Álvaro Dias. Ex-líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS) tem a mesma opinião.
Álvaro Dias, o vice escolhido por Serra, procura não criar polêmica. Ele disse que no domingo conversou, por telefone, com Rodrigo Maia e que teria ouvido dele que o veto ao seu nome não era uma questão pessoal, mas programática.
- É do jogo democrático buscar espaço. Ninguém desiste antes do tempo. Estou convicto de que a aliança vai chegar a bom termo - acredita.
BRASÍLIA - Com pouco tempo, uma vez que a convenção do partido é nesta quarta-feira, o DEM vai se reunir nesta segunda-feira com o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, para dar um últimato: ou o PSDB desiste da chapa puro-sangue ou haverá o risco de a legenda ficar fora da coligação. O DEM dirá que, se não puder indicar o vice, haverá ameaça de a aliança nacional em torno do tucano ser rejeitada na convenção. O partido tem um trunfo para forçar Serra a mudar de ideia: um tempo de 2 minutos e 9 segundos na TV. Atrás de Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de votos, o ex-governador de São Paulo aposta na propaganda em rádio e TV para tentar reverter a situação.
Na última sexta, o psdb decidiu indicar o senador álvaro dias (pr) para vice , o que causou rebelião entre os demistas.
O assunto foi discutido no domingo, no Rio, pela cúpula do partido, em reunião na casa do presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia. Estavam presentes, além de Rodrigo e do ex-prefeito do Rio Cesar Maia, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen, o líder da legenda na Câmara, Paulo Bornhausen (SC), o líder no Senado, José Agripino (RN), o deputado José Carlos Aleluia, a ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires - como Aleluia, cotada para ser vice de Serra - e os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) e Carlos Melles (MG).
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No encontro, duas teses foram discutidas. Um grupo defendia o rompimento da aliança, caso não tenham a vice. Outro, mais moderado, preferia tentar conversar com Serra para lhe dar chance de mudar de ideia. Prevaleceu essa segunda visão.
O DEM ficou indignado com a possibilidade de o PSDB fazer concessões nos estados para acalmar o partido e fazê-lo desistir da vice.
- As questões estaduais e a questão nacional não se misturam. Até porque cedemos em 15 estados, e eles, apenas em quatro - disse Rodrigo Maia, afirmando que o partido está unido em sua decisão.
O deputado José Carlos Aleluia, que vinha evitando dar declarações sobre o tema, sintetizou o sentimento do partido:
- Esta solução é inaceitável. Queremos buscar um entendimento. Mas não com essa preliminar de chapa puro-sangue - afirmou. - Não há quem segure uma convenção do DEM para aprovar isso. O PSDB errou. Eles correm o risco de perder uma fortuna no tempo de televisão. Se fizermos uma convenção com esses termos, será uma guerra.
Cesar Maia dá eleição como perdida
Na reunião, segundo relatos, Cesar Maia resumiu o clima. Em sua avaliação, segundo participantes do encontro, a eleição foi perdida no momento em que o candidato escolhido foi Serra, e não o ex-governador mineiro Aécio Neves. Para os demistas, não se ganha a eleição presidencial pelo Paraná, numa alusão ao estado do senador Álvaro Dias. Ex-líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS) tem a mesma opinião.
Álvaro Dias, o vice escolhido por Serra, procura não criar polêmica. Ele disse que no domingo conversou, por telefone, com Rodrigo Maia e que teria ouvido dele que o veto ao seu nome não era uma questão pessoal, mas programática.
- É do jogo democrático buscar espaço. Ninguém desiste antes do tempo. Estou convicto de que a aliança vai chegar a bom termo - acredita.
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