quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Clipping da Quarta

Vou publicando abaixo algumas coisas que achei na mídia desta quarta-feira.

Eu gosto de analisar a seção de carta das edições impressas porque elas refletem o clima das redações. A edição impressa seleciona os textos recebidos dos leitores através de critérios puramente subjetivos. Não há transparência no sentido de sabermos que, se 200 pessoas mandam cartas contra o Serra, e 10 contra Dilma, o jornal reproduzirá ao menos um arremedo de proporcionalidade, publicando duas do primeiro grupo e uma do segundo.

Abaixo, trechos da seção de Cartas da edição impressa do Estadão desta quarta-feira:

Parece que o humor as redações dos Mesquita não deve estar lá dos melhores...


Mais cartas publicadas na edição impressa.


Bem lembrada, por um leitor, essa questão do IPTU em São Paulo. Os demotucanos gostam de se arvorar como defensores dos impostos baixos, mas sempre que chegam ao poder, sufocam os cidadãos com aumentos absolutamente extorsivos.

Globo cita Thomas Friedman, conservador liberal (?) pró-guerra que escreve para o New York Times, para fazer um editorial contra o Brasil (claro!) e a favor dos Estados Unidos e sua estratégia contra o Irã.

Ontem morreram mais 57 iraquianos e outra centena e meia ficou ferida por um atentado à bomba no Iraque. Nenhum deles era criminoso e sim jovens trabalhadores que esperavam numa fila de recrutas. O mundo não se comoveu. Zuenir Ventura, um bom homem, mas totalmente mergulhado na esquizofrenia platinada, está desesperado apenas com Sakineh, que, injustamente ou não, foi acusada de cumplicidade no homicídio de seu marido; e faz proselitismo eleitoral com o fato, exigindo que Dilma, que já andou reverberando protesto em favor da mulher, seja mais enfática.

Com a eleição se definindo em favor de Dilma, Miriam Leitão começa a assumir cores esverdeadas, que lhe fazem parecer uma blogueira da Veja. Sua coluna de hoje, sob o chapéu Panorama Econômico, não trata de economia, é somente um poutpourri de escândalos requentados, factóides da Veja, dossiês da Folha. Não há nenhuma acusação formal, apenas muito veneno pra todo lado.

Candidato trololó: Na mesma matéria do Globo, Serra cita duas vezes o vocábulo trololó para atacar o PT. Será que essa palavra carrega alguma força secreta destruidora que justifique seu uso tão intenso e repetido pelo tucano? Pena que as crianças não votam; se votassem, Luiz Gonzales poder mudar o nome de Serra para Zé Trololó, o herói que denuncia e destrói todos os trololós do mundo. Serra teria votação infantil maciça.

Analista do Estadão diz que falta pouco para Dilma alcançar cerca de 57% dos votos válidos e assegurar uma vitória tranquila no primeiro turno. O mais importante é encontrar os 5% que afirmam querer votar no candidato apoiado por Lula mas não sabem quem é esse candidato.

Matéria do Estadão sobre o debate entre os vices não relatou a gargalhada geral, por vários segundos, quando Eduardo Leal, vice de Marina, disse que não gostaria de entrar na polêmica sobre a ligação do PT com as Farc, surgida logo após a indicação do "aguerrido deputado Indio da Costa e seu arco e flecha".

Globo está jogando pesado contra a Petrobrás. William Waaca e Sardenberg fazem ilações extremamente graves e negativas sobre a empresa. Eu espero que a empresa medite bem sobre esse ataque covarde, aproveitando-se de um momento delicado, em que a Petrobrás precisa atrair um volume gigantesco de capital para dar continuidade a seu programa de investimentos, e não patrocine mais nenhuma companhia vinculada às organizações Globo. O fato de George Soros ter vendido suas ações da Petrobrás é ótimo, porque permitiu ao Estado avançar um pouco mais sobre o controle da estatal, e revela que Soros, um megaespeculador, não se interessou pelo cronograma sóbrio da Petrobrás, onde os lucros rápidos não são a prioridade, e sim a sustentabilidade de longo prazo e o apoio ao desenvolvimento tecnológico nacional.

Cerco se aperta. PF indicia 42 cotistas do Opportunity.

Programa da Dilma de ontem às 20:30 (via Tijolaço):



Já Serra, em seu programa, apresentou-se como um comedor insaciável. Come todo mundo :)))



Agora sem brincadeira, o programa do Serra:



Brizola Neto enfia as esporas no lombo da propaganda eleitoral do tucano.

Nassif levanta os erros estratégicos que estão levando a oposição para a beira de um precipicio.

A nova geração de centro-direita, esperança de um revigoramento da oposição, será arrasada nas eleições.

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