segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Pobres: os novos protagonistas da economia

A mineira Ilídia Fernandes comprou sua 1a. lavadora em 2009 e procura uma geladeira para substituir a antiga, com 20 anos de uso

Quando escrevi um post anterior, ainda não havia lido a matéria que saiu agora à noite no Estadão, dando conta que a classe D – isso mesmo a classe D - ser o segundo maior grupo de consumo da economia brasileira.

De acordo com o instituto de pesquisas Data Popular, este ano, as famílias com ganho mensal entre R$ 511 e R$ 1.530 têm para gastar com produtos e serviços R$ 381,2 bilhões ou 28% da massa total de rendimentos de R$ 1,380 trilhão. Enquanto isso, a classe B vai ter R$ 329,5 bilhões (24%). A classe B tem renda entre R$ 5.101 e R$ 10.200. O maior potencial de compras, no entanto, continua no bolso da classe C: R$ 427,6 bilhões (31%). “Mas é a primeira vez que a classe D passa a ser o segundo maior estrato social em termos de consumo”, afirma o sócio diretor do Data Popular e responsável pelos cálculos, Renato Meirelles.

Estes brasileiros não têm geladeira e máquina de lavar (49%) e seu conho de consumo é, este ano, comprar máquina de lavar (41%), o forno de micro-ondas (37%) ,geladeira (35%), e até computador (29%), diz a pesquisa.

Não havia na matéria dados sobre as classe A e E, mas é possível dizer que, agora, as classes B, C e D, que vão de um salário mínimo a R$ 10,2 mil de renda familiar ( ou um a vinte salários mínimos) representam 83% da massa de rendimentos do país. Mas ainda existem algo como 13 ou 14 por cento dos brasileiros, a classe E, excluídos da economia real.

Não percamos o compromisso com eles.

Dá para avaliar o impacto disso no aquecimento da economia, no emprego e na produção?

Brizola Neto Comentários (0)

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

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