quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Mídia pressiona por Sandra Cureau no caso do sigilo

08
Sep

Os jornais estão tentando utilizar a incontinência verbal da Dra. Sandra Cureau no caso do acesso ilegal aos dados de milhares de contribuintes, mas desta vez parece que não vai ser fácil, porque a forçação de barra está muito clara. “As pessoas têm filiação com o partido da candidata, mas já que não foi usado, como é que a gente vai demonstrar que essas pessoas agiram a mando da candidata ou a mando do comando de campanha? A menos que apareça alguém dizendo isso, o que não aconteceu até agora”, disse a subprocuradora.
De qualquer forma, a Dra. Sandra não perdeu a chance de dar conselhos jurídicos à turma do Serra: “Talvez a coligação que se diz atingida deveria ter agido mais cedo. A dificuldade neste momento é demonstrar a conotação eleitoral. Isso [quebra de sigilo] poderia inclusive configurar um crime, poderia gerar outras medidas, mas não no âmbito eleitoral”, falou ela ao G1.
Ela ainda fez ironias sobre uma hipótese de que o bom resultado de Dilma possa ser a razão de que, até agora, o conteúdo do que foi acessado irregularmente não ter tido vazamento algum. “A dificuldade é justamente demonstrar o intuito eleitoral, porque essas informações ainda não foram devidamente usadas por nenhum partido ou nenhuma coligação na propaganda eleitoral. Até pode se argumentar que não foi usada porque realmente nem foi necessário usar”, afirmou.
A Dra. Sandra, pela alta e importantíssima função que ocupa, deveria evitar este tipo de ilação. Até porque dizer que “não foi usada porque nem foi necessário usar” é uma suposição extremamente ofensiva, á medida em que supõe que pessoas do comando da campanha estejam de posse destas informações ilegalmente obtidas. Se não há prova alguma de autoria, como ela própria admite, não pode haver suposições de autoria, mesmo hipotéticas.











Postado por Brizola Neto

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

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