sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Marina: "pela minha tradição, eu seria favorável a apoiar o PT"

Jornal do Brasil

“A ex-candidata à presidência da República pelo PV, Marina Silva, concedeu entrevista exclusiva ao Terra TV e afirmou que estaria mais próxima de apoiar o PT, devido a sua trajetória e carreira política. A pergunta foi feita por um internauta que questionou se sua história petista influenciaria em seu apoio no segundo turno.

"Não é assim que a gente pensa política, não é assim que a gente fala das questões relevantes para o País com amadurecimento. Eu tenho uma amizade com muitas pessoas que pensam completamente diferente daquilo que eu penso e nem por isso vou subordinar minha ação política a esses laços de amizade", reiterou a candidata.

Durante a entrevista, Marina criticou a cobertura da imprensa sobre os temas relacionados ao aborto e às questões religiosas. A senadora disse ainda que, durante a disputa no primeiro turno, sentia que as perguntas que envolviam os estes assuntos eram voltadas "quase que exclusivamente" a ela. "Nos debates do primeiro turno, sentia que essas questões eram dirigidas à mim e pensava: "será que tem a ver com minha fé religiosa?'". Marina afirmou que debateu com clareza os temas ligados ao aborto e a religião. "Eu tenho a alegria de dizer que as debati e coloquei a minha posição contrária, por questões religiosas e filosóficas. Não as escondi. Espero que não tenhamos uma visão preconceito nem em relação a quem crê e nem a quem não crê", defendeu a ex-candidata.

Como o aborto tem sido a principal questão que vem pautando o segundo turno, Marina foi questionada sobre seu posicionamento em relação à opinião dos candidatos José Serra e Dilma Rousseff. "Eu não tenho condições de julgar a fé das pessoas. Se ele (Deus) não julgava, como é que eu vou julgar". Em seguida, a senadora foi questionada sobre a existência de um Estado laico no Brasil, porque o aborto não poderia ser legalizado sem a geração de polêmica. Ao responder, Marina, como vinha fazendo no período de campanha, defendeu a realização de um plebiscito popular, onde a vontade da população prevaleceria.”
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