Há assuntos que são tão bombásticos que não há como ignorar. Quando
veículos de imprensa ignoram fatos e notícias que estão fazendo a
história, mais do que perder credibilidade, caem no ridículo e entram
para a história do sub-jornalismo sabujo, lobista, parcial, partidário e
corrupto, como a TV Globo entrou na cobertura das diretas-Já.
Um livro mostrando lavagem de dinheiro, propinas nas privatizações,
envolvendo filha e genro do último candidato a presidente da oposição e
ex-governador de São Paulo é assunto obrigatório nos meios políticos.
Falem bem ou falem mal do livro, não há como fazer cara de paisagem.
Tanto é relevante o assunto que, na sexta-feira, jornalistas do grupo
Folha/UOL perguntaram ao ex-presidente FHC sobre o livro ao
entrevistá-lo. Se não fosse relevante não perguntariam. No entanto o
grupo Folha continua brigando com a notícia e fazendo de conta que o
livro não existe.
O ridículo que o jornalão está passando é tão grande, que o livro
encabeça a lista dos mais vendidos na própria livraria Folha, em todas
as categorias. Os próprios leitores do Folha On-line estão comprando o
livro que a Folha esconde em seu noticiário.
Não dá para dizer que é assunto requentado, porque não é. Há um ano
atrás este livro e seu autor ocuparam o noticiário político destes
jornalões por meses. Inventaram que seria um dossiê contra Serra (como
se fosse proibido jornalistas fazerem reportagem sobre a biografia de
Serra, cercada de escândalos de corrupção). Ora, estamos diante do
desfecho daquilo tudo. O esquema de arapongagem contratado por José
Serra para fazer dossiê contra Aécio e o contra-ataque dos tucanos
mineiros é confirmado no livro.
Um deputado federal, Protógenes Queiróz (PCdoB/SP), que quando delegado federal participou de investigações da roubalheira no Banestado / Araucária, já pediu a abertura de uma CPI da Privataria. Isso não é notícia?
Um deputado federal, Protógenes Queiróz (PCdoB/SP), que quando delegado federal participou de investigações da roubalheira no Banestado / Araucária, já pediu a abertura de uma CPI da Privataria. Isso não é notícia?
O silêncio diz muito. Diz mais do que se noticiassem. Passa recibo do
temor ao conteúdo explosivo do livro. Conteúdo que consolida o curso da
história política atual do Brasil. Enterra a carreira política de José
Serra, coloca o legado de FHC no seu devido lugar (um governo corrupto e
vendilhão da Pátria), e acaba com qualquer pretensão do PSDB de vir a
ser uma alternativa de poder nacional novamente.
O silêncio comprova o quanto os grupos Globo, Folha, Estadão e Abril são
comprometidos com o projeto cleptocrático tucano. Denuncia a
cumplicidade, engajamento e participação nos esquemas de corrupção
tucana. É o PIC (Partido da Imprensa Corrupta) em ação entre amigos.
No fundo, apesar da indignação racional contra uma imprensa demo-tucana
corrupta que age para lesar a própria nação, a gente a acaba desfrutando
do lado cômico, de ver todos os dias essa imprensa pagando o mico de
brigar com a notícia. E quanto mais eles silenciam, maior será o tombo.
Quando noticiarem passarão o constrangimento de verem que nós aqui, os
blogueiros "sujos", contamos a história real durante a eleição do ano
passado (como continuamos contando agora), enquanto a imprensa
demo-tucano publicava a farsa que os marqueteiros de José Serra queriam
que fosse publicada.
Em tempo: o Estadão chegou e fazer uma notinha em seu blog político sobre o livro, mas é muito pouco pela dimensão do assunto.
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