Mauricio Dias, CartaCapital
“O retorno do ex-governador paulista José
Serra à disputa político eleitoral, mais uma vez como candidato a prefeito de
São Paulo, se confirmada nos próximos dias, vai apontar o rumo político que
tomará.
Serra, político frio, com a temperatura
exata de um frade de pedra, criou um falso enigma para angustiar o próprio
ninho tucano: seria ou não candidato à prefeitura de São Paulo?
Acuado e sem saída, após ser derrotado pela
segunda vez, em 2010, na tentativa de chegar à Presidência da República, não
encerraria sem luta uma vida política de mais de 50 anos, iniciada na
militância estudantil nos anos 1960.
Ele nunca se renderia à derrota
pacificamente. Por isso, será compreensível se voltar à luta. Mas o retorno à
cena política terá um preço.
Ao anunciar oficialmente que disputará a
prefeitura paulistana em 2012, sinalizará a desistência de voltar à corrida
presidencial em 2014. É como se dissesse com um gosto amargo na boca: “Vai que
é sua, Aécio!”. Por que terá oferecido o privilégio ao adversário?
Ele
não tinha saída senão a de prolongar sua vida
política para ver o cenário mais à frente. Abandonou a disputa interna, no
PSDB, para se manter no jogo externamente. Ou seja, abriu mão do papel
principal para tentar tornar-se um ator coadjuvante, embora importante, na
disputa eleitoral de 2014. Isso, no entanto, se vencer a corrida para a
prefeitura de São Paulo.”
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