Uma história do Brasil Sem Miséria
Katarina Peixoto
No
dia 11 de junho de 2011, numa noite fria do inverno de Porto Alegre,
seu Valdir e sua cadela Princesa dormiram sob um teto e não mais sob a
marquise que os abrigava até então. No dia 13 de setembro o Seu Valdir
tocou o interfone. Estava trêmulo e com os olhos mareados. Tinha três
folhas de papel em mãos e uma carta, da Previdência Social, com um texto
que começava assim: “Em atenção ao seu pedido...informamos que foi
reconhecido o direito ao Benefício de Prestação Continuada...”. Acionado
em um desafio para dar vida nova a um morador de rua, o Estado
brasileiro respondeu com políticas de carne e osso.
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