terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Depois de detonar a CPMF para financiar o SUS, Huck diz sonhar com saúde pública 'decente'


Deixando de lado o erro de português de Luciano Huck (escreveu "descente" em vez de decente), e o elitismo do 247 para cima da Sabrina Sato, que nem fez nenhuma declaração indevida, o pior são as atitudes incoerentes do apresentador tucano.

Hoje Huck se apresenta como "bonzinho", com compaixão pelos usuários do SUS, mas em 2007 ele se engajou ferozmente na campanha neoliberal demotucana para retirar R$ 40 bilhões por ano do orçamento do SUS, detonando a CPMF.

Huck seria o apresentador voluntário do show gratuito promovido pela FIESP em São Paulo contra a CPMF. Com nomes de cantores famosos, esperava atrair um público de 2 milhões de pessoas. O público foi só 7 mil pessoas. Com esse público pífio, Huck cancelou sua participação de última hora, alegando "problemas de agenda".

Mesmo assim a bancada demotucana no senado, com ajuda do PSOL, conseguiu detonar a CPMF. O empresário Luciano Huck ficou mais rico ao embolsar para o si o dinheiro que pagava de CPMF e era usado para financiar o SUS. A saúde pública ficou mais pobre do que deveria, apesar dos esforços do governo Lula e Dilma para repor e aumentar as verbas.

Ah... E o Plano de Saúde do banco que Huck é garoto propaganda se deu bem, pois enquanto a saúde pública tiver má fama, o cidadão se sacrificará, enquanto puder, para pagar plano de saúde privado.

Mas deixa o Huck prá lá. O SUS, apesar de sabotado, vai se tornar um sistema cada vez mais decente, pelos esforços:

- do governo federal para aumentar as verbas e melhorar a gestão;

- dos bons prefeitos e governadores para fazer funcionar bem as unidades de saúde;

- para combater os desvios que ocorrem onde há maus prefeitos, governadores e maus gestores;

- de conscientização do cidadão brasileiro trabalhador de classe média, ao tomar conhecimento de que pode ser muito melhor atendido, com mais qualidade, por melhores profissionais de saúde, e atendimento mais humanizado, se todos contribuírem para financiar a saúde pública, de acordo com a renda de cada um, pagando de "imposto" muito menos do que as mensalidades de planos de saúde privados. Como ocorre no Canadá e em muitos países da Europa.

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