Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que Dilma vai lutar pela
reeleição em 2014, o pronunciamento-discurso de quarta-feira à noite em
rede nacional de rádio e televisão deixou claro que a presidente já está
em campanha para ficar mais quatro anos no governo.
Com o gancho do anúncio da antecipação e ampliação do corte nas
contas de luz, que já vale a partir de hoje, Dilma reforçou seu
pronunciamento de 7 de setembro e aproveitou para atacar os "do contra",
ou seja, os Estados governados por tucanos que não aderiram à redução
das tarifas de energia.
Dilma subiu o tom ao falar dos "pessimistas" e das conquistas do seu
governo: "Neste novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão
ficando para trás. Hoje podemos ver como erraram feio os que não
acreditaram que era possível crescer e distribuir renda".
É exatamente este o eixo central do discurso pela reeleição, como ela
antecipou no final do seu pronunciamento: "O Brasil está cada vez maior
e imune a ser atingido por previsões alarmistas. Nos últimos anos, o
time vencedor tem sido dos que têm fé e apostam no Brasil".
Em resposta aos que estavam prevendo apagões e racionamento em razão
da queda do nível dos reservatórios, Dilma não só garantiu que isto não
vai acontecer como anunciou que dobrará a produção de energia no país
nos próximos 15 anos.
"Nosso País avança em meio a um mundo de dificuldades. Os juros
caíram, o emprego aumentou, os brasileiros estão sabendo consumir e
poupar", afirmou Dilma num discurso otimista, afirmativo e alto astral.
Durante o dia, ela já havia mostrado seu bom humor numa ^cerimônia no
Itamaraty, dando uma rara gargalhada ao lado do chanceler Antonio
Patriota.
"Viu agora por que ela estava gargalhando?", respondeu-me, logo após o
pronunciamento de Dilma na TV, um assessor próximo dela a quem eu havia
perguntado à tarde o motivo do sorrisão presidencial estampado
quarta-feira na capa do R7.
Agora só faltam se apresentar os candidatos da oposição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário