TRÉPLICA A RODRIGO JANOT
O Procurador
Rodrigo Janot cumpre seu papel de defender o MP ao rebater as
afirmações do ex-presidente Lula quanto a um percentual (ALTO) de
componente político no Julgamento do Mensalão. É bom que o assunto seja
abordado e a discussão flua sobre o que aconteceu no STF durante a
apreciação da AP470
A
base da acusação (MPF) era fraquíssima, e o próprio PGR na época,
Roberto Gurgel, afirmava que tinha quase nada para condenar, em
especial, ao então RÉU José Dirceu. Mas, o relator do processo, queria
uma condenação em massa, a imprensa queria que ao menos os RÉUS ligados
ao PT pegassem cadeia, e alguns ministros se mostraram excepcionalmente
severos. Houve até quem contrariando a sagrada posição de que cabe a
quem acusa o ônus da prova, invertesse as coisa e cobrasse dos acusados
provar a sua inocência. Houve a afirmação espantosa de Ayres Brito de
que, mesmo sem provas de que um dos RÉU sabia dos fatos, ele, o RÉU, não
tinha como não saber.
Não sei se o percentual político que
pesou no julgamento da AÇÃO PENAL 470 foi de 80%, sei que, num
julgamento isento, imparcial e justo, o percentual de peso político tem
de ser ZERO. Vamos às provas, tecnicamente e soberanamente,
materialmente, sem pressões de ninguém para absolver ou condenar, nem da
MÍDIA.
O tempo vai se encarregar de provar,
como já vem fazendo, que o Julgamento do MENSALÃO foi muito mais do que
um ponto fora da curva, foi na verdade uma derrapada para o acostamento,
do arbítrio e do justiçamento. A JUSTIÇA brasileira saiu da ESTRADA e
atropelou até a Constituição que assegura o sagrado direito de recorrer
em uma segunda instância.
Estão aí as recentes decisões de mandar
EDUARDO AZEREDO ser julgado pela primeira instância em Minas Gerais, e
do ex-presidente Collor de Mello sendo absolvido pelo STF, acompanhada
da "lapidar" afirmação da Ministra Carmem Lúcia de que a peça acusatória
não foi um primor e que não se pode condenar sem absoluta certeza, para
comprovar em tempo recorde o que afirmo.
Uma pena que para os réus do mensalão, e
só para eles, sobraram condenações duríssimas exaradas em cima de
certezas pouco críveis e sólidas.
Redação BONDeblog
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Procurador-geral rebate Lula e diz que mensalão foi 'julgamento jurídico'
Rodrigo Janot comentou entrevista de ex-presidente, para quem sentença do processo teve '80% de decisão política'
28 de abril de 2014
Roberta Pennafort
Rio - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta
segunda-feira, 28, em referência à crítica do ex-presidente Lula ao
resultado do julgamento do mensalão, que o caso se tratou de "um
processo jurídico com um julgamento jurídico". Lula, em entrevista à
Rádio e Televisão Portuguesa (RTP), afirmou nesse domingo que a sentença
foi "80% de decisão política e 20% jurídica".
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"Ele tem todo o direito de falar, todo brasileiro tem. Graças a Deus,
a gente vive num país democrático, de liberdade de expressão absoluta,
que tem que ser garantida pelo próprio MP [Ministério Público]", disse
Janot, no Rio por causa do projeto MPEduc, que visa a melhorar a
qualidade da educação pública. Ele visitou uma escola na zona oeste
junto com uma equipe do MP.
Desde que deixou a Presidência, Lula evitava fazer comentários sobre o
julgamento, que começou em 2 de agosto de 2012 e condenou 25 dos 38
denunciados pelo MP. No início do mês, em entrevista a blogueiros, o
ex-presidente afirmou que o mensalão deveria ser recontado e que era
preciso estudar a "participação e o poder de condenação da mídia nesse
processo".
Matéria resumida
Fonte: Estadão
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MATÉRIA SELECIONADA - GENOÍNO PODE PERDER DIREITO À PRISÃO DOMICILIAR
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