segunda-feira, 28 de abril de 2014

A RÉPLICA DE RODRIGO JANOT A LULA - E O PERCENTUAL TOLERÁVEL DE POLÍTICA DENTRO DE UM TRIBUNAL

TRÉPLICA A RODRIGO JANOT

O Procurador Rodrigo Janot cumpre seu papel de defender o MP ao rebater as afirmações do ex-presidente Lula quanto a um percentual (ALTO) de componente político no Julgamento do Mensalão. É bom que o assunto seja abordado e a discussão flua sobre o que aconteceu no STF durante a apreciação da AP470

A base da acusação (MPF) era fraquíssima, e o próprio PGR na época, Roberto Gurgel, afirmava que tinha quase nada para condenar, em especial, ao então RÉU José Dirceu. Mas, o relator do processo, queria uma condenação em massa, a imprensa queria que ao menos os RÉUS ligados ao PT pegassem cadeia, e alguns ministros se mostraram excepcionalmente severos. Houve até quem contrariando a sagrada posição de que cabe a quem acusa o ônus da prova, invertesse as coisa e cobrasse dos acusados provar a sua inocência. Houve a afirmação espantosa de Ayres Brito de que, mesmo sem provas de que um dos RÉU sabia dos fatos, ele, o RÉU, não tinha como não saber.
Não sei se o percentual político que pesou no julgamento da AÇÃO PENAL 470 foi de 80%, sei que, num julgamento isento, imparcial e justo, o percentual de peso político tem de ser ZERO. Vamos às provas, tecnicamente e soberanamente, materialmente, sem pressões de ninguém para absolver ou condenar, nem da MÍDIA.

O tempo vai se encarregar de provar, como já vem fazendo, que o Julgamento do MENSALÃO foi muito mais do que um ponto fora da curva, foi na verdade uma derrapada para o acostamento, do arbítrio e do justiçamento. A JUSTIÇA brasileira saiu da ESTRADA e atropelou até a Constituição que assegura o sagrado direito de recorrer em uma segunda instância.

Estão aí as recentes decisões de mandar EDUARDO AZEREDO ser julgado pela primeira instância em Minas Gerais, e do ex-presidente Collor de Mello sendo absolvido pelo STF, acompanhada da "lapidar" afirmação da Ministra Carmem Lúcia de que a peça acusatória não foi um primor e que não se pode condenar sem absoluta certeza, para comprovar em tempo recorde o que afirmo.

Uma pena que para os réus do mensalão, e só para eles, sobraram condenações duríssimas exaradas em cima de certezas pouco críveis e sólidas.

Redação BONDeblog
=================      =================================================



Procurador-geral rebate Lula e diz que mensalão foi 'julgamento jurídico'
Rodrigo Janot comentou entrevista de ex-presidente, para quem sentença do processo teve '80% de decisão política'

28 de abril de 2014
Roberta Pennafort
Rio - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nesta segunda-feira, 28, em referência à crítica do ex-presidente Lula ao resultado do julgamento do mensalão, que o caso se tratou de "um processo jurídico com um julgamento jurídico". Lula, em entrevista à Rádio e Televisão Portuguesa (RTP), afirmou nesse domingo que a sentença foi "80% de decisão política e 20% jurídica".
NOTÍCIAS RELACIONADAS
"Ele tem todo o direito de falar, todo brasileiro tem. Graças a Deus, a gente vive num país democrático, de liberdade de expressão absoluta, que tem que ser garantida pelo próprio MP [Ministério Público]", disse Janot, no Rio por causa do projeto MPEduc, que visa a melhorar a qualidade da educação pública. Ele visitou uma escola na zona oeste junto com uma equipe do MP.
Desde que deixou a Presidência, Lula evitava fazer comentários sobre o julgamento, que começou em 2 de agosto de 2012 e condenou 25 dos 38 denunciados pelo MP. No início do mês, em entrevista a blogueiros, o ex-presidente afirmou que o mensalão deveria ser recontado e que era preciso estudar a "participação e o poder de condenação da mídia nesse processo".

Matéria  resumida
Fonte: Estadão

=============================================
MATÉRIA SELECIONADA - GENOÍNO PODE PERDER DIREITO À PRISÃO DOMICILIAR 
=============================================

Nenhum comentário: