24 de abril de 2014 | 08:30 Autor: Fernando Brito
Meu bom amigo Antonio Mello, depois de um tempo de recarga de energia, reativa seu blog em grande estilo, com um precioso mapa das conexões do Instituto Millenium, núcleo de interferência da direita e do grande capital na mídia brasileira.
(Dentro do post há uma versão clicável, que se amplia.)
Por mais que a gente saiba das ramificações empresariais e midiáticas deste think tank conservador, impressiona o volume e a interconexão entre eles.
O mais curioso é que o Ibad do século 21, com todos os seus altares liberais ainda funciona, em parte, com dinheiro público, porque as doações que recebe para investir contra o Estado são dedutíveis do Imposto de Renda, à medida em que é classificada como Organização de Interesse Público.
Mas, claro, tudo ali é “limpinho”, exceto o Brasil, que é um traste. Nós é que somos os blogueiros “sujos”, financiados com verba pública, mesmo que dela não receba um centavo.
Mídia corporativa e Instituto Millenium, aliados dos EUA, usam
‘indignados úteis’ para transformar o Brasil numa nova Venezuela
Antonio Mello
Quando se fala em Lei de Meios; quando se faz o programa Mais Médicos
trazendo médicos do exterior, em sua grande maioria de Cuba, para realizar trabalhos em áreas em que nossos médicos brasileiros se recusam a trabalhar;
quando se participa ativamente do Mercosul e se toma atitudes
independentes dos EUA, como a crítica severa – o verdadeiro pito – que a
presidenta Dilma passou no presidente Obama, a respeito da espionagem
estadunidense; quando o governo age desse modo, a mídia corporativa o
acusa de estar “Venezuelando” o Brasil.Mas quem está querendo transformar o Brasil numa Venezuela (não no que o chavismo e a revolução bolivariana trouxeram de positivo para aquele país – fim do analfabetismo, assistência médica, participação popular no governo, fim da subserviência aos EUA ), quem está querendo fazer a venezuelização do Brasil é a mídia corporativa, que estimula diariamente o preconceito – evidenciado na reação dos médicos brasileiros à importação de estrangeiros pelo programa Mais Médicos -, a ocupação dos antigos espaços nobres pelos emergentes, essa “gente diferenciada” que tomou de vez aeroportos, shoppings, restaurantes, antes frequentados apenas pelos que em geral têm como medida de suas vidas os EUA, e que hoje se ressentem da dificuldade de encontrar mão de obra barata, ou até em condições análogas à de escravidão…
A partir do Instituto Millenium, eles estão montando seus exércitos com pistoleiros, antigos e recém recrutados (não vou citar nomes, pois todos sabem quem são eles) para diariamente disparar contra o governo.
Basta visitar a página de comentários de qualquer um desses recrutas, soldados ou oficiais do porcalismo (palavra divulgada por este blog – sorry, o diabo é sábio não porque é diabo, mas porque é velho…) vendidos para ver o efeito devastador que causam na cabeça daqueles que chamo, desde 2005, de “indignados úteis” (leia abaixo postagem de 2006 sobre eles), zumbis ressentidos, que se alimentam de ódio e recalque diante do empoderamento de milhões de brasileiros.
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