Segundo o jornalista, barões e seus editores, comentaristas, colunistas e
blogueiros reunidos no Instituto Millenium viram nos números o fracasso
a estratégia de minar a popularidade da presidente com o caso
Petrobras; agora, diz, entram em ação os planos “B” e “C”, a promoção de
"protestos pacíficos" pelo país afora, seguindo um calendário
pré-estabelecido para criar um clima de descontrole, e greves
articuladas por PSDB e PSB em cidades-sede do mundial, a exemplo da
paralisação política da Polícia Militar da Bahia, que levou o caos a
Salvador e à intervenção da Força Nacional de Segurança Pública
18 DE ABRIL DE 2014
247 - O jornalista Ricardo Kotscho inclui em seu Balaio (aqui)
uma boa e uma má notícia para a presidente Dilma Rousseff a partir da
publicação da última rodada da pesquisa Vox Populi/Carta Capital: a boa
é a liderança folgada, 40%, contra 26% da soma de seus adversários, o
que aponta, se a eleição fosse hoje, vitória já no primeiro turno. A
ruim é que o resultado vai ativar ainda mais a guerra midiática
desencadeada pela oposição partidária e empresarial para impedir a
qualquer custo a reeleição da petista, que permitiria ao PT ficar 16
anos no poder.
O levantamento do Vox Populi mostrou um cenário eleitoral estável. Dilma
caiu um ponto, assim como Aécio Neves (de 17% em fevereiro para 16%) e
Eduardo Campos subiu dois (de 6% para 8%). “Posso imaginar a cara dos
barões e seus editores, comentaristas, colunistas e blogueiros na
próxima reunião do Instituto Millenium, um olhando para o outro, e se
perguntando: onde foi que nós erramos?” diz.
Kotscho diz que era grande a expectativa dessas oposições sobre a
primeira pesquisa publicada que captasse os efeitos do intenso
bombardeio das últimas semanas em torno da Petrobras e do noticiário
negativo na economia. A torcida era para que Dilma desabasse e seus
adversários disparassem na tabela das intenções de votos. Não ocorreu
assim. O cenário se manteve praticamente inalterado em relação ao
levantamento de fevereiro. “Foi um balde de água fria naqueles que
buscam diversas formas alternativas, fora das urnas, para retomar o
poder perdido em 2002”, analisa.
Kotscho alerta que, com o fracasso da tentativa de desgastar a
presidente através das denúncias contra a Petrobras, já está em marcha o
“Plano B”, a promoção dos "protestos pacíficos" que se repetem pelo
país afora, seguindo um calendário pré-estabelecido para criar um clima
de descontrole nas ruas tomadas por vândalos do movimento "Não Vamos Ter
Copa".
“Sim, vamos ter Copa, mas eles não se conformam, e já programam novas
manifestações que acabam em atos de violência e prisões (por falar
nisso, ao contrário do que aconteceu das outras vezes, quatro dos 54
‘protestantes’ presos pela polícia na terça-feira continuavam detidos
até ontem).”
Há ainda segundo Kotscho, um “Plano C”: a nova greve dos policiais de
Salvador, uma das cidades-sede da Copa, e comandada pelo ex-soldado da
PM Marco Prisco, o mesmo da greve de 2002 (também ano eleitoral), que
depois se elegeu vereador pelo PSDB de Aécio Neves. Outra liderança dos
policiais é o deputado estadual Capitão Tadeu, do PSB de Eduardo Campos,
agora candidato a federal. “É preciso acrescentar mais alguma coisa?”
questiona.
Postado há 42 minutes ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
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