sexta-feira, 18 de abril de 2014

KOTSCHO: PESQUISA VOX ATIÇA GUERRA CONTRA DILMA

Segundo o jornalista, barões e seus editores, comentaristas, colunistas e blogueiros reunidos no Instituto Millenium viram nos números o fracasso a estratégia de minar a popularidade da presidente com o caso Petrobras; agora, diz, entram em ação os planos “B” e “C”, a promoção de "protestos pacíficos" pelo país afora, seguindo um calendário pré-estabelecido para criar um clima de descontrole, e greves articuladas por PSDB e PSB em cidades-sede do mundial, a exemplo da paralisação política da Polícia Militar da Bahia, que levou o caos a Salvador e à intervenção da Força Nacional de Segurança Pública
18 DE ABRIL DE 2014 
247 - O jornalista Ricardo Kotscho inclui em seu Balaio (aqui) uma boa e uma má notícia para a presidente Dilma Rousseff a partir da publicação da última rodada da pesquisa Vox Populi/Carta Capital: a boa é a liderança folgada, 40%, contra 26% da soma de seus adversários, o que aponta, se a eleição fosse hoje, vitória já no primeiro turno. A ruim é que o resultado vai ativar ainda mais a guerra midiática desencadeada pela oposição partidária e empresarial para impedir a qualquer custo a reeleição da petista, que permitiria ao PT ficar 16 anos no poder.
O levantamento do Vox Populi mostrou um cenário eleitoral estável. Dilma caiu um ponto, assim como Aécio Neves (de 17% em fevereiro para 16%) e Eduardo Campos subiu dois (de 6% para 8%). “Posso imaginar a cara dos barões e seus editores, comentaristas, colunistas e blogueiros na próxima reunião do Instituto Millenium, um olhando para o outro, e se perguntando: onde foi que nós erramos?” diz.
Kotscho diz que era grande a expectativa dessas oposições sobre a primeira pesquisa publicada que captasse os efeitos do intenso bombardeio das últimas semanas em torno da Petrobras e do noticiário negativo na economia. A torcida era para que Dilma desabasse e seus adversários disparassem na tabela das intenções de votos. Não ocorreu assim. O cenário se manteve praticamente inalterado em relação ao levantamento de fevereiro. “Foi um balde de água fria naqueles que buscam diversas formas alternativas, fora das urnas, para retomar o poder perdido em 2002”, analisa.
Kotscho alerta que, com o fracasso da tentativa de desgastar a presidente através das denúncias contra a Petrobras, já está em marcha o “Plano B”, a promoção dos "protestos pacíficos" que se repetem pelo país afora, seguindo um calendário pré-estabelecido para criar um clima de descontrole nas ruas tomadas por vândalos do movimento "Não Vamos Ter Copa".
“Sim, vamos ter Copa, mas eles não se conformam, e já programam novas manifestações que acabam em atos de violência e prisões (por falar nisso, ao contrário do que aconteceu das outras vezes, quatro dos 54 ‘protestantes’ presos pela polícia na terça-feira continuavam detidos até ontem).”
Há ainda segundo Kotscho, um “Plano C”: a nova greve dos policiais de Salvador, uma das cidades-sede da Copa, e comandada pelo ex-soldado da PM Marco Prisco, o mesmo da greve de 2002 (também ano eleitoral), que depois se elegeu vereador pelo PSDB de Aécio Neves. Outra liderança dos policiais é o deputado estadual Capitão Tadeu, do PSB de Eduardo Campos, agora candidato a federal. “É preciso acrescentar mais alguma coisa?” questiona.
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