"Lágrimas, vaias ao hino rival e discurso sobre honra: a linguagem bélica
tornou o futebol um campo de batalha. Por isso foi insuportável
assistir à partida
Matheus Pichonelli, CartaCapital
Matheus Pichonelli, CartaCapital
Não foi porque o Paulinho saiu. Nem porque o Fernandinho
entrou. Ou porque o Felipão mexeu mal. Porque Jô e Fred não acertaram o
pé. Porque o Neymar foi anulado. Porque o meio-campo evaporou. Ou porque
faltou raça, vontade, aplicação. Os motivos que levaram a seleção
brasileira a entrar em pânico na partida contra o Chile, no sábado 28,
passaram longe das explicações mágicas para referendar ou desmontar
análises táticas ao fim do duelo. O pânico, que travou pernas e mentes,
tomou a proporção que tomou durante 120 minutos do jogo porque todo
mundo, da comissão técnica aos torcedores, pareceu se esquecer de que
aquela era uma partida de futebol, e não uma guerra. Uma guerra
construída desde a preleção, com a evocação da honra, da nação, do
orgulho, do amor, da justiça divina e das lágrimas. O arsenal levou a
equipe a entrar em campo com o peso de um país rendido pelo inimigo.
Mas quem era o inimigo?
A depender das reações ao fim da partida, eram todos: o rival que entrou na maldade, o juiz que errou no gol do Hulk, a desconfiança de quem apostou no fiasco, a imprensa que martelou todos os erros de uma equipe que não pode, não deve nem ouse pensar em perder o Mundial da redenção, o único capaz de expurgar nossas chagas expostas desde a Copa de 50.
A construção do inimigo incorporou nas quatro linhas de campo mais que uma linguagem: incorporou na equipe o espírito de uma sociedade violenta em sua base. “Vencer”, afinal, é imperativo aos filhos chamados pelos pais de “campões” antes mesmo de sair da fralda. A eles é dito o tempo todo: sejam homens, sejam dignos, passem no vestibular, atropelem os concorrentes, subam no emprego, queimem os rivais, aliem-se aos poderosos, mantenham a guarda, protejam os seus, espalhem alarmes e cercas elétricas, tenham cuidado com o vizinho, com o prefeito, com o padre, com todo mundo que tentar tomar seu dinheiro, sua honra, seu passado, e condenem à morte, pelas leis ou pela pistolagem, todos os que morderem seus calcanhares, a começar pelos vagabundos que vagam pelas ruas.
Assim vivemos em estado permanente de guerra, declarada ou não, que pode ser vencida ou não, mas que não permite o sabor de uma trégua. E morremos um pouco a cada dia, sufocados, pressionados, equilibrando pratos, somatizando chutes na boca e lambendo botas para não chegar em casa com a vergonha de dizer: “fracassei”.
Esse espírito do funcionário-padrão que se acredita guerreiro vitorioso está espalhado por todos os setores da equipe de Luiz Felipe Scolari. Dá para ver no olho dos jogadores perfilados para cantar o hino à capela: as lágrimas, anteriores à partida, parecem o transbordamento não de uma alegria, mas de um ódio contra tudo e contra todos que mal cabe no corpo.
Ódio de quê?
Da projeção de uma ideia de que a seleção não é a manifestação, mas a própria identidade de nação. Antes e depois dos jogos, a confirmação de que o nacionalismo é de fato o último reduto dos idiotas parece claro quando nós (este escriba, inclusive) reproduzimos um discurso segundo o qual “aqui é Brasil, somos os donos dessa Copa e ninguém vai vir aqui pisar em cima da nossa bandeira sem passar em cima dos nossos cadáveres”.
Por isso vemos jogadores como David Luiz, ótimo zagueiro da seleção, correr para a torcida com os olhos cheios de lágrimas e o antebraço quase esfolado de tanto bater com a palma da mão para mostrar que ali corria sangue. Porque nada menos do que a salvaguarda dessa ideia esperamos dos guerreiros, digo, jogadores da seleção.
Sobrou para os chilenos, adversários dignos e vizinhos respeitáveis que durante 120 minutos foram nomeados inimigos maior da pátria e sofreram a descortesia de ouvir as vaias dos anfitriões durante a execução de seu hino.
Naquele momento estava claro que o Brasil havia levado a sério demais a ideia de que nós (nós: eu, você, a seleção, o vizinho, o dono da padaria e até o dono do jornal que você detesta) somos um time de guerreiros, que não desiste nunca, que não se dobra jamais e blábláblá. Por isso foi insuportável assistir à partida. Porque vimos em campo soldados, e não jogadores de futebol, os artistas capazes de arrancar a graça em um jogo calculado por meio do drible, do improviso, da surpresa, da leveza e da amplitude. É quando o futebol deixa de ser uma concessão pra sorrir para se tornar uma batalha, triste como a mais ordinária das rotinas, em que só vence quem mata mais e morre menos.
Ao fim do jogo, ainda confuso entre alívio, alegria e certa tristeza, assisti à exaustão a entrevista do goleiro Júlio César, heroi da partida com dois pênaltis defendidos. Fosse uma guerra, seria laureado com medalhas de honra, palmas e aplausos, sem perceber que na próxima sexta-feira será empurrado novamente para o front, de novo na linha de frente, e que condecoração alguma o salvará da saraivada de tiros em caso de fracasso. Por isso, ao ouvi-lo falar de orgulho, honra e reconquista, senti apenas pena.
Pena pelos quatro anos em que viveu como um apátrida por ter falhado nos gols contra a Holanda, na já distante Copa de 2010. Aquelas lágrimas não pareciam ser de alegria, como afirmou, mas de um ódio por tudo o que ouviu e pensou em ouvir em caso de novo fracasso: de todos os que colocariam às suas costas o projeto do que poderíamos ter sido e não fomos. Senti pena como sinto pena dos soldados, condecorados ou não, vitoriosos ou não, que colocam a valentia em teste e perdem sua vida por uma causa: a honra, o orgulho, a bandeira, a glória, a nação. É em nome desses termos, tão abstratos como o vento, que os homens vão à luta não para espalhar a liberdade, como prometeram a eles, mas para morrer.
Assim começam e terminam todas as guerras, concluí ao fim da entrevista do goleiro. Nenhum general motiva o soldado a morrer falando em barbárie, em terror, em destruição. Convence o sujeito a morrer falando sobre valores: a maldita honra, o maldito orgulho, a maldita bandeira, a maldita glória e a maldita nação (e a maldita evocação a Deus, claro, pai de todos sem distinção mas que escolhe quem mata e quem morre conforme a amplitude da reza).
Se em uma guerra não há vencedores, o Brasil não venceu a partida contra o Chile nem contra Camarões nem contra a Croácia e nem contra o México na Copa das Confederações, quando descobrimos um novo grito de guerra ao cantar o hino à capela. Perdemos todos. Perdemos no instante em que transformamos a partida em uma questão de honra e absorvemos no campo a linguagem de uma sociedade já suficientemente violenta e injusta e, em vez de alegrias e amplitudes, falamos em honra, orgulho, bandeira, glória e nação. Em nome de tudo isso matamos Júlio César por mais de quatro anos, e só agora damos a ele o direito de falar com a cabeça erguida diante da câmera – um direito negado a Barbosa, que não teve outra chance em 54.
Ao fim da entrevista, pensei em telefonar ao goleiro da seleção brasileira, de quem não tenho o telefone, e dizer: meu amigo, só Deus (e meus pacientes vizinhos) sabe o quanto vibrei ao ver suas muitas defesas contra o Chile. Mas de minha parte pode ficar tranquilo: você não me devia nada. Você, ao que tudo leva a crer, é um grande sujeito, com ou sem milagres redentores em campo, e não merece ser sacrificado em meu nome nem em nome de ninguém (as falhas em 2010 nem foram tão falhas assim). Essa guerra da Copa, como todas as guerras, é só uma velha ficção: por ela inventa-se um inimigo para unir uma nação em nome de muito pouco ou quase nada. Ficaremos felizes e guardaremos para sempre a lembranças da Copa se tudo der certo. Mas ainda assim será só futebol, e só terá graça se for só futebol. Quando vira guerra vira outra coisa. Vira trauma, vira pânico, vira tristeza. Mesmo quando levamos a taça, somos apenas a expressão daquela gente honesta, boa e comovida da música de Belchior. Aquela gente que caminha para a morte pensando em vencer no campo e na vida."
Mas quem era o inimigo?
A depender das reações ao fim da partida, eram todos: o rival que entrou na maldade, o juiz que errou no gol do Hulk, a desconfiança de quem apostou no fiasco, a imprensa que martelou todos os erros de uma equipe que não pode, não deve nem ouse pensar em perder o Mundial da redenção, o único capaz de expurgar nossas chagas expostas desde a Copa de 50.
A construção do inimigo incorporou nas quatro linhas de campo mais que uma linguagem: incorporou na equipe o espírito de uma sociedade violenta em sua base. “Vencer”, afinal, é imperativo aos filhos chamados pelos pais de “campões” antes mesmo de sair da fralda. A eles é dito o tempo todo: sejam homens, sejam dignos, passem no vestibular, atropelem os concorrentes, subam no emprego, queimem os rivais, aliem-se aos poderosos, mantenham a guarda, protejam os seus, espalhem alarmes e cercas elétricas, tenham cuidado com o vizinho, com o prefeito, com o padre, com todo mundo que tentar tomar seu dinheiro, sua honra, seu passado, e condenem à morte, pelas leis ou pela pistolagem, todos os que morderem seus calcanhares, a começar pelos vagabundos que vagam pelas ruas.
Assim vivemos em estado permanente de guerra, declarada ou não, que pode ser vencida ou não, mas que não permite o sabor de uma trégua. E morremos um pouco a cada dia, sufocados, pressionados, equilibrando pratos, somatizando chutes na boca e lambendo botas para não chegar em casa com a vergonha de dizer: “fracassei”.
Esse espírito do funcionário-padrão que se acredita guerreiro vitorioso está espalhado por todos os setores da equipe de Luiz Felipe Scolari. Dá para ver no olho dos jogadores perfilados para cantar o hino à capela: as lágrimas, anteriores à partida, parecem o transbordamento não de uma alegria, mas de um ódio contra tudo e contra todos que mal cabe no corpo.
Ódio de quê?
Da projeção de uma ideia de que a seleção não é a manifestação, mas a própria identidade de nação. Antes e depois dos jogos, a confirmação de que o nacionalismo é de fato o último reduto dos idiotas parece claro quando nós (este escriba, inclusive) reproduzimos um discurso segundo o qual “aqui é Brasil, somos os donos dessa Copa e ninguém vai vir aqui pisar em cima da nossa bandeira sem passar em cima dos nossos cadáveres”.
Por isso vemos jogadores como David Luiz, ótimo zagueiro da seleção, correr para a torcida com os olhos cheios de lágrimas e o antebraço quase esfolado de tanto bater com a palma da mão para mostrar que ali corria sangue. Porque nada menos do que a salvaguarda dessa ideia esperamos dos guerreiros, digo, jogadores da seleção.
Sobrou para os chilenos, adversários dignos e vizinhos respeitáveis que durante 120 minutos foram nomeados inimigos maior da pátria e sofreram a descortesia de ouvir as vaias dos anfitriões durante a execução de seu hino.
Naquele momento estava claro que o Brasil havia levado a sério demais a ideia de que nós (nós: eu, você, a seleção, o vizinho, o dono da padaria e até o dono do jornal que você detesta) somos um time de guerreiros, que não desiste nunca, que não se dobra jamais e blábláblá. Por isso foi insuportável assistir à partida. Porque vimos em campo soldados, e não jogadores de futebol, os artistas capazes de arrancar a graça em um jogo calculado por meio do drible, do improviso, da surpresa, da leveza e da amplitude. É quando o futebol deixa de ser uma concessão pra sorrir para se tornar uma batalha, triste como a mais ordinária das rotinas, em que só vence quem mata mais e morre menos.
Ao fim do jogo, ainda confuso entre alívio, alegria e certa tristeza, assisti à exaustão a entrevista do goleiro Júlio César, heroi da partida com dois pênaltis defendidos. Fosse uma guerra, seria laureado com medalhas de honra, palmas e aplausos, sem perceber que na próxima sexta-feira será empurrado novamente para o front, de novo na linha de frente, e que condecoração alguma o salvará da saraivada de tiros em caso de fracasso. Por isso, ao ouvi-lo falar de orgulho, honra e reconquista, senti apenas pena.
Pena pelos quatro anos em que viveu como um apátrida por ter falhado nos gols contra a Holanda, na já distante Copa de 2010. Aquelas lágrimas não pareciam ser de alegria, como afirmou, mas de um ódio por tudo o que ouviu e pensou em ouvir em caso de novo fracasso: de todos os que colocariam às suas costas o projeto do que poderíamos ter sido e não fomos. Senti pena como sinto pena dos soldados, condecorados ou não, vitoriosos ou não, que colocam a valentia em teste e perdem sua vida por uma causa: a honra, o orgulho, a bandeira, a glória, a nação. É em nome desses termos, tão abstratos como o vento, que os homens vão à luta não para espalhar a liberdade, como prometeram a eles, mas para morrer.
Assim começam e terminam todas as guerras, concluí ao fim da entrevista do goleiro. Nenhum general motiva o soldado a morrer falando em barbárie, em terror, em destruição. Convence o sujeito a morrer falando sobre valores: a maldita honra, o maldito orgulho, a maldita bandeira, a maldita glória e a maldita nação (e a maldita evocação a Deus, claro, pai de todos sem distinção mas que escolhe quem mata e quem morre conforme a amplitude da reza).
Se em uma guerra não há vencedores, o Brasil não venceu a partida contra o Chile nem contra Camarões nem contra a Croácia e nem contra o México na Copa das Confederações, quando descobrimos um novo grito de guerra ao cantar o hino à capela. Perdemos todos. Perdemos no instante em que transformamos a partida em uma questão de honra e absorvemos no campo a linguagem de uma sociedade já suficientemente violenta e injusta e, em vez de alegrias e amplitudes, falamos em honra, orgulho, bandeira, glória e nação. Em nome de tudo isso matamos Júlio César por mais de quatro anos, e só agora damos a ele o direito de falar com a cabeça erguida diante da câmera – um direito negado a Barbosa, que não teve outra chance em 54.
Ao fim da entrevista, pensei em telefonar ao goleiro da seleção brasileira, de quem não tenho o telefone, e dizer: meu amigo, só Deus (e meus pacientes vizinhos) sabe o quanto vibrei ao ver suas muitas defesas contra o Chile. Mas de minha parte pode ficar tranquilo: você não me devia nada. Você, ao que tudo leva a crer, é um grande sujeito, com ou sem milagres redentores em campo, e não merece ser sacrificado em meu nome nem em nome de ninguém (as falhas em 2010 nem foram tão falhas assim). Essa guerra da Copa, como todas as guerras, é só uma velha ficção: por ela inventa-se um inimigo para unir uma nação em nome de muito pouco ou quase nada. Ficaremos felizes e guardaremos para sempre a lembranças da Copa se tudo der certo. Mas ainda assim será só futebol, e só terá graça se for só futebol. Quando vira guerra vira outra coisa. Vira trauma, vira pânico, vira tristeza. Mesmo quando levamos a taça, somos apenas a expressão daquela gente honesta, boa e comovida da música de Belchior. Aquela gente que caminha para a morte pensando em vencer no campo e na vida."
4 comentários:
Eu torço que ganha a copa, jamais vou torcer contra. Caso ganha vai ser na base do bumba meu boi. Essa seleção é umas das piores que já vi. Felipão ganhou em 2002 foi um ótimo treinador naquele momento pra levantar o astral daqueles jogadores e motivar.Ganhou em 2002 porque era uma seleção com muitos craques, os últimos de uma geração criada por Clubes,mesmo sem padrão tático os caras conseguiam render pela qualidade individual. Eurico Miranda sempre esteve certo quando lutou contra a lei Pelé lá no começo da criação dela, foi o único a fazer isso e criaram na mídia que ele não queria progresso no futebol, claro ele estava atrapalhando o interesse dos empresários e com a colaboração da grande mídia que fez coro pra essa lei que deixou os Clubes de joelhos e pedintes. Será que Neymar vai ser uma exceção dessa geração? Porque Robinho e tantos outros da chamada meninos da vila já provaram que só foi mídia. Hoje os Clubes não tem interesse em desenvolver o jogador como era feito no passado, moleque chega com 9 a 11 anos e quando esta indo para o profissional chega outro e o empresário escolher o melhor para o bolso deles. Qual Clube vai ter como prioridade investir nele? Os camisas 10 sumiram, antigamente todo ano tinha uma grande revelação no nosso futebol pra várias posições.E o que parece o camisa 9 também anda sumindo. Brasil corre sério risco na próxima eliminatórias para copa ficar fora pela primeira vez de uma copa.
Eu não voto porque tem coisas da política que não bate com o meu pensamento. Acompanho os sites sobre a política e realmente tem uma ala ai que fica fazendo propaganda eleitoral com coisas negativas e com mentiras.
Eu gostaria de saber que "maranaço" foi esse de 1950, que a imprensa criou. Naquela Copa, o Brasil jogava em casa, o Uruguai já havia sido Campeão Mundial, e Olímpico e dominava o futebol nas décadas anteriores. Depois disto somos 5 vezes campeões do Mundo, com uma estatística invejável. Tudo isso criado pela Mídia vira-lata, a pressão aumentou com a "guerra" política que esta Mídia do atraso criou. Imagina como anda o psicológico de um jogador, que de tanta pressão e até certo ponto medo da "copa", pois o Brasil ficou com medo, com vergonha antecipada, mais uma criação deste monstro, esta mídia é um entrave ao nosso desenvolvimento, e a reforma está demorando. Vendo o reprise de Brasil 2 x0 México em Fortaleza, 2013, na Copa das Confederações, se via um time solto, e a creatividade rolava solta. Guardada as devidas proporções, Copa do Mundo pesa muito mais. Mas, se os jogadores tivessem tido um clima favorável, um clima de festa e confraternização dos povos, que é o espirito do esporte, clima este criado por esta mídia (que não acho nem mais adjetivos para qualificá-la), o time certamente estaria mais solto. Qual a diferença de nosso futebol para o resto do mundo, o improviso individual que se constroi o coletivo, perdemos esta habilidade neste momento por puro reflexo do ambiente criado pela mídia. Mas, acho que a maioria dos jogadores do Brasil, no jogo contra o Chile, sofreram o ápice agudo da pressão que com certeza vái leva-los para um novo estágio, ficarão mais soltos dentro de campo, pois até agora, eles jogavam com uma armadura, uma armadura virtual criada pela imprensa maldita, que de tão sórdida, torce contra o próprio País, por não aceitarem a democracia, o veredito das urnas. Não aprenderam ainda, pois como dizia o nosso querido Brizola, são "filhotes da ditadura
S Rod,
Eu já imaginava essa pressão da mídia brasileira em cima dos jogadores. Você falou bem, Uruguai naquela época era uma seleção forte , seleção a ser batida por já ter título mundial e o Brasil até o momento tinha nada. A maior pressão ficou ao longo dos anos a mídia culpando o goleiro Barbosa. Barbosa até até antes de morrer dizia ... A pena máxima aqui no Brasil para quem comete crime é 30 anos, eu já pago uma pena por mais de 50 anos.
Barbosa foi muito humilde na carreira de atleta e na vida pessoal,ele nunca culpou ninguém daquela seleção, sei disso que na época meu avô me disse, Barbosa foi escolhido por jogar no Vasco e ser negro. Pois os dois gols que Uruguai fez saiu do lado esquerdo nas costas do lateral Bigode, e tinha uma mídia forte flamenguista na época. Eu esqueci o nome de um comentarista da época que falou algo assim.. Prefiro que o Brasil perca a copa que ver o Brasil sendo representado pelo Vasco, vai ser difícil de aturar eles depois... Pois a seleção de 50 maioria era jogadores do Vasco. Diziam que Bigode gostava de uma noitada e estava fora de forma e o Uruguai jogou em cima dele. Gigia no segundo gol não viu nem marcação.
Ai que ficou a marcação toda. Porque o zagueiro Tiago Silva não queria bater o pênalti? E olha que é o capitão da seleção,o cara que deveria estar forte psicologicamente. Imagina a cabeça desses jogadores se errar? Será que pode ser uma pressão de ser culpado , caso o Brasil perca?
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