A Justiça dos EUA decretou o sequestro de dois apartamentos localizados
em Nova York em nome de duas offshore dos banqueiros Luís Octávio Índio
da Costa e Luís Felippe Índio da Costa, ex-controladores do Banco
Cruzeiro do Sul (BCSul), alvos de investigação e processo no Brasil por
suposta gestão fraudulenta.
A decisão da corte americana foi tomada a pedido do Ministério Público
Federal em São Paulo. O pedido foi acolhido pela 2ª Vara Criminal
Federal e encaminhado à Justiça dos EUA. Os imóveis estão avaliados em
cerca de US$ 13 milhões.
O sequestro foi executado em Nova York por ordem da Corte Judicial no
Distrito de Columbia. No pedido, o Ministério Público Federal em São
Paulo assinalou a importância da medida cautelar no âmbito das ações
penais movidas contra os Índio da Costa e contra 15 ex-diretores do
banco, por diversos crimes financeiros, lavagem de dinheiro e
organização criminosa.
A preocupação do Ministério Público Federal é evitar a dissipação, no
exterior, de bens dos ex-controladores do Cruzeiro do Sul, de suposta
origem ilícita - os imóveis teriam sido obtidos com recursos oriundos
dos diversos crimes financeiros pelos quais são acusados em duas ações
penais.
A liquidação judicial do banco foi decretada em razão das fraudes que
ambos são acusados de cometer contra a instituição e seus investidores.
Os banqueiros já tomaram conhecimento formal do sequestro. Os
apartamentos estão em nome das offshore Alínea Corporation e 110CPSINC,
ambas com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e de propriedade de Luís
Felippe Índio da Costa e de Luís Octávio Índio da Costa.
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