A morte do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência da República pelo PSB - Eduardo Campos - vai de forma inexorável aumentar o tamanho do "racha" no partido socialista.
Qualquer que seja a decisão de Marina Silva, quanto a assumir a
condição de candidata no lugar que era de Campos, não terá como evitar a
divisão dos integrantes do PSB.
Eduardo Campos conseguiu costurar uma aliança interna, equilibrando
em torno do seu nome e dos objetivos eleitorais de um primeiro turno, os
diversos interesses estaduais dos seus correligionários. Com a sua
morte e consequente saída de forma prematura e repentina do cenário
eleitoral brasileiro, já está ocorrendo um "cada por si", no sentido de
que rumo tomar.
O tempo é curto para a decisão de ter MARINA como candidata. Muitos
integrantes do PSB não tem com ela o compromisso que tinham com Eduardo
Campos. Há quem já esteja de forma oportunista, anunciando deixar o
apoio ao PSB (Pedro Taques - PDT já caiu fora). Ele estava com Campos,
mas não estará com Marina, caso ela aceite todas as imposições que o PSB
lhe fará para ceder o posto de candidata.
Uma parte considerável dos integrantes do PSB sempre desejou apoiar a
reeleição de Dilma. A figura de Eduardo Campos se impôs e venceu essa
tendência, Agora, sem ele, ainda que de forma não oficial, este segmento
vai abraçar a candidatura do PT.
Em São Paulo, não há como conciliar Marina no acerto com Geraldo
Alckmin. Os comitês eleitorais chamados de 'EDUALDO', perderam o
sentido. Quem perde muito com uma eventual candidatura de Marina Silva, é
Aécio Neves. O tucanato sabe que são maiores as chances de um segundo
turno com MARINA candidata, mas, sabem também, que são enormes as
chances deles estarem fora dessa disputa.
Triste constatação. A 'ficha' da morte de Eduardo Campos ainda
não caiu, mas, está claro que sem ele, o PSB dificilmente evitará se
fragmentar e enfraquecer e, que a sede de poder é muito maior do que o
LUTO pelo passamento do ex-governador.
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