O episódio desta madrugada, embora não tenha merecido nenhuma condenação de parte dos EUA, mudou totalmente a geopolítica da crise no Oriente Médio.
A repercussão da Europa é enorme. A Turquia, onde os protestos são mais intensos, é bom lembrar, é membro – e há muito tempo – da Otan e está longe de ser um país anti-Ocidente.
Acabou qualquer possibilidade de os governos europeus continuarem alinhados automaticamente à política norte-americana de indulgência total ao governo israelense e haverá mais e mais manifestações se houver cidadãos europeus entre os 19 mortos que a TV israelense admite ter havido no ataque.
Posto aí em cima o impressionante vídeo da Globonews, onde depois do desembarque de comandos aerotransportados, com o altíssimo nível de preparo que têm as tropas de assalto israelense – pergunte a qualquer especialista militar se não estão entre as mais preparadas do mundo, se é que não são as mais preparadas – fala-se que foram eles os atacados, com arames, facas e até armas de fogo, pois um dos comandos teria tido seu fuzil “tomado” pelos pacifistas e este teria aberto fogo.
Inacreditável o nível da matéria. O apresentador chega a perguntar “que comboio era esse”…embora tivesse aberto a reportagem dizendo que ele “levava suprimentos para a região” de Gaza.
Só perde para a declaração de William Burton, porta-voz da Casa Branca : “os Estados Unidos lamentam profundamente a perda de vidas e os feridos, e está trabalhando para entender as circunstâncias que cercam a tragédia.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário