sexta-feira, 2 de julho de 2010

Dilma recebe apoio de 25 prefeitos tucanos em SP

Eleições: Em Campinas, candidata reune 117 prefeitos paulistas

Filipe Araujo/AE
Foto Destaque
Dilma Rousseff em visita a creche ontem em Campinas responde ao vice de Serra: “Não tenho o prazer de conhecer o deputado Indio da Costa”


Fernando Taquari, de Campinas – VALOR

Numa demonstração de força, a candidata Dilma Rousseff recebeu hoje em Campinas, interior de São Paulo, o apoio de 117 prefeitos do Estado. Apesar de contar com candidato próprio, o PSDB foi o partido que mais levou prefeitos ao evento, denominado de Movimento Pluripartidário de Prefeitos Pró-Dilma Rousseff. No total, compareceram 25 tucanos. O PT, partido da candidata, e o PMDB, do vice, levaram 22 prefeitos cada um. Esse apoio pode explicar o crescimento de Dilma na região. Nas últimas pesquisas a petista passou o tucano José Serra, no Sudeste.

Dilma ainda conseguiu agregar o apoio de mais 9 prefeitos do DEM e 8 do PPS. As duas legendas, contudo, já oficializaram o apoio ao candidato do PSDB, José Serra. Além disso, o encontro teve a presença de 8 prefeitos do PV, que terá na disputa presidencial a candidata própria Marina Silva. O restante de prefeitos saiu de siglas que compõem a base governista: 17 do PDT, 5 do PSB e 1 do PP.

Durante o discurso, a candidata agradeceu as adesões, sobretudo dos prefeitos que estão filiados à oposição. “É preciso coragem para colocar o Brasil na frente de outras circunstâncias”, disse Dilma.

Vice na chapa, o deputado Michel Temer (PMDB-SP) avaliou que o evento serviu para demonstrar a força da candidatura petista. “Quando o PMDB decidiu fazer essa aliança, eu tinha absoluta convicção de que o Brasil elegeria Dilma”, afirmou. “Hoje, formou-se outra convicção: a de que São Paulo vai dar o maior percentual de votos para eleger Dilma”

Mais cedo, Dilma negou que tenha fugido de qualquer debate, conforme chegou a afirmar o adversário José Serra – que participou de sabatina na Confederação Nacional da Agricultura (CNA). “Eu não conheço nenhum debate que esteja legal neste momento. Tenho comparecido a todos os debates dentro dos mesmos parâmetros que os demais candidatos estão comparecendo. Nestas eleições, a gente deve evitar factoides que tiram o foco do debate consistente e de programas e propostas concretos de como o país vai conseguir continuar crescendo e distribuindo renda”, argumentou Dilma.

A petista também evitou comentar as provocações do deputado Indio da Costa (DEM-RJ), que ontem foi confirmado como vice na chapa de Serra. Pelo Twitter, ele acusou Dilma de fugir do debate. “Não tenho o prazer de conhecer o deputado Indio da Costa”

Sobre as críticas de Serra ao MST, Dilma declarou que o governo sempre se pautou contra ilegalidades. “Sempre que o MST cometeu ilegalidades, deixamos claro que éramos contra. Nunca deixamos de dialogar”, disse. “Governo que acaba com o diálogo e faz qualquer tipo de repressão porque o movimento está querendo dialogar não está correto.” Na CNA, Serra disse que o MST “põe o boné numa hora e na outra hora tira e esconde numa gaveta” e que o movimento tem como objetivo uma “mudança de natureza revolucionária socialista no Brasil”.

O PT chega à sua sexta disputa presidencial com o maior número de partidos coligados em sua história. A chapa de Dilma finalizou a fase de convenções com nove legendas, o que elevou para quase 50% o tempo de propaganda na TV que ela terá a mais que José Serra (PSDB), que congrega seis legendas. Essa é a primeira vez que o PT terá a predominância na propaganda televisiva. Nas cinco vezes em que disputou a Presidência, Lula não teve mais do que seis partidos em sua chapa.

Postado por Luis Favre
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Do Blog do Favre.

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