quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Os tucanos reunidos no restaurante Maximus, um dos mais caro de SãoPauloNa TV e na campanha de rua, de olho nos votos, José Serra pretende enganar o povo dizendo que PSDB não é elitista e pouco preocupado com os pobres. Porém, não é isso que diz a colunista Eliane Cantanhêde, do jornal de assessoria de Serra,quando diz que o PSDB tem "massa cheirosa"
Não é com a "cara do PSDB" que o candidato tucano a presidente, José Serra, vai se apresentar na entrevista desta noite ao Jornal Nacional da TV Globo e no programa eleitoral gratuito, na semana que vem. Serra diz que quer que o PSDB tenha a cara dele na disputa presidencial - e não o contrário.
Em reuniões com a coordenação da campanha, Serra e seus conselheiros avaliaram que, no embate com o PT, a acusação de representar um partido que defende menor presença do Estado na economia não é o que mais pesa. O problema maior é a imagem elitista do partido que, na avaliação dos tucanos, não bate com o discurso nem com o perfil do candidato.
Por isso mesmo, José Serra simula choro diante das câmeras de Tv, como fez no debate da Band, e ainda, anda dizendo por ai que foi pobre.Os tucanos querem reforçar isto no horário eleitoral. Os estrategistas da campanha trabalham para descolar Serra dos pontos negativos que pesam sobre a imagem do PSDB
Os tucanos acreditam que os adversários estão patrocinando uma ofensiva para convencer o eleitorado das camadas mais carentes de que, assim como o presidente Lula, Dilma Rousseff é a candidata do povo e Serra, da elite. Temem a estratégia porque acham que ela pode chegar às ruas com facilidade.
É precisamente por isso que o tucanato considera a acusação de governar para os ricos como "a mais grave entre todas as marcas distorcidas" que pesam negativamente sobre a imagem do PSDB. Bem pior e mais nociva do ponto de vista eleitoral do que a pecha de "neoliberal", "conservador" ou "privatista".
A discussão elite versus povo que alarma os tucanos porque tem potencial para gerar desconfiança no eleitorado mais pobre, que depende dos programa sociais do governo Lula e teme um sucessor que "governe para os ricos, dizem os tucanos.
É por isso que Serra insiste no discurso de não dividir o Brasil entre ricos e pobres e em enfatizar os programas que fez em benefício dos mais carentes, tanto no governo como no Congresso.
Os partidários de Serra não se assustam quando o PSDB é apontado como partido ligado aos bancos, que usou dinheiro do contribuinte para socorrer banqueiros, fazendo o Proer. Dizem que os banqueiros não "morrem de amor pelo Serra, ao contrário", e que, do ponto de vista da elite, o deputado Antonio Palocci (PT-SP), que coordena a campanha petista, representa mais esse segmento do que Serra.
Um dirigente tucano admite que vários integrantes da cúpula partidária, como o senador Tasso Jereissati (CE), o ex-deputado Márcio Fortes (RJ), e o ex-secretário municipal Andrea Matarazzo têm a cara do PSDB e são da elite.Com informações do Estadão
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