quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sem medo do ridículo

Hoje tem assunto demais para escrever... Vamos lá. Olhem só essa cartinha que abre a seção dos leitores na edição impressa do Estadão...


Os caras não tem medo nenhum do ridículo, né? Nem falo do leitor, já que tem maluco para tudo, mas dos editores do Estadão, em selecionarem uma opinião assim... O Brasil crescerá 7% este ano, enquanto o desemprego só aumenta nos EUA. Além isso, os movimentos neonazistas anti-imigrantes vem se expandindo aceleradamente por lá. Como é possível que, nestas circunstâncias, o jornalão paulista publique uma carta que degrada nossa democracia e incentiva a imigração para os Estados Unidos?

A cartinha é uma entre várias publicadas pelo Estadão em sua edição impressa de hoje, reverberando o editorial de ontem, intitulado O risco de um PRI brasileiro. O editorial é uma péssima análise política, e sua maior debilidade é justamente não dar conta das razões do fracasso do PSDB. Comparar Brasil ao México de 70 ou 80 anos atrás, ignorando as mudanças profundas no mundo, na comunicação, na tecnologia, nas organizações internacionais, nas diferenças políticas, sociais, antropológicas, industriais, agrícolas, culturais, entre o Brasil de hoje e o México dos anos 30, é mais do que estupidez intelectual, é desonestidade.

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