quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O PIG É COMO A DITADURA, TEM MEDO DAS RUAS


Já enfrentamos a tentativa de golpe: o que fazer agora
Mauro Carrara
Acabo de saber por amigos. Há festa, festa mesmo nas redações de Globo-ABril-Folha-Estado.
Comemoram a conquista de uma cidadela do adversário.
E se preparam para desfilar a partir de hoje com a cabeça de Erenice Guerra espetada num bambu.
Em "Veja", a ordem explícita é:
- agora, vamos acabar com Lula e varrer Dilma da política nacional.
Os repórteres de todas as editorias estão mobilizados para buscar qualquer indício de ligação entre Erenice a arrecadação de fundos para a campanha de Dilma Rousseff.
A ordem é fazer desta a capa da próxima edição da revista.
Estão prontos, devidamente organizados para, em seguida, exigir a cassação da candidatura progressista, apoiados por entidades como a OAB.
Mesmo que não seja obtida, pretendem criar um pressuposto de ilegitimidade no futuro governo Dilma.
Toda essa ebulição golpista poderia ter sido evitada se o PT e o Governo Federal tivessem construído uma vacina contra a mídia terrorista.
Empurraram com a barriga. Esquivaram-se da obrigação.
O PT e o Governo Federal têm medo do PIG e do GAFE.
Submetem-se a essa estrutura criminosa neofascista.
Preferiram entregar a Ministra aos lobos do que botar o dedo na cara de Roberto Civita, Roberto Irineu Marinho, Otávio Frias Filho e Ruy Mesquita.
Não há liberdade possível nem democracia nem justiça se os ocupantes do poder se submetem ao esquema de chantagens e trapaças do consórcio Globo-Abril-Folha-Estadão.
Nos próximos dias, a propaganda fascista certamente exporá a demissão da Ministra como uma admissão de culpa.
Está em curso o golpe. Wake up!
O PT é um partido sem mídia. O PSDB é um partido da mídia.
O que fazer?
A velha e a nova militância precisa sair imediatamente às ruas e exigir o restabelecimento da ordem institucional e democrática.
E o golpe precisa ser denunciado no Exterior. O mundo precisa saber que está em curso uma tentativa de hondurização do Brasil.
Se eles têm medo, nós agora teremos que esbanjar coragem.



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Um comentário:

Unknown disse...

Ato público contra o golpe midiático

Reproduzo o comunicado do Centro de Estudos Barão de Itararé, convocando para um ato público em defesa da Democracia, e contra o golpismo midiático.

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COMPAREÇA AO ATO EM DEFESA DA DEMOCRACIA!

CONTRA A BAIXARIA NAS ELEIÇÕES!

CONTRA O GOLPISMO MIDIÁTICO!

Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social. Incitada pela velha mídia, o que se nota é uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na “presunção da culpa”, numa afronta à Constituição que fixa a “presunção da inocência”.

Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha no programa de TV do candidato das forças conservadoras.

Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular, e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas a duras penas construídas no Brasil.

A onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer nos últimos dias da campanha. Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes e indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso.

Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando da ofensiva estão grupos de comunicação que – pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar – já mostraram seu desapreço pela democracia.

É por isso que centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e personalidades das mais variadas origens realizarão – com apoio do movimento de blogueiros progressistas – um ato em defesa da democracia.

Participe! Vamos dar um basta às baixarias da direita!

Abaixo o golpismo midiático!

Viva a Democracia!

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O ato acontece na próxima quinta-feira, 23 de setembro, às 19 horas, no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (rua Rego Freitas, 530, centro de São Paulo). Anoto o caráter simbólico: o auditório do Sindicato tem o nome de Vladimir Herzog – jornalista assassinado pela ditadura militar, que teve o apoio desses mesmos grupos de comunicação que, hoje, tentam lançar o Brasil no abismo.