- Publicado em 25/04/2011
Na sequência da excelente reportagem de ontem – Chico Otavio desvenda atentado do Riocentro -, hoje o Globo publica o organograma do terror, no Rio.
“A rede secreta do sargento Rosário”, o que morreu no Puma, com a explosão da bomba no colo.
“Porões, o berço dos arapongas”
“Agenda do sargento que morreu no caso Riocentro traz nomes da atual comunidade de informações”
Hoje, além de publicar o organograma da estrutura terrorista no Rio – do comandante do I Exército, general Gentil Marcondes, ao Chefe do SNI, General Newton Cruz, o Secretario de Segurança do Rio, Waldyr Muniz, aos agentes de pseudônimo Índio e Candreva.
Tá (quase) todo mundo lá.
A denúncia mais grave de hoje, porém, é quando Chico Otavio e Alessandra Duarte mostram que, ainda na transição do regime militar para o atual (infra-democrático), os terroristas começavam a se organizar para aparelhar os órgãos de inteligência do Governo – o SNI – e aventurar-se em empreendimentos privados, com a arapongagem, comercial.
Chico Otavio revela que foram eles, os terroristas da turma do Riocentro, que fizeram a arapongagem do BNDES na plimvatização do Fernando Henrique.
Foi quando se ouviu o Ricardo Sergio de Oliveira dizer “se isso der m … estamos todos no mesmo barco”.
Lembra, amigo navegante ?
Foi o Momento Péricles de Atenas do Governo FHC.
Onde estarão os terroristas, hoje ?
Na máquina do Estado do General Elito/Johnbim ?
Na arapongagem do passador de bola apanhado no ato de passar bola, que, segundo a Polícia Federal, grampeou este ansioso blogueiro e sua família ?
A excelente reportagem de Chico Otávio poderia concluir-se com algumas informações preciosas.
O nome completo dos 54 terroristas que ele identificou.
Onde está e o que faz o companheiro do sargento Wagner naquele Puma, o que estava na direção, o assim chamado Capitão Wilson, que sobreviveu ?
Outro ponto importante, que a reportagem de hoje desmascara.
Existe no historialismo brasileiro a versão de que havia uma tigrada de torturadores e terroristas que trabalhavam com autonomia.
À revelia dos grandes democratas Geisel, Golbery, Figueiredo e Otávio Medeiros (o que Chico Otavio sabe sobre o Medeiros ?).
A tigrada torturava e aterrorizava e os democractas, coitados, eram apanhados de surpresa, eram traídos.
Chico Otavio, hoje, publica o organograma completo.
Na Argentina, tava todo mundo em cana.
Do Índio e do Candreva ao General Gentil – e os presidentes da República Geisel e Figueiredo.
A linha de comando, de responsabilidade.
Aqui, não .
Por obra da Procuradoria Geral da República e do Supremo Tribunal Federal estão todos na iniciativa privada.
Ou em casa, com os proventos da aposentadoria estatal.
Neste fim de semana, foram ao shopping comprar ovo da Páscoa para os netinhos.
Viva o Brasil !
Em tempo: amigo navegante lembrou bem. Nos dias que se seguiram ao atentado terrorista do Riocentro, o Globo e a Rede Globo encamparam a versão oficial: os dois militares terroristas tinham sido vitimas de um atentado. Enquanto isso, o Jornal do Brasil, quando era, disparado, o melhor jornal do Brasil, repôs as coiss no devido lugar. Os responsáveis foram dois excepcionais repórteres: Heraldo Dias e Fritz Utzeri. O chefe de reportagem era o incomparável Luis Mario Gazzaneo, que disse ao editor chefe, quando viu a foto do Puma explodido: isso aí é a morte do Moro ! Naquela altura, o Globo, como sempre, serviu ao regime militar. E dele se serviu.
Paulo Henrique Amorim
Do Blog CONVERSA AFIADA.
Um comentário:
A Globo e o PIG tem versões diferentes, dependendo da época ou do governo de plantão. Lembro perfeitamente daqueles tempos. O Jornal Nacional noticiando que um atentado foi cometido contra militares a paisana “que estavam lá para proteger os civís” que estavam indo para o show. O quer a Globo agora? Quererá ela uma espécie de “delação pública premiada” frente a uma possível “comissão da verdade”? Ou estrá fazendo movimentos midiáticos justamente para tentar impedir a Comissão da Verdade?? A Ditadura Militar só perdurou no brasil, por que a mídia daquela época propagandeava a ditadura como redentora do Brasil. Não venha a Globo dizer agora que os feitos e fatos não tiveram patrões. Não vale condenar peões. Peões obedecem a ordens de patrões. Que publiquem o nome dos patrões com o adjetivo que sempre foi deles: Os ditadores de plantão.
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