A declaração de FHC, sobre a fusão do PSDB com o DEM, desencadeia as discussões públicas sobre a reação dos partidos oposicionistas ao avanço do lulismo sobre o sistema partidário. Não será esta a única fusão. PSDB discute a fusão com PPS. Marina Silva, por seu turno, começa a discutir seu futuro que, mais provavelmente será a saída do PV.
A situação é mais complexa para Aécio Neves. Enfrenta o início de um ataque de artilharia pesada contra seu nome, algo que está absolutamente desacostumado. Cheguei a escrever um artigo a respeito logo no início do seu primeiro mandato como governador: o risco do cala-boca que implantou em Minas Gerais era se desarmar para enfrentar o embate com a oposição. Como dizem os jogadores: uma coisa é treino, outra é jogo real. Sem jogo jogado, o jogador vai se acostumando a situações previsíveis e controladas. Aécio orientou apoiadores a se candidatarem nas últimas eleições por várias siglas que o apoiavam no plano estadual. Mas várias dessas siglas apóiam o lulismo no plano federal. E a ofensiva lulista dos últimos dias coloca todos estes partidos na obrigação de decidir para que santo acendem as velas.
Os operadores da ofensiva estão articulados na internet, no parlamento e nas conversas promovidas no Palácio do Planalto. Assim, a opção fica irresistível.
A questão é: esta ofensiva tem a ver apenas como as eleições de 2012? Ou seria uma ação profilática para medidas mais duras de contenção da alta inflacionária? Em outras palavras: a sinceridade de Dilma a respeito da inflação tupiniquim sugere que se prepara para cortar o crédito que alimenta parte da base social do lulismo? Esta seria a senha para diminuir a canalização de um possível descontentamento que fatalmente surgirá mais à frente?
By: Rudá Ricci
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