sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Começou a derrocada?


O Estado de S. Paulo promove demissões e desfaz suplementos
O jornal O Estado de S. Paulo promoveu, na tarde desta quinta-feira (1), alguns cortes em seu quadro de funcionários. Segundo informações da própria redação, confirmadas pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo (SJSP), cerca de 20 pessoas foram demitidas nessa "primeira leva". São profissionais que trabalhavam nos "Caderno 2", "Caderno TV", "Suplemento Agrícola" e "Caderno Feminino do Estadão". Há a informação de que alguns suplementos serão extintos, como o próprio "Agrícola" e o "Feminino".
O portal Imprensa entrou em contato com a direção do jornal, mas nem o diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, nem o diretor de Desenvolvimento Editorial, Roberto Gazzi, falaram com a reportagem.
Segundo alguns funcionários, o clima não chegou a ficar tenso, pois as demissões eram "esperadas". Os cortes não seguiram critérios lógicos, de acordo com o presidente do SJSP, Guto Camargo. "Sempre justificam com os chamados 'acertos financeiros', o que não procede, pois lucro existe. Percebemos esse tipo de coisa sempre no final do ano, quando se coloca 'o produto', em caixa e balança", disse o sindicalista.
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Editora Globo deve reduzir em 30% seu quadro de funcionários
2011 não está sendo um bom ano para as redações brasileiras. Depois de iG, MTV e Folha de S.Paulo, a Editora Globo inicia cortes que podem atingir até 30% de seu quadro de funcionários.
Segundo apurou o Portal Imprensa, já foram desligados, nesta segunda-feira (28), jornalistas das redações das revistas Época São Paulo, Monet e Globo Rural. E os cortes não estão restritos a jornalistas. Profissionais da área Administrativa, Publicidade e Operações também estão na lista de demissões.
De acordo com o publicado no Meio & Mensagem, cerca de 200 pessoas devem ser desligadas nos próximos dias, mas, até o final do ano, esse número pode chegar a 300. Ainda não há informações sobre as razões dos cortes.
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"Folhateen" acaba e vira página na "Ilustrada"; sindicato protesta contra "recusa de diálogo"
Desde a última quinta-feira (10/11), a Folha de S.Paulo promove uma série de cortes de funcionários da Redação, da área Administrativa e Classificados. Além das demissões, há uma reformulação na editoria de "Suplementos", com a saída de Patricia Trudes.
No rastro das mudanças, o caderno "Folhateen" foi extinto e passa a integrar a "Ilustrada", em formato de página.
Segundo apurou o Portal Imprensa, foram demitidos, até o momento, jornalistas das editorias "Cotidiano", "Saúde", "Esporte", "Poder", "Mercado", "Fotografia", "Ilustrada", "Arte", além de profissionais das sucursais de Brasilia, Rio de Janeiro, bem como a extinção da sucursal de Cuiabá, da Agência Folha.
O motivo das demissões, segundo apurou a reportagem, foi um ajuste no balanço da empresa. Editores, repórteres especiais, fotógrafos e funcionários, com mais de 20 anos de casa, estão entre os demitidos.
Procurada pelo Portal Imprensa, a Folha não se pronunciou sobre os cortes.
Sindicato
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo emitiu uma nota, na tarde desta sexta-feira (11), em manifesto contra as demissões de funcionários da Folha, além da postura da empresa de "se recusar a abrir um canal de diálogo entre as partes". Ainda de acordo com o comunicado, "as estatísticas apontam que há crescimento no faturamento da empresa", o que não justificaria a dispensa de profissionais em massa.
Nas últimas semanas, também vem circulando no mercado a informação de que o jornal O Estado de S. Paulo estuda uma redução no número de funcionários, que pode chegar a 40 vagas.

Um comentário:

Ccesarbento disse...

Logo logo vai sair uma manchete dizendo que o desemprego está aumentando e botando a culpa no Governo Federal.