Tesoureiro
de campanhas do PSDB é apontado como "artesão" de consórcios da
privatização e quadrilha de assaltantes do patrimônio público
A quadrilha de privatas tucanos movimentou
cerca de 2,5 bilhões de dólares, há propinas comprovadas de 20 milhões
de dólares, dinheiro que não cabe em malas ou cuecas. O livro revela
também o indiciamento de Verônica Serra por quebra de sigilo de 60
milhões de brasileiros e traz provas documentais de sua sociedade com
Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas, do Banco Opportunity, numa
offshore caribenha.
Amaury desafia os privatas da mídia
Por Altamiro Borges
Na
entrevista aos blogueiros na noite de sexta-feira (9), o jornalista
Amaury Ribeiro Jr., autor do livro “A privataria tucana”, não escondeu a
sua bronca contra os barões da mídia. No ano passado, em plena guerra
eleitoral, ele foi alvo do linchamento da velha imprensa, que o acusou
de quebra de sigilo fiscal e de fabricar dossiês contra os chefões do
PSDB. Agora, eufórico, ele dá o troco!
Logo
na primeira resposta às dezenas de perguntas feitas em mais de duas
horas de conversa ao vivo (via tuitcam), ele criticou os privatas da
mídia, que bancaram as privatizações no reinado de FHC e esconderam os
seus crimes – lavagem de dinheiro, paraísos fiscais, enriquecimento de
pessoas ligadas a José Serra e outras tramóias, “no maior assalto ao
patrimônio público brasileiro”.
Provas contra veículos e “calunistas”
Durante
a entrevista, Amaury fez várias denúncias contra veículos e
“calunistas” da mídia. Garantiu ter documentos que comprovam o
envolvimento na privataria de jornalões e emissoras de televisão. “Na
venda da Light, a dívida milionária da Rede Globo sumiu”. Entre outros
alvos, ele desafiou abertamente o pitbull da Veja, revelando os seus
laços “empresariais” com chefões do tucanato.
A
leitura do livro “A privataria tucana” indica que o jornalista – que já
recebeu um tiro por causa das suas reportagens e ganhou inúmeros
prêmios – não está blefando. Ele se exalta quando fala das suas
investigações, mas não é bravateiro. A obra, com 343 páginas, apresenta
dezenas de documentos oficiais comprovando a roubalheira das
privatizações. Não tem adjetivos, mas provas concretas, irrefutáveis!
O “ético” José Serra
Há
mais de dez anos que Amaury investiga as conexões entre a onda
privatizante e a abertura de contas nos paraísos fiscais do Caribe –
“onde se lava mais branco não somente o ‘dinheiro sujo da corrupção’,
mas também o do narcotráfico, do contrabando de armas e do terrorismo”.
Esse trabalho, quase insano, é que lhe permitiu chegar aos endereços de
vários chefões tucanos.
O
livro comprova, com farta documentação, as sinistras movimentações
financeiras de Verônica Serra, filha do “ético” candidato do PSDB, e as
de seu marido, Alexandre Bourgeois. Mostra como eles seguiram as trilhas
criminosas do ex-tesoureiro de Serra e eminência parda das
privatizações, Ricardo Sérgio de Oliveira. Descreve ainda as ligações
perigosas com o banqueiro Daniel Dantas.
Abalos no império midiático
O
livro é demolidor, devastador! Não é para menos que já se cogita a
abertura de uma CPI para apurar os crimes da privataria e que as
lideranças dos movimentos sociais já discutem a idéia de se convocar uma
“marcha contra a corrupção tucana”. Não é para menos que a mídia venal
não dá uma linha sobre o livro, que vendeu mais de 15 mil exemplares em
menos de 48 horas.
Amaury
Ribeiro está agitado, elétrico. Ele tem muito para falar e escrever.
“Não tenho medo de nada”. Os barões da mídia que se cuidem! Um escândalo
abalou o império do Rupert Murdoch no Reino Unido. O livro “A
privataria tucana” também pode servir para desvendar os segredos da
mídia nativa, as suas ligações com os assaltantes do patrimônio público e
com a lavagem de dinheiro nos paraísos fiscais.
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