Caso Família Proença
Maitê Proença Gallo, era filha de Margot Proença e Eduardo Gallo. A família morava em Ubatuba
— na época, uma vila de pescadores no litoral paulista onde não havia
hospital — e resolveu ter sua primeira filha de sangue na capital;
Maitê já tinha um irmão de criação, Zuza, adotado desde pequeno por seu
pai.
Eduardo era promotor de Justiça e Margot professora de filosofia e música — mais tarde, ela se tornaria secretária de cultura de Campinas e de mais de 60 municípios do interior do Estado de São Paulo, e ele, procurador do Estado.
Ele
suspeitava que a mulher o traía e iniciou uma
investigação particular. Pai de duas crianças, uma delas
Maitê Proença Gallo, hoje atriz da Globo, o procurador de
Justiça Augusto Carlos Eduardo da Rocha Monteiro Gallo
achou que o professor francês Ives Gentilhomme, que dava
aulas para sua esposa, Margot Proença Gallo, era seu
amante.
Tanto a empregada quanto Maitê foram inquiridas pelo
procurador. Com 12 anos, Maitê declarou a um juiz de
Campinas (SP), onde residiam, “ter visto o professor na
cama da sua mãe, vestido de pijama”, relata a autora. Uma
ex-empregada da família, segundo o livro, falou de um
relacionamento de Margot, que era professora, com um
ex-aluno, pois “eles ficavam trancados no escritório,
quando o marido se ausentava da casa”. Com as evidências,
Augusto marcou um encontro decisivo com a esposa.
Na
discussão em casa, Margot recebeu 11 facadas do marido e
morreu aos 37 anos, em 1970. Procurada, Maitê Proença
disse a Gente: “O que tinha a falar fiz em
depoimentos privados na Justiça e em plenário e diante de
uma cidade inteira. Que alguém queira escrever um livro e
ganhar dinheiro com a tragédia dos outros, tudo bem. Mas
não gostaria de contribuir”.
O procurador não chegou a ser preso e foi absolvido em
dois julgamentos. Maitê Proença foi testemunha de defesa
e contou que “viu o professor (francês) dormindo
no sofá-cama utilizado pela mãe, na manhã seguinte
à realização de uma festa em sua casa”. O pai
dela casou-se novamente, mas, em 1989, suicidou-se.
Fonte: ISTOÉGENTE
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário