Gianni Carta, CartaCapital
“Vladimir Putin ainda é o político mais
popular da Rússia. Em 4 de março será eleito, pela terceira vez, presidente.
Mas o primeiro-ministro, presidente de 2000 a 2008, está nu.
Na noite de terça-feira 6, milhares de
manifestantes foram às ruas em Moscou e São Petersburgo e em uníssono gritaram:
“Fora Putin”.
Resultado: 569 presos, segundo a agência oficial de notícias
Itar-Tass. No dia anterior 300 pessoas haviam sido detidas em protestos em Moscou. Entre eles,
Alexei Navalny, blogueiro e autor do slogan da campanha pelo voto útil —
“contra o partido dos ladrões e corruptos” — nas legislativas de domingo. Navalny
foi condenado a 15 dias de cárcere.
A legenda dos “ladrões corruptos” chama-se
Rússia Unida, liderada pelo atual presidente Dmitri Medvedev, fantoche de
Putin. A Rússia Unida obteve 238 deputados na Duma, Câmara Baixa do Parlamento,
em um total de 450. Ou seja, 12 cadeiras acima da maioria absoluta. Assim, a
agremiação perdeu a maioria de dois terços para modificar a Constituição.
Para se ter uma ideia do estrago para a
legenda dos governantes, em 2007 ela obteve 315 assentos. Em miúdos, apesar de
ter obtido 49,54% dos votos, a Rússia Unida sofreu uma perda de 15% em relação
às eleições de 2007.
Pior: o pleito teria sido fraudado. Segundo
Yevgenia Albats, diretora do semanário Novoye Vremya, mais de 15% dos votos
foram falsificados. “O resultado real da Rússia Unida não supera 35%.”
Para a jornalista do semanário cujo site
foi alvo (entre tantos outros) de um ciberataque, tratou-se de um voto de
protesto contra Putin.
O primeiro-ministro, de fato, é o grande
derrotado.”
Foto:Alexsey Druginyn/Ria Novosti/AFP
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