André Barrocal
A presidenta Dilma Rousseff classificou de “barbárie” a operação de
despejo de 1,6 mil famílias sem teto da área do Pinheirinho, em São José
dos Campos (SP), no último domingo (22). Dilma comentou o episódio
nesta quinta-feira (26) em reunião com cerca de 90 representantes do
comitê internacional do Fórum Social Mundial, em um hotel na capital
gaúcha.
A presidenta foi provocada a tocar no assunto pelo empresário Oded
Grajew, ex-presidente do Instituto Ethos de Responsabilidade Social,
segundo relato feito à reportagem por uma pessoa presente à reunião. O
empresário entregou a Dilma um documento sobre direito à moradia escrito
por entidades populares que atuam na área.
Em resposta, a presidenta criticou duramente o que aconteceu, embora,
segundo este participante, não tenha culpado ninguém especificamente.
“Pinheirinho é barbárie”, disse a presidenta de acordo com relato de um
outro participante da reunião.
Segundo Dilma, o governo federal foi surpreendido, pois participava de
negociações para um desfecho amigável e em nenhum momento a hipótese de
despejo teria sido colocada concretamente – as outras autoridades na
mesa de negociação eram de São Paulo e São José dos Campos.
A presidenta teria dito, porém, apesar de discordar do que ocorreu, o
governo federal não tem muito o que fazer, pois respeita as demais
autoridades – no caso, o governo de São Paulo e a prefeitura de São José
dos Campos, ambos comandados pelo PSDB, e a Justiça paulista.
Na véspera, depois de participar de uma atividade no Fórum Social
Temático, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, tinha
adotado a mesma posição de Dilma. Demarcou a posição diferenciada do
governo federal, mas dizendo que se deve respeita as instituições
paulistas. “Nós da área dos direitos humanos somos naturalmente a favor
de soluções pactuadas”, afirmou a ministra. “O governo federal ainda
está aberto a negociar.”
2 comentários:
Excelentíssima Senhora Presidente da República gostaria como cidadão desta república lhe dar os parabéns pelo seu posicionamento de respeitar autoridades, respeitar é uma virtude muito importante para o mantenimento da paz e do bem estar, no entanto, Autoridade segue um sentido antagônico a "Barbárie", como no caso de Belo Monte, como no caso de Pinheirinho, ao invés de demonstrar complacência com Bárbaros que ocupam cargos públicos, que se fazem do uso da força policial (que são também outros trabalhadores oprimidos, apesar de serem a personificação do poder opressor dos governos) vossa excelência poderia considerar apoiar o povo que dá ao seu governo os recordistas 72% de aprovação. Bem, como faço parte da classe identificada por Paulo Freire como massa dos oprimidos sem poder de ação, e como a OAB parou de se pronunciar fazem 3 dias, e é onde coloco minhas esperanças, resolvi apelar e atirar pra todos os lados, então lá vai o meu pedido desesperado: Por favor Excelentíssima, não deixe as coisas acabarem em pizza, não apoiamos e nem nos sentimos confortáveis em viver em um Brasil governado por uma Barbárie que oprime e espanca crianças e senhoras inocentes a favor de especuladores, de corporações ou do que quer que seja, além do mais, queremos poder sair nas ruas, ir até o Masp e clamar por justiça sem que a policia venha e nos espanque, sob o não argumento de que estamos violando o direito da paz e ordem pública, estamos causando desordem? o fato é que os Bárbaros não sabem manter a ordem, o que sabem é apenas ordenar que o povo mantenha a boca calada e caso o contrário é porrada, tiro de borracha, spray de pimenta, camburão etc. Obrigado.
Dizer isso é POUCO, muito POUCO.
Hã.. e daí? E agora? Passar 5 dias em silêncio sepulcral e falar, a portas fechadas, que foi uma barbárie. Hã... e daí? Mas que porcaria é essa? Que país é esse? Meu Deus!
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